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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Cinco bons motivos para você não abrir um negócio

Priscila Zuini
12/11/2013
Empreender virou moda. Essa é a opinião de boa parte dos especialistas em empreendedorismo no país. Com um ambiente de negócios mais amigável, muita gente escolhe esse caminho como carreira. O que pode ser muito bom para a economia nem sempre vale a pena para o empreendedor.

Além das características comuns aos empreendedores, como senso de oportunidade e capacidade de execução, fazer um negócio dar certo exige muito tempo e dedicação. Por isso, quem pensa em abrir um negócio para “descansar” da rotina do trabalho pode cair em uma grande armadilha.

A pedido de Exame.com, os professores Alessandro Saade, da Business School São Paulo, e João Bonomo, do Ibmec/MG, listaram alguns bons motivos que indicam que pode ser uma roubada virar dono do próprio negócio.

1. Se você busca tranquilidade

Se você busca mais tranquilidade e tempo com a família, abrir um negócio pode ser uma má ideia. “Normalmente as pessoas procuram a carreira empreendedora querendo certa tranquilidade, ser donas do próprio horário, montar seu cronograma do jeito que acredita que vai ter mais autonomia, mas a gente sabe que pelo menos nos primeiros 60 meses elas tendem a trabalhar mais do que qualquer trabalhador comum”, explica Bonomo.

É verdade que ser empreendedor traz mais autonomia, mas é um engano pensar que isso significa ter menos trabalho.

2. Se você pensa em copiar alguma moda

De vez em quando, muitos empreendedores investem em negócios que prometem explodir. Compras coletivas, frozen yogurt e outros são exemplos disso. Virar empreendedor só porque um setor promete crescer muito ou apostando em uma modinha pode ser um erro grave. “Entrar num mercado oferecendo a mesma coisa que a concorrência é suicídio. Ou oferece algo novo, ou nem tente entrar”, sugere Saade.

Segundo Bonomo, acreditar que vai dar certo apenas copiar outra empresa é muito comum ainda. “Não adianta acreditar que vai dar certo só de olhar o negócio alheio e fazer uma coisa semelhante. Isso tende a enganar os sonhadores, que se espelham no sucesso alheio sem acreditar que precisam conhecer mais, achando que é só replicar a técnica que o negócio vai dar certo”, indica. Entrar em um mercado em crescimento pode dar certo, mas exige preparação, um diferencial e capital.

3. Se você é teimoso demais para ver os erros

Ser empreendedor significa ter autonomia para tomar decisões. Enquanto isso pode ser bom na hora de pensar em horários, por exemplo, é bastante complexo quando é preciso decidir o caminho do negócio. Por isso, se você acredita que basta ter dinheiro ou conhecimento, pode fracassar no seu negócio. “Você precisa ver outros elementos, por exemplo, como está o mercado, como a cadeia produtiva tem se posicionado. Na carreira empreendedora, um dos pontos mais importantes é conseguir fazer uma autoanaálise da sua capacidade e dos seus conhecimentos e verificar as atitudes necessárias para o desenvolvimento daquele determinado tipo de empreendimento”, diz Bonomo.

Se você é teimoso demais para reconhecer seus erros rapidamente e corrigi-los, pode levar muito tempo até conseguir ganhar dinheiro com um negócio próprio.

4. Se você não conhece o mercado

Além da falta de capacidades empreendedoras, quem quer abrir um negócio sem conhecer nada do mercado pode estar destinado a fracassar. Para Bonomo, não conhecer o mercado e não ter um bom capital para uma pesquisa podem ser fatores impeditivos para o desenvolvimento do negócio. “As pessoas se apegam muito ou por terem atitude ou capital ou conhecimento sobre as operações, mas não conhecimento sobre o mercado em si e não acompanham o mercado no passado recente nem as tendências futuras”, indica o professor.

O primeiro passo é entender que o mercado ainda tem longevidade. “Começar agora um serviço de manutenção de tablets parece um bom negócio. Em 2016, o número de tablets vendidos no país será maior que o de notebooks. Agora, criar o mesmo serviço para manutenção de desktops não me parece ser um mercado em crescimento ou durador”, exemplifica Saade.

Além disso, ele lembra da importância de dominar o processo do negócio como um todo. “Montar uma empresa onde o dono não sabe como o seu negócio funciona é imperdoável. Não se monta um negócio sobre o conhecimento dos outros, a não ser que ele seja seu sócio”, sugere.

5. Se tudo depende apenas de você

Um negócio que concentre absolutamente tudo no dono pode ter os dias contados. “Dentistas, chaveiros e artesãos, por exemplo, sofrem do risco de escalabilidade. O crescimento do negócio está diretamente vinculado à capacidade de trabalho individual desses profissionais. O faturamento total é igual a capacidade máxima de produção de cada um deles”, indica Saade.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/5-bons-motivos-para-voce-nao-abrir-um-negocio?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 12 nov 2013.

sábado, 17 de agosto de 2013

Pesquisa: do que as pessoas abririam mão para ter acesso à internet?

Olhar Digital
23/04/2012
Qual o seu nível de dependência da internet? Melhor: do que você abriria mão para ter acesso livre aos sites que você mais gosta? Foi esta a pergunta feita pelo grupo Boston Consulting a internautas em todo o planeta. Segundo o site MSNBC, os resultados revelaram dados curiosos sobre o que as pessoas trocariam por alguns minutos conectados na web.

A pesquisa constatou que o GPS seria o item mais dispensado em troca da internet, com 84% de rejeição. Afinal, se você está online, basta pedir e procurar as informações que mais deseja. Em segundo lugar vem o fast food, com 83% dos entrevistados afirmando que diriam adeus a alimentos não tão saudáveis assim. Isso mostra dois pontos preocupantes: se por um lado os casos de obesidade podem diminuir, por outro a obsessão em se manter conectado pode gerar doenças e outros distúrbios psicológicos.

77% das pessoas não comeriam mais chocolate e 73% nunca mais iriam sair com os amigos para beber. Nesse quesito, o relatório ainda revelou que quase três quartos dos americanos pesquisados parariam de consumir bebidas alcoólicas - tudo para acessar a internet.

Além disso, 43% dos entrevistados não fariam mais exercícios físicos, 10% jogariam fora as chaves de seus carros e 21% abandonariam o sexo. O pior resultado, por menor que seja, talvez é este: 7% dos indivíduos americanos não tomariam mais banho para estarem na web. Esse número sobe para 17% na população britânica.


Disponível em http://olhardigital.uol.com.br/noticia/pesquisa-do-que-as-pessoas-abririam-m-o-para-ter-acesso-internet/25687. Acesso em 15 ago 2013.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Os erros que matam empresas

Alvaro Oppermann

Decisões equivocadas de empreendedores costumam ser tão ou mais lesivas aos negócios do que turbulências financeiras – principalmente no caso de companhias de menor porte. Foi pensando nisso que os empreendedores americanos Luke Johnson e Jay Goltz escreveram sobre os erros mais comuns do mundo empresarial. Johnson é sócio da firma de private equity Risk Capital Partners e colunista do jornal inglês Financial Times. Goltz é dono do Goltz Group, uma pequena rede de varejo de Chicago especializada em objetos de arte e design, e mantém um blog no site do jornal The New York Times. “Empresários tomam centenas ou milhares de decisões por ano, muitas das quais parecem sem consequência. Porém, mesmo os menores detalhes podem ser decisivos à sobrevivência do negócio”, escreve Goltz. A seguir, os dez problemas mais comuns apontados pela dupla, adaptados ao contexto brasileiro.

Mais do que as crises, as decisões erradas são o grande risco para os negócios

• Endividamento crônico - Com a retomada econômica, muitos empreendedores veem o aumento das dívidas como uma situação menos preocupante – o que não é verdade. Os empreendedores precisam ter total clareza dos motivos do endividamento e do destino dos recursos obtidos por meio de financiamentos e empréstimos. Caso a dívida seja de fato maior do que a capacidade da empresa de pagá-la, é recomendável uma renegociação imediata.

• Sócios e funcionários errados - Várias companhias dão com os burros n’água por causa de disputas entre os sócios. Jamais entre num negócio sem um acordo por escrito. Numa outra escala, a contratação do empregado errado pode também ser explosiva. Se você não for o responsável direto pelas contratações, treine bem os funcionários encarregados delas.

• Contador errado - A tarefa principal do contador não é lançar dados em livros de registros, mas sim auxiliar a empresa na análise e nas decisões estratégicas de negócios. Ele precisa ter um conhecimento profundo das atividades da empresa que assessora. Um contador despreparado ou desatualizado é um risco altíssimo.

• Dependência excessiva - É comum, entre empresas pequenas, a dependência a um único cliente. Se ela o perde, os problemas podem ser incontornáveis. A resposta é a diversificação da clientela. Outra dica: como fornecedor, procure se tornar insubstituível. Assim, os riscos de ser cortado por um cliente diminuem.

• Caos em TI - Investir uma pequena fortuna em sistemas de informática de performance sofrível é caminho certo para o desastre. Busque um fornecedor que não apenas tenha bagagem técnica mas também inspire confiança.

• Entrar numa guerra de preços - A concessão de descontos agressivos pode se tornar uma estratégia suicida. O único ganhador desta batalha é o cliente, que fica mal acostumado com os preços irrisórios. Na disputa pelo cliente, tente oferecer outros diferenciais. O fator preço é o mais arriscado para a saúde do seu negócio.

• Aluguel caro - Você se entusiasma, e aluga a sede dos sonhos para o negócio. Isso pode ser uma bomba relógio. Parece óbvio, mas um negócio jamais deve ser iniciado ou expandido sem uma garantia de receita.

• Erros de seguro - São comuns três problemas em relação aos seguros. O primeiro, não entender a relação que existe entre o valor do seguro e o valor do que é segurado na empresa. O segundo é não prever processos movidos por funcionários, em questões como assédio moral. Em terceiro, não estar protegido contra a perda de receitas.

• Tornar-se antipático - Não é só o mau atendimento que afugenta clientes mas também atitudes sutis, como não aceitar cartões de crédito de determinadas bandeiras ou ser inflexível nas formas de pagamento. São decisões totalmente justificáveis, mas podem irritar os clientes.

• Não inovar - Algumas empresas levam o lema do “em time que está ganhando não se mexe” ao pé da letra. A autocomplacência costuma se instalar nas empresas com uma velocidade espantosa. Em alguns casos, é até mesmo saudável incutir no negócio um leve estado de paranoia, como defende o fundador da Intel, Andy Grove.