Ponto Marketing
Montar,
gerenciar e operar uma empresa são verdadeiros desafios para os gestores. Fazer
todas essas tarefas sozinho ou contando com uma pequena equipe é mais difícil
ainda. Essa é a realidade do microempreendedor brasileiro, que não
liga muito para isso e entra na batalha de conduzir uma empresa, mesmo se não
tiver o conhecimento certo para isso, como é o caso de muitos. Para suprir essa
falta de noções científicas de gestão e dar aquela mãozinha, ou mãozinhas, ao
empresário, é que existe uma figura que, apesar de amistosa, simpática e cheia
de vontade de ajudar, é encarada como um bicho de sete cabeças por boa parte
dos donos de micronegócios: o consultor de empresas!
O papel do consultor de empresas
O profissional que pratica consultoria
de empresas é alguém com conhecimento técnico e
experiência que irá auxiliar o empresário no processo de tomada de decisão,
mediante um trabalho previamente acertado e de acordo com a necessidade do
cliente. Essa imagem do homem ou mulher pedante, que tem cara de que sabe de
tudo e já chega mandando e desmandando não existe. Ao contrário, o consultor ou
consultora atuará no problema que a empresa apresenta conjuntamente com o
empresário, num relacionamento de parceria e cumplicidade.
Então, por que o medo?
Tanto
pelo estigma inventado de que o consultor irá se apossar do comando da empresa
que o empreendedor tanto lutou para conseguir quanto pelo receio de ser
trapaceado por alguém que se aproveitará do fato de ser especialista em
determinado assunto para desviar, roubar e dar a solução pela metade, só para
poder voltar na empresa e meter a mão no bolso do empresário novamente. O
verdadeiro profissional de consultoria nunca fará isso, pois tem um nome a
zelar e sabe que, se tiver a leviandade de cometer tais atos, arruinará sua
carreira. Poderá até enganar um cliente, mas não passará deste.
Verdades e mentiras sobre consultores
Para
dirimir de vez as dúvidas sobre quem é e o que faz o consultor de
empresas, saiba que o consultor:
·
Não vai tomar a empresa das suas mãos. Ele toma a decisão junto com você, não por você;
·
Não vai te roubar. Se ele fizer isso, prejudicará mais a si mesmo que ao cliente;
·
Não irá cumprir apenas parte do que foi prometido. Antes de qualquer consultoria
séria, é fechado um contrato onde consta o que o consultor irá fazer e até o
que não irá fazer. Dessa forma, uma consultoria só está finalizada quando tudo
que foi acertado tiver sido realizado;
·
Não vai cobrar absurdos por pouco serviço. Ele vai cobrar pela solução
dada, esforço e conhecimento empregado. Um consultor tem em seu currículo
muitos e muitos anos de estudo, e deve cobrar um preço justo por isso. Então,
se ele cobra R$ 400,00 por uma reunião de 3 ou 4 horas para resolver o problema
do cliente, ele está cobrando pelos longos anos de estudo e investimento
que fez em si mesmo para poder solucionar os casos com tanta rapidez e
eficiência. Lembre-se: quando se contrata um consultor, contrata-se
conhecimento, capital intelectual, não uma pessoa para carregar caixas ou mexer
cimento (apesar de, em certos casos, o consultor realmente pegar no pesado e
fazer trabalhos braçais);
·
Não tem que ser necessariamente uma pessoa de meia idade. Alguns consultores pregam que,
para aplicar consultoria, o indivíduo deve ter uns 15 ou 20 anos de carreira,
no mínimo, e ter passado por diversas empresas. Eu defendo a tese de que o
consultor tem de saber muito sobre a área a ser consultada e também como se
efetua uma consultoria, sem tem obrigatoriamente que ter a cabeça toda branca e
a barriga protuberante;
·
Não tem que ficar a dispor do cliente por todos os momentos que ele quiser (a não ser
que pague muito bem por isso). Da mesma forma que tem momentos que o
consultor fica sem trabalhos, apenas prospectando clientes, em outros ele está
a prestar consultas em dois ou três clientes em dias alternados. Se o consultor
for organizado, pontual e profissional, irá realizar as consultorias sem trocar
os pés pelas mãos.