Mostrando postagens com marcador informação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador informação. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O posicionamento e suas transformações na publicidade

Bianca Waideman Pereira; Edson Roberto Bogas Garcia
Revista Temática - Ano X, n. 02 – Fevereiro/2014


Resumo: O conceito de posicionamento está diretamente ligado ao modo como a publicidade executa suas estratégias. A partir dessa proposição, o presente trabalho, de caráter exploratório e teórico, discute o posicionamento de marketing, dada a sua evolução desde a concepção do conceito e a variabilidade com que vem sendo tratado. O avanço da tecnologia fez que vivêssemos hoje em uma explosão de informação, levando a um embotamento da percepção do ser humano, sendo, dessa maneira, mais difícil ocupar lugar de destaque na mente do consumidor. Isso possibilitou que o surgimento da ‘Era do Posicionamento’ acarretasse mudanças na maneira de ver e de pensar a publicidade e suas estratégias, pois existem produtos, empresas e informação demais. É necessário criar um novo conceito na mente dos possíveis consumidores, religando tudo aquilo que eles já possuem, e, se possível, até mesmo, redirecionando todas essas conexões já pré- existentes.



terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Cinco passos para ter uma comunicação não-verbal eficiente

PEGN
10/01/2014
  
Clareza e eficiência na comunicação são essenciais em discursos, reuniões de negócios ou até dentro de uma sala de aula. A transmissão verbal de informação é vital, mas é a forma como ela é apresentada que determina quanto o público se recordará da mensagem.

Dustin York, colaborador do site Entrepreneur, conduziu um experimento com quatro salas de aula universitárias, cada uma com 80 alunos, para verificar a eficiência da comunicação não-verbal. Cada turma recebeu um palestrante, dois deles utilizaram o recurso da comunicação não-verbal.

Os discursos eram idênticos, palavra por palavra, o que diferenciava cada um deles eram algumas táticas na hora da apresentação.

Cinco delas, em particular, foram destacadas por York:

1. Contato Visual. O palestrante que se aproveitou da comunicação não-verbal estabelecia contato visual com cada aluno, no lugar de focar seu olhar para o PowerPoint e para determinados estudantes.

2. Oscilações no tom de voz. A monotonia não é desejada, nesse caso. A variação da fala, mesmo do ritmo, prende melhor a atenção do público.

3. Circulação. Movimentar-se pelo espaço na frente da sala foi mais uma das técnicas usadas por dois dos palestrantes. Enquanto isso, os outros dois instrutores limitaram-se a permanecer por trás de uma mesa.

4. Expressões faciais. Assim como a variação do tom de voz é uma técnica da comunicação não-verbal, diferentes expressões faciais também aprimoram discursos.

5. Gestos com as mãos. A dica é deixar as palmas das mãos à mostra, e não guardá-las nos bolsos ou apoiá-las em alguma superfície.

Em seguida, as turmas fizeram uma prova relacionada ao conteúdo da apresentação. York teve a conclusão que esperava da pesquisa. As duas salas que receberam os palestrantes que utilizaram os recursos listados tiveram notas 30% superiores.


Disponível em http://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/01/5-passos-para-ter-uma-comunicacao-nao-verbal-eficiente.html. Acesso em 09 fev 2014.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Criamos uma geração sem foco, diz Daniel Goleman

Lucas Rossi
30/12/2013
Daniel Goleman,  psicólogo e jornalista
O americano Daniel Goleman, psicólogo e Ph.D. da Universidade Harvard, tornou-se célebre ao publicar o livro Inteligência Emocional, em 1995, que já vendeu mais de 5 milhões de cópias no mundo — 400 000 só no Brasil. Sua obra mais recente, Foco, lançada quase 20 anos depois, chegará às livrarias em janeiro.

Nela, Goleman defende que — num momento em que a tecnologia e o excesso de informação geram distrações a cada minuto — criou-se uma geração sem foco, com dificuldade de desenvolver a capacidade de concentração. Mas, para ele, a atenção é como um músculo que pode ser treinado. E quem consegue chegar lá tem ideias melhores e mais criativas.

É o que fazia Bill Gates quando presidia a Microsoft, nos anos 90. Em períodos que chamava de “think weeks” (numa tradução livre, “semanas para pensar”), ele passava uma quinzena numa casa no campo para pensar sem interrupções.

Jack Welch, o lendário presidente mundial da multinacional americana General Electric, reservava uma hora por dia para simplesmente olhar pela janela. Em entrevista a EXAME, o autor fala mais sobre seu mais recente trabalho.

EXAME - O senhor defende que as pessoas nunca estiveram tão desfocadas. Quais são as consequências?
Daniel Goleman - Estamos sem tempo para refletir. Sem essa pausa não conseguimos digerir o que está acontecendo ao redor. Os circuitos cerebrais usados pela concentração são os mesmos que geram a ansiedade. Quando aumenta o fluxo de distrações, a ansiedade tende a aumentar na mesma proporção.

Precisamos ter um momento, no trabalho e na vida, para parar e pensar. Sem concentração, perdemos o controle de nossos pensamentos. Mas o oposto, quando estamos muito atentos, também é um problema. Nos tornamos vítimas de uma visão restrita e da mente estreita. É preciso dar equilíbrio a isso.

EXAME - Como escapar dessa armadilha?
Daniel Goleman - Dormir bem ajuda na concentração. Mas o melhor exercício é criar um período em que as interrupções sejam proibidas. Isso significa não ter reuniões, receber ligações, ver e-mails ou ter contato com qualquer outra fonte de distração. Isso pode ser feito antes do trabalho ou durante o expediente, em uma sala de reuniões por pelo menos 10 minutos.

Os chefes precisam entender que, para ter bons resultados, suas equipes devem ter tempo para se concentrar. E isso significa dar a oportunidade a elas de ter momentos sem interrupções.

No Google, por exemplo, os funcionários têm sido incentivados a parar por alguns minutos durante o dia e prestar atenção na própria respiração. Isso faz com que o circuito do cérebro responsável pela concentração seja ativado.

EXAME - Segundo seus estudos, existem três tipos de foco: o interno, o externo e o empático (voltado para o outro). O interno é a habilidade de se concentrar, apesar do que há ao redor. O externo é a capacidade de análise do ambiente. E o empático é a competência de prestar atenção em alguém. Por que é importante classificá-los dessa maneira?
Daniel Goleman - Para saber quando e como usar cada um na situação certa. O foco interno, por exemplo, é a chave para o profissional se motivar, ter metas, se controlar. Todos os profissionais precisam disso. O foco externo ajuda na leitura dos sistemas de maneira ampla.
É com ele que conhecemos quem são os competidores, como está o mercado, a economia e quais são as mudanças tecnológicas. Sem isso, ninguém consegue ter um bom resultado. A empatia é importante para quem quiser ser um bom líder. Ela é a forma como entendemos e falamos com as pessoas.

Só com ela um profissional saberá como motivar quem está ao redor. Não importa quais são as metas, todo mundo precisa de pessoas para alcançá-las. Ou seja, todas são importantes.

EXAME - Em seu livro, o senhor cita Steve Jobs, fundador da Apple, como alguém com alto poder de foco. Ele praticava meditação, considerada um bom exercício de concentração. Como a prática pode ser útil?
Daniel Goleman - Ao meditar, Jobs entrava no estado de consciência aberta. Experimentos sugerem que estar nesse estado, que é dar atenção a tudo o que está passando na mente, é a fonte dos pensamentos mais criativos.

É ir além de reunir informações e ter uma atenção seletiva, num processo que usamos para resolver um problema particular. É liberar o cérebro para fazer as associações acidentais que levam a novas percepções. Artistas e inventores costumam praticar devaneios produtivos.

EXAME - Como não ceder à tentação de ficar conectado o tempo todo?
Daniel Goleman - Entendendo que exercitar o foco é importante. Realizar uma tarefa e, só depois, ver as notícias ou responder a um e-mail. A melhor forma de fazer isso é dando recompensas. Você só pode acessar um site que deseja depois de terminar determinada atividade que planejou.

EXAME - No livro, o senhor diz que profissionais que atuam em áreas de que gostam têm mais poder de foco. Por que isso acontece?
Daniel Goleman - Muita gente procrastina porque os desafios são baixos. O que precisamos fazer é buscar tarefas mais difíceis. Isso aumenta o poder de foco. E costumamos perseguir espontaneamente isso com mais frequência quando gostamos do que fazemos.

EXAME - Além de Steve Jobs, quais outros profissionais têm alta capacidade de estar focados?
Daniel Goleman - O guru de negócios Jim Collins costuma apontar alguns presidentes capazes de criar empresas que duram. Acho que eles são bons exemplos de pessoas com foco. Conseguem ter um autocontrole exemplar, motivam suas corporações e são hábeis em entender os sistemas das empresas.

Além de serem exímios negociadores. O presidente da multinacional coreana -Samsung, Oh-Hyun Kwon, tem mostrado ser um executivo bastante focado. Apesar da alta concorrência, conseguiu concentrar a estratégia da empresa em ter um produto altamente competitivo.

Mark Zuckerberg, criador do Facebook, entende muito sobre os usuários de sua rede. O foco externo dele é admirável. Alguns políticos são bons exemplos de pessoas que são focadas nos outros. Eles costumam ter empatia.


Disponível em http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1056/noticias/nao-temos-tempo-para-refletir?page=1. Acesso em 30 jan 2014.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Três lições para salvar os jornais

Barbara Sacchitiello
07 de Novembro de 2013
Assunto debatido à exaustão em eventos da indústria da mídia, a sobrevivência dos jornais diante da diária transformação da tecnologia e dos hábitos de consumo de informação ainda não conseguiu elaborar uma cartilha definitiva a ser seguida.

Representantes de quatro dos maiores jornais do Brasil, contudo, demonstraram não estar mais totalmente à deriva no mar revolto da mídia impressa e pontuaram estratégias claras que vêm adotando como parâmetro para garantir um futuro promissor para seus veículos.

O primeiro dia de seminários da International News Media Association (Inma), nos dias 6 e 7 de novembro, em São Paulo, reuniu no mesmo palco os responsáveis pelas redações dos jornais Zero Hora, O Globo, Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo. Concorrentes – e ao mesmo tempo parceiros nesse desafio de conservar a importância do meio jornal – eles falaram sobre o dia a dia em suas redações e usaram cases próprios para mostrar os caminhos que parecem ser mais promissores.

Em suma, pode-se considerar que os tradicionais jornais do País vêm trabalhando com três premissas:

1- Não fazer apenas um jornal

“Jornal não é só um produto impresso, mas um conjunto de interfaces informativas”. A frase, dita por Ascânio Seleme, editor executivo da Infoglobo Comunicações, expressa bem a intenção de tratar os veículos como uma marca, geradora de diversos produtos. Isso, segundo eles, é importante não apenas para diversificar as fontes de receitas, como também para oferecer um cardápio mais atrativo aos leitores.

Defensora dessas estratégias, a diretora de redação do Zero Hora, do Grupo RBS, Marta Gleich, usou um caderno feminino do jornal para exemplificar essa diversificação de produtos. Segundo ela, há alguns meses a redação do supletivo dominical Donna foi separada fisicamente do restante do título gaúcho. Também foram contratados gerentes de produtos e especialistas no desenvolvimento de novos negócios para fazer do caderno uma estrutura multiplataforma. Atualmente, além do caderno aos domingos, o Donna também realiza eventos ao público feminino, publica edições pocket (que podem ser customizadas por marcas), promove cursos de maquiagem e está prestes a lançar sua primeira linha de cosméticos, em parceria com a rede de farmácias Panvel. “Estamos com vários outros projetos para o próximo ano e estudamos maneiras de replicar essa estratégia do Donna em outras áreas do Zero Hora”, explicou Marta.

2- Pensar como marca e não como diferentes canais

Se as novas tecnologias alteraram completamente o modo de operação dos jornais, é preciso aproveitá-las da forma mais inteligente possível. Ascânio Seleme deu vários exemplos de como O Globo tenta utilizar a tecnologia em prol de seu conteúdo informativo, como as reportagens especiais – que originam cadernos independentes e plataformas interativas com fotos e vídeos –, o uso de drones para captar imagens durante as manifestações do Rio de Janeiro, etc.

Ricardo Gandour, diretor de conteúdo do Estado de S.Paulo, é defensor da mesma estratégia, mas acredita que os veículos nacionais ainda não alcançaram o ponto exato. “Ainda usamos o sistema multimídia como enfeite; não o incorporamos na concepção da pauta e acabamos pecando pelo anseio de fazer um monte de coisas. Acredito que, em breve, perceberemos que, para o uso dos recursos multimídia nos jornais, também vale a máxima de que o menos é mais”, opinou.

3- Tratar a informação como algo valioso (e caro)

Ao narrar o passo a passo de toda a implementação do sistema de paywall na Folha de S.Paulo, o editor executivo do jornal, Sérgio Dávila, usou uma explicação simples para justificar o motivo que levou o veículo a fechar seu conteúdo. “Embora muita gente falasse que a informação na internet precisa ser livre, os nossos jornalistas precisavam ser pagos. E chegou um momento em que essa equação não mais se equilibrava”, contou. Segundo ele, mais de um ano depois da adoção do modelo, o número de page views e de assinantes digitais da Folha cresceu, bem como a publicidade digital. “Conteúdo jornalístico de qualidade é caro e, por enquanto, essa é a forma com que os grandes jornais do mundo vêm lidando com suas contas”, afirmou.

Gandour endossou a opinião de Dávila e ressaltou a necessidade dos jornais brasileiros superarem a era da gratuidade. Assim que a internet se disseminou, nos anos 1990, os jornais quiserem copiar o modelo da TV aberta, fornecendo tudo gratuitamente. Com isso, criamos um problema. Precisamos valorizar nossas marcas, nossos profissionais e a nossa informação”, pontuou o representante do Estadão. 



Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/midia/noticias/2013/11/07/Tres-licoes-para-salvar-os-jornais.html?utm_campaign=licoes_jornais&utm_source=facebook&utm_medium=facebook. Acesso em 29 dez 2013.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Redes sociais também vendem. Esqueça o ROI

Felipe Morais
17 de setembro de 2012
 
Redes sociais vendem!

De forma direta e indireta. Talvez a visão da venda indireta esteja bloqueando as ações de várias marcas, pois os gestores temem que um post no Facebook não gere venda imediata e por isso não tem como ter ROI. Logo, não tem como justificar o investimento no canal.

Sinceramente? Blá blá blá do mercado. Como se calcula o ROI efetivo de um comercial na TV ou anúncio de revista? Só porque a web é 100% mensurável é preciso ter tudo atrelado ao ROI? Nem sempre. Indicação também vende. E muito!

Se há décadas a propaganda boca-a-boca é que mais dá resultado, imagina nos tempos de hoje, com 1 bilhão de pessoas no Facebook, por exemplo, como isso é potencializado. E como as marcas têm que se ater a isso. Certa vez eu assisti um vídeo – que até passo para meus alunos – onde mostra que na Inglaterra 50% dos acessos à web vem do Facebook. Esse dado já é interessante, mas tem um comentário nessa parte do vídeo que eu acho fantástico “imagina o que isso representa contra ou a favor das marcas”. Dá para imaginar?

O brasileiro é ávido por conteúdo. Quer saber sempre mais e mais e tem nas redes uma das suas principais fontes de informação. Em breve, será a principal, uma vez que vivemos uma era onde os veículos de comunicação estão usando – e isso só tende a aumentar – as redes para disseminar conteúdo.

Se o brasileiro quer saber mais, ele pesquisa mais, ele lê mais. Ele influencia e é influenciado mais. Querem saber tudo sobre marcas e produtos que compram e quando essas informações os deixam tranqüilos, não só compram como indicam: “comprei o produto X e recomendo”. Frase que pode gerar uma série de vendas para pessoas que a sua marca não impactou e que não estão na sua fan page.

Segundo pesquisa, 49% das pessoas entendem que a reputação da marca é um dos principais fatores para a decisão de compra. Reputação de marca é dada pelo consumidor. Não adianta investir milhões de reais em campanhas se os consumidores estão insatisfeitos, pois eles vão reclamar da marca nas redes e isso vai gerar uma reverberação enorme. Pode não atingir o mesmo número de pessoas que a campanha falando bem da marca na Rede Globo atingirá, mas a qualidade da mensagem é maior, pois são pessoas falando com pessoas.

Quando o consumidor tenta se aprofundar sobre um produto, ele está ao mesmo tempo vivendo o mundo da marca, criando uma experiência diferenciada e se o trabalho de conteúdo estiver bem feito, as chances de compras são maiores.

Pessoas compram quando estão seguras e para estar seguro o consumidor tem que estar sem dúvidas sobre uma compra.

Por exemplo, qual a melhor TV para comprar: LED, Plasma ou LCD? Os leigos vão atrás de informação. E leigos entenda-se pessoas que não sabem nada de tecnologia!

A Zappos, loja online da Amazon, lançou um serviço de recomendação de produtos via Pinterest. Segue a linha da Amazon, que dentre seus pilares de crescimento, sempre apostou na opinião das pessoas sobre os produtos para ajudar nas vendas.

O projeto PinPoiting mostra aos usuários recomendações de produtos baseados em posts no Pinterest. Os usuários podem interagir com os posts. Mais uma vez, pessoas indicando produtos para pessoas por meio das redes sociais. Elas vendem – basta saber a dinâmica das redes, sempre baseadas em relacionamento!


Disponível em http://webinsider.com.br/2012/09/17/redes-sociais-tambem-vendem-esqueca-o-roi/?__akacao=1038132&__akcnt=fb9e485d&__akvkey=8017&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=news.2012.09.24. Acesso em 28 ago 2013.

domingo, 1 de setembro de 2013

Material de PDV: importante aliado

Roberta Gerhard Döring        
11/10/2011
Excesso de informação. Esse é o ponto a ser trabalhado pelos lojistas quando o assunto é a utilização de materiais de apoio para vendas no varejo. Banners, displays, cartazes e pequenos expositores podem ser aliados na hora de encantar o cliente. Porém, tornam-se vilões caso sua utilização seja feita de forma inadequada. “Muitos lojistas não sabem como usar estes elementos devidamente e acabam cometendo erros que desvalorizam o produto ao invés de enaltecê- los”, comenta Daniel Silva (Taquara/ RS), consultor especialista em vitrinismo e diretor da Ponto Zero Vitrines.

Segundo Silva, criar vitrines personalizadas é essencial em tempos de mercado padronizado. Identidade e apelo visual tornam-se as principais ferramentas para atrair até mesmo o cliente mais distraído. Porém, deve-se ter um cuidado em relação aos displays: evitar que eles roubem a atenção do produto que representam. “Seria melhor que as empresas, além de enviar o material, orientassem o lojista para a montagem de vitrines inteligentes, convidativas e, sobretudo lucrativas”, diz.

“O mais importante na comunicação visual é não querer dizer tudo ao mesmo tempo, em diferentes banners ou cartazes”, complementa a arquiteta Sabrina Pereira Accioly, da DAS Arquitetura (Porto Alegre/RS). Na sua opinião, não se deve utilizar uma quantidade muito grande de propagandas ou corre-se o risco de poluir visualmente a loja. “Os materiais de apoio devem ser utilizados de forma sintética, reunindo várias informações no mesmo banner, por exemplo, de forma clara, objetiva e atrativa”, comenta.

De acordo com a arquiteta, materiais objetivos e com informações bem organizadas costumam chamar mais atenção dos consumidores do que várias informações distribuídas de forma desorganizada e repetitiva. “Informações claras e, principalmente, verdadeiras fazem com que o cliente se sinta atraído a entrar na loja e adquirir o produto”, cita.


Disponível em http://www.exclusivo.com.br/Noticias/60536/Material-de-PDV:-importante-aliado.eol. Acesso em 28 ago 2013.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Quem perde com o desaparecimento dos jornais locais?

Carlos Castilho
17/04/2012
Para variar terei de me apoiar mais uma vez em estatísticas norte-americanas para colocar na mesa um tema que interessa também aos brasileiros:  o jornalismo local e hiperlocal.  Segundo uma  pesquisa do Pew Center, 72% dos norte-americanos seguem regularmente o noticiário do local onde moram e 32% admitiram que sua vida seria gravemente afetada caso a imprensa comunitária desaparecesse.

Aqui no Brasil, não conheço uma pesquisa feita nos mesmos moldes e, se houvesse, provavelmente os números seriam diferentes por conta das debilidades crônicas de nossa imprensa regional e pelo histórico fascínio do resto do país pela agenda do eixo Rio-São Paulo-Brasilia.

Isto não quer dizer que não tenhamos bons jornais nos demais estados e nem que a realidade do interior do país sejam menos interessante do ponto de vista jornalístico do que o que ocorre nos dois maiores centros urbanos e na capital política do país. É que nosso cardápio informativo quotidiano está de tal maneira impregnado pela agenda carioca, paulista e brasiliense que nem nos damos conta de que coisas também acontecem noutras regiões.

O bombardeio  noticioso com eventos ocorridos no eixo Rio-São Paulo acabou contribuindo para a intensificação da perda de identidade nas comunidades do interior, um fenômeno que começou a ganhar corpo nos anos 1970 com a migração cada vez maior de pessoas de região para região no Brasil e com o processo de globalização econômica e social. Hoje, aqui como nos Estados Unidos, há consideráveis setores da população interiorana que sentem-se desenraizados, fenômeno estudado pelo britânico Anthony Giddens [Modernidade e Identidade. Anthony Giddens. Jorge Zahar. 233 páginas. 2002]

Os norte-americanos já começam a se mostrar preocupados com o futuro da imprensa regional e local diante das mudanças em curso em todo o sistema jornalístico do país. É uma preocupação com o tipo de informação que estará à disposição dos moradores de pequenas e médias cidades, mas também sobre a forma como o jornalismo comunitário e regional poderá contribuir para a sobrevivência da indústria da comunicação.

Desorientadas, as pessoas voltam gradualmente a se reagrupar em comunidades com a preocupação básica de buscar algum tipo de identidade, seja a perdida seja uma nova, conforme a teoria desenvolvida pelo catalão Manuel Castells, no seu livro O Poder da Identidade [Editora Paz e Terra, 532 páginas.2000].  Segundo Castells, esse processo assume formatos e propostas que variam de continente para continente, mas mantém uma preocupação básica: criar novas comunidades sociais, usando ferramentas presenciais ou virtuais.

É nesse contexto que as pessoas voltam a se interessar pela informação local criando um novo espaço para a imprensa e um novo mercado de consumidores de notícias, já que é patente a perda de interesse dos leitores pela agenda política nacional. Alguns jornais como O Globo já se deram conta desse fenômeno e multiplicam as iniciativas e projetos voltados para o público local.

Acontece que ai surge um novo problema. A cobertura local é cara porque implica uma diversificação de informações e consequentemente a criação de um amplo quadro de repórteres e informantes.  Simultaneamente, as indústrias jornalísticas passam por um momento de vacas magras, onde tudo o que implica gastos vai imediatamente parar nos últimos lugares da lista de prioridades.  O fator econômico é apontado unanimemente como o grande fato limitante no crescimento da mídia local, tanto pela pesquisa do Pew Center como por investigações acadêmicas aqui no Brasil . 

Para atender à demanda da população e contornar as dificuldades financeiras, os jornais não têm outra alternativa senão desenvolver uma parceria com o público. Os leitores têm hoje acesso fácil a telefones celulares com câmeras e muitos conseguem até usar a internet com telefones inteligentes. A imprensa terá de criar uma relação com o público para que ele colabore como provedor de material para notícias, mas para que esta parceria seja duradoura os jornais devem retribuir dando aos leitores maior participação no processo de produção informativa. 

É nesse ponto que está o X do problema, porque isto implica a mudança de alguns comportamentos muito antigos, que levaram a imprensa a vincular-se mais ao poder do que aos seus leitores.


Disponível em http://www.observatoriodaimprensa.com.br/posts/view/quem_perde_com_o_desaparecimento_dos_jornais_locais. Acesso em 15 ago 2013.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Monte a sua planilha de custos

Ana Clara Cenamo
27 de junho de 2004
Desde o último texto sobre negociação, no qual citei uma famigerada planilha de custos para jobs online, recebi vários e-mails me solicitando, se não a própria, ao menos que eu cedesse algumas dicas de como montar uma planilha eficaz.

Não me surpreendi com o grande número de pedidos de uma cópia da planilha…

Sabemos que muitos aqui no seu dia-a-dia se vêem às voltas com a dificuldade que é montar uma estimativa/orçamento defensável… Digo defensável porque é este o termo que me ocorre ao lembrar das inúmeras vezes em que temos que sentar frente a frente com um cliente para defender os números e atividades previstas para um determinado projeto/job proposto.

Resolvi então tentar formalizar aqui algumas dicas que podem ajudar e orientar a tarefa de elaborar uma estimativa. A planilha é só o produto final apresentado ao cliente. Antes dela várias etapas precisam ser esclarecidas e cumpridas.

1. O briefing
O primeiro passo é estar de posse de um briefing completo/detalhado, que traga todas as informações sobre o projeto a ser desenvolvido.

Por exemplo, se tivermos um projeto para um hotsite de lançamento de um produto, uma linha de maquiagem… Temos que receber do cliente toda a informação necessária: qual o foco conceitual do lançamento? O que deveremos priorizar na ação: conhecimento do produto? Compra/venda? Teremos mídia online? Se sim, qual será o objetivo para esta? Gerar cadastros? Gerar tráfego? Branding?

Existirá uma promoção? Concurso cultural? Existe uma base de dados utilizável? De que verba podemos dispor? Temos limitações de uso de tecnologia? Vamos usar som? Locução? Vídeo? Haverá produção de fotos e conteúdo ou receberemos o material do cliente?

Hoje tenho desenvolvido com meus clientes um modelo de briefing “ideal”, que também foi criado a oito mãos, fruto das idas e vindas e refações decorrentes de briefings que nunca traduziam plenamente a demanda necessária.

Fazer um bom briefing é uma tarefa delicada… caberá a este assunto um próximo texto que, com certeza, escreverei.

Mas, enfim, o que eu quis dizer é que só de posse de um briefing completo (e na maioria das vezes é preciso correr atrás do esmiuçamento de pontos indefinidos do briefing para poder completa-lo) é que podemos começar a vislumbrar o valor de um projeto em horas de trabalho.

2. Reunião de criação e planejamento
O ideal, principalmente em produtoras/agências mais estruturadas é que antes de colocar no papel um valor estimado para o projeto, façamos uma reunião de equipe para levantar as possibilidades criativas e de produção. Criação, Planejamento, Gerência de produção, Atendimento e Mídia online (se houver uma demanda de mídia incluída) avaliam o briefing e fazem suas sugestões de ações.

No caso do hotsite acima utilizado como exemplo, poderíamos pensar que haveria uma ferramenta interativa onde o usuário pudesse “maquiar” uma modelo virtual e brincar com as cores da coleção lançada… poderia haver um concurso cultural que premiasse a melhor frase… poderíamos ter um e-mail MKT inicial e formatos diferenciados de mídia etc.

3. Elaboração de uma proposta criativa e de produção – Fluxo de informação
Após uma criação coletiva e levantamento de idéias, o planejamento e produção passam a trabalhar na apresentação da proposta destas idéias (em geral em forma de um fluxo de informação estruturado muitas vezes já em um wireframe).

Nesta etapa devemos colocar no plano as melhores e mais viáveis idéias para serem apresentadas como opções ao cliente.

Sabendo o que poderá ser produzido, orçar!

Só então partimos para o orçamento propriamente dito. Colocar no papel todos os serviços e etapas necessárias para as opções de produção do job planejadas.

Tenho usado uma seqüência lógica para avaliar as etapas de cada job:

a. Planejamento
i. Quantas horas dedicadas à elaboração do plano pelo profissional de planejamento? Neste item podemos ter um profissional júnior, pleno ou sênior e os valores das horas de cada um serão diferentes.
ii. O plano aqui é muito mais conceitual e estratégico.

b. Arquitetura da Informação
1. Quantas horas dedicadas pelo profissional de AI?
a. Design Information
i. Wireframe: desenvolvimento da estrutura do site;
ii. Usabilidade: estudo do modo de utilização do site pelo usuário

c. Criação
i. Neste item temos ainda subdivisões e para cada função e qualificação profissional estabelece-se um valor de hora/homem.

1. Projeto Gráfico
a. Design de interface
b. Direção de arte
c. Ilustração
d. Animações/efeitos
e. Tratamento de imagens

2. Redação
a. Criação de Redação: desenvolvimento de textos;
b. Copy Desk de Texto: adaptação de textos para o publico alvo.

d. Implementação e Tecnologia
i. Aqui também várias qualificações e especializações profissionais determinam os valores de cada função.

1. Gerência de TI (Tecnologia)
a. Especificação da melhor tecnologia a ser utilizada: Linguagem de Programação, Banco de Dados; etc.

2. Modelagem de Banco de Dados
a. Preparação do Banco de Dados para receber as informações

3. Programação Java, .NET, html, Flash:
a. Quantas horas de cada programação?

4. Montagem:
a. Ajusta o encaixe das informações de todas as linguagens de programação utilizadas no projeto.

5. Ajustes da Implementação: verifica e faz os devidos ajustes de programação;

e. Qualidade
i. Testes/Revisão: verifica se o trabalho desenvolvido esta de acordo com o briefing fornecido pelo cliente e o funcionamento do projeto desenvolvido;

1. Checking de navegação, links, textos, layouts.

f. Gerência de Projetos
i. Produção e conteúdo: verifica a recepção de material pelo cliente, acompanha a produção do projeto quanto à linha de comunicação e seu funcionamento e distribuição de horas gastas.

1. Para este item em geral atribuo um percentual do projeto.
No final, multiplica-se tudo pelos valores que atribuímos a cada tarefa, soma-se tudo e obtemos o total do job.

E muitas vezes depois disso tudo ainda temos as rodadas de negociações, pois os clientes sempre, invariavelmente, ainda mais os “nacionais” acham caro e gostam de pechinchar.

Enfim…

Cada atendimento ou profissional responsável por orçamentos vai compondo seu jeito próprio de estimar e orçar.

A questão mais delicada aqui é o valor da hora/homem que definimos, o que com que o mercado seja tão dissonante em termos de valores.


Disponível em http://webinsider.com.br/2004/06/27/monte-a-sua-planilha-de-custos/. Acesso em 09 jul 2013.