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sábado, 21 de abril de 2012

O que fazer para manter as vendas após o período de férias e liquidações?

Fernando Cymbaluk
Passado o Carnaval, a temporada de férias de verão termina de vez. Pela frente, um período cruel para os varejistas, segundo a revista Inc. A temporada de inverno que desponta trará frescor para as vitrines. Mas antes, nos meses que se espremem entre as duas estações climáticas mais fortes, um limbo das compras faz o empresário quebrar a cabeça tentando encontrar formas de manter as vendas em um bom patamar.

Esse tempo de incerteza  pode ser aproveitado para arriscar e experimentar. Por que não? Confira abaixo algumas  dicas  preparadas pela revista Inc.

1 – Cultive a identidade de sua marca: nada melhor do que uma pausa no turbilhão da temporada de férias para reparos na imagem do negócio. Não importa se é um café, um lava rápido ou uma empresa de limpeza de carpetes; a criação de uma imagem é vital quando você está competindo por consumidores. Comece agora a deixar seu negócio atraente para a próxima temporada de férias.

2  -   Faça propaganda de graça: há especialistas que orientam  os empresários a não cortarem  o orçamento com publicidade. O conselho é verdadeiro, desde que não  haja outros meios para angariar clientes - o que é pouco provável hoje em dia. Procure publicidade para seu negócio, mas publicidade gratuita! Você pode conseguir em jornais de bairro, a partir de parcerias com os comerciantes e, é claro, no Facebook e cia.

3  -  Renove seu serviço ao cliente: revisão e renovação são os lemas nesse período. Analise como tem sido o contato da empresa com os consumidores. Lembre-se que a personalização do atendimento tem ganhado importância no mercado.

4  -  Jogue com a regra do 80-20: também conhecida como Princípio de Pareto, a dita “lei” afirma que 20% dos produtos respondem por 80% das vendas de um negócio de varejo. O problema é que você não consegue identificar quais produtos serão os mais vendidos se não arriscar colocá-los à venda.

O período de atividade mais lenta pode ser usado para testar a venda de alguns itens. Ofertas e experimentos com preços maiores ou menores do que o habitual podem ser utilizadas para ver o que funciona.

Deriva dessa regra o corolário de que 20% dos clientes representam 80% dos lucros. Identificar este grupo é importante para você concentrar sua gama de produtos e maximizar as vendas.

5  -  Agora, hora de lidar com os outros 80%: que tal arriscar menores margens de lucro? Os clientes compram mais quando o preço está abaixo do praticado pelos grandes varejistas. Margens mais baixas podem valer a pena pelo aumento nas vendas. Além disso, você pode conseguir uma maior retenção de clientes.

Uma ideia dada pela Inc. é aproveitar os sites de venda e leilões on-line. Essa pode ser uma forma de sua loja obter novos clientes.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Anote aí 40: Danone; Marcas; Microtendência; Liquidação; Mercado

LEMOS, Alexandre Zaghi. Efeito ActiviaDanone incrementa verba em 143% e salta da 40ª para a 12ª posição. Meio & Mensagem Especial: Agências & Anunciantes, ano XXXII, nº 1411, 31 de maio de 2010, pp. 45-52.


FIORI, Vera. O consumidor dá as cartas Blogs, Twitter, Orkut, Flickr, Facebook estão mudando as relações de marcas de moda com o seu público. O Estado de S. Paulo, 18 de abril de 2010, Caderno Feminino, pp. 8-9.


GHIURGHI, Flavia. Microtendência.com O que o futuro reserva para uma das ferramentas mais poderosas do mundo corporativo. Carreira & Negócios, nº 20, pp. 66-67.


LAUND, Jean. A metafísica da ‘liquidação’ Para fisgar o consumidor, comércio amplia o sentido da palavra ‘liquidação’, com fórmulas estudadas já na filosofia medieval. Língua Portuguesa, ano 4, nº 53, março de 2010, pp. 38-41. 


MENEZES, Jamille. Escolha certa Indústria de sandálias de borracha representa 52% da produção nacional de calçados e atrai novos investidores. Distribuição, ano 18, nº 215, dezembro de 2010, pp. 66-67.  

sábado, 25 de dezembro de 2010

Liquidação demais afeta a lucratividade

Bruno Mello


O consumidor mais atento que percorre um shopping com relativa frequência percebe: é cada vez mais comum ver os adesivos de liquidação e de queima de estoque nas vitrines das lojas de vestuário e moda. Antes restrita ao fim das estações da moda, a venda de produtos a preços reduzidos já é feita a cada 15 dias por varejistas como a Zara e ganha força em todo o mercado após datas comemorativas como o Natal e o Dia das Mães, o que não é nada bom para o lojista.

A utilização deste recurso centenário importado dos Estados Unidos chega a representar mais de um terço do faturamento de algumas marcas de roupa no Brasil. Se a empresa vende 30% de seus produtos a um preço mais baixo, a sua lucratividade será reduzida na mesma proporção. A tendência é que haja uma diminuição ainda maior do lucro das empresas que embarcam no festival
das liquidações, uma vez que as queimas de estoque estão sendo antecipadas e até variáveis incontroláveis como o clima afetam na demanda.

As liquidações fazem parte do negócio do varejo. O problema está no efeito manada que acontece com uma loja remarcando preço atrás da outra. “É um absurdo queimar estoque em pleno verão. Há um desespero para vender”, aponta Lauro Wöllner, sócio da grife carioca Wöllner. “Está uma loucura. É uma reação em cadeia e todos vão reagindo. Se não entrar (na onda de liquidação) acabamos perdendo venda. Não podemos demorar para seguir”, relata Thais Simonassi, Gerente de Marketing da Cavendish.

Há alternativas

Se chove no verão e faz sol no inverno, a coleção da estação perde o seu apelo. “Não tem como se preparar porque o clima está improvável. Teve inverno quente e verão com chuva em São Paulo”, afirma o Professor Doutor Marcos Cortez Campomar, Coordenador do MBA Marketing de Serviços da FIA/FEA/USP. Ainda assim, há formas de minimizar os riscos. “Tem que olhar a demanda e o estoque corretamente usando técnicas e estudos”, ressalta Campomar, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Uma das ações promovidas pelas marcas foi a diminuição no número de coleções lançadas durante o ano. Hoje, a média é de duas: outono-inverno e primavera-verão. Wöllner e Cavendish fogem do comum e ainda trabalham com novos produtos para o alto-verão.  As lojas de outlets também continuam sendo uma alternativa. A TNG tem 14 pontos-de-venda exclusivos para produtos com desconto.

Outras formas de liquidar a coleção são as ações de queima de estoque pela internet. A primeira opção é no próprio site da marca, como faz a Osklen. A segunda, e cada vez mais utilizada, é vender pelos clubes de desconto como Superexclusivo, Privalia, Coquelux e BrandsClub. Com desconto de até 80%, marcas como Richards e Daslu aproveitam a onda do comércio eletrônico para escoar a produção que não conseguiram vender em suas lojas físicas.

Falsa lucratividade

A despeito da tendência do mercado, Wöllner e Cavendish não querem fazer mais liquidações do que já fazem. “É uma falsa lucratividade”, constata Lauro Wöllner em entrevista ao Mundo do Marketing. “As oportunidades de participação em bazares durante ao ano são definidas de acordo com a quantidade de produtos antigos que temos em estoque. Não pretendemos participar mais do que já participamos”, pondera Thais Simonassi, da Cavendish.

Quando têm que entrar na onda do mercado ou em ações promocionais, as duas marcas usam estratégias diferenciadas. “Tentamos qualificar as promoções para que não pareça liquidação. Pontuamos descontos em apenas algumas peças”, informa Wöllner. “Colocamos em promoção alguns produtos que não giram tão bem. É mais fácil o consumidor entrar na loja que ele gosta e está em promoção. O poder de atração fica maior. Quando ele está dentro da loja, as vendedoras o estimulam a combinar com outras peças que não estão em liquidação”, conta Thais, da Cavendish, ao Mundo do Marketing.

Há dois perfis de consumidores que compram em liquidação. O primeiro são clientes que querem aproveitar um preço mais acessível, mas que não deixam de comprar durante o ano. O segundo é o consumidor de oportunidades. “Certamente a maioria (que compra em liquidação) não pertence ao nosso público-alvo de costume”, constata a Gerente de Marketing da Cavendish.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Liquidação: ação é estratégia de faturamento

Roberta Gerhard Döring

O diretor de planejamento estratégico da Fantasy Publicidade e Propaganda (São Paulo/SP), Caio Camargo, acredita que, no período de Natal, o lojista deva concentrar suas vendas em produtos com maior margem de lucro. Na época de liquidação, segundo o especialista em varejo, as principais iscas aos consumidores devem ser aquelas que ofereçam menores preços ou maiores descontos em relação às ofertas durante as festas. 

Para ele, como existe uma grande gama de produtos que podem ser vendidos para o Reveillon - principalmente para os consumidores de última hora, buscando uma cessório ou sapato que combine mais ainda com a roupa escolhida -, os descontos devem se iniciar imediatamente após a passagem das festas, na retomada das atividades comerciais

Para Camargo a decoração da loja deve estar de acordo com a ação que está promovendo. Conforme o diretor, a fase de descontos deve carregar o mesmo clima de festa das datas de final de ano, apresentando vitrines com preços chamativos, com destaque para prazos ou descontos, assim como grandes ilhas ou pilhas na entrada da loja servem como excelente iscas. “Desde que permitido, faixas na entrada do ponto-de-venda ajudam achamar a atenção. O lojista deve sempre buscar passar a sensação de ‘imperdível’ ou de ‘oportunidade única’ para conquistar o consumidor”, completa.

Segundo Camargo, um consumidor pode ter entrado em uma loja apenas pela oferta da vitrine ou anunciada em um panfleto ou cartaz, mas o lojista inteligente pode aproveitar a oportunidade de interesse de compra e repassar demais produtos ou acessórios que não fazem parte dos preços promocionais, aumentando sua margem de lucro, e consequentemente aumentando seus ganhos.

Para o especialista, a diferença entre a liquidação dos produtos de Natal e as demais liquidações realizadas durante o ano é que esta é uma época na qual o interesse de compra é reduzido, visto que grande parte dos consumidores já se encontram com o dinheiro comprometido com os pagamentos de compras realizadas durante as festas, bem como o pagamento de tributos e impostos que sempre caem no início do ano. Sendo assim, é inevitável que se crie excelentes oportunidades de venda através de ofertas e promoções. “Mais do que apenas promover, é preciso criar a necessidade de oportunidade única na mente do consumidor”, finaliza.

Dicas importantes:

- Organize os produtos que entrarão em liquidação, levando em conta que muitos, em especial os masculinos, podem ser vendidos no decorrer do ano

- Antecipe ao máximo a ação, promovendo a liquidação dos produtos de festa já na segunda quinzena de janeiro

- Surpreenda os clientes criando vínculos de comunicação através de redes de relacionamento, como Orkut, Twitter, blogs e sites, e torpedos telefônicos

- Realize promoções diferenciadas e procure não repeti-las anualmente, mesmo que tenham dado resultado positivo. A melhor ideia é surpreender o cliente, usando de criatividade e inovando nas ações

- A decoração deve seguir o clima do novo ano que se inicia, inspirando renovação. Muita claridade, movimentação e luz são indicadas

- Independente da forma de marketing que escolher, sempre leve em conta que o cliente tem, em média, de 8 a 15 segundos (tempo de sua passagem em frente à loja) para ser atraído para dentro do estabelecimento. Logo, esse é o tempo que o lojista dispõe para chamar a atenção do consumidor através de uma decoração atraente, e, no caso da liquidação, que contenha cartazes atrativos e informativos.

sábado, 19 de junho de 2010

Conheça algumas dicas para fazer promoções

Amanda Camasmie

Ao se deparar com uma campanha promocional mais apelativa, provavelmente você já deve ter se questionado: será que a empresa está assim tão desesperada para vender? Tamanho é o medo de parecerem desesperadas que as companhias limitam-se às ações promocionais mais óbvias, ou seja, aquelas que o próprio cliente já espera, como troca de coleção e datas festivas, destaca Marcelo Cherto (sócio da Franchise Store e da MD Comunicação e membro da Academia Brasileira de Marketing e do Conselho Consultivo da Endeavor Global, de Nova York), em artigo para o site da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios.

Segundo Cherto, especialistas estimam que moradores de cidade grande recebam cerca de 3 mil “apelos ao consumo” diários (na forma de anúncios, outdoors, folhetos, rótulos, cartazes, promoções, etc). O grande problema é que o cérebro humano tem a capacidade de processar apenas uns 200 ou 300 desses apelos. Portanto, quem não for “notável” não será notado, destaca.

As dicas

O especialista acredita que o risco de promoções provocarem efeito negativo é baixo, desde que não sejam uma seguida à outra, o que daria a impressão de “liquidação permanente”. Utilizar formatos inteligentes é outra dica de Cherto, que recomenda experiências que levem o consumidor a fazer algo para ter direito ao preço especial. Como exemplo, ele cita descontos progressivos dados uma vez por ano. Nesse sistema, o consumidor que leva uma peça tem 10% de desconto, se leva duas tem 20% e assim por diante. Campanhas do tipo “compre dois produtos e leve três” ou aquelas que destacam apenas alguns itens promocionais com etiquetas ou adesivos também podem surtir efeito positivo.

O Sebrae-MG lista algumas ações promocionais que podem ser eficazes, como oferecer amostras dos produtos. As miniaturas podem ser distribuídas de porta em porta, anexadas a outro item ou encartadas em um anúncio.

Promover condições especiais no aniversário da empresa também pode ser uma boa opção, assim como oferecer brindes de pequeno valor (como canetas, bonés e agendas) com o logotipo da empresa. Também são eficientes o uso de vale-brinde: pequena peça de papel, plástico, madeira ou outro material colocado junto, dentro ou na própria embalagem de um produto. Essas promoções, conhecidas como “achou, ganhou”, ajudam na formação ou fixação da marca e também auxiliam a rotação do estoque de alguns produtos.

Distribuição gratuita de prêmios efetuadas mediante sorteios, vales-brindes ou concursos precisam ser autorizados e fiscalizados pela Receita Federal, no caso de instituições financeiras, ou pela Caixa Econômica Federal.

Parcerias são sempre bem-vindas também. Portanto, fazer acordo com os principais fornecedores com o intuito de obter apoio em promoções e vantagens adicionais para os seus clientes pode ser um bom negócio.

E cuidado com a palavra grátis, recomenda o Sebrae-MG. Ofereça algo gratuito somente se o cliente tiver a certeza de que realmente está ganhando algo, que não está pagando indiretamente. Oferta do dia também pode ser uma ferramenta interessante para atrair clientes. Só não se esqueça de mudá-la diariamente.

E como todo cliente gosta de ter benefícios, ofereça a ele algo adicional, como um curso ou acessório, destaca Cherto. “E lembre-se de que o cliente sempre compra pelas razões dele, nunca pelas suas”, pondera.