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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

No amor e nos negócios, a inteligência emocional é o mais importante

PEGN
18/04/2014
 
Manter um negócio demanda tanto esforço quanto manter um relacionamento. A comparação pode parecer estranha, mas é o que defende o americano Eric Schiffer. Empreendedor em série, ele é o atual presidente da 99¢ Only Stores (que é como uma versão americana das lojas de R$ 1,99). Em sua última coluna no site da Entrepreneur, o empresário defende que o componente mais importante para manter tanto a sua empresa como o seu relacionamento de pé é a inteligência emocional. "Na verdade, as regras para alcançar seus objetivos nos negócios são as mesmas para o amor", diz.

Schiffer listou cinco dicas que podem ajudar empreendedores a alcançar o sucesso no trabalho e na vida pessoal. Veja abaixo:  

1. Considere as ações e não as palavras
Ações importam mais do que palavras. Na hora de contratar um novo funcionário, preste mais atenção ao histórico dos candidatos do que em seu discurso. O mais indicado é tentar conversar com alguém que já tenha trabalhado com o potencial contratado e perguntar como é seu perfil em uma equipe: ele cumpre prazos? Tem um bom relacionamento com as pessoas? É esforçado?

No amor, vale a mesma regra. Falar é fácil. Difícil mesmo é cumprir o que se diz.

2. Não leve tudo para o pessoal
Evite transformar coisas pequenas em grandes dramas. Pessoas com inteligência emocional sabem que, de vez em quando, é preciso se afastar e analisar a situação de maneira fria antes de tirar conclusões drásticas. Se você ficou incomodado com alguém que o interrompeu durante uma reunião, por exemplo, o melhor é considerar o que pode ter feito a pessoa se comportar dessa maneira em vez de traçar um plano de vingança contra ela. Se esforce para sentir empatia e se colocar no lugar dos outros - e não leve tudo para o pessoal. Cada um vive em seu próprio mundo e, na maior parte das vezes, você não sabe o que está acontecendo por lá.

As mesmas regras se aplicam às relações românticas. Todo mundo tem dias ruins e todo mundo tem suas manias e esquisitices. Não é porque seu par não está com vontade de dançar que ele tem vergonha de ser visto com você. Pare de criar teorias mirabolantes e aceite as coisas exatamente como são. E o mais importante: não deixe bobagens te empacarem. Siga em frente. Sempre.

3. Mantenha o foco no todo
Pessoas bem sucedidas na vida e nos negócios levam o todo em consideração. Isso significa deixar detalhes de lado e encarar o caminho focando no destino final. Quando você mantém uma meta clara na cabeça, fica mais fácil negociar com clientes, criar parcerias bem sucedidas e concentrar suas energias no que é mais importante - sem se deixar desviar por pequenos aborrecimentos no meio do caminho.

O mesmo conselho vale para os relacionamentos. Se a sua prioridade é o seu parceiro, então você deve ligar menos para os pequenos desentendimentos do dia a dia que perturbam tantos casais - a toalha molhada em cima da cama, a pasta de dente sem tampa. Até mesmo situações mais importantes, como a administração do dinheiro ou a educação dos filhos, devem ser analisadas com uma coisa em mente: vocês estão fazendo tudo isso juntos.

4. Limpe as toxinas
Bons negócios se alimentam de boas energias. Muitas vezes, mesmo os funcionários mais eficientes, trazem cargas negativas que podem prejudicar a empresa. Evite contratar pessoas manipuladoras ou que agem sempre na defensiva. Essas características acabam contaminando o escritório e os outros empregados.

O mesmo vale para seus relacionamentos. Se alguém faz você se sentir mal sobre si mesmo, tenha foças para superá-lo e seguir em frente. Pessoas com inteligência emocional têm pouca tolerância a parceiros mentirosos, críticos ou carentes. Alguns indivíduos simplesmente são melhores fora da sua vida.

5. Não se desespere, nem perca o contato
Não é porque um relacionamento acabou que você deve se atirar da ponte mais próxima. Da mesma maneira, o fim de um acordo ou uma parceria que era boa para sua empresa não é o fim do mundo. Quem tem inteligência emocional se esforça para se manter positivo e voltar à estrada. Não é porque um relacionamento ou uma parceria terminou que você deve se separar da pessoa como se fossem inimigos.

Na maior parte das vezes, compromissos acabam por causa de diferenças e circunstâncias sobre as quais nenhum dos dois têm controle. Acontece, mas é raro relacionamentos terminarem por um deslize de uma das partes. Se esse não for o caso, não perca o contato com o ex-parceiro ou com o ex-sócio. O mundo gira e você nunca sabe quando caminhos podem voltar a se cruzar.


Disponível em http://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/04/no-amor-e-nos-negocios-inteligencia-emocional-e-o-mais-importante.html. Acesso em 24 ago 2014.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Doze cursos online gratuitos para empreendedores

Camila Lam
 24/07/2014
Por mais que tenha uma rotina repleta de tarefas, donos de pequenas empresas ou startups não podem deixar de se capacitar. Buscar conhecimento e manter-se atualizado são atitudes essenciais para quem tem um negócio.

Veja a seguir uma seleção de aulas na internet que os empreendedores podem fazer de graça. Os assuntos vão desde gestão de pessoas até desenvolvimento de aplicativos.

1. Introdução ao private equity e venture capital para empreendedores

O curso tem 40 horas de duração e o conteúdo está estruturado em oito módulos. Características gerais da indústria e aspectos da captação de recursos, perfil dos negócios em private equity e venture capital e gestão e monitoramento contínuo são alguns temas tratados. A inscrição pode ser feita no site da FGV Online e o início do curso é imediato.

2. Como iniciar o seu próprio negócio

Esse curso é indicado para quem deseja aprender sobre nichos de mercado e as oportunidades de negócio. As aulas do iPED (Instituto Politécnico de Ensino a Distância) falam sobre plano de negócios, a busca por um investidor, administração financeira, entre outros assuntos.

3. Desenvolvimento de aplicativos web

O curso é oferecido pela Universidade do Novo México, por meio do Coursera, e ensina a como construir e programar um aplicativo. As aulas são em inglês e a próxima turma começa em agosto. É essencial que o aluno tenha conhecimentos de programação e seja proficiente em alguma linguagem como Java ou Python.

4. Mantendo o estoque em dia

O curso é oferecido pelo Sebrae-SP e é voltado para quem já tem uma micro ou pequena empresa. Trata da importância de administrar o estoque da empresa e como o bom gerenciamento pode ajudar a reduzir gastos. O aluno terá que realizar atividades práticas e a carga horária é de três horas. Para ter acesso ao conteúdo, é preciso ter o CNPJ da empresa cadastrado.

5. Recursos humanos

O curso é voltado para a análise de programas de treinamento e desenvolvimento de pessoal. Com carga horária de 15 horas, o objetivo do curso é analisar esses programas e tratar de liderança e avaliação de resultados. O início é imediato e a inscrição pode ser feita no site da FGV Online.

6. Contabilidade para micro e pequenos empresários

Receitas, despesas e custos, lançamentos contábeis e balanço patrimonial são alguns assuntos tratados no curso. Os alunos aprendem também sobre a importância da contabilidade na gestão de uma micro ou pequena empresa.

7. Gestão da Inovação: inovar para competir

Tipos de inovação, práticas de estímulo à inovação e adoção dos instrumentos de apoio rumo à empresa inovadora são alguns temas que serão tratados no curso oferecido pelo Sebrae. A carga horária é de 15 horas e foi desenvolvido para donos de empresas de pequeno porte.

8. Sustentabilidade aplicada aos negócios: orientações para gestores

A carga horária é de 10 horas e o objetivo do curso é apresentar os principais conceitos relacionados à sustentabilidade. Dessa maneira, o empreendedor poderá conhecer as possibilidades de mudança na gestão do seu negócio. Não há pré-requisito e o início do curso é imediato. Mais informações no site da FGV Online.

9. Pequenas empresas nas redes sociais

O objetivo desse curso é capacitar empreendedores para aproveitar as oportunidades e minimizar os riscos da presença da empresa nas redes sociais. Com carga horária de três horas, o aluno aprenderá a utilizar ferramentas de comunicação e interação. Mais informações no site do Sebrae-SP.

10. Inspirando a liderança através da inteligência emocional

Quem compreende inglês pode aproveitar esse curso oferecido pela Universidade Case Western University, dos Estados Unidos. O aluno poderá aprender sobre a relação da emoção e liderança e a lidar com o estresse crônico. O curso é disponibilizado pelo site Coursera e a próxima turma começa em agosto.

11. Técnicas de vendas

Como aprimorar os serviços de vendas da sua empresa? Como vender mais e melhor? O curso faz parte do Programa Varejo Fácil, do Sebrae, e tem carga horária de 15 horas. O objetivo das aulas é de capacitar o pequeno empresário com estratégias para melhorar as vendas do negócio.

12. Marketing estratégico

A gestão da marca de uma empresa é essencial para quem deseja alcançar o sucesso e ter um bom relacionamento com o seu consumidor. No curso Marketing estratégico, do iPED (Instituto Politécnico de Ensino a Distância), é possível aprender sobre os principais conceitos e objetivos do marketing.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/12-cursos-online-gratuitos-para-empreendedores?utm_source=newsletter&utm_medium=e-mail&utm_campaign=news-diaria.html. Acesso em 01 ago 2014.

sábado, 8 de março de 2014

Mulheres empreendedoras são mais felizes, diz pesquisa

PEGN
07/03/2014
Um dos critérios para medir o índice de felicidade das empreendedoras foi o balanço entre vida pessoal e carreira (Foto: Think Stock)
Você é mulher e empreendedora? Sim? Então tem muitos motivos para sorrir. Pelo menos é o que aponta o resultado do último Global Entrepreneurship Monitor, o maior levantamento sobre empreendedorismo do mundo, que afirma: as donas de empresas estão entre as pessoas mais felizes de todo o planeta.

Para chegar a esse resultado, a pesquisa analisou o nível de bem estar e satisfação com o trabalho de empreendedores e não empreendedores em 70 países. A maior parte dos empresários usou as respostas "minha vida está próxima do ideal" e "se eu pudesse começar tudo de novo, não mudaria absolutamente nada" para falar sobre como se sentem a respeito de suas carreiras.

É claro que toda essa felicidade não apareceu da mesma forma em todas as regiões analisadas. Na África Subsariana o nível registrado foi o mais baixo, enquanto a América Latina e América do Norte apresentaram os índices mais altos. Mas, na comparação entre gêneros, as mulheres a frente de empresas se mostraram mais contentes com seu trabalho de uma maneira geral em todo o mundo. O GEM não deixa claro o porquê de as empreendedoras se sentirem mais felizes, mas outros dados apurados pelo levantamento podem explicar os motivos.

Para medir o índice de felicidade das empreendedoras o GEM levou em conta o balanço entre vida pessoal e carreira. O rígido modelo corporativo não consegue acomodar todas as necessidades das mulheres. Como elas ainda são as principais responsáveis pela criação e pelos cuidados de crianças e idosos na família, a falta de flexibilidade de horários e tempo livre nas organizações dificulta - e muito - a conciliação entre a vida pessoal e a carreira. Muitas são atraídas pelo empreendedorismo justamente pela possibilidade de montar sua própria agenda.

Outro fator que torna as empreendedoras mais felizes é o fato de o dinheiro não ser tão importante quando a mudança que elas geram na sociedade. O projeto "1.000 Stories", que conta as histórias de empreendedoras pelo mundo, fez uma pesquisa para saber o que motiva as mulheres a começarem um negócio. As respostas surpreenderam: para as entrevistadas, fazer a diferença e mudar o mundo são fatores muito mais importantes do que ganhar dinheiro e gerar riqueza. Um dado do GEM também comprova esse resultado.

Segundo a pesquisa, o número de mulheres criando empreendimentos sociais está ultrapassando o de homens em países como Rússia, Argentina, Israel, Líbano e Islândia. No Brasil e nos Estados Unidos esse índice é equilibrado. Ter um trabalho com uma causa por trás, capaz de mudar a sociedade ao seu redor, é um fator que gera felicidade.


Disponível em http://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/03/mulheres-empreendedoras-sao-mais-felizes-diz-pesquisa.html. Acesso em 07 mar 2014.

sábado, 1 de março de 2014

Estudo exibe as várias faces da classe média

Roseani Rocha
19 de Fevereiro de 2014
A classe média, até então vista de forma homogênea foi segmentada por estudo da Serasa Experian e Instituto Data Popular 
Após um ano de estudos em conjunto, a Serasa Experian e o instituto Data Popular, especializado na classe C, avaliaram esta população em detalhe para determinar perfis que possam colaborar com ações mais segmentadas para este público, até então visto de maneira homogênea por anunciantes, agências de marketing e mesmo pelo poder público.

As empresas afirmam que a chamada nova classe média é composta por 108 milhões de pessoas que consumiram o equivalente a mais de R$ 1,17 trilhão em 2013, sendo responsável, ainda, por 58% do crédito movimentado no País. O estudo Faces da Classe Média avaliou essa faixa social sob 400 variáveis, considerando aspectos geográficos, demográficos, creditícios e comportamentais.

O resultado foram quatro grandes perfis: Batalhadores, Experientes, Empreendedores e Promissores. Confira abaixo o resumo de cada um deles:

Batalhadores – Representam a maior fatia da população da classe C (39% ou 30,3 milhões de pessoas), têm em média 40 anos e 48% deles concluíram o ensino fundamental. Os solteiros predominam: são 72%, sendo que 49% deles trabalham com carteira assinada e 41% usam a internet. Para os Batalhadores, o emprego é visto como fonte de estabilidade e meio para a realização de sonhos e desejos. Também veem o estudo como fonte de ascensão social. Este grupo, que consome R$ 388,9 bilhões, é um dos grandes usuários do crédito, para itens como a aquisição da casa própria ou reforma. Seus produtos e serviços de desejo em 2014 são viagens de avião nacionais, móveis, máquina de lavar, TV (plasma, LCD ou LED), imóvel e carro.

Experientes – Têm idade média de 65 anos e representam 26% da classe média (20,5 milhões de pessoas). Aqui, 36% são profissionais autônomos, 41% são viúvos e só 7% acessam a internet; 59% têm ensino fundamental e 31% não receberam educação formal. Temendo depressão e preconceito dos mais jovens e para manter seu padrão de consumo, esse grupo busca manter-se no mercado de trabalho. Eles movimentam R$ 274 bilhões e têm como alvo para este ano a aquisição de viagem de avião nacional, móveis, geladeira, máquina de lavar e TV (plasma, LCD ou LED).

Empreendedores – O menor e mais arrojado grupo dentro do escopo da pesquisa; representa 16% da população analisada (11,6 milhões de pessoas), consome média de R$ 276 bilhões. Trata-se de uma faixa social mais escolarizada – 42% estão cursando ou já concluíram o ensino médio e 19%, o superior. Com idade média de 43 anos, 43% têm carteira assinada e 60% utilizam a internet. Este grupo busca conciliar o trabalho como sustento ao gosto pela atividade que exercem. Entre seus planos para 2014 são destaques viagem ao exterior, móveis, notebook, tablet, TV (plasma, LCD ou LED) e carro.

Promissores – São 19% dos pesquisados (14,7 milhões) e jovens com idade média de 22 anos; 95% são solteiros, 59% concluíram ensino médio e 57% têm emprego com carteira assinada. A maioria (72%) usa a internet, mas ao que indica o estudo, não para pesquisas sobre finanças pessoais: 51% admitiram se descontrolar financeiramente, já tendo enfrentado apertos e endividamento. Seu consumo é de R$ 230,8 bilhões e para este ano pretendem gastar com academia de ginástica, faculdade, cursos profissionalizantes, móveis, notebook, smartphones, carros e motos.


Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/noticias/2014/02/19/Estudo-exibe-as-varias-faces-da-classe-media.html. Acesso em 01 mar 2014.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Cinco formas de conseguir dinheiro para começar um negócio

Priscila Zuini
07/02/2014
Dinheiro: homem segura notas de real
Dinheiro é essencial para começar um negócio. Não adianta ter uma ótima ideia sem disponibilidade de capital mínimo para começar a operar. “Dinheiro é fundamental para a criação de um novo negócio. É oxigênio na criação e manutenção de uma empresa”, defende Edison Kalaf, professor da Business School São Paulo (BSP).

É comum que os empreendedores não tenham todo o dinheiro que precisam para tirar uma ideia do papel. Por isso, o primeiro passo é fazer um planejamento básico, para saber o que o negócio vai demandar. “O capital próprio é a fonte de recurso mais utilizada, mas nem sempre o empresário usa uma fonte só”, diz Marcelo Nakagawa, professor do Insper. Veja a seguir onde conseguir dinheiro para começar seu negócio.

1. Capital próprio
Para Nakagawa, essa é a melhor forma de investir em uma pequena empresa. Com capital próprio, o empreendedor não contrai dívidas em bancos e tem mais noção de quanto pode gastar. “Às vezes, implica a venda de algum ativo da pessoa ou algum tipo de acordo que faz com o cliente pague antes de receber. Nos Estados Unidos, o termo é bootstrapping, pega dinheiro do cliente e entrega depois o produto”, indica.

O porém desta fonte é que o empreendedor precisa ter acumulado dinheiro ao longo do tempo. Por isso, é mais comum que pessoas mais experientes tenham essa reserva. “Esse é outro tipo de empreendedor, mais velho, e não uma startup”, diz Kalaf.

2. Incubadoras
Para startups, é muito comum que elas comecem a se desenvolver dentro de incubadoras, que são instituições ligadas, geralmente, a universidades que apoiam empreendedores iniciantes. “É uma organização que estimula a criação e o desenvolvimento de pequenas empresas. Dão espaço físico, algum infraestrutura, acesso a internet e assessoria jurídica, por exemplo”, diz Kalaf.

3. Agências de fomento
Outra opção de fonte de capital são as agências de fomento. “Esses recursos são chamados de não-reembolsáveis ou de fundo perdido”, explica Nakagawa. São organizações que trabalham com editais ou chamadas e oferecem linhas de crédito a juros baixíssimos ou nulos. “Os empreendedores tem que conhecer Fapesp, Finep, CNPQ, Senai e agências de amparo à pesquisa”, indica.

4. Empréstimo bancário
O empréstimo bancário é mais indicado para quem pensa em abrir uma franquia. “É comum bancos terem linhas de crédito espetaculares para abrir uma franquia”, indica Kalaf. “É muito difícil para quem está começando do zero, mas o empreendedor tem que prestar atenção em alguns bancos que tem financiamento para franquias”, reforça Nakagawa.

Neste tipo de crédito, é preciso ter cuidado com as taxas de juros. “No Brasil, as taxas são muito altas e é comum exigir, por exemplo, uma garantia real”, afirma Kalaf.

5. Investidores externos
Mais comum também no mercado de startups, o investimento de anjos e fundos de capital semente pode ser conseguido quando o negócio já está mais maduro. “O tipo de empresa que pega esse dinheiro é um número pequeno, são empresas de altíssimo potencial de crescimento”, diz Nakagawa. Nestes casos, o investidor quer ver o negócio concreto. No caso de anjos, investem em média de 80 mil a 100 mil reais.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/5-formas-de-conseguir-dinheiro-para-comecar-um-negocio?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 09 fev 2014.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Reconhecer ideas falhas estimula a inovação, aponta pesquisa

Luísa Melo
07/01/2014
Ser destaque no mercado sem inovação é tarefa ingrata - se não impossível - e as grandes empresas já sabem disso. Muitas delas, porém, ainda se perdem na hora de escolher a melhor forma de estimular suas equipes a pensar fora da caixa.

Recompensar as ideias de sucesso parece um bom caminho para incentivar projetos empreendedores. Mas, se inovar requer correr riscos, também é importante reconhecer tentativas fracassadas. E não é isso o que a maioria das companhias tem feito, segundo uma pesquisa da consultoria Accenture.

O estudo ouviu 600 funcionários de empresas, 200 executivos tomadores de decisões e 200 trabalhadores autônomos.

Enquanto quase metade (49%) dos funcionários pesquisados acredita que o suporte dos gestores é importante para o surgimento de ideias inovadoras, apenas 1 em cada 5 (20%) afirma que sua empresa oferece esse apoio.

Além disso, apesar de 42% deles dizerem que a tolerância aos erros é crucial para o empreendedorismo, só 12% afirmam que o comando de suas companhias lida bem com as falhas da equipe.

Na mesma linha, três em cada quatro funcionários (77%) dizem que novas ideias são recompensadas somente quando são implementadas ou quando fica comprovado que elas realmente funcionam. Em consequência disso, mais de um em cada quatro trabalhadores (27%) afirmam evitar sugerir ideias com medo de consequências negativas.

Incentivar a inovação também ajuda a reter talentos

A pesquisa aponta que não incentivar a inovação, o empreendedorismo e o surgimento de novas ideias pode não só atrasar o desenvolvimento de uma empresa, como também espantar os funcionários mais criativos. Eles podem ser atraídos por outras companhias que estimulem esses processos, ou investir em seu próprio negócio.

Entre os 200 autônomos ouvidos, 93% dos que trabalharam em organizações no passado disseram ter proposto uma ideia empreendedora em seus antigos empregos. Porém, 57% deles afirmaram que não receberam o devido apoio de seus empregadores. 

Além disso, 30% disseram ter começado seu negócio para poder ter liberdade de ter novas ideias sem ter que se dedicar a projetos paralelos.

O lado bom e os desafios

A boa notícia trazida pela pesquisa é que, mesmo com todas as dificuldades de reconhecimento apontadas, a maioria dos funcionários (55%) afirma que suas empresas apoiam mais os processos de inovação do que o faziam há cinco anos.

Porém, ainda há obstáculos. Entre os empregados, 36% acreditam que seu trabalho os deixam ocupados demais para propor novas ideias. Trita por cento dos executivos tomadores de decisões têm a mesma opinião.

A falta de suporte da liderança para as tentativas de inovação foi também foi apontada como um dos problemas por 20% dos empregados e 21% dos executivos.

Além disso, 13% dos funcionários dizem que suas companhias não dão incentivos para novas ideias - como bônus ou recompensas monetárias. Entre os executivos, o número é de 7%.


Disponível em http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/reconhecer-ideas-falhas-estimula-a-inovacao-aponta-pesquisa?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 07 jan 2014.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Brasileiro demora 99 dias a mais para abrir empresa ao comparar com outros países

Luiza Belloni Veronesi

19-09-2013


Um estudo realizado pela consultoria EY (antiga Ernst & Young) revelou os países do G20 com os melhores ambientes para o empreendedorismo. A pesquisa analisou o acesso ao financiamento, cultura empreendedora, impostos e regulamentação, educação e capacitação e apoio coordenado.

Para os empreendedores brasileiros, impostos e regulamentação foram considerados as principais barreiras para o crescimento dos negócios. O tempo médio para abrir uma empresa é de 119 dias, contra uma média de 20 dias nos demais países do G20. Além disso, o tempo gasto no Brasil para resolver questões tributárias é de 2.600 horas, enquanto nos demais países, a média não ultrapassa 347 horas. No ranking dos países, ele ficou na 17ª posição, atrás apenas da Itália, Índia e Argentina.

O estudo "G20 Entrepreneurship Barometer" baseia-se em entrevistas com 1,5 mil empreendedores e dados sobre as condições e melhores práticas para o empreendedorismo nos países do G20. Ele dividiu em grupos de cinco os países com os melhores ambientes para o empreendedorismo. No primeiro grupo do G20, e considerado o melhor ambiente, aparecem Austrália, Canadá, Estados Unidos, Coreia do Sul e Reino Unido. O Brasil está no 3º grupo, junto a China, México, Rússia e Arábia Saudita.

Os Estados Unidos lideram em quesitos como acesso a financiamento e cultura empreendedora, enquanto a França apresenta o melhor cenário em educação e capacitação. Porém, o levantamento mostra que os países emergentes estão reduzindo a distância e sendo mais rápidos para fazer as reformas necessárias para melhorar o “ecossistema” para o empreendedorismo. A Arábia Saudita é o país mais atrativo do ponto de vista dos impostos incidentes sobre o empreendedorismo e da regulamentação simples para o setor. No último quesito, apoio coordenado, o que inclui tutoria empresarial e rede de contatos, a Rússia está no topo, seguida por México e Brasil.

Posições

Acesso ao    financiamento
Cultura empreendedora
Impostos e regulamentações
Educação e capacidade
Apoio coordenado
1
EUA
EUA
Arábia Saudita
França
Rússia
2
Reino Unido
Coreia do Sul
Canadá
Austrália
México
3
China
Canadá
Coreia do Sul
EUA
Brasil
4
Canadá
Japão
Reino Unido
Coreia do Sul
Indonésia
5
Austrália
Austrália
África do Sul
União Europeia
Índia
Brasil
9.ª posição
12.ª posição
17.ª posição
10.ª posição
-
G20 – Entrepreneurship Barometer

Emprego

Segundo o estudo da YE, os empreendedores já são responsáveis por dois terços dos empregos nos países do G20 e representam uma força essencial para a criação de ainda mais vagas, inclusive entre os jovens. Na União Europeia, os empreendedores criaram 67% dos novos empregos em 2012; na China, a proporção de empregos gerados por empreendedores no mesmo período chega a 75%.

Acesso a financiamento

O acesso a financiamento é citado como principal ponto para ação por 70% dos empreendedores ouvidos pela EY, os quais afirmam que conseguir fontes de financiamento continua sendo uma tarefa complicada mesmo com o crescimento dos negócios. Enquanto nos Estados Unidos apenas 15% dos empreendedores apontam que é difícil conquistar financiamento, o índice sobe para quase a metade no Brasil. Por outro lado, 80% dos empreendedores brasileiro percebem melhoria no amparo do empreendedorismo nos últimos três anos por meio de programas governamentais e de associações, contra 53% com a mesma opinião nos demais países do G20.

Disponível em http://www.infomoney.com.br/negocios/noticia/2967447/brasileiro-demora-dias-mais-para-abrir-empresa-comparar-com-outros?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=nlnegocio. Acesso em 23 set 2013.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Quatro sacrifícios que os empreendedores precisam fazer pelo negócio

Priscila Zuini
25/04/2012
Que a vida de empreendedor não é fácil quase todo mundo já está cansado de saber. Quando se é dono de uma pequena empresa, tudo paira sobre você. São contas a pagar, funcionários para administrar, estoque para comprar. Em meio a isto, os empreendedores quase que invariavelmente precisam abrir mão de coisas importantes, como tempo e dinheiro.

A história dos empreendedores mostra como esses sacrifícios são, muitas vezes, recompensados. A chave do sucesso está na persistência. Veja a seguir exemplos de sacrifícios que os empreendedores costumam fazer pelo bem do negócio.

1. Casa

O capital que uma pequena empresa exige para começar a operar geralmente extrapola as economias do empreendedor. Por isso, as pessoas começam a se desfazer de bens, como carros e até a própria casa. É o caso de Antonio Carlos Viégas, diretor da Moldura Minuto.

Viégas viveu e trabalhou por três anos em Portugal para acumular capital. Na volta, descobriu que o dinheiro ainda não era suficiente. “Ainda faltava 40 mil reais para abrir a empresa e eu não podia me dispor desse dinheiro. Então, pedi para morar com a minha sogra”, conta. Viégas e a esposa dividiam o quarto com outras duas pessoas, mas ele garante que este sacrifício foi essencial para a empresa. “Se não fossem eles, o negócio não teria decolado”, diz.

2. Tempo

Uma empresa consome praticamente todo o tempo disponível do empreendedor, já que o negócio continua mesmo depois do fim do expediente. É o dono que costuma fechar o caixa ou ficar até mais tarde organizando o espaço. Se não bastasse isso, em casa o empreendedor não desliga e o assunto empresa continua na cabeça.

Estar preparado para abrir mão de tempo livre ou para lazer é essencial no começo da empresa. “No primeiro ano de atividade, eu e minha esposa [Elza Martin] tínhamos somente um auxiliar e éramos responsáveis por toda a rotina de um novo empreendimento, desde compra, venda, entrega e cobrança até pagamentos”, conta Lindolfo Martin, fundador rede Multicoisas.

3. Profissão

Começar um projeto empreendedor e manter o emprego costuma dar certo por um tempo. Depois, a empresa vai demandar mais atenção e fica difícil conciliar as duas coisas. Ricardo Tabach é um exemplo disso. Ele era auxiliar técnico da seleção brasileira masculina de vôlei quando Bernardinho propôs que ele se dedicasse totalmente à franquia da Escola de Vôlei Bernardinho.

A decisão de deixar de lado uma possibilidade de ouro olímpico em Londres pesou, mas o negócio falou mais alto. “A marca está em plena expansão e fico feliz por ter participado desse processo, mesmo tendo que abrir mão de uma atividade que me dava muito prazer”, afirma Tabach.

4. Dinheiro

Estabilidade não combina com o começo de uma pequena empresa. Quem abre um negócio sabe que os primeiros meses são turbulentos e demandam um alto volume de capital de giro. O dinheiro que a empresa consome costuma apertar as contas pessoais, mas a recompensa aparece quando os lucros começam a surgir.

Vanessa Caldas é sócia da loja virtual Amo Muito e deixou o emprego para se arriscar. “Abri mão da estabilidade e da segurança de um salário certo no fim do mês. Abrir uma empresa sem muitos recursos é um dos maiores riscos que os empreendedores podem correr. Larguei meu trabalho e investi todo meu tempo e dinheiro na empresa. No primeiro ano foi extremamente difícil, mas eu tinha a certeza que estava no caminho certo e os resultados me incentivavam a continuar”, conta Vanessa.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/4-sacrificios-que-os-empreendedores-precisam-fazer-pelo-negocio?page=1&utm_medium=twitter&utm_source=twitterfeed. Acesso em 18 set 2013.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Vaquinha pela internet

Camilla Ginesi
15/08/2013
Os empreendedores costumam estabelecer prioridades na hora de reinvestir os lucros de suas empresas — conceder benefícios para o pessoal e investir em infraestrutura estão entre as principais. Em meio a tantas necessidades urgentes, é comum que a grana para projetos experimentais, como a criação de um novo produto ou serviço, fique curta.

Uma alternativa para colocar ideias novas em prática é usar os sites de crowdfunding, que permitem que várias pessoas e empresas financiem juntas um projeto contribuindo com certas quantias em dinheiro, numa espécie de vaquinha. Essa forma de financiamento coletivo vem se popularizando desde 2009, quando o site americano Kickstarter foi lançado.

Antes limitado a projetos sociais e culturais, agora o crowdfunding está se disseminando entre donos de pequenas e médias empresas no Brasil. Um dos maiores sites do gênero no país, o Catarse intermediou em 2012 quase 300 projetos — juntos, eles receberam pouco mais de 4 milhões de reais.

A seguir, mostramos como o dinheiro arrecadado por meio de sites de crowdfunding pode ser útil para alcançar quatro objetivos — conseguir recursos sem contrair dívidas, construir uma rede de parceiros, testar a aceitação de produtos e serviços e posicionar a empresa a respeito de uma causa.

Conseguir dinheiro sem fazer dívida

Muitos donos de pequenas e médias empresas que estão à procura de capital para um novo projeto não pretendem contrair dívidas com bancos. É o caso de Carolina Piccin, de 34 anos, sócia da MateriaBrasil, consultoria ambiental de São Paulo que deve faturar 4 milhões de reais neste ano.

“Tínhamos um projeto engavetado há meses”, diz ela. “Acabávamos adiando sua execução porque os estudos da consultoria consomem boa parte dos investimentos.” Em abril deste ano, Carolina decidiu criar uma vaquinha no site Catarse. Sua ideia era colocar na internet um banco de dados que já existia fisicamente, em que é reunida mais de uma centena de fornecedores de material de construção e artigos de decoração cuja fabricação tem atestado de baixo impacto ambiental.

Em pouco mais de um mês, 235 pessoas e empresas doaram mais de 33.000 reais — e a ideia saiu do papel. “O banco de dados foi chamado de Materioteca”, diz Carolina. “No site, qualquer pessoa pode encontrar produtos certificados e seus fornecedores”, diz Carolina. A iniciativa ajudou a MateriaBrasil a se tornar mais conhecida — e atraiu novos clientes, como Embraer e Goodyear, que conheceram a empresa por meio do novo site.

Carolina optou por financiar o site da Materioteca num serviço de crowdfunding porque ela mesma já tinha ajudado seis outros projetos. Um deles foi o do matemático Filipe Moura, de 30 anos, um dos fundadores da paulistana Metamáquina, que fabrica impressoras 3D. A Metamáquina foi uma das primeiras empresas no Brasil fundada com dinheiro de financiamento coletivo.

Os sócios, que não tinham capital próprio para criar a empresa, conseguiram mais de 30.000 reais no Catarse em março do ano passado. “Neste ano, deveremos vender 300 impressoras 3D e chegar a um faturamento próximo a 1 milhão de reais”, diz Moura.

Para Cassio Spina, diretor da Anjos do Brasil, associação que reúne investidores em empresas nascentes, os sites de crowdfunding podem ser mais bem aproveitados por empresas que, assim como a MateriaBrasil e a Metamáquina, têm projetos que podem mostrar resultado em pouco tempo. “Os doadores se interessam mais por iniciativas que já estão em fase de execução”, afirma Spina.

Construir uma rede de parceiros

Quem inscreve um projeto num site de crowdfunding recebe dinheiro de 130 pessoas e empresas diferentes, em média. Se o autor da proposta for um empreendedor, uma parte dos apoiadores tende a ser de clientes e fornecedores que já conhecem a empresa. Há, ainda, uma parcela dos doadores que investem no projeto tão somente por gostar daquela ideia.

Está aí uma das maiores oportunidades para pequenas e médias empresas que usam serviços de crowdfunding — criar uma rede de novos parceiros. “Empreendedores costumam ser mais metódicos ao explicar como vão utilizar os recursos, o que aumenta as chances de ganhar a adesão dos doadores”, diz Spina.

Algumas ações podem ajudar quem pretende criar uma rede de contatos por meio dos projetos de crowdfunding. Uma delas é divulgar o projeto em redes sociais e blogs. “É um bom termômetro para saber se as pessoas acham a ideia boa”, diz Caio Tendolini, um dos responsáveis por selecionar os projetos em que a fabricante de bebidas energéticas Red Bull investe por meio do Catarse.

“Um bom projeto costuma angariar um grande número de simpatizantes que, mesmo sem muito dinheiro para doar, fazem campanha pela ideia.”

Testar produtos e serviços

Vaquinhas virtuais têm papel fundamental na casa de shows paulistana Cine Joia, fundada em 2011 por Marcelo Beraldo e Facundo Guerra, de 39 anos, André Juliani, de 38, e Lúcio Ribeiro, de 48. Há dois anos, acontecem no Cine Joia shows financiados em sites de crowdfunding, como Playbook e Queremos!, especializados em eventos musicais.

Funciona assim: uma data é reservada na agenda do artista e, se o dinheiro necessário para trazê-lo for conseguido em uma semana, o show é confirmado. “Os fãs se engajam para valer”, afirma Alessandro Sophia, sócio da Playbook. “Alguns deles podem receber recompensas, como visitas ao camarim e fotos com o artista.”

Criado para receber shows de artistas pouco conhecidos para, no máximo, 1 500 pessoas, o Cine Joia costuma usar bastante o crowdfunding para se certificar que uma atração vai mesmo gerar bons resultados. “Para uma casa pequena, como a nossa, saber se haverá pagantes suficientes é muito importante”, diz Beraldo.

Os mais de 120 shows agendados para 2013 deverão render receitas próximas a 10 milhões de reais — 60% mais do que em 2012. Todos os 12 shows anunciados em sites de crowdfunding até hoje conseguiram o dinheiro necessário para acontecer, algo em torno de 40 000 reais por concerto.

A paulistana Amanda Ramos, de 21 anos, foi no último show que aconteceu por causa de uma vaquinha. A atração era o cantor inglês Paul Banks, do Interpol. Foi a primeira vez que Amanda ajudou a financiar um show. “Posso dizer, com orgulho, que ajudei a trazer um ídolo para o Brasil”, diz ela.

Posicionar-se sobre uma causa

Lançar projetos que dependem do dinheiro alheio para sair do papel pode ser uma boa maneira de reforçar posições de uma pequena ou média empresa sobre determinadas causas. Os sócios do Cine Joia evidenciam uma de suas missões cada vez que propõem novos shows — a de aumentar a oferta de turnês que estão à margem do circuito comercial. 

“Essa postura costuma ser bem-vista pelos clientes e ajuda a empresa a angariar mais simpatizantes”, afirma Diego Reeberg, sócio do Catarse. “Ao convidar os clientes a participar ativamente da execução de um novo projeto, é como se os empreendedores reafirmassem a todo momento que a opinião dos que estão de fora é muito importante para quem dirige a empresa.”

Como aproveitar o crowdfunding
O que não pode deixar de ser feito para o projeto de sua empresa dar certo...

Antes
Definir quanto o projeto vai custar. Se o valor total for superior a 60.000 reais, é o caso de dividi-lo em etapas. É preciso levar em conta nessa fase que todos os apoiadores deverão receber uma recompensa pela ajuda. Se o dinheiro for usado para criar uma nova versão de determinado produto, os doadores podem receber um exemplar antes do lançamento.

Durante
Colocar em prática um plano de divulgação. É muito comum que alguns apoiadores concentrem doações logo nos primeiros dias — e que depois o projeto fique esquecido. Vários recursos podem funcionar para movimentar a página da vaquinha. Um vídeo apresentando a ideia é essencial. Também funciona fazer campanhas de divulgação em redes sociais e blogs.

Depois
Organizar uma lista com todos os apoiadores e mantê-los atualizados sobre o andamento do projeto. Muitos doadores podem se zangar caso não vejam os resultados de sua contribuição se convertendo em algo prático. Não prestar contas pode fazer com que a empresa sofra efeitos negativos — e o que era para ser um projeto colaborativo pode se tornar uma crise.
...e que recompensas podem ser obtidas ao apoiar projetos de terceiros.

Marketing
Alguns dos donos de projetos costumam reservar às empresas apoiadoras um espaço para que exponham suas marcas. O mais comum é incluir no projeto o logotipo das empresas que deram grandes quantias em dinheiro — uma forma de identificá-las como apoiadoras. No novo site da MateriaBrasil, há um selo do Asas, instituto criado pela Red Bull para investir em negócios sociais.

Retorno
Devolver parte do dinheiro ao apoiador não é incomum. Donos de projetos que conseguem um rápido retorno muitas vezes até devolvem tudo. Isso acontece com quem ajuda a financiar shows em sites como Queremos! e Playbook. Nos casos em que a bilheteria é mais do que suficiente para bancar o show e garantir a margem da casa, os financiadores costumam receber o pagamento antecipado de volta.

Sociedade
O financiamento coletivo que dá aos apoiadores o direito de se tornar sócios da empresa ainda não é comum no Brasil, mas alguns sites já estudam lançar serviços dessa natureza. É recomendável que os empreendedores que optem por esse modelo de recompensa procurem apoio jurídico, já que tornar doadores sócios pode ser interpretado como uma espécie de oferta pública de cotas da empresa.


Disponível em http://exame.abril.com.br/revista-exame-pme/edicoes/0064/noticias/vaquinha-pela-internet?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 15 ago 2013.

domingo, 28 de julho de 2013

Nova lei permite sociedade limitada com único sócio

Sarah Ghedin Orlandin
16 de Janeiro de 2012
A Lei nº 12.441, de 11 de julho de 2011, promove mudanças profundas para os futuros empresários. Uma sociedade limitada, que sempre exigiu a presença de mais de um sócio, perdeu essa obrigatoriedade desde que entrou em vigor, no dia 09/01/2012.

A citada lei beneficia o empresário que pretende trabalhar só, afastando o risco da afetação do patrimônio pessoal. A responsabilidade limitada responde somente ao patrimônio da empresa. Sendo assim, os bens da pessoa física ficam resguardados. Essa maior proteção, oferecida pela nova modalidade jurídica, deve contribuir para que os empreendedores saiam da ilegalidade.

Ainda assim, vale esclarecer que o empresário individual de responsabilidade limitada, assim como a empresa limitada poderá ter também a desconsideração de sua pessoa jurídica quando agir de forma abusiva e com excessos, de acordo com o previsto no art. 50, do Código Civil.

Nem toda empresa pode ser beneficiada com a nova medida. A lei em comento exige que o capital social devidamente integralizado da empresa individual de responsabilidade limitada, não seja inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País, o que equivale a R$ 62,2 mil. Sobre esta restrição, atesta-se que o legislador se preocupou em proteger os credores ao estipular o montante do capital social em valor elevado.

Importante, também, enfatizar que a lei estipulou que, a pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. Outra novidade é que a empresa limitada constituída de um único sócio terá acrescida ao final de sua denominação social a expressão “EIRELI”, de acordo com o constante da legislação (art. 980-A, § 1º).

Muitas organizações funcionam como sociedade apenas no papel. Não raras são situações de empresas onde um dos sócios detém 99% do capital social. A outra parte, que muitas vezes presta o “favor” de ceder o nome para a sociedade, pode ser prejudicada por dívidas da pessoa jurídica.

Em suma, todos saem ganhando. O governo em arrecadação, pois facilita a formalização de empresas, gera empregos e arrecadação; e os empresários que resguardam seu patrimônio de pessoa física e deixam de depender de sócios figurativos para legalização dos seus negócios.


Disponível em http://www.duarteoliveira.adv.br/artigos/4/nova-lei-permite-sociedade-limitada-com-unico-socio--sancionada-pela-presidente-dilma-rousseff--medida-pode-tirar-empresarios-da-ilegalidade. Acesso em 26 jul 2013.