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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Gucci e Guess disputam letra "G" no tribunal

Daniela Barbosa
30/03/2012
 
Nesta semana, um processo que começou em 2009 teve o seu primeiro julgamento em um tribunal de Nova York. Os envolvidos? A grife de luxo italiana Gucci e a marca americana Guess. O motivo? A disputa pela letra G.

Há três anos, a  Gucci deu início à ação, alegando que o logotipo utilizado em algumas peças da Guess é muito semelhante ao seu. A grife de luxo pede indenização no valor de 124 milhões de reais pelo plágio.

Segundo um dos advogados da marca italiana, a Guess, copiando os logotipos, quer difamar os projetos mais famosos da Gucci e confundir os consumidores.

A Guess, por sua vez, defendeu-se alegando que não houve a intenção de copiar o logo e nem de confundir a clientela da Gucci.

O julgamento deve durar pelo menos mais duas semanas nos Estados Unidos, antes do veredito final.


Disponível em http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/gucci-e-guess-disputam-letra-g-no-tribunal?utm_source=newsletter&utm_medium=e-mail&utm_campaign=news-marketing.html. Acesso em 01 ago 2014.

sábado, 19 de outubro de 2013

Fabricantes investem em lojas próprias para reforçar marcas

Gouvêa de Souza
11 Out 2013
 
É cada vez maior o número de marcas que apostam na abertura de lojas ou quiosques próprios para se aproximar de seus clientes e testar a aceitação de seus produtos. Para os especialistas ouvidos pelo Brasil Econômico, esta é uma estratégia que tende a crescer no país, mas que deve conviver com outros formatos de venda.

“Os produtos são hoje pouco ou nada diferenciados, o que fica é a marca. Este tipo de loja não só aumenta as experiências do consumidor com a grife, mas favorece as pesquisa de mercado, a fidelização, a avaliação de inovações e até questões de comunicação, como embalagens. As lojas próprias devem crescer, mas não vão acabar com outros formatos”, explica o coordenador adjunto da Graduação em Comunicação do Ibmec/RJ, Eduardo Murad.

 “As Havaianas, por exemplo, têm lojas próprias, revendas exclusivas, estão em multimarcas e são vendidas em outros lugares”, completa. A marca de sandálias de borracha tem hoje duas lojas próprias, na Oscar Freire e no Shopping Jardim Sul, em São Paulo, além de 303 franquias no país.

O diretor dos cursos de Administração e Relações Internacionais da ESPM/RJ, Marcelo Guedes, concorda e reforça que estas lojas são uma oportunidade de trabalhar a marca. “Essa ação é forte por vários motivos: acesso ao consumidor final, fortalecimento da marca, teste de produtos novos. O principal é ser um laboratório que não depende de terceiros”, diz.

Um exemplo bem-sucedido no formato é a Samsung. Seu projeto de lojas próprias começou em abril de 2012 em todo o mundo. E hoje será inaugurada a 61ª unidade, em Goiânia. Segundo o diretor do canal de lojas próprias da marca, Demetrius Oliveira, faz parte da estratégia expor todos os aparelhos. “Tivemos que fazer escolhas e optamos por ter apenas produtos móveis, que o consumidor consegue carregar. Não vendemos linhas branca e marrom. As lojas foram planejadas para serem consultorias”, destaca.

O objetivo da coreana é estar nas principais capitais e centros comerciais do Brasil. “Não temos metas de número de lojas, que são todas franquias. O mercado brasileiro é importantíssimo para a Samsung, principalmente em smartphones. Estamos indo para onde o cliente está”, diz Oliveira.

A Kibon trouxe para o país a Kibon Station, modelo que já é sucesso em países da Europa. A primeira loja de personalização de sorvetes foi inaugurada no Shopping Eldorado, em São Paulo. No mês que vem, será a vez do Shopping Tamboré receber uma unidade.

“É uma nova experiência de marca, em que o consumidor escolhe o sabor do sorvete e depois as coberturas. É também uma oportunidade de estarmos nos shoppings, canal que não estávamos presentes antes. Já temos mais de 600 unidades no mundo, mas ainda não há meta de expansão aqui. Kibon é uma marca que a atende a todos, tanto que iniciamos por dois perfis de shoppings diferentes”, diz a gerente de Marketing da Kibon, Isabel Masagão.

No ano passado, a marca já havia tido experiência parecida com a loja Magnum. “Ela foi criada para funcionar de outubro a dezembro, mas ficamos até fevereiro. A experiência foi tão bem-sucedida que acabou replicada em um caminhão itinerante, que passou por seis cidades de São Paulo”, completa ela.

Já a Skol optou por um modelo um pouco diferente, um e-commerce que não vende a cerveja, mas sim produtos que trazem o logo, lançado no fim do ano passado. “Buscamos atender uma demanda do consumidor por produtos Skol. Muitas promoções não conseguem chegar no Brasil inteiro e o e-commerce resolve isso”, explica a gerente de Trade da Skol, Mariana Sena.


Disponível em http://www.gsmd.com.br/pt/noticias/mercado-consumo/fabricantes-investem-em-lojas-proprias-para-reforcar-marcas. Acesso em 17 out 2013.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Kipling reposiciona marca para atrair público fashion

Beth Koike
Há 20 anos no mercado, a Kipling não é mais adolescente. Fundada na Bélgica, a marca de bolsas e acessórios que agrada principalmente o público mais jovem está se reposicionando no mercado para se tornar uma grife fashion e atrair também as consumidoras com mais de 20 anos de idade e gosto sofisticado. A primeira ação nesse sentido foi lançada ontem na São Paulo Fashion Week, mais precisamente no desfile da estilista Gloria Coelho, que criou quatro modelos de bolsa para a Kipling. Presente em 55 países, o Brasil está liderando esse processo de tornar a Kipling uma marca fashion. "Essa é uma das mudanças mais importantes que já promovemos na empresa e o Brasil é o primeiro país em que fechamos uma parceria com uma estilista", disse Richard Macey, presidente mundial da Kipling, que veio ao Brasil especialmente para assistir ao desfile da SPFW.

"As parcerias são uma ótima forma de aumentar a presença de produtos com design diferenciado no mercado", explicou Gloria, que já fez acordos com a EMS Indústria Farmacêutica (desenhando uniformes para os funcionários), Rexona, Motorola e Arezzo.

Desde 2004, a Kipling pertence ao grupo americano VF Corporation, que na época pagou US$ 180 milhões pela marca de bolsas e acessórios. Além da Kipling, o grupo detém 45 marcas de moda lifestyle, jeans, malharia e lingerie. Entre elas estão Lee, Wrangler, Vans, 7 For All Makind, Lucy, Nautica, entre outras. No terceiro trimestre de 2007, o grupo VF registrou lucro líquido de US$ 207,2 milhões, um aumento de 153,7% quando comparado ao mesmo período de 2006.

Após a venda para o grupo VF, a marca vem apostando fortemente no desenvolvimento de produtos e designs modernos. "Nossas campanhas publicitárias tem um apelo de moda e não são mais focadas em crianças e animais como acontecia antes", afirmou Isabelle Cheron, vice-presidente e diretora de criação da Kipling. Com experiência de dez anos na área de bolsas e acessórios em empresas como o grupo de luxo LVMH, Isabelle é uma das responsáveis pelo trabalho de reposicionamento da Kipling.

A unidade brasileira ocupa uma posição de prestígio para a companhia. Em termos de faturamento, está posicionada como uma das três maiores do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Itália. No Brasil, a marca está presente em 750 lojas multimarcas e possui 30 lojas próprias - de um total de 150 que a Kipling possui nos 55 países em que atua.

Toda a produção da companhia, cerca de 6 milhões de peças por ano, é feita em fábricas localizadas na China. O trabalho de criação dos modelos é realizado na sede da empresa, na Antuérpia. Os modelos de bolsas criados pela estilista Gloria Coelho levaram cerca de seis meses para serem desenvolvidos.