Mostrando postagens com marcador dicas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador dicas. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Os seis mandamentos para fazer promoções e ofertas

Luiz Piovesana
04/12/2013

Se eu ganhasse 1 real para cada email que recebo falando “10% de desconto em…”, com certeza eu não teria que prestar atenção neles para fazer compras.

O problema dessa inundação de descontos é que fica cada vez mais difícil fazer a sua oferta se destacar e, com isso, é muito comum vermos guerras pelo menor preço.

Concentrar a promoção somente no preço acaba trazendo danos não só ao caixa da empresa, mas principalmente à qualidade do serviço/produto entregue e, por consequência, à fidelidade desse cliente.

Claro, se o seu objetivo é simplesmente esvaziar o estoque, talvez até funcione. Mas e depois? Você diminuiu sua margem para fazer a venda, mas não reteve o cliente – ou seja, há o risco de cair num ciclo vicioso onde você depende de ofertas para vender.

Por isso, resolvemos voltar aos fundamentos para ajudar quem quer utilizar promoções e ofertas da melhor maneira possível:

1- Oferecerás um benefício/desconto relevante, não migalha
Não há um número mágico que chame a atenção do cliente – isso depende muito do tipo de produto/serviço ofertado.

Dando um exemplo mais prático, por aqui nós começamos a levar a sério descontos de 10% pra cima. Se virmos algo acima de 20%, com certeza você ganhará nossa total atenção.

Não vou nem comentar sobre aumentar o preço antes pra depois baixar, porque é simplesmente antiético.

Por outro lado, existe também a possibilidade de oferecer um benefício além, como manutenção, garantia ou um serviço/produto adicional coerente com essa compra.

2- Tratarás o cliente sempre da melhor forma possível, independente dele ter comprado na promoção

Empresas que tratavam de maneira diferente clientes da promoção foi algo muito comum quando as compras coletivas explodiram no Brasil.

A empresa investia para levar novos clientes com o objetivo de, depois de uma boa experiência, fidelizá-los. Se a percepção não é boa, por que voltar?

Coloque-se no lugar do cliente promocional: você volta a lugares onde foi maltratado?

3- Manterás relacionamento com o novo cliente adquirido
O bom filho à casa retorna.

Entregar uma boa experiência é um ótimo primeiro passo para ganhar um cliente fiel. Porém, como bom empresário, você não pode depender apenas disso.

Além de manter sua marca no dia-a-dia do cliente, ter uma comunicação constante também incentiva indicações e novas compras.

Existem diversas formas de se comunicar com seu cliente, desde sistemas de CRM, até uma simples lista e-mails ou mesmo as versáteis redes sociais.

4- Não dependerás apenas de ofertas
Na minha opinião, empresas que fazem ofertas em 3 das 4 semanas do mês simplesmente deixaram de nutrir diferenciais e caíram na guerra do menor preço.

Passa a ser “carne de vaca”: a oferta deixou de ser exceção e virou regra.
Empresas que entregam boas experiências de compra e produtos/serviço de qualidade podem utilizar promoções como ações especiais e, assim, atingir ótimos resultados, tanto de vendas, quanto de branding ou captação de novos clientes (que darão retorno no longo prazo).

5- Não comprometerás o funcionamento e qualidade do seu serviço/produto
Muitos clientes estão aparecendo, não sei mais o que fazer!

Esse tipo de problema é o que eu chamo de “problema bom”, afinal quem não quer ser inundado por clientes querendo o seu produto?

Porém, no caso de uma promoção, esse aumento de demanda deve ser planejado e, de maneira alguma, o cliente (novo ou velho) pode sentir alguma diferença na qualidade do seu produto/serviço.

Do que adiantaria se encher de clientes, mas mal entregar o que eles querem?
6- Estarás financeiramente planejado
A outra parte de estar bem preparado para uma promoção: reserva financeira que banque o investimento necessário para encher o estoque (ou contratar a mão-de-obra necessária).

No caso de promoção para esvaziar o estoque, como as ofertas ajudarão a criar caixa, lembre-se de planejar com bastante antecedência possíveis contratações para dar conta do aumento da demanda.

Para quem vende serviços e está fazendo uma oferta de pagamento à prazo, além das contratações, lembre-se de criar o capital de giro suficiente para esse período.

Ao manter o foco no objetivo da promoção e planejá-la com o mínimo de antecedência, com certeza sua empresa gerará ótimos resultados.

Disponível em http://marketingdeconteudo.com/os-6-mandamentos-para-fazer-promocoes-e-ofertas/. Acesso em 12 dez 2013.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Dez dicas para não perder tempo com as redes sociais

Christian Barbosa
21 de maio de 2012

produtividade

A partir do dia 19 de julho de 2012, todos os celulares da área 11 passaram a ter nove dígitos. O motivo da mudança é o aumento da capacidade de números, que passaram dos 37 milhões para 90 milhões. Todo mundo sabe que ter e manter um celular está cada vez mais acessível hoje em dia e isso acaba se revelando nessa avalanche de aparelhos e linhas existentes.

A questão é que as pessoas estão perdendo o controle na forma de utilizar os aparelhos, especialmente os smartphones – com acesso a internet e redes sociais. Quem tem um, sabe da necessidade inconsciente e viciante de após sair uns 10 minutos para almoçar, clicar no botão Enviar/Receber para checar seus e-mails. Eu já me peguei fazendo isso diversas vezes, muitas pessoas já me falaram que fazem isso. Por que, se acabamos de ver os e-mails? É o vício que a tecnologia gera.

Em meu novo livro "Equilíbrio e resultado – Por que as pessoas não fazem o que deveriam fazer?", aponto como é chocante constatar quão conectadas estão as pessoas hoje em dia a seus smartphones, tablets, suas redes sociais, e-mail e toda essa tecnologia com a qual nos habituamos a viver. Vivemos conectados, mas será que estamos de fato conectados com o que verdadeiramente importa?

Pense no seu ambiente de trabalho, nas pessoas mais estressadas que se empenham durante longas jornadas. A maioria delas abdicou da vida pessoal, não consegue tempo para se dedicar a um esporte, nem a si mesma. Algumas até ganham dinheiro, mas não têm tempo para usá-lo em benefício próprio, vivem dependentes do e-mail, do smartphone, estão literalmente tão "conectadas" com essa vida de escravo que se desconectaram da vida real!

Em reuniões de famílias e amigos é fácil identificarmos uma ou duas pessoas completamente ausentes das conversas, mergulhadas em seu mundo particular de e-mails e mensagens. Até mesmo casais pouco se falam em seus encontros.

Utilizando como simbologia o filme Matrix, que tem tudo a ver com gestão de tempo, percebemos que muitas pessoas estão presas na Matriz da Vida, vivendo como se fossem robôs comandados por qualquer coisa além de sua própria vontade, que foi substituída pelo estresse e pela falta de sentido

E se você ainda não tem um smartphone, fique tranquilo, que isso é temporário. Os pesquisadores acreditam que até 2015 todos os celulares terão algum tipo de conexão com e-mail/internet.

Não podemos negar que o uso de smartphones, notebooks, netbooks etc. ajudou a aumentar a produtividade. Porém, podem nos fazer trabalhar muito mais, sem a metodologia certa! Método é mais importante que ferramenta. Nunca se esqueça disso!
Aproveitando, elenco abaixo 10 dicas para você não perder tempo com outro grande vilão nesse âmbito: as redes sociais.

1 – Seja seletivo nas suas redes – Quantidade de redes não é qualidade. Para que participar de redes sociais que não sejam relevantes? O ideal é focar nas principais redes onde seus amigos e interesses estão localizados. Eu por exemplo, uso apenas 4 redes (Facebook, LinkedIn, Twitter e Orkut -> nessa ordem de importância).

2 – Cancele e-mails de notificações – Todas as redes permitem configurar o aviso de recebimento de e-mails, o melhor é cancelar todos, assim você comanda a rede e acessa quando quiser, caso contrário vai ser difícil controlar a vontade de saber porque você foi "taggeado" na foto da sua amiga.

3 – Determine um foco nas redes – Quem tenta agradar a gregos e troianos ao mesmo tempo se complica com um dos lados. Crie uma estratégia para cada rede que você tiver, por exemplo, se você for utilizar o twitter para fins profissionais, não misture com coisas pessoais. Muitas empresas utilizam as redes sociais na hora de contratar um profissional e vai pegar muito mal se houver fotos suas bêbado depois da balada. Mantenha coerência no perfil que você definir, com fotos, textos e comentários! Muita gente tem se queimado sem perceber por falta de estratégia!

4 – Determine horários – Eu não sou contra ver seu Facebook durante o horário de expediente, sou contra o abuso desse uso. Utilize seus horários antes ou após o expediente e seu horário de almoço para caso queira acessar as redes no trabalho para fins pessoais. Eu costumo ver e responder minhas redes no final do dia, em casa.

5 – Siga poucas pessoas, mas relevantes – Para que seguir gente que não tem nada a ver ou que o conteúdo se tornou irrelevante? Faça uma dieta de pessoas que você segue, repare nos próximos dias quem não tem agregado valor e simplesmente deixe de seguir esta pessoa.

6 – Utilize agregadores – Existem sites e softwares que permitem centralizar suas redes sociais ou atualizar a partir de um único post. Eu tenho utilizado o Tweetdeck que me permite atualizar meu Facebook, Twitter e Linkedin de uma só vez. Um site que vale a pena dar uma olhada é o http://www.threadsy.com/ que junta e-mails e suas redes em um só lugar.

7 – Seja relevante nas suas redes – As pessoas gostam de seguir pessoas que fornecem um conteúdo relevante, na medida certa e com periodicidade. Aquele chato que "twitta" muito de uma vez só, acaba perdendo seguidores. E o que "twitta" posts dizendo que acordou de mau humor também não agrega.

8 – Aproveite seu tempo de espera – Eu gosto muito de atualizar minhas redes quanto estou no aeroporto ou esperando para começar um evento. Aproveitar esse tempinho é muito válido desde que seu celular ou tablet estejam habilitados para tal. Existem centenas de softwares para esses dispositivos que mandam muito bem!

9 – Rede social não requer "real time answer" – Não sinta-se obrigado a responder uma mensagem na mesma hora que a pessoa te enviou. Se fosse urgente de verdade, ela encontraria outra forma de falar com você. Se você cria esse péssimo hábito de responder assim que chega, além de acostumar mal as pessoas, vai perder muito tempo desnecessariamente!

10 – Existe vida lá fora – Não é porque a vida social se tornou digital que você vai se esconder atrás de um computador em seus relacionamentos. É preciso reservar um tempo para estar junto com os amigos e família presencialmente!


Disponível em http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/10-dicas-para-nao-perder-tempo-com-as-redes-sociais/63609/. Acesso em 24 dez 2014.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Seis vieses que levam você a tomar decisões financeiras erradas

Talita Abrantes
29/07/2014

Loja Best Buy em Eden Prairie, Minnesota, durante a Black Friday 2011

De casar a comprar um imóvel, passando pela viagem dos sonhos até a meta de fazer uma pós-graduação ou, quem sabe, abrir uma empresa. A lista de grandes decisões financeiras que uma pessoa pode tomar ao longo da vida é extensa.

Os recursos, no entanto, são limitados. E pior: nem sempre temos sensatez suficiente para administrá-los. Quantas vezes você não se pegou comprando um produto só porque ele estava em promoção quando, na verdade, deveria poupar para um objetivo financeiro maior? Pois então.

Os estudiosos da psicologia econômica e das finanças comportamentais encontraram algumas explicações para atitudes como esta. Eles afirmam que a maior parte das decisões financeiras que tomamos é irracional, impulsiva e intuitiva. Veja algumas tendências que balizam nossas escolhas e que podem nos conduzir ao erro:

Ter olhos apenas para o agora

A conta bancária no vermelho pode ser a fonte da sua atual dor de cabeça, mas não a raiz de todos os males financeiros da vida. De acordo com o consultor financeiro André Massaro, no cerne de boa parte das decisões financeiras equivocadas está o foco apenas no curto prazo – sem levar em conta como aquela escolha pode impactar seu futuro no médio ou longo prazo.

Na prática, essa visão exerce uma sensação de urgência sobre as pessoas. “O tempo inteiro a gente tem que satisfazer nossos impulsos já”, diz Vera Rita de Melo Ferreira, membro do Núcleo de Estudos Comportamentais da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e autora do livro "A Cabeça do Investidor".

“Falamos que precisamos de uma televisão hoje, para já. Compramos o aparelho e, passada uma semana, vemos que ele não é tão importante assim”, afirma Massaro. Apesar disso, o baque para as suas contas já foi deflagrado e, se você não pagou à vista, sentirá o peso das parcelas por um bom tempo ainda.

A festa de casamento pode ser um exemplo claro deste tipo de comportamento. “A maioria das pessoas não entende que é uma mudança para o longo prazo”, diz. Assim, pensa-se demasiadamente nas questões voltadas para a cerimônia e recepção do que para as demandas da vida a dois de fato. Com isso, “o que vem depois pode não corresponder ao evento apoteótico”, afirma Massaro.

Acreditar no conto da “última oportunidade”

O mercado sabe muito bem como usufruir desta tendência humana. As promoções “incríveis”, por exemplo, estão aí para provar. Diante de um desconto exorbitante ou de uma condição “única”, temos a sensação de que aquela é a última chance de se fazer um bom negócio.

“As promoções são atraentes porque oferecem um ponto de referência, que pode ser correto ou não”, explica Vera. “Se você não compra, fica o sentimento desconfortável de que perdeu uma oportunidade que nunca mais irá se repetir na vida”, diz. O que, na maioria dos casos, não é verdade.

Querer uma vida que não é a sua

“O ser humano vive na condição de buscar entender qual é a própria posição no mundo, em que lugar está”, diz Vera. “Precisamos de um parâmetro”. O problema é que, hoje, compramos qualquer referência, segundo a especialista. E, sem questionar as próprias perspectivas para o futuro, cede-se a estímulos de consumo desenfreado.

O efeito colateral não poderia ser outro: “Se a pessoa está com a conta negativa, provavelmente, está vivendo uma vida que não é a dela”, diz Licelys Marques, planejadora financeira certificada pelo IBCPF.

Pautar-se pela alegria futura

Outro problema é tomar decisões baseando-se em possíveis (mas não garantidos) sentimentos futuros. “A gente foca em uma situação futura e atribui um valor maior ao evento do que ele realmente é”, descreve Vera. “Mas a vida é dinâmica e esta previsão de sentimentos pode não se concretizar”.

Ter medo de perder

“Não temos aversão ao risco sempre. Temos, na verdade, aversão à perda”, afirma Vera. Ela explica: imagine um casal que já começou a pagar as despesas do casamento, mas que no meio do processo descobre que não quer mais isso. Qual seria a atitude mais sensata diante da conclusão e de todo dinheiro investido?

Temendo perder tudo o que já gastou, a tendência é seguir com a proposta inicial de se casar. “Topa-se correr o risco só para não realizar a perda”, explica a especialista. 
Acreditar que tudo vai dar certo sempre

O Nobel de Economia Daniel Kahneman defende que a maior parte das pessoas é guiada por uma visão otimista sobre a realidade. Para a sobrevivência da espécie, essa tendência foi essencial. Mas, dependendo do contexto e grau, este viés pode ser um inimigo das boas decisões.

“A gente começa a negar a existência de qualquer problema ou risco”, diz Vera. “Você acha que não precisa se preparar porque está tudo certo, pronto e acabou”. O otimismo dos especuladores americanos foi um dos fatores que levou ao estouro da bolha imobiliária em 2008, por exemplo.

Por outro lado, há quem perceba que as coisas não estão tão boas assim, mas munido de um extremo senso de autoconfiança, vê-se imune a tais riscos. “Essas pessoas acreditam que nada vai dar errado com elas”, diz Vera. Ledo engano.


Disponível em http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/6-vieses-que-levam-voce-a-tomar-decisoes-financeiras-erradas?utm_source=newsletter&utm_medium=e-mail&utm_campaign=news-diaria.html. Acesso em 16 dez 2014.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Dez lições que você precisa aprender sobre estratégia

Administradores
26 de novembro de 2014


Por que apenas 10% dos planos estratégicos são efetivamente implementados? O que realmente é estratégia? Segundo os autores Leonardo Araújo e Rogério Gava, definir o que é estratégia é uma das questões mais intrigantes dos estudos em gestão. Porém, em Estratégias Proativas de Negócio (Ed. Elsevier), eles tentam ajudar elegendo as dez lições que aprenderam sobre o assunto, na teoria e na prática, nos últimos 15 anos.

1 – O sucesso na competição resulta de ser “diferente”, não de ser o “melhor”
Um erro bastante comum é o de que “estratégia é buscar se diferenciar dos competidores, e não necessariamente ser o melhor competidor”. Ou seja, a essência da estratégia é gerar valor, e não derrotar os competidores. Uma boa estratégia é aquela que coloca a empresa fora da convergência competitiva, construindo os famosos White spaces descritos por Hamel e Prahalad, nos anos de 1990.

2 – Estratégia é competir por lucros, e não só por participação de mercado
Estratégia é competir por resultados, e não por ganhos de mercado a todo custo. Repare quantas empresas se perderam e foram engolidas pela busca constante de Market share? O foco da verdadeira estratégia é a lucratividade, o retorno sobre o capital, e não aumentar a base de clientes. Participação de mercado significa que a empresa é grande, mas não necessariamente que ela esteja ganhando dinheiro.

3 – Estratégia é ficar sempre de olho nos custos, e não somente nas vendas
Estratégias têm sempre dois lados: o lado da oferta e o da demanda. Isso significa que estratégia tem a ver com marketing, mas também com finanças. Vantagem competitiva é questão de custo menor e preço maior. Só quem consegue gastar menos e/ou cobrar mais garante a lucratividade, a rentabilidade do capital. Mas para isso, é preciso definir bons indicadores. E tão importante quanto isso é preciso ter uma alimentação de custos eficiente, que não mascare despesas nem oculte gastos.

4 – Estratégia é fazer escolhas e não comente estipular objetivos
Estratégias geralmente começam com duas ou três escolhas básicas e iniciais, e depois disso vão ganhando musculatura. São os clássicos trade-offs, aos quais Michael Porter tanto se refere. Não há como se lançar a novos mercados sem fazer uma escolha pela inovação de produto ou de desenvolvimento de novos segmentos. Uma empresa que quer antecipar o futuro terá que fazer escolhas importantes em suas estratégias. Será impossível, por exemplo, não querer abrir mão de ganhos de curto prazo em prol de inovações de retorno mais extenso.

5 – Estratégia não é satisfazer a todos os clientes, mas somente àqueles que trazem lucros
O caminho mais curto para o insucesso competitivo é querer agradar a todos os clientes. Boas estratégias deixam alguns clientes descontentes, pode acreditar! Educar o mercado é a arma que as empresas proativas utilizam para satisfazer os clientes.

6 – Estratégia não é questão de uma competência isolada e básica, mas de competências distintas combinadas
Nenhuma estratégia se sustenta sem uma teia de competências a ampará-las. Trata-se de uma abordagem sinérgica de competências, todas elas essenciais, mas nenhuma mais essencial do que as outras. A chamada gestão proativa se baseia justamente nessa ideia, segundo a qual uma estratégia será sempre sustentada por uma rede de competências complementares.

7 – Estratégias nunca são 100% deliberadas, elas são também emergentes
A visão de que nenhuma estratégia será 100% prescrita ajuda a perceber que muitas vezes é vital dar o start estratégico inicial, para depois ir lapidando e melhorando as estratégias traçadas.

8 – Não existe estratégia que resista a uma má operação
O verdadeiro teste de fogo de qualquer estratégia é a operação. Imagine uma estratégia proativa de venda online. É possível conceber uma estratégia desse tipo sem o aporte de uma logística eficaz sem o cuidado no atendimento comercial, sem uma estrutura de embalagem de produto condizente? Nem pensar! Os clientes não querem desculpas, querem serviçoes que funcionem e soluções para os seus problemas.

9 – Planejamento estratégico e pensamento estratégico são duas coisas importantes, mas bem diferentes
Se a construção estratégia também é emergente, isso não significa que ela floresça ao acaso, de forma fácil e divertida. Construir estratégias é um processo metodológico, que tem muito de análise e de suar a camisa. Nesse ponto reside o equilíbrio entre o sentir e o pensar estratégicos. O planejamento estratégico só funcionará e terá sentido em um ambiente propício. E esse ambiente é aquilo que podemos chamar de cultura para a estratégia, um aspecto, aliás, ventilado de forma marcante na literatura e por todos os gurus em estratégia.

10 – Ao final, não se iluda: fazer estratégia não é fácil
Falamos sempre na existência de um paradoxo estratégico: ao mesmo tempo em que muito se louva a estratégia competitiva, muito se fala sobre o benefício do planejamento estratégico, muito se estuda e escreve sobre estratégia, é incomum encontrarmos uma empresa que trabalhe de forma realmente estratégica. E mesmo quando isso acontece, vemos estratégias nascentes serem logo decepadas pela raiz. Por que isso acontece? Porque fazer estratégia envolve correr riscos; muitas empresas têm arrogância estratégica; a premência pela operação muitas vezes sufoca a estratégia; a estratégia é arte e ciência e muitas estratégias sucumbem à prova da execução.


Disponível em http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/dez-licoes-que-voce-precisa-aprender-sobre-estrategia/95525/. Acesso em 03 dez 2014.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A regra 10-20-30 para apresentações de sucesso

PEGN
29/07/2014

Não faça ninguém dormir: 10 slides é um bom número para uma apresentação (Foto: Reprodução)

Você é do tipo que sua frio e passa noites em claro se precisa encarar uma apresentação em público? Saiba que não está sozinho.

Vender bem uma ideia é um desafio permanente para qualquer empreendedor, ainda mais quando se está em busca de recursos financeiros para tirar um projeto do papel.

Uma das máximas é a regra 10-20-30 de Guy Kawasaki, que já foi colaborador e “chefe evangelizador” da Apple (uma espécie de missionário da marca). Hoje, ele dirige um fundo de venture capital – o Garage Technology Ventures – e está acostumado a ver muitas apresentações ruins.

Em um post muito engraçado em seu blog “How to Change the World”, ele explica que chegou a essa regra depois de ouvir centenas de apresentações de startups em busca de capital – e se entediar muito com isso. A fórmula é simples:

10 slides – Para Kawasaki, 10 é um excelente número de slides para uma apresentação em PowerPoint. A explicação dele é que um ser humano normal não consegue compreender mais de dez conceitos diferentes em um só encontro. “Se você precisa de mais de dez slides para apresentar seu negócio, você provavelmente não tem um negócio”, diz. Ele também lista os dez tópicos que um investidor de venture capital leva em conta em uma apresentação:
1. O problema
2. Qual a solução
3. Qual o modelo de negócios
4. Valorize a mágica/tecnologia
5. Marketing e vendas
6. Competição
7. Equipe
8. Projeções e conquistas
9. Status atual e cronologia
10. Recapitule e chame para a ação

20 minutos – Você deve apresentar os 10 slides em 20 minutos. Kawazaki recomenda o tempo reduzido para aproveitar os 40 minutos restantes para discussão e dúvidas – isso se não houver nenhum problema técnico para colocar a apresentação no Data Show ou se os investidores não tiverem de sair mais cedo, além de terem chegado atrasados.

30 pontos – Use uma fonte grande – tamanho 30 – nos slides. A experiência de Kawazaki é que a maioria prefere usar uma letra menor para poder acumular mais informações em cada tela. Na opinião dele, isso não funciona. “A maioria das apresentações que eu vejo estão com um texto de tamanho 10. O máximo de texto possível é colocado em um slide, e então o apresentador lê o que está escrito. No entanto, assim que a audiência percebe que você está lendo, ela avança na sua frente, já que consegue fazer isso mais rápido do que você fala. O resultado é que o palestrante e o espectador ficam sem sincronia”, diz.


Disponível em http://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/07/regra-10-20-30-para-apresentacoes-de-sucesso.html. Acesso em 30 nov 2014.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Doze truques que fazem você comer com os olhos e gastar mais

Priscila Yazbek
21/07/2014

Picanha australiana, do restaurante Baby Beef Rubaiyat

Pense no cheirinho de pão fresco recém-saído do forno, numa fatia suculenta de picanha na brasa ou em uma massa artesanal ao molho de queijo mascarpone, que é especialidade da casa e harmoniza perfeitamente com uma taça de Sauvignon Blanc.

Esses são alguns dos exemplos de estímulos usados por restaurantes e supermercados para nos levar a gastar mais e quase deixar as calças para pagar a conta. Você pode não notar, mas eles conhecem exatamente os seus pontos fracos.

Inspirada em uma matéria do site Business Insider, EXAME.com consultou alguns especialistas para mostrar quais são as principais táticas usadas para aguçar os paladares brasileiros.

Pode parecer besteira, mas não é. Uma pesquisa realizada pelo Datafolha mostrou que o brasileiro gasta, em média, R$ 663 por mês com o almoço fora de casa durante a semana.

Os gastos dos brasileiros nos supermercados cresceram 18% no primeiro trimestre de 2014 em relação ao mesmo período de 2013 e também aumentou em 7% a quantidade de itens levados por cada passada nas lojas, segundo a pesquisa Consumer Insights, da Kantar World Panel.

Se esse tipo de conta também só aumentou dentro da sua casa, vale a pena conferir as estratégias que fazem de você um prato cheio para os restaurantes e supermercados:

1 Que tal um salgadinho para acompanhar a cerveja?

Já parou para se perguntar por que você levou aquele temperinho especial e um aromatizante de ambiente, se o objetivo era comprar sabão em pó e um quilo de arroz? Porque os supermercados não organizam suas prateleiras ao acaso.

“Na área de cerveja, eles colocam o salgadinho; próximo às carnes, eles colocam temperos. Os produtos não são agrupados apenas por categorias, itens complementares são posicionados junto a itens básicos para que o cliente não leve somente o essencial”, diz Marcelo Pontes, líder de marketing da ESPM.

Da mesma forma, produtos infantis são agrupados nas prateleiras inferiores para estimular o famoso “mãe, compra?” das crianças. E produtos de grande necessidade ficam nas laterais e no fundo da loja para que o cliente passe por gôndolas que não precisaria passar.

2 Só R$ 9,99...

Colocar o valor quebrado é uma tática antiga, mas bastante efetiva. “A sensação de que não é R$ 10, mas sim R$ 9,99 leva o cliente a pensar que o gasto é um pouco menor”, explica o líder de marketing da ESPM.

Nos cardápios, outro truque é esconder o cifrão: além de deixar o menu menos poluído, o destaque maior vai para o prato e não para o valor.

Os preços também não ficam desalinhados à toa. “Ao colocá-los em ordem crescente, o cliente compara e fica mais tentado a escolher o prato pelo valor. Além disso, o preço fica no final da frase para dificultar a comparação”, conta Léo Texeira, sócio da consultoria para empresas do ramo de alimentos e bebidas AyB.

3 Oferta do dia!!!

Uma das táticas mais tradicionais são os anúncios de ofertas e promoções. “Em supermercados são usadas palavras âncoras, como ‘promoção imperdível’, ‘oferta do dia’, ‘semana da fruta’, ‘semana da carne’, etc”, exemplifica o líder da área de marketing da ESPM.

Já os restaurantes apresentam as promoções em lousas posicionadas na entrada da casa ou nas primeiras páginas do cardápio, destacando a sugestão do chef ou o prato do dia.

4 Pão fresquinho

Aparentemente inofensivo, o cheirinho de pão fresco também esconde por trás uma estratégia calculada. “Vários supermercados deslocaram a padaria para a parte da frente da loja porque o cheirinho do pão desperta o apetite do cliente e o leva a consumir mais”, diz Marcelo Pontes.

5 “Que musiquinha boa...Vê mais uma cervejinha, por favor”

Uma boa playlist faz bem para os ouvidos, mas no bolso pode causar o efeito oposto. "Quando os restaurantes querem manter o cliente por mais tempo, eles colocam uma música clássica, um jazz, um lounge. Isso automaticamente acalma a pessoa e ela se sente mais relaxada e consome mais”, diz Pontes.

Essa é a tática usada quando os restaurantes querem que o cliente permaneça na casa e gaste mais, porém o contrário também pode ocorrer e o volume da música pode aumentar quando o objetivo é acelerar a rotatividade das mesas.

“Se eles precisam liberar mesas, aumentam o som. Mas, quando o movimento vai caindo, já que novos clientes não vão chegar, eles colocam uma música mais agradável para manter a clientela na casa por mais tempo”, explica Leo Texeira.

6 Que frio!

Nem sempre a escolha da roupa é a culpada pelo frio que você sente ao jantar fora. “Os restaurantes trabalham muito os sentidos dos clientes. Para estimular a fome, alguns diminuem a temperatura porque quanto maior o frio, mais fome se sente”, diz o líder de marketing da ESPM.

Por outro lado, a temperatura muito baixa ou muito alta pode estar ligada a uma tentativa de causar um certo incômodo, novamente para acelerar a rotatividade.

Com esse mesmo objetivo, conforme explica Pontes, as cadeiras usadas em fast foods passam longe de qualquer conforto. “No McDonald's, por exemplo, as cadeiras são fixas e feitas de fibra de vidro para que os clientes não sentem em turmas grandes e não ocupem por mutio tempo a mesa”, afirma Pontes .

7 Cuidado! Piso escorregadio

Os pisos mais lisos dos supermercados não servem apenas para que os carrinhos deslizem melhor. “Os pisos costumam ter baixa aderência para que o cliente tome cuidado para não escorregar e ande mais devagar. Assim, ele presta mais atenção nos produtos”, conta Marcelo Pontes.

8 Que horas são?

Mentalize um supermercado. Agora tente se lembrar de como são seus relógios. Provavelmente você terá dificuldade. “Muitos supermercados e tambémshoppings não deixam relógios visíveis para que o cliente gaste mais tempo na compra e não se preocupe com a hora”, diz Pontes.

9 Cardápio: uma obra de arte

Você pode nunca ter pensado nisso, mas os cardápios são praticamente um trabalho artístico. “São estudados, por exemplo, os pontos estratégicos. No cardápio de uma página, o meio é a área nobre, se tiver duas páginas o cliente faz uma leitura em ‘z’ e se forem três páginas o centro é o ponto alto”, diz o sócio da AyB.

Nos pontos nobres, são posicionados os pratos mais rentáveis e são destacadas fotos dos pratos que o restaurante deseja aumentar as vendas. E não qualquer foto, diga-se de passagem. São imagens meticulosamente tratadas para deixar o cliente com água na boca.

“Nós fazemos uma engenharia de cardápio de forma a destacar os pratos que têm custo baixo em relação ao preço de venda e que são interessantes para a operação do restaurante, como pratos pré-cozidos, ou que não precisam ser gratinados”, diz o sócio da AyB.

10 Que sede

Infelizmente, em alguns casos também são usadas estratégias desonestas. “Existem muitas táticas bem feitas, mas, evidentemente, existem algumas que são questionáveis do ponto vista ético. Alguns salgam a comida para que o cliente peça mais bebida ou usam um tempero mais forte no prato principal para despertar a sede”, comenta Pontes.

11 Experimente a especialidade da casa, feita com ingredientes exclusivos

Como em qualquer estratégia de marketing, não poderiam faltar frases de efeito. “Alguns exemplos são: ‘prato exclusivo da casa’, ‘hambúrguer picado na ponta da faca’, ‘massa artesanal’, ‘a mais famosa criação do nosso bar’, etc”, destaca Léo Teixeira.

Destacar ingredientes exóticos e misturas ousadas também costuma funcionar. “Alguns cardápios mais excêntricos destacam criações como Martini com Wasabi, e outras combinações chamativas. Assim, conseguem vender uma bebida simples por um preço bem alto”, diz o sócio da AyB.

12 A esperteza do garçom

O garçom é peça fundamental na estratégia de qualquer restaurante. “Nas casas que têm chopp e vinho, por exemplo, eles oferecem água ao cliente logo que ele se senta. Assim, ele sacia sua sede e pede vinho em vez da cerveja, já que a margem do vinho é maior”, diz o sócio da AyB.

E quanto mais atencioso for o garçom, mais à vontade para gastar fica o cliente. “Em um rodízio, por exemplo, é com a bebida que o garçom amplia as margens. Só de se preocupar se o copo está cheio ele consegue vender mais”, comenta Teixeira.

Os mais experientes também sugerem harmonizações de vinhos, ou dizem a famosa frase “este aqui sai bastante” quando são orientados pelos gerentes e donos do restaurante a destacar pratos mais lucrativos.

Alguns também sabem identificar o perfil do cliente. "Quando veem duas mulheres, por exemplo, dizem que podem trazer duas colheres para que elas dividam a sobremesa ou quando um cliente pede um petisco sugerem uma cerveja artesanal que combina com o aperitivo”, completa Teixeira.


Disponível em http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/12-taticas-que-te-fazem-comer-com-os-olhos-e-gastar-mais?utm_source=newsletter&utm_medium=e-mail&utm_campaign=news-diaria.html. Acesso em 24 out 2014.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Sete tendências de comportamento da nova geração

Renata Leite
08/10/2014
Os jovens, hoje, já não se contentam mais em comprar apenas um produto. Eles estão atrás de experiências que deem significado à aquisição e justifiquem, inclusive, o compartilhamento da vivência com amigos nas redes sociais. O consumo pelo consumo tende a diminuir cada vez mais nos próximos anos, o que representa um desafio e tanto para as marcas. Como conversar com essa nova geração? O primeiro passo é entender que as prioridades mudaram e se refletem em sete novas tendências de comportamento.

A primeira questão a ser levada em consideração é que o tempo desses consumidores se tornou mais caro. Após uma overdose de estímulos diretos das marcas, de conteúdos e de informações, as pessoas estão deixando um pouco de lado o multitasking, ao menos em determinados momentos do dia, para buscarem uma tranquilidade mental. O sentimento de cansaço as leva a cultivarem práticas que visam a uma paz interior e mais leveza na vida. Já não é qualquer oferta aquela capaz de ganhar a atenção dos jovens.

A tendência do “Mindfullness” fica clara na crescente busca por experiências espirituais, de ioga, de massagem, de SPA e de relaxamento. “As pessoas estão mais preocupadas com o bem-estar, com seus horários, em terem uma vida mais focada e regrada, que as permita dar mais atenção à família. Elas querem soluções mais certeiras, estão procurando um produto determinado e não uma multiplicidade de oportunidades”, resume Carol Althaller, pesquisadora de tendências especializada em comportamento do consumo, cultura urbana e comportamento jovem, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Consumismo com os dias contatos?

Esses comportamentos se posicionam como opostos ao consumismo, mas não completamente, já que representam um alento no cotidiano ainda corrido. A meditação, por exemplo, é muito praticada em metrópoles como Nova York e Londres como uma forma de repor energias e aguentar o ritmo acelerado de vida. Não é um modelo alternativo ao sistema, mas uma forma de garantir a performance nele.

Algumas marcas já estão conseguindo tirar vantagem desse novo comportamento do consumidor, como a Selfridges, que criou em suas lojas o No Noise, espaço para quem busca momentos de paz e tranquilidade. A iniciativa promovida no início de 2013, ia além das vendas, convidando os consumidores a entrarem na “Sala do Silêncio”, encontrando a calma no meio da multidão. No local criado para o relaxamento, eram proibidos sapatos, celulares e outras distrações do Século XXI, que deveriam ser deixados em lockers disponíveis.

Há também produtos que estão sendo lançados já dentro dessa nova filosofia, como o Slow Cow, bebida que promove o efeito inverso dos energéticos. O produto chegou ao Brasil no fim do ano passado, com os jovens como público-alvo. Entre os slogans da bebida estão “Mais calma. Mais foco” e “Relaxa o nervo. A noite é longa”. O líquido azulado promete ajudar a manter a concentração e o desempenho no dia a dia atribulado, mas tudo com calma. Parece contraditório? Para a nova geração, não é.

Passagem para fora da realidade

Esse comportamento de busca pela tranquilidade leva à segunda tendência: as pessoas estão atrás de atividades em que as façam se desligar da realidade e viver algo completamente novo. A nova geração é de Experiential Seekers. “Os consumidores passam a ter valores pós-materialistas, em que buscam experiências em vez de produtos. As pessoas estão indo para o festival Burning Man, no meio do deserto, para passar uma semana trocando coisas. Elas querem ser protagonistas, fazer parte de algo maior e não apenas comprar um item”, analisa Carol.

Nessa tendência, entram os festivais de música como o Tomorrowland, que acontece pela primeira vez no Brasil em 2015 e teve todos os 180 mil ingressos vendidos em apenas três horas. Uma solução mais simples e acessível às marcas foi a iniciativa da Farm de montar uma feira no meio da Gávea, bairro da Zona Sul carioca, em que eram oferecidos obras de arte, quitutes e peças suas e de parceiras. A ação tirou suas consumidoras do lugar comum de adquirir roupas e acessórios da marca em sua loja para ganharem uma experiência muito mais rica e completa.

Um dos reflexos desse comportamento dos jovens está em sua preferência por fazer uma viagem do que uma compra. “A nova geração mira no que dá prazer e não no que dá dinheiro. Ele faz o que gosta, mesmo que ganhe menos e é por isso que ele tende a investir no que realmente provoque uma experiência diferenciada, como uma viagem. Ele está menos preocupado em comprar e mais em criar algo dele, mais autoral e econômico, simultaneamente. Isso nos leva à terceira tendência: a Cultura Maker”, diz a pesquisadora.

Cultura “maker”

Mais do que nunca, as marcas precisam apurar suas observações em relação ao que motiva os consumidores, à percepção deles em relação aos produtos, ao momento de compra e até ao de descarte. “O consumidor está num processo de empoderamento, no qual ele customiza e cria alternativas para os bens e serviços. Os usos podem ser completamente diferentes ao que a empresa idealizou no momento de produção”, diz a antropóloga do consumo Hilaine Yaccoub, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Hilaine oferece, ao lado de Carol Althaller, o curso Culturelab Tendências e Consumo, que começa no próximo dia 13 no Studio 512, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro. Em quatro aulas, a dupla buscará desconstruir certezas e estereótipos e entregar ferramentas para profissionais e empreendedores serem capazes de olhar e interpretar os detalhes da vida cotidiana. A ideia é que eles possam prever marolas que tendem a se tornar ondas e até tsunamis no futuro próximo.

Outro novo padrão comportamental que vem ganhando essa intensidade nos últimos tempos é o de cobrança por direitos e responsabilidades civis por parte das marcas. A quarta tendência passa pela habilidade de os consumidores trackearem e quantificarem tudo. Eles assumiram o controle e estão mais focados em suas compras. Os discursos vazios são mais fáceis de serem desmascarados em simples pesquisas em sites como o “Reclame Aqui”. As empresas que abraçam causas em prol de todos tendem a sair na frente nesse contexto, como é o caso do Meu Rio, rede que mobiliza cariocas e já conseguiu exercer pressões para a aprovação da Lei da Ficha Limpa e para a manutenção de um projeto social na comunidade do Cantagalo, cujo terreno seria cedido para uma empreiteira.

Dinheiro já não é tudo

Se por um lado a internet facilitou essa participação maior – basta lembrar das mobilizações de junho de 2013, que começaram nas redes sociais –, a web também abriu portas para as marcas, na quinta tendência das New Currencies. Ela alterou a forma de se pensar o varejo. As lojas passaram a vender a partir de um tweet, foto ou post com uma hashtag. E menções nas redes sociais podem valer como novas moedas de troca para, por exemplo, baixar livros ou músicas. O dinheiro já não impera mais como único protagonista das relações econômicas, principalmente quando fazer o que se gosta é o que importa e isso não necessariamente significa ganhar suficiente para comprar coisas.

A sexta tendência aponta para a emergência de debates de temas relacionados às desigualdades por padrões de etnias, nacionalidades, religiões e sexualidade. Esses assuntos estão sendo discutidos a todo momento, especialmente nas redes sociais, o que leva a mudanças de comportamento: homens estão se assumindo mais sensíveis, mulheres estão lutando por direitos iguais em diferentes esferas sociais, diversas composições familiares estão surgindo – e aparecendo em comerciais de TV.

Campanhas de marcas como a Diesel e a Barney’s já deram voz a questões feministas que estão sendo levantadas e defendidas nas redes sociais. Apropriar-se dessas temáticas e se posicionar em relação a elas pode ser interessante para as marcas desde que alguns cuidados sejam tomados. A Nestlé lançou recentemente um vídeo captado por uma câmera colocada nos seios de uma mulher. A peça mostrava como essa parte do corpo feminino é olhada por todo o tempo enquanto ela caminha pelas ruas.

Cuidado na execução

A causa era boa – o combate ao câncer de mama –, mas a execução levantou polêmica, especialmente entre feministas. “Pode fazer sentido para a marca falar com esse nicho e tratar do empoderamento da mulher, mas é preciso ter coerência. Dove aproveita o tema muito bem ao retratar a mulher comum em suas propagandas”, conta Carol.

A sétima tendência aponta para oportunidade para marcas que promovam ações que unam as pessoas. Diferentes grupos sociais querem dialogar entre si e estar junto. Existe uma busca por sociabilidade, aprendizado e lazer. Ocorrem movimentos como a volta dos karoquês, onde se pode chegar sozinho e rapidamente se juntar a um grupo e fazer amigos quase que instantaneamente, assim como a criação de novos espaços para saborear comida de qualidade, como os foodtrucks, nos quais já na fila é possível trocar ideias sobre o que irá pedir e criar laços.

Esse tipo de relação é potencializada pela internet, que favorece a formação de grupos que ganham dimensões de movimentos culturais. Um exemplo é o caso do Passinho Carioca, estilo de dança que começou a ser compartilhada na web e levou a encontros nas ruas para embates performáticos. O objetivo é estar junto, aprender e mostrar habilidades.


Disponível em http://www.mundodomarketing.com.br/reportagens/comportamento-do-consumidor/31888/7-tendencias-de-comportamento-da-nova-geracao.html?utm_medium=e-mail&utm_source=mail2easy&utm_campaign=Newsletter+Dia. Acesso em 08 out 2014.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Oito programas para medir seus resultados em marketing

Romeo Busarello
Passei boa parte da minha vida profissional ouvindo a máxima que informação é poder, se fosse verdade os bibliotecários(as) seriam as pessoas mais poderosas do mundo. Nos dias atuais execução é poder. Li um interessante livro cujo título é: Obrigado pela informação que você me não me deu. Pura verdade... As empresas produzem relatórios cada vez mais sofisticados com um conjunto cruzado e variado de informações que não temos condições mentais de processá-los, sobretudo de agir sobre estas informações e promover ações imediatas. Como executivo, planejo investimentos em marketing para capturar clientes e me deparo com a necessidade diária de mensurar estes investimentos.

Hoje não tem desculpa para não medir a origem de todos os clientes que se relacionam com sua empresa, existem dezenas de programas gratuitos e alguns pagos que lhe relatam a origem de cada centavo investido em marketing. Os programas que estou recomendando produzem uma infinita possibilidade de informações, no entanto não se deixe seduzir pela amplitude, defina no máximo 10 métricas que você julgue estratégicas e que possa atuar sobre elas, melhorando a otimização dos investimentos. Estas informações não devem lhe servir somente de apoio, mas sim de iluminação e inspiração para deixar os seus investimentos de marketing cada vez mais eficientes. Vamos a elas:

1. Google Analytics (Gratuito): Ferramenta para acompanhamento dos fluxos de navegação e interações dentro das plataformas digitais da marca, como sites e hotsites. Através de seus relatórios é possível identificar as páginas mais acessadas, áreas de maior interesse, desempenho do processo de compra e frequência do acesso, por exemplo. Uma das possibilidades mais interessantes é a de identificação da origem do acesso – seja de mídia paga ou orgânica.

2. Adservers (Pago): São ferramentas para tracking de mídia online que permitem acompanhar o volume entregue, identificar a cobertura, alcance e frequência dos impactos, além de permitir realizar otimizações em tempo real. Comumente possuem negociações baseadas no volume de entrega da mídia (CPM).

3. Facebook Insights (Gratuito): Ferramenta do próprio Facebook disponibilizada para quem gerencia uma página corporativa na rede social. Permite o acompanhamento do alcance das ações, número de interações e performance das publicações.

4. Seekr (Pago): Ainda relacionado às redes sociais, existem ferramentas que auxiliam na gestão dos canais sociais da marca, controle das interações com os usuários e mapeamento das menções espontâneas sobre a empresa, como o Seekr, que tem como modelo negócio a assinatura mensal/anual.

5. comScore (Pago): Ferramenta de planejamento de mídia online que permite acompanhamento da audiência e avaliação do perfil dos usuários que acessam um determinado site ou página. Auxilia tanto para a escolha de veículos para a compra de mídia, quanto para o acompanhamento dos concorrentes.

6. Google Insights for Search (Gratuito): Serviço do Google que indica tendências de busca de usuários sobre determinados assuntos e palavras-chave. Apesar de bastante simples, pode ser valiosa para identificar comportamentos de busca dos usuários, como sazonalidade e intensidade.

8. Intelimidia (Pago): Serviço de tracking de telefone para avaliação de performance de campanhas offline através do volume de ligações geradas através de um determinado anúncio/veículo.


Disponível em http://www.endeavor.org.br/artigos/marketing-vendas/marketing-viral/8-programas-para-medir-seus-resultados-em-marketing?utm_campaign=Artigos%20Endeavor&utm_content=7015905&utm_medium=social&utm_source=facebook. Acesso em 24 ago 2014.