Flávio
Levi
Mapa mental ou Mind Map é uma ferramenta de organização e planejamento
muito semelhante a um diagrama. Foi criado pelo inglês Tony Buzan e auxilia na
gestão de informações e compreensão de ideias, por gerar uma fácil visualização
e boa estruturação de todas as informações necessárias, além de facilitar o
processo de memorização e estimular os dois lados do cérebro e incentivar a
criatividade.
Com um mind map você pode organizar, reunir e filtrar ideias, pode
analisar uma estrutura de informações, verificar a relação entre pontos chave
e, além de tudo, terá uma forma visual associativa de todas as etapas em um
planejamento ou processo. Ou seja, terá a visualização de diversos elementos de
uma vez, aumentando a probabilidade de integração e associação criativa entre
todos os elementos.
O mapa mental assemelha-se muito a um fluxograma, mas de uma forma menos
linear e mais processual. Você tem uma ideia central e a partir dela vai
gerando diversas ramificações de tópicos e sub-tópicos, seguindo algumas cores
e formas, a fim de organizar visualmente cada etapa do processo, já que
anotações monocromáticas não estimulam o cérebro da mesma forma que anotações
coloridas, com formas e imagens.
Mas e
daí, o que eu faço com tudo isso?
Com um Mind Map em mãos, você pode utilizá-lo como base para tomada de
decisões, já que tem de forma visual e organizada todos os elementos da
operação. Através dele você sabe quais direcionamentos pode tomar e isso
facilita para ver o processo como um todo. Você também poderá utilizá-lo para
organizar e ordenar o processo de planejamento e de brainstorm, além de
representar estruturas de campanhas, check-lists, etc.
Como o mind map estimula a criatividade, ele aumenta a possibilidade de
geração de novas ideias, além de encorajar o lado lúdico, de humor e de
inovação para que se chegue a ideia criativa com mais facilidade.
Como
construir um mind map
Você pode fazer seu mind map através de algum programa específico (veja
algumas sugestões abaixo) ou pode fazer à mão mesmo, o que é recomendado para
os primeiros mapas, de forma a assimilar melhor o funcionamento. O ideal em um
mind map é a utilização de cores, já que foi comprovado através da psicologia que
as cores, formas, dimensões elementos inusitados facilitam no processo de
memorização e leitura. Então, caso vá fazer em uma folha de papel, separe
canetas coloridas; caso faça no computador, ele já permite essa função.
Tenha sempre em mente um tópico principal.
Assim que registrar esse tópico, comece em forma de raiz a colocar os
sub tópicos e assim por diante. Utilize a folha na horizontal, sempre separando
tudo e sem utilizar textos longos. Se possível, separe os tópicos por cores,
pois facilita a trilha de leitura, afinal um mind map deve ser sempre olhado
seguindo um fluxo de informações.
Tony Buzan defende que a criação de um bom mind map acontece em cinco
etapas:
Etapa 1:
disparando as ideias
Coloque a ideia central do mind map e em seguida deixe rolar as ideias
por aproximadamente 20 minutos, de forma rápida, sem muito tempo para pensar,
já que fazer o cérebro trabalhar em alta velocidade o liberta do pensamento
padrão e encoraja novas ideias. Mesmo que as ideias pareçam absurdas, não as descartem,
elas podem fornecer novas perspectivas e derrubar velhos hábitos.
Etapa 2:
primeira reconstrução e revisão
Faça uma curta pausa após a etapa 1. Deixe o cérebro descansar e se
integrar às ideias geradas. Após esse repouso, faça um novo mind map com as principais
ideias identificadas – categorize e construa a hierarquia, ordenando de uma
forma visual mais agradável o seu mapa e facilitando a procura de associações.
Mesmo que encontre ideias repetidas, mantenha-as caso façam sentido dentro do
contexto. Em certos casos essa repetição pode mostrar a importância de alguns
pontos e, a partir destes pontos, podem surgir alguns novos conceitos.
Etapa 3:
incubação
A criatividade súbita vem quando o cérebro está relaxado, seja dormindo,
correndo, ou meditando. Estes estados de espírito permitem que o processo de
pensamento se espalhe para as áreas mais distantes do cérebro, aumentando as
possibilidades de descoberta mental. Entre outras palavras, a etapa 3 diz que
você deve relaxar entre a etapa 2 e 4, para que suas ideias fluam melhor.
Etapa 4:
segunda construção e revisão
Após a incubação, o cérebro terá uma percepção mais “fresca” do que no
primeiro e segundo mind map. Então agora é hora de fazer outro disparo como na
etapa 1, mas dessa vez considerando todas as informações colhidas e integradas
nos estágios anteriores, de forma a surgir um mind map final, refinado,
compreensível e legível.
Etapa 5: estágio final
Após ter um mind map final (o que foi elaborado na etapa 4), você tem em
mãos uma ferramenta de fácil visualização de qualquer situação, planejamento ou
informação. É é neste momento que deve ser feita uma análise geral do mind map
e, se preciso, feito novas associações e a inserção de novos elementos que
possam conduzir a avanços.
Procure trabalhar com a folha ou página na horizontal, o que permite um
melhor aproveitamento do espaço. Algumas vezes considere utilizar imagens para
representar os tópicos, facilitando ainda mais a leitura.
Cada
programa tem a sua forma de trabalho; alguns são mais flexíveis para
ilustrações e outros mais focados no conteúdo. Independente da ferramenta, o
conceito é sempre o mesmo.
Algumas
referências
·
iMindMap (site
oficial do Tony Buzan);
·
Descrição
de mapa mental na Wikipédia (em
português);
Programas
para mapas mentais
·
MindManager
Pro 7 (simples, prático e totalmente integrável com o Office);
·
ConceptDraw
MindMap (compatível com Windows e Mac);
·
Visual
Mind;
·
FreeMind
(open source para Windows, Mac e Linux).
Eu utilizo o MindManager Pro, por ser de fácil utilização e totalmente
integrável com o Office. Mas o ideal é testar a ferramenta que mais se adapte à
sua forma de trabalhar. Não deixe também de consultar as fontes de referência,
que possuem diversos modelos para utilização de mind maps.