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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Por que as estratégias dão errado?

Universia Brasil
19/04/2012
Crédito: Shutterstock.com
Muitas pessoas - e até mesmo empresas - têm dificuldades para fazer suas estratégias darem certo. A causa para isso, em muitos dos casos, é que a definição da estratégia não é bem feita. Isso acontece porque, no caso das empresas, ninguém sabe direito qual é a tática escolhida. Cada pessoa ou departamento possui uma resposta diferente ou partes dela, mas ninguém é capaz de definir o quadro geral e demarcar as definições corretas e erradas.

Outro fator que pode levar ao fracasso é a escolha das pessoas que desenvolvem a estratégia. Muitas vezes essa função torna-se gradativamente exclusiva de um único indivíduo: o chefe ou proprietário. E, a não ser que esse profissional seja extremamente competente, as chances de que as escolhas tomadas dêem resultados ruins é muito grande.

É preciso entender que uma estratégia não é uma missão. Nem uma visão, um objetivo ou uma meta. A estratégia é a tática ou o plano que será elaborado para alcançar esses elementos, não importa quão distantes ou impossíveis eles pareçam estar.

Qual é sua meta, sua missão? Apenas quando você souber exatamente aonde quer chegar é que poderá desenvolver a estratégia certa. Enquanto isso, não adianta perder tempo com planos mirabolantes ou contratações dispendiosas que só irão trazer dores de cabeça. Foque-se naquilo que você mais quer, no objetivo que ocupa seus sonhos e aprenda a priorizar e fazer sacrifícios.

Uma estratégia que funciona não depende apenas de um bom plano, mas também de pessoas competentes que saibam executá-lo. Se você quer atingir suas metas, mas não está disposto a fazer sacrifícios, então dificilmente irá obter o sucesso desejado.


Disponível em http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/04/19/924347/as-estrategias-do-errado.html. Acesso em 05 ago 2013.

sábado, 12 de junho de 2010

Segunda marca amplia clientela

Igor Giannasi
Lançar uma segunda marca de produto é uma das estratégias usadas para tentar conquistar uma nova fatia de consumidores. A tática é comum principalmente no mundo da moda - confecções famosas buscam mais espaço no mercado investindo em grifes voltadas para perfis de público diferentes dos que consomem a marca original. Alguns exemplos são as brasileiras Zoomp e Zapping, Forum e Triton e as italianas Prada e Miu Miu.

Mas quando seria o melhor momento para que empresas de pequeno e médio porte se aventurem na busca deste novo nicho e lancem uma segunda marca? O coordenador do programa de aperfeiçoamento em varejo do Coppead, instituto de pós-graduação e pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Victor Almeida, responde: quando a marca principal já estiver fortalecida.

Almeida explica que o principal problema quando se pretende ampliar a possibilidade de venda com a criação de uma segunda marca é a falta de foco. De acordo com ele, a segunda marca deve ter características diferentes da original para não confundir o público e não enfraquecer aquela que é a principal. “A marca fica difusa e o empresário começa a perceber que não está conseguindo de fato conquistar novos clientes.”

O professor de empreendedorismo e inovação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Tales Andreassi, concorda e diz que é importante “garantir que esse consumidor venha de outros nichos, que não venha de seu produto”.

Para isso, os especialistas recomendam que seja realizada uma pesquisa de mercado e um planejamento cuidadoso para entender o perfil do consumidor que se quer atingir e construir o conceito de branding (marca) do produto. “Muitas vezes o pequeno empresário não tem isso muito bem elaborado”, avalia Almeida.

Ele explica que muitas vezes a marca em empresas de menor porte são construídas de “forma fortuita”, sem o necessário planejamento. “Isso coloca o empresário numa situação de fragilidade.”

Sofisticadas

Como as peças que produzia acabaram ficando mais sofisticadas, o designer espanhol Francisco Orjales decidiu lançar uma segunda marca, voltada para um perfil diferenciado de público.

Formado em história da arte pela Universidade de Santiago de Compostela, Orjales foi convidado a trabalhar no Brasil e pouco tempo depois decidiu montar uma fábrica própria para as bijuterias criadas por ele. Assim, em 1991, surgiu a Carmel Acessórios. Sete anos mais tarde, para atender a uma nova clientela, ele montou a marca Oz Jóias, com peças produzidas com materiais mais refinados. Ali, as jóias são feitas com pedras naturais, prata e ouro.

Para concretizar a empreitada, o designer fez o que indicam os especialistas: não deixar as estações se misturarem. Fez pesquisas de mercado, ampliou a mão-de-obra e criou departamentos separados de compra e venda para cada uma das marcas, além de montar pontos-de-venda exclusivos para cada uma delas na região dos Jardins - uma loja numa galeria da Rua Augusta para a Carmel e outra na Rua Haddock Lobo para a Oz Jóias.

Andreassi, da FGV, indica que também é importante ter canais de marketing distintos para cada marca, assim como aporte financeiro suficiente para investir no outro produto sem prejudicar o principal. “Não é recomendável tirar verba de um para colocar no outro.”

Segundo Almeida, do Coppead, um dos dilemas vividos pelo empresário é justamente saber como conseguir colocar no mercado a segunda marca sem se esquecer de dar atenção à primeira. Mas ambas podem aproveitar os mesmos canais de distribuição da produção. No caso de confecções, é vender os produtos nas mesmas lojas multimarcas.

Alternativa

Pode acontecer também que o lançamento de uma segunda marca sirva como forma de substituir a antiga que “envelheceu” e assim evitar que a empresa acabe. Almeida aponta que isso é muito comum no setor de moda, por ser um segmento cíclico. “Às vezes é preferível investir numa marca nova usando a estrutura da primeira.”