Mostrando postagens com marcador mensagens. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mensagens. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Inovação no varejo

Maurício Morgado
GVExecutivo
vol. 7, n. 5, set/out 2008


Resumo: No varejo, inovação significa a capacidade de o varejista captar e entender as mudanças nos desejos e necessidades dos clientes e de a elas responder continuamente. “Inovação” tornou-se, ultimamente, uma palavra de moda. Por essa razão, às vezes seu sentido é usado indiscriminadamente. Especificamente no varejo, a inovação ocorre de várias formas. A mais evidente é a maneira como o varejista articula o conjunto composto por linha de mercadorias, visual merchandising, perfil e treinamento de equipe, precificação, mensagem e tipo de propaganda e, inclusive, local em que instala sua loja. A FNAC e a Livraria Cultura, cada uma com seu estilo, são outros dois ótimos exemplos desse processo.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Cinco passos para ter uma comunicação não-verbal eficiente

PEGN
10/01/2014
  
Clareza e eficiência na comunicação são essenciais em discursos, reuniões de negócios ou até dentro de uma sala de aula. A transmissão verbal de informação é vital, mas é a forma como ela é apresentada que determina quanto o público se recordará da mensagem.

Dustin York, colaborador do site Entrepreneur, conduziu um experimento com quatro salas de aula universitárias, cada uma com 80 alunos, para verificar a eficiência da comunicação não-verbal. Cada turma recebeu um palestrante, dois deles utilizaram o recurso da comunicação não-verbal.

Os discursos eram idênticos, palavra por palavra, o que diferenciava cada um deles eram algumas táticas na hora da apresentação.

Cinco delas, em particular, foram destacadas por York:

1. Contato Visual. O palestrante que se aproveitou da comunicação não-verbal estabelecia contato visual com cada aluno, no lugar de focar seu olhar para o PowerPoint e para determinados estudantes.

2. Oscilações no tom de voz. A monotonia não é desejada, nesse caso. A variação da fala, mesmo do ritmo, prende melhor a atenção do público.

3. Circulação. Movimentar-se pelo espaço na frente da sala foi mais uma das técnicas usadas por dois dos palestrantes. Enquanto isso, os outros dois instrutores limitaram-se a permanecer por trás de uma mesa.

4. Expressões faciais. Assim como a variação do tom de voz é uma técnica da comunicação não-verbal, diferentes expressões faciais também aprimoram discursos.

5. Gestos com as mãos. A dica é deixar as palmas das mãos à mostra, e não guardá-las nos bolsos ou apoiá-las em alguma superfície.

Em seguida, as turmas fizeram uma prova relacionada ao conteúdo da apresentação. York teve a conclusão que esperava da pesquisa. As duas salas que receberam os palestrantes que utilizaram os recursos listados tiveram notas 30% superiores.


Disponível em http://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/01/5-passos-para-ter-uma-comunicacao-nao-verbal-eficiente.html. Acesso em 09 fev 2014.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Alerta inconveniente?

Meio & Mensagem
5 de novembro de 2013
 
Há pouco mais de uma semana, a página oficial de Meio & Mensagem no Facebook recebeu um grande volume de comentários raivosos dos leitores. O alvo da indignação era um texto publicado no site do jornal no último dia 22 (e postado na mesma data nas redes sociais), que revelava os resultados de uma recente pesquisa realizada pela Vivo.

Segundo a operadora de telefonia, mais de 80% dos consultados na pesquisa — que contemplou um universo total de 500 pessoas — aprovavam o recebimento de anúncios publicitários via mensagens de SMS. Mais do que aprovar esse tipo de abordagem, os usuários também declararam que é mais fácil se lembrar de um anúncio publicitário visto no celular do que de outro, veiculado em qualquer outra mídia. De acordo com a Vivo, mais da metade dos entrevistados confirmou recordar das últimas mensagens publicitárias recebidas em seus telefones. Em contrapartida, 67% dos entrevistados não se lembravam de ter visto qualquer anúncio da mesma marca em outras mídias.

A divulgação da Vivo despertou a animosidade dos leitores. “Aposto que essa pesquisa foi feita pelo marketing interno deles”, disse um leitor. “Sou parte dos 20%. Não aceito (publicidade no celular), não sou amigável, odeio”, concordou outro usuário do Facebook. “Não é possível. Acabo de fazer a portabilidade e um dos motivos era o envio sem noção de SMS!”, reclamou outra leitora.

Os resultados da pesquisa e a reação do público mostram que, apesar de ser uma estratégia usual e presente nos planos de muitas agências e a anunciantes, o uso do telefone celular como canal de mídia ainda é polêmico. Embora carregue uma probabilidade de leitura praticamente total, uma mensagem publicitária via SMS pode não ter o efeito esperado se o receptor achar seu conteúdo invasivo ou desinteressante.

Em compensação, a publicidade móvel é um dos canais que mais crescem em volume de faturamento e, exatamente por isso, tem recebido um volume cada vez maior de investimentos e de aprimoramento tecnológico para galgar fatias mais importantes no bolo publicitário. A reportagem convidou profissionais envolvidos na cadeia do negócio para avaliar os prós e contras desse tipo de anúncio.

Agência

“É a pertinência da mensagem que avalia se uma mídia é boa ou não. Qualquer propaganda, se não for bem direcionada, pode ser invasiva. Acreditamos que o envio de mensagens publicitárias via SMS é uma maneira eficiente de atingir o público, sobretudo às pessoas que não têm uma conexão tão direta com os meios digitais. O SMS como ferramenta de promoção é uma mídia prática e útil e já foi adotada pelos brasileiros. É questão de bom-senso do anunciante, no entanto, dosar esses envios para não enfestar o público de informação. Já tivemos casos de anunciantes que pecaram pela presença excessiva. Mas, se feita com precisão, é uma ferramenta ótima, pois o celular é o único dispositivo que está sempre com a pessoa, diferente de computador e TV, por exemplo. Por ser um device muito pessoal, é preciso oferecer algo pertinente, no horário adequado, sabendo com quem está falando. O SMS não é uma mídia de massa e, se for usado dessa forma, pode gerar problemas."

Entidade

“O Procon entende que o consumidor tem direito à privacidade e tranquilidade. Existe um projeto de Lei, que está tramitando na Assembleia Legislativa, que inclui o envio de publicidade via SMS no sistema de bloqueio criado para quem não deseja ser abordado via telemarketing — que, ainda, diz respeito somente às ligações telefônicas. Por enquanto, o envio de anúncios via SMS é regulamentado, desde que o próprio consumidor autorize o recebimento. Ao fazer um cadastro em uma loja, por exemplo, ele deve optar por receber ofertas e mensagens daquela marca via SMS. É importante que o direito de escolha do consumidor seja respeitado. O Procon também proíbe o compartilhamento dos dados da base de clientes entre as empresas, justamente para evitar que o consumidor receba anúncios de empresas das quais ele nunca comprou. No ano passado, a Anatel obrigou as operadoras de celular a questionar os clientes sobre o envio de suas próprias ofertas e planos. Ou seja, a autorização prévia do usuário é sempre fundamental.”

Operadora

“Sabemos que 95% das mensagens de SMS são abertas imediatamente. Isso acontece porque é uma ferramenta pessoal e gera expectativas nas pessoas. Por essa razão, se ele não tiver relevância e uma segmentação apropriada, a publicidade por mensagens de celular pode gerar descontentamento. O objetivo da área de Advertising da Vivo é tornar o SMS algo útil, com ofertas e dicas que tenham a ver com o perfil de cada um. Nos posicionamos como um veículo e procuramos trabalhar nossa base para oferecer soluções segmentadas aos anunciantes. Temos a preocupação de trabalhar com transparência, dando ao consumidor a possibilidade de deixar de receber essas mensagens. Nossas taxas de exclusão, no entanto, são muito baixas. O que pode pesar negativamente para as pessoas são as mensagens aleatórias, com ofertas irrelevantes, direcionadas a um público errado. Isso é algo que condenamos. Temos uma regra que não permite o disparo de mais de duas mensagens de SMS por semana. E todas essas práticas já nos permitiram criar cases muito eficazes.”

Entidade

“O SMS está para o celular assim como o e-mail para a internet. A diferença é que, no caso da telefonia, as operadoras têm o controle do disparo das mensagens, enquanto o e-mail acabou perdendo a relevância como ferramenta de marketing por conta do excesso de spams. Acredito que as empresas de Telecom estão começando a entender que é possível aproveitar melhor essa ferramenta, pois elas possuem bases de milhões de clientes, com perfis de hábitos de consumo, dados de geolocalização, etc. O mercado ¬norte-americano¬ é exemplo no aproveitamento dessas bases para eficientes campanhas via SMS. O mais importante é que essa abordagem precisa ser relevante, pois o celular é algo muito pessoal, restrito à rede de contatos. Para entrar ali, é preciso ter uma mensagem interessante. O essencial, no entanto, é que o usuário esteja ciente e de acordo em receber essas mensagens. Qualquer prática fora disso contraria as regras de marketing direto vigentes.”


Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/midia/em_perspectiva/2013/11/05/Alerta-inconveniente?utm_campaign=sms_em_persp&utm_source=facebook&utm_medium=Facebook. Acesso em 05 nov 2013.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Os chatos se saem melhor em quase todas as profissões

Lucy Kellaway
04/06/2012
 
Poucos dias atrás, Jeff Immelt enviou uma mensagem para todos os 300.000 funcionários da General Electric oferecendo algumas dicas para suas leituras de verão. "Leio entre 50 e 70 livros por ano... divididos entre história, romances e negócios", escreveu o presidente da GE. Ele passou a discutir dois títulos antes de terminar com um pedido: "Quero saber o que vocês estão lendo para que eu possa ficar mais esperto".

A única explicação para essa curiosa efusão do homem mais importante do "mainstream" corporativo dos Estados Unidos é que ele está tentando sinalizar à sua força de trabalho que ele não é um chato.

Infelizmente, o texto da mensagem mostra o contrário. Se há uma coisa que une as pessoas interessantes é que elas não mantêm uma lista do número de livros que leem para se vangloriar disso.

A tentativa de Immelt de parecer interessante não é só canhestra, como também está errada. Se você fosse o presidente da GE, não precisaria parecer interessante. As coisas podem correr com muito mais tranquilidade se você não é.

Há algum tempo atrás, um estudo de Stephen Kaplan, da Chicago Booth School of Business, mostrou que os bons presidentes-executivos (CEOs) tendem a ser tediosos. Eles são teimosos, eficientes, bons nos detalhes e felizes por trabalharem muito. Na semana passada, o mesmo assunto foi abordado pelo escritor Joel Stein em um blog para a "Harvard Business Review", no qual ele afirmou que o ato de ser tedioso é um segredo da grande liderança.

Apesar do fato de o professor Kaplan e Stein estarem envolvidos com algo evidentemente grande, muitos leitores da "Harvard Business Review" responderam ao artigo com hostilidade: eles simplesmente não conseguiram aceitar a ideia de que os bons leitores são chatos. O principal ponto, acho eu, é que eles pensam que ser chato significa uma coisa ruim e não conseguem perceber que pode significar ser algo bom. Na verdade, o que os chatos precisam é de uma mudança drástica de imagem que os mostrem como trabalhadores e cidadãos de valores admiráveis. As pessoas tediosas não são apenas mais bem-sucedidas que as pessoas interessantes, elas podem ser mais felizes (porque são mais simples) e agradáveis (porque se metem menos em encrencas).

Os chatos se saem melhor em quase todas as ocupações: nos negócios, na atividade bancária, consultoria, direito, contabilidade, medicina. Na verdade, tal é a vantagem que eles têm sobre as pessoas interessantes, que mesmo em áreas em que há uma demanda voraz por personalidade - como na política -, os chatos ainda tendem a chegar ao topo. É por isso que não nos cansamos do prefeito de Londres Boris Johnson: ele é o único homem público que não nos chateia.

Acho que preciso dizer o que significa chato para mim - e o que não é. Ser chato não significa ser estúpido. Você pode ser chato e brilhante. Ser chato é ser limitado. As pessoas chatas são muito interessadas em uma ou duas coisas, dificilmente se interessam por outras coisas.

Elas também dão muita atenção aos detalhes. Elas são muito boas no que Jim Collins chama de "lavar o queijo fresco". Elas são previsíveis- um traço útil e subvalorizado. E os chatos são relativamente felizes por fazerem coisas chatas, o que também é uma dádiva dos céus, visto que a maior parte de nossa vida no trabalho envolve fazer coisas cansativas e pequenas repetidas vezes.

Se alguém precisa de qualquer evidência da bagunça em que nos envolvemos quando colocamos pessoas interessantes no comando, é só olhar para o setor editorial. Essa indústria sempre foi espantosamente ineficiente e está agora de joelhos. Por quê? Porque as pessoas que trabalham com editoração não são chatas o suficiente. Elas gostam de livros e ideias e são um caso perdido na administração de qualquer coisa.

Para ajudar nessa recaracterização de marca é preciso alguns modelos de Notável Chatice. Felizmente, consigo me lembrar de dois bons exemplos - John D. Rockefeller e Bill Gates - que provam que você pode ser um chato e mesmo assim mudar o mundo. Rockefeller, até onde se sabe, tinha um lado chato bem desenvolvido: era devoto da Igreja Batista e um homem de família que, na casa dos 80 anos, escreveu versos doces e nada sofisticados sobre o fim de sua vida, com a frase "E Deus foi bom para mim todos os dias". Até mesmo Bill Gates, apesar de ser muito fascinante e espantosamente versado em assuntos como desenvolvimento e computação, seria, de outro modo, um "chato de galochas", incapaz de manter uma conversa fútil e com um senso de humor atrofiado.

Portanto, o que podem fazer as pessoas que tiveram a grande infelicidade de nascer interessantes? Elas podem tentar o setor editorial, é claro, se é que sobrou algum emprego lá. Ou podem dar aulas, escrever, dirigir filmes ou se tornarem poetas e filósofos. Melhor ainda: elas podem se casar com outras pessoas chatas bem-sucedidas para bancar suas atividades não-remuneradas ou, se tudo mais falhar, elas podem se enfiar em algum canto e ler o maior número possível de livros que puderem.

Disponível em http://www.valor.com.br/carreira/2689858/os-chatos-se-saem-melhor-em-quase-todas-profissoes?utm_source=newsletter_tarde&utm_medium=04062012&utm_term=os+chatos+se+saem+melhor+em+quase+todas+profissoes&utm_campaign=informativo&NewsNid=2689092. Acesso em 03 out 2013.

sábado, 5 de outubro de 2013

Jovem pede emprego em outdoor e consegue vaga no marketing

Correio do Estado
13/05/2012
Como você faria para conseguir trabalho se estivesse desempregado? Pois o americano Bennett Olson, de 23 anos, resolveu colocar o pedido de emprego em um outdoor. A estratégia funcionou. Olson chamou a atenção e foi contratado para trabalhar no departamento de marketing de uma empresa.

No imenso cartaz colocado na cidade de Rosemount, no estado de Minnesota, via-se sua foto, o endereço de seu site e letras imensas com a frase “Contrate-me”. Para expor sua mensagem lá no alto por 24 horas, Olson teve que pagar US$ 300. Talvez tenham sido os US$ 300 mais bem gastos pelo americano.

A atitude um tanto desesperada veio depois de Olson perder seu emprego em um cassino e encontrar dificuldades para conseguir uma outra colocação. Tudo mudou quando o americano teve a ideia de ser mais ousado e chamar atenção para si. Uma empresa da área de marketing gostou da criatividade e do espírito empreendedor e convidou Olson para conversar.

Depois de passar por algumas entrevistas, o americano foi finalmente contratado pela companhia Laser Design & GKS Services, uma empresa de scanners.

Com sua estratégia, Olson chegou até aos canais de notícia. Tanta atenção acabou rendendo diversas ofertas de emprego, muitas falsas, é verdade, contou o americano a CBS. Na GKS, Olson irá trabalhar com marketing e vendas, criando campanhas para rede sociais e vídeos.

Disponível em http://www.correiodoestado.com.br/noticias/jovem-pede-emprego-em-outdoor-e-consegue-vaga-no-marketing_149050/. Acesso em 03 out 2013.

domingo, 22 de setembro de 2013

Como atrair fãs para sua marca no Facebook

Carolina Dall'Olio
28/05/2013
A estudante paulista de biomedicina Marina Portanova, de 20 anos, costumava ler diversos blogs de moda para ficar por dentro das tendências de cada estação. Há pouco mais de um ano, quando passou a acompanhar a página do Facebook da MyGloss, rede paulista de lojas que vendem acessórios como bolsas e bijuterias, os blogs deixaram de ser sua principal fonte de informação sobre o assunto.

Em sua fan page, a MyGloss tira dúvidas que seus seguidores postam sobre como compor um figurino perfeito. "Gostei tanto que comprei vários produtos da MyGloss e os recomendei às minhas amigas", afirma Marina.

No ano passado, a empresa selecionou uma de suas fãs para ser modelo do catálogo de inverno — a vencedora ganharia 2.000 reais em produtos. Entre 6.200 candidatas, Marina foi escolhida. "Eu sabia que tinha chance de ganhar, pois sou muito bonita", diz ela. "Já era fã e agora sou garota-propaganda da marca."

Criar uma identificação forte dos consumidores com a marca, como a que aconteceu entre Marina e a MyGloss, e contar com um canal direto de comunicação com eles está no início da lista de tarefas dos empreendedores que precisam levar seus negócios ao crescimento.

"O Facebook tem se mostrado uma ferramenta bastante eficaz para atingir esses objetivos", diz Paula Bellizia, diretora do Facebook para pequenos e médios negócios no Brasil. "Os 67 milhões de brasileiros conectados ao Facebook o usam cada vez mais para se informar sobre a reputação de uma empresa, compartilhar opiniões sobre produtos e serviços e divulgar suas marcas preferidas."

O que uma pequena ou média empresa pode fazer para se destacar no Facebook? Como usar sua página para ganhar novos clientes? O que é preciso para reforçar os laços com o consumidor? Para procurar as respostas para essas questões, a consultoria mineira Dito, credenciada pelo Facebook como desenvolvedora oficial de aplicativos, fez um estudo exclusivo para os leitores de Exame PME.

De dezembro a fevereiro, os perfis institucionais de mais de 800 empresas (todas de redes de franquias) que estão no Facebook foram monitorados diariamente. O levantamento resultou em quatro rankings — marcas com maior número de fãs, marcas com mais comentários, marcas com mais compartilhamentos e as que foram mais curtidas.

A MyGloss foi uma das que mais se destacaram. Com apenas dez lojas e faturamento anual de 9 milhões de reais, a marca tinha, em 28 de fevereiro, quase 1,2 milhão de seguidores, ocupando a oitava posição no ranking de fãs, atrás apenas de grandes empresas, como Havaianas e O Boticário. 

"Nossa página faz sucesso porque não nos limitamos a divulgar nossos produtos", diz Rodrigo Stocco, de 33 anos, dono da MyGloss. "O que fazemos é ajudar uma mulher a desenvolver seu próprio estilo."

Para André Fonseca, sócio da Dito, as marcas que ocuparam as melhores posições nos quatro rankings, como a MyGloss, seguiram o mesmo mandamento — divulgar apenas informações relevantes para seus públicos. "Essas empresas não usam as fan pages como se fossem um panfleto", diz Fonseca. "Elas prestam um serviço."

A seguir, veja como as empresas que se destacaram no estudo conseguiram conquistar a admiração de seus consumidores.

O que dizer e quando postar as mensagens

O principal indicador de que a marca está em sintonia com os consumidores é o compartilhamento de informações. "Ao compartilhar um post, o cliente está dizendo que gostou tanto do conteúdo que ele quer que todos os amigos também vejam", diz Fonseca.

Boa parte dos compartilhamentos feitos no Facebook acontece porque o consumidor encontrou naquele post alguma informação que ele não viu em outros lugares. "Empresas que trabalham em nichos têm aí um bom campo para atuar", diz Fonseca.

Uma das empresas que brilharam no ranking de compartilhamentos é a rede de docerias Amor aos Pedaços, que tem sede em São Paulo e um faturamento anual de 56 milhões de reais. A marca é a terceira colocada, atrás somente da Cacau Show e de O Boticário. As postagens mais frequentes trazem informações sobre as linhas diet e sem glúten.

Elas costumam ser acompanhadas de recomendações como "Fulano, esse doce você pode provar", dirigidas a algum amigo. "Quem tem conhecidos com restrições alimentares ajuda a divulgar esses produtos, pois sabe que não é nada fácil encontrar doces feitos para eles", afirma Silvana Marmonti, de 47 anos, sócia da Amor aos Pedaços.

Parte dos posts é reservada a algo que os seguidores de uma marca no Facebook adoram — expressar-se, simplesmente. Um exemplo: os clientes são convidados a enviar fotos de momentos divertidos em que estão comendo um doce — não necessariamente comprado na Amor aos Pedaços. As imagens são colocadas na página da rede para que sejam vistas por todo mundo.

Com o tempo, e o exercício diário de observar o cliente, vão surgindo ideias do que pode movimentar a página — e os negócios. A maioria dos consumidores da Amor aos Pedaços costuma frequentar as docerias depois do almoço, à procura de uma sobremesa, ou na hora do café da tarde.

Como muitos clientes moram ou trabalham perto das unidades da rede, a empresa usa a fan page para estimular o consumo nesses horários. "Publicamos um post por volta das 11h30 e outro às 16h30, apresentando um novo produto ou simplesmente colocando uma foto de um bolo com bastante saída", diz Fernanda Oruê, gerente de marketing da empresa.

À noite, por volta das 20 horas, quando a loja virtual recebe um grande número de encomendas, é feito mais um post. "Hoje, a maioria dos clientes chega ao site porque acabou de ver a foto de um salgado ou um doce nosso no Facebook", diz Fernanda.

Isso significa que as empresas devem fazer seus posts preferencialmente à noite? Como quase tudo no Facebook, a resposta é sim e não. "Nosso horário nobre de fato vai das 20 às 23 horas", diz Paula, do Facebook.

"Mas é preciso acompanhar os índices de audiência da página para entender em que momentos as pessoas estão mais propensas a receber as informações que a marca tem a passar", afirma Paula.

Quantos posts colocar por dia? "Algumas estatísticas mostram que mais do que três pode cansar", diz Paula. "Mas as marcas que têm muito conteúdo relevante podem postar o dia todo, como fazem as empresas de mídia."

Como administrar a página

A catarinense Jeane Moura, de 35 anos, dona da rede de restaurantes DNA Natural, com sede em Florianópolis, mantém um perfil pessoal no Facebook há quase cinco anos e está em várias outras redes, como Twitter, Instagram e Pinterest.

Há dois anos, quando percebeu que as primeiras páginas de marcas começavam a despertar algum interesse, ela criou uma fan page de sua empresa no Facebook. Jeane começou postando fotos de pratos e dicas de nutrição.

"Já é minha função obter esse tipo de conhecimento para passar aos franqueados", diz Jeane. "Quis divulgá-lo também para nossos clientes que estão no Facebook." 

Com 39 lojas e faturamento anual de 11 milhões de reais, a DNA Natural pode ser considerada muito ativa no Facebook. No período da pesquisa, cada fã compartilhou, em média, quatro posts. Um dos mais compartilhados falava de uma pesquisa com oito alimentos que parecem ajudar a modelar as curvas do corpo. Alguns nutricionistas fizeram comentários e recomendaram a página da DNA Natural aos pacientes.

É Jeane quem escreve todos os posts e responde cada comentário dos fãs — o que gera mais e mais comentários que ela tem de responder. "São cerca de 50 por dia", afirma ela. "Dedico 3 horas a isso e me sinto como se estivesse sentada numa mesa conversando com meus clientes."

Vale a pena todo esse trabalho? Jeane acha que sim. "Metade das decisões que tomo é baseada no que nossos seguidores escrevem na nossa fan page", diz. Recentemente, ela decidiu que os restaurantes da rede voltarão a vender omeletes porque muitos clientes postaram reclamações por não encontrar mais o prato no cardápio.

A pessoa que administra a página de uma empresa deve, assim como Jeane, conhecer bem o perfil da marca e o perfil do cliente — se é mais jovem ou mais velho, se está interessado em esportes ou em livros, e assim por diante. E não é porque o Facebook é um ambiente informal que vale tudo — fotografias de má qualidade, por exemplo, afugentam as pessoas. Textos longos têm tudo para não ser lidos.

O empreendedor que decide ter uma fan page da empresa deve ter em mente que o Facebook é um ambiente em que reina a impaciência. Demorar a responder os comentários, ignorá-los ou — muito pior — apagá-los é um caminho ótimo para obter o efeito inverso ao desejado.

"Se for para fazer malfeito é melhor não fazer nada", diz Guilherme Stoll, da Tiki Webmonsters, agência especializada em mídia digital.

Como divulgar a marca

Há 15 milhões de fan pages em todo o mundo — o Facebook não divulga quantas são de empresas brasileiras. "À medida que cresce o número de usuários, é natural que mais empresas se interessem em ter sua fan page", diz Paula, do Facebook.

A recifense Amanda Lima, de 33 anos, que está há dois anos e meio no Facebook, percebeu que as fan pages de empresas brasileiras estão se espalhando rapidamente. "Quando criei meu perfil, muitas marcas de que gosto não estavam no Facebook", afirma. "A rede servia só para falar com os amigos."

Amanda diz que passa o dia todo conectada ao Facebook, mesmo quando está no trabalho. "Fico procurando promoções." Só na página da rede catarinense de lojas de objetos de decoração e presentes Uatt?, Amanda já participou de seis concursos.

Num deles, o desafio era achar sete diferenças entre duas imagens — o prêmio, uma caixa de chocolates, chegou pelo correio. "Não ligo tanto para os prêmios”, diz Amanda. “Gosto mesmo é de me divertir com as brincadeiras."

O empreendedor Rafael Biasotto, de 37 anos, dono da Uatt?, diz que jogos e charadas na página da empresa são uma forma lúdica de apresentar os produtos. "Já propusemos decifrar charadas e completar palavras cruzadas", diz Biasotto. "Dá bastante resultado porque muita gente compartilha os joguinhos."

A Uatt?, que faturou 102 milhões de reais em 2012, está na nona posição no ranking de comentários. Um dos posts mais comentados pedia aos fãs que encontrassem os sete erros da imagem de dois quindins — a ideia era divulgar uma linha de almofadas com estampas de doces.

Vencia quem escrevesse sete comentários consecutivos com as respostas sem ser interrompido por outro participante. Mesmo sem oferecer nenhum prêmio a quem acertasse, a publicação teve mais de 3.000 comentários.

"Deu resultado. Vendemos muitas almofadas de doce", diz Carlos Eduardo Machado, gerente de mídias eletrônicas da empresa. "As empresas que não estão no Facebook estão perdendo a chance de ter esse tipo de contato com os clientes."

O que fazer com os comentários

Pouco adianta oferecer um conteúdo interessante aos fãs, fazer com que as mensagens da marca cheguem a um grande número de consumidores e estimular as pessoas a manifestar sua opinião sobre produtos e serviços se, no fim das contas, o que os clientes falarem for ignorado.

No Boticário, que ocupa o primeiro lugar no ranking de comentários, alguns clientes reclamaram que a tampa de um dos cremes era difícil de abrir. A embalagem foi modificada. A Amor aos Pedaços usa a localização dos fãs para planejar a abertura de novas unidades — cidades com muitos fãs e nenhuma loja ganham prioridade na expansão.

"Estamos de olho em alguns municípios do interior de São Paulo, pois descobrimos que há muitas pessoas que conhecem a marca", diz Silvana, dona da rede.

Em setembro do ano passado, a rede de chocolates Cacau Show, campeã em compartilhamentos, divulgou, apenas no Facebook, uma campanha para lançar cinco sabores de trufa — doce de leite, floresta negra, suflê de chocolate, torta de limão e torta de maçã.

Os fãs deveriam votar na versão preferida e a trufa vencedora seria a única a continuar no cardápio até dezembro — as demais sairiam das lojas em outubro. Ganhou a versão floresta negra. “A venda de trufas aumentou 30% em relação a 2011”, diz Cida Torres, gerente de relacionamento da Cacau Show. "Vimos que os comentários são um ótimo termômetro."

Hoje, na Cacau Show, há uma reunião semanal para definir os principais posts que serão feitos e avaliar o que foi dito pelos clientes nos dias anteriores. Participam funcionários que cuidam do marketing, da comunicação, do desenvolvimento de produtos e do relacionamento com os clientes.

"A ideia é aproveitar esse canal de comunicação com os clientes para melhorar os produtos e o atendimento, além de divulgar os lançamentos", diz Cida.

A rede de lojas de roupas femininas Enjoy, que tem sede no Rio de Janeiro e faturou 91 milhões de reais no ano passado, também costuma consultar suas fãs para saber que peças têm mais chance de agradá-las. É comum a empresa colocar fotos de dois manequins vestidos com roupas da grife e pedir às clientes para que votem na produção preferida.

"Avisamos os franqueados que as roupas mais votadas podem ser mais procuradas, e eles reforçam o estoque dessas peças para não faltar", diz Julio Dahis, dono da Enjoy. Depois que uma bata divulgada pelo Facebook sumiu das prateleiras em poucas horas, tamanha foi a procura, os lojistas perceberam que tinham de levar a sério a recomendação.

"Também colocamos fotos das vitrines das lojas para testar sua aceitação." Os resultados são avaliados pelos departamentos de marketing e também pelos estilistas da marca.

A carioca Sonia Barreto, de 67 anos, é uma das clientes que não perdem a chance de opinar sobre as roupas da Enjoy. "Entro no Facebook todo dia para saber se chegaram peças novas nas lojas", afirma Sonia. "Quando gosto de alguma coisa, escrevo um comentário dizendo que adorei e já aviso minhas amigas, para não comprarmos roupas repetidas."

Sonia visita uma loja da Enjoy pelo menos uma vez por semana — e nunca sai de mãos vazias. "Já tenho mais de 150 blusas da Enjoy", afirma ela. "E pretendo comprar ainda mais."

Disponível em http://exame.abril.com.br/revista-exame-pme/edicoes/0060/noticias/como-atrair-fas-para-sua-marca?page=1. Acesso em 22 set 2013.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Dove cria aplicativo que substitui publicidade negativa no Facebook

Cris Simon
24/04/2012
Depois de identificar em um estudo que apenas 4% das mulheres se acham belas enquanto 80% veem beleza em outras mulheres, a Dove criou um aplicativo que substitui mensagens negativas por positivas no Facebook.

Bianca Shen, gerente de marketing de Dove, explica que a ideia surgiu pelo impacto que anúncios com mensagens que interferem na autoestima feminina causam nas mulheres.

“É comum ver anúncios que digam o que você deve fazer para ficar bonita, com mensagens como ‘Perca peso!’ ou ‘Você está solteira e encalhada?’... Então, por que não substituí-los por outros mais positivos que falem sobre sua beleza real?”, diz.

Chamado de "Propagandas do Bem" - ou Ad Makeover, em outros países - o aplicativo permite que os próprios consumidores criem seu anúncio com mensagens positivas e o enviem a outras pessoas.

Os usuários devem ir até a fanpage de Dove e seguir as instruções para aceitar o aplicativo. Lá terão a opção de escolher uma das frases relacionadas à beleza e para quem gostariam de enviar por meio de um tema ou interesse do perfil.

Depois, a mensagem escolhida será publicada pela rede de publicidade do Facebook para outras mulheres da rede social, até mesmo aquelas que não fazem parte da rede de relacionamentos de quem enviou o anúncio. À esquerda poderão visualizar a substituição da publicidade negativa que normalmente as mulheres recebem.

"Os novos usuários impactados pelos anúncios positivos sobre beleza que clicarem no banner serão direcionados à fanpage de Dove onde poderão ter mais detalhes da campanha e como podem participar”, completa Bianca.

Com a ação, a marca pretende impactar cerca de dois milhões de mulheres brasileiras. A fanpage de Dove Brasil atingiu a marca de um milhão de fãs no início deste ano e quatro milhões em todo o mundo no final de 2011.


Disponível em http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/dove-cria-aplicativo-que-substitui-publicidade-negativa-no-facebook?utm_source=newsletter&utm_medium=e-mail&utm_campaign=news-marketing.html. Acesso em 08 set 2013.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Facebook cria filtros para direcionar publicidade

Cris Simon
 06/08/2012
O Facebook anunciou a criação de filtros que permitirão aos anunciantes direcionar posts para audiências específicas, como status de relacionamento ou local de trabalho, por exemplo. Antes da atualização, o recurso permitia a segmentação dos posts apenas por localização e língua.
Filtro de publicidade do Facebook
Com os novos filtros, segundo a rede social, marcas poderão impactar os fãs certos, aumentando a relevância de suas mensagens e, consequentemente, elevando as taxas de engajamento de suas páginas.
Filtro de publicidade do Facebook
As postagens poderão agora ser direcionadas por idade, gênero, interesses, estado civil, língua, educação, local de trabalho e localização.

Ao Mashable, um porta-voz da rede social explicou como as marcas poderão usar os novos recursos dando um exemplo: "Digamos que você queira fazer um anúncio de volta às aulas. Você pode direcionar seus anúncios para estudantes de 18 a 21 anos e atingir somente este público".


Disponível em http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/facebook-cria-filtros-para-direcionar-publicidade?utm_source=newsletter&utm_medium=e-mail&utm_campaign=news-marketing.html. Acesso em 28 ago 2013.