Camila Pati
24/12/2013
Em muitos momentos da vida profissional o
resultado final de um projeto ou de uma tarefa depende da ação de várias
pessoas. A falta de engajamento de um funcionário pode colocar todo o esforço
em equipe a perder.
É neste momento que, mesmo sem ser chefe, o poder de
influência vai fazer toda a diferença. O problema é que muitas pessoas, na
tentativa de influenciar seus pares, acabam cometendo erros que têm o efeito
contrário: criam ainda mais conflitos profissionais.
Confira quais são os equívocos e as atitudes recomendadas
por Rubens Pimentel Neto, sócio da Ynner Treinamentos, reverter o cenário:
1 - Usar poder inexistente
Uma tática comum para influenciar uma pessoa é apostar no
nome de alguém poderoso. Não é mais você quem está pedindo o relatório, é o
diretor geral, é o presidente, é aquele cliente temido por todos.
“A pessoa acaba usando um poder que não existe”, diz Neto.
Essa estratégia, diz ele, é bem sucedida por tempo limitado. “Até o outro
perceber e usar como antídoto o nome de uma terceira pessoa”, diz o sócio da
Ynner.
2 - Encarar o outro como inimigo
Se o atraso no trabalho de uma pessoa vai prejudicar o
resultado de todos, não é difícil imaginá-la como “inimiga”. E para piorar o
cenário ela não tem a menor obrigação de colaborar com você ou com a sua
demanda e, mesmo assim você precisa dela para cumprir a meta.
De acordo com Neto, o viés negativo é o caminho mais rápido
para criar conflitos. “É melhor ver o outro como aliado em potencial e não como
inimigo”, diz.
3 - Não ser objetivo na comunicação
Usar o jargão técnico da sua área de atuação na hora comunicar
as prioridades do projeto para a equipe de outro departamento é um tiro no pé.
“Muitas vezes a forma com que a pessoa aborda o tema pode não deixar claro qual
é a importância daquela atividade”, diz Neto.
Segundo ele, há que se fazer ajustes para que todos
entendam. Da mesma forma, dizer que tudo é prioritário, tudo é urgente na
tentativa de forçar o rápido engajamento pode ter o efeito inverso. Objetivos e
prioridades devem ser definidos claramente e a distinção entre o que seria
ideal conseguir e o que é absolutamente necessário também.
4 - Empatia zero
Não levar em conta a motivação, os interesses, os
comportamentos e as possíveis reações do outro compromete o seu poder de
influência. De acordo com Neto, a falta de empatia colabora para um clima de desconfiança.
A necessidade de influenciar alguém passa necessariamente
pela compreensão do universo desta pessoa, segundo o especialista. É isso que
servirá de base na hora de se preparar para fazer uma abordagem.
5 - Não cuidar da própria reputação
Como cobrar atitudes dos outros quando as suas não são as
mais adequadas? Nunca atender às solicitações dos colegas, ficar de mau humor
quando alguém pede uma informação ou faz uma pergunta são comportamentos que
levam ao isolamento, diz Neto.
6 - Só pedir sem oferecer nada em troca
“Se a moeda de troca para a pessoa é a disponibilidade, mas
eu nunca estou disponível naturalmente vou ter dificuldade em conseguir uma
colaboração”, diz Neto. Identificar a moeda de troca é a regra de ouro na hora
de influenciar.
“Saber que tipo de moeda de troca o outro valoriza é o
caminho mais eficaz para conseguir atingir os resultados que precisa”, explica
o especialista.
7 - Não investir no relacionamento interpessoal
O egoísmo é o vilão do relacionamento interpessoal. Usar o
estilo de comunicação sem pensar nas preferências do outro é um dos erros de
quem não desenvolve um comportamento colaborativo.
Há os que gostam de entender o sentido do trabalho e aqueles
que querem sair logo executando algo. “Entender os diferentes estilos é melhor
a forma de ajustar sua comunicação e evitar inseguranças e resistência”, diz
Neto.
Disponível em
http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/7-erros-que-matam-o-seu-poder-de-influencia-profissional?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter.
Acesso em 24 dez 2013.