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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Por que seus vendedores devem ser também consultores

Priscila Zuini
28/03/2014
Homens conversando
Vendas corporativas e consultivas são praticamente sinônimas. O profissional de vendas que não pratica uma consultoria a cada cliente certamente perderá espaço para o concorrente.

A venda B2B mudou. As empresas estão mais seletivas e exigentes na hora de selecionar seus parceiros fornecedores. O vendedor deve, portanto, conhecer bem seu mercado, seus concorrentes e, em especial, o segmento e fatos sobre seu prospectivo cliente.

O comprador de uma empresa tem por obrigação obter a melhor condição. O vendedor, por outro lado, tem por obrigação prover diferenciais que não sejam única e exclusivamente concessões relativas a preço, desconto nos produtos ou serviços.

O vendedor deve perguntar antes de mostrar soluções a cada venda. A arte da pergunta é o ponto mais importante nas vendas corporativas. Como, quando, onde, quem, o que, quanto? São perguntas abertas e que desvendam necessidades.

Saiba entender antes de atender. É fundamental confirmar entendimento na comunicação com seu comprador. Utilize perguntas fechadas, que comecem, por exemplo, por “deixe me ver se entendi bem...” e valide cada resposta dada anteriormente pelo cliente.

Descubra o DNA do cliente nas vendas corporativas. O que significa a compra ou investimento na sua proposta? Esta pergunta remete ao lado emocional do cliente, mesmo na relação empresarial. Acredite: o comprador se motiva por reconhecimento do seu chefe após cada negociação, sobretudo, quando ele resolve algo urgente, traz economia para sua empresa, obtém tranquilidade contratando você e seu negócio.

Apresente proposta com credibilidade: relacione fatos (informações dadas pelo cliente) na sua proposta quando for apresentá-la e tenha um bom preparo para lidar com objeções. Foque nos ganhos intangíveis, não no preço (objeção mais comum).


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/por-que-seus-vendedores-devem-ser-tambem-consultores. Acesso em 31 mar 2014.

domingo, 30 de março de 2014

Como transformar seu hobby em um negócio lucrativo

Priscila Zuini
17/12/2013
Máquina de costura da Singer
Você seria mais feliz se largasse o emprego só para fazer o que gosta? A boa notícia é que muitos empresários estão aproveitando seus hobbies para faturar.

Uma parte desses empreendedores fazem parte do microempreendedores individuais (MEI). Hoje, mais de 1,5 milhão de empreendedores usam a própria casa como sede da empresa, segundo uma pesquisa divulgada nesta semana pelo Sebrae. Entre os mais de 3,5 milhões de microempreendedores individuais (MEI), 48,6% trabalham em casa. A pesquisa mostra ainda que 77% dos empreendedores que têm o artesanato como fonte de renda também usam a própria casa para tocar a pequena empresa.

Boa parte desses empresários aproveitou um hobby ou habilidade para deixar o emprego e empreender. É o caso de Isamara Neves Barbos, formada em publicidade, que comercializa itens para festas infantis através da internet. Depois de buscar enfeites para a festa da filha e não achar nada que gostasse, Isamara aproveitou suas habilidades artísticas para faturar com esta demanda. No boca a boca, ela foi ganhando clientes e equilibrando a rotina de profissional e empreendedora. “Eu fui me especializando, fazendo mais cursos técnicos e ganhando uma graninha. Comecei não só a vender o que aprendi nas aulas, mas a desenvolver novas peças”, conta.

Com uma loja no site Elo7, Isamara levou um ano para ter com o artesanato a mesma renda que tinha no emprego. “Eu acho que dá pra ganhar de 1,5 mil a 4 mil reais por mês, mas vai depender muito da pessoa e do produto”, conta. Depois de investir em materiais e máquinas, ela procurou capacitação. “Como a coisa foi crescendo, fui fazer curso de empreendedorismo para começar a melhorar meu horário de trabalho”, diz.

O caminho de Isamara pode servir de exemplo para muita gente que sonha em deixar o emprego e transformar um hobby em negócio. Para Cynthia Serva, coordenadora do Centro de Empreendedorismo do Insper, gostar do que faz já é um bom começo. “Quando a pessoa tem uma grande paixão, a gente fala que é meio caminho andado. Saber o que gosta e em que quer empreender é o melhor dos cenários”, indica a professora.

Mas, para que o processo dê certo, é preciso investir e tomar alguns cuidados. “Comece a testar, sem abandonar o emprego, de forma experimental”, diz Leo Feijó, consultor de comunicação da Rio Criativo, incubadora de economia criativa.

1. Diferencie hobby de negócio
Antes de começar, avalie se o seu hobby trará o mesmo nível de satisfação se virar um negócio. Vale lembrar que a atividade deixa de ser esporádica e passa a tomar a maior parte do seu tempo. “Existe uma reflexão que tem que ser feita que é se essa relação muda quando começa a ser trabalho”, indica Cynthia.

Mais do que isso, avalie também se você tem as habilidades que um negócio exige. “A maioria gosta muito do que faz e está engajado com a atividade, mas muitas vezes a maior dificuldade é na venda. Em uma composição societária, se quiser encontrar um sócio, é bom que ele seja complementar, um mais criativo e outro mais administrador”, diz Feijó.

2. Não subestime o planejamento
Se você acha que o seu hobby tem potencial para virar uma empresa, faça um pequeno planejamento. “Teste se tem outras pessoas que compartilham esse hobby e gostariam de ter acesso aos produtos, se enxergam valor nisso. Identificar algo que goste de verdade é super desejável, mas não tira a necessidade de planejar as premissas, saber se existe mercado, se existem pessoas que gostariam de pagar por isso e se existe concorrência”, diz Cynthia.

3. Pesquise o mercado
Esse planejamento começa com uma pesquisa de mercado, que pode ser feita de maneira informal no início. “Determine um nicho ou um segmento, um público e entenda esse mercado: se tem concorrentes, quantos existem na cidade, como eles se posicionam, o que pode trazer de valor agregado, como você pode se diferenciar dos outros players”, ensina a professora.
Outro dado importante é saber quais preços são praticados nesse mercado e como seu produto pode se encaixar nesta faixa.

4. Ouça muitas opiniões
Já com algumas hipóteses sobre os caminhos do negócio, é hora de validar suas teorias. A dica é buscar pessoas além do seu círculo de amigos e familiares e estar pronto para ouvir opiniões. “A gente percebe que amigos têm certa dificuldade de serem críticos do ponto de vista construtivo, tentar expandir esse grupo para ter validações mais realistas é importante”, diz Cynthia.

Isso, segundo Feijó, ajuda também a avaliar se existe demanda para este hobby. “Comece a vender artesanalmente para família e amigos, para ver que a demanda existe. É bom que tenha um diferencial, desde embalagem até como faz comunicação”, afirma.

5. Escute os mais experientes
Ouvir empreendedores que já traçaram o mesmo caminho para abrir um negócio pode ser uma fonte de aprendizado. “Ao contrário do que a maioria pensa, o bom empreendedor está sempre aberto a conversar. Não vai dar consultoria de graça, mas pode falar como foi a trajetória e quem sabe pode ser um parceiro”, conta Feijó.

6. Prepare-se financeiramente
É natural que o novo negócio traga menos renda que o atual emprego, especialmente no começo. “Por quanto tempo consegue conciliar de forma paralela, sempre lembrando que, do ponto de vista financeiro, no início você tem algumas perdas comparando com salário”, questiona Cynthia.

Para isso, vale estruturar um pouco o plano de negócios. “Não precisa ser muito elaborado, mas tem que elaborar um horizonte de 5 anos e ver quanto precisa investir. Tem que acreditar e assumir certo risco, porque depende só de você”, diz Feijó. Segundo ele, um ano é um período razoável para fazer testes e avaliar se o negócio tem potencial.

7. Estude gestão (mesmo no começo)
Falta de conhecimento de gestão costuma ser um desafio para quem transforma o hobby em negócio. Por isso, se prepare, desde o começo, para saber lidar com a estrutura de uma empresa. “Transformar hobby em negócio exige muito trabalho, a princípio de planejamento, para estruturar uma empresa e é preciso se preparar para isso”, diz Cynthia.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/como-transformar-seu-hobby-em-um-negocio-lucrativo?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 30 mar 2014.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Oito dicas para negociar bem com fornecedores

Priscila Zuini
19/03/2014
entrevista de emprego
Uma negociação bem feita com fornecedores é essencial para que pequenas empresas sejam mais competitivas no mercado. Sem bons preços, os produtos podem ficar encalhados e isso significa prejuízo na certa. “Em qualquer tipo de negociação, a preparação é fundamental”, diz Álvaro Martins, professor de Negociação da BSP (Business School São Paulo).

Antes de sentar para discutir detalhes de uma nova compra, o empreendedor precisa ter um plano B em mente e procurar saídas do tipo ganha-ganha. “Neste caso, valor negociado é distribuído para que as duas partes ganhem de alguma forma”, explica Carlos Cruz, do Ibvendas. Confira a seguir oito dicas essenciais antes de ir negociar com fornecedores.

1. Tenha um plano B

Ficar nas mãos do fornecedor durante uma negociação é uma péssima estratégia. É preciso ter outras opções, caso não se chegue a um acordo. “O empresário tem que ir preparado para saber qual o plano B dele, se não der negócio. A ideia é se concentrar no interesse e não na disputa de posição”, sugere Cruz.

Ter uma alternativa faz parte do trabalho preparatório para uma negociação. Se há várias ofertas no mercado, a negociação fica mais vantajosa. “Sem alternativa alguma, ele já parte em uma posição muito desfavorável. O pior cenário é ir comprar e não ter mais ninguém que venda aquilo”, diz Martins.

Lembre-se de que o outro lado da mesa também vai pesquisar para conhecer seu negócio e é preciso ter informações para chegar a um acordo bom para todos.

2. Conheça seus limites

Além do plano B, o empresário precisa ter um limite, seja de preço, prazo ou condições, muito claro na cabeça. “Tenha bastante conhecimento da sua própria realidade, principalmente do ponto de vista financeiro. Estabeleça quais são seus limites e qual o preço máximo que pagaria”, diz Martins. Essa informação, claro, não deve ser revelada ao outro negociador.

3. Construa relacionamento

Uma relação de ganha-ganha tem como base a confiança. Construir um relacionamento com o fornecedor facilita a troca de informações e torna o momento da negociação menos crítico. “Quanto mais você deixar o outro confortável, mais informações vai conseguir, se tiver capacidade de fazer as perguntas certas”, diz Cruz.

4. Tente desvendar o outro lado

O relacionamento é também um passo para conseguir entender como pensa o negociador, quais são seus limites e plano B. “O principal é ter esse relacionamento, para ter o máximo possível de informação”, explica Martins.

5. Defina uma estratégia

Antes de pedir desconto ou mais prazo para pagar, pense em que tipo de estratégia é mais vantajosa para seu negócio. “Uma tática é mirar no limite do outro. Quando você deixa que ele abra a negociação, ele dá mais elementos para conhecer o cenário dele. A outra é mirar no seu valor alvo e forçosamente abrir a negociação”, afirma Martins. São estratégias diferentes que dependem de contexto, e da força de cada um na mesa de negociação.

6. Deixe a emoção de fora

Quando a emoção fala mais alto, os riscos de negociar mal aumentam. “As empresas devem racionalizar o processo de negociação”, afirma Cruz. Com informações precisas em mãos, é mais fácil controlar a emoção na hora. “Quando você se prepara melhor, tem muito mais condição de ter um emocional mais equilibrado, colocar a comunicação de forma mais apropriada e também de conseguir entender melhor as coisas”, complementa Martins.

7. Cuidado com a postura corporal

Emoção demais também pode ser percebida na postura corporal. “A postura muito agressiva não é conveniente porque uma hora a coisa pode virar”, diz Martins. Cuidado para não deixar transparecer nervosismo e ansiedade de fechar negócio. “A pessoa revela pelo olhar que a coisa está muito certa e o outro lado pode endurecer, por exemplo”, afirma o professor.

8. Não fale demais

Assim como a postura corporal, o empreendedor precisa ter o cuidado de não falar mais do que deve. Todas as informações dadas na negociação podem prejudicar o resultado final. “Não revele mais que o necessário. Revelar prazo é coisa que prejudica muito. Quando não tem experiência, o empresário vai de peito muito aberto e isso não é bom. Isso deixa a pessoa completamente na mão do outro lado”, indica Martins.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/8-dicas-para-negociar-bem-com-fornecedores?page=1. Acesso em 23 mar 2014.

domingo, 2 de março de 2014

O que fazer se não há clientes no começo do negócio

Priscila Zuini
20/02/2014
Casal com cara de cansaço e dúvida
O início de um novo negócio na maioria das vezes é sempre muito difícil, e tanto a fase de desenvolvimento e crescimento quanto à implementação passam por obstáculos que o empreendedor somente conhece quando coloca a mão na massa, na “hora da verdade”.

Em 1980, Jan Carlzon escreveu um livro que se tornou um clássico da administração, nele o autor chamou de "a hora da verdade" como o momento em que o cliente entra em contato com o pessoal da linha de frente. É nesse momento que ele irá formar a imagem da empresa, e é essa experiência que o faz voltar ou não.

Muitos empreendedores investem tempo e energia (e também dinheiro, claro!) na fase do planejamento do negócio, mas quando partem para a fase da implementação, não conseguem materializar seja através dos vendedores, equipe de atendimento e também dos produtos e serviços o que inicialmente tinham proposto.

Para o seu negócio ter impacto ele deve resolver um problema relevante do cliente. A sua proposta de valor, ou seja, o motivo pelo qual os clientes irão te escolher, dever ser superior a dos seus concorrentes.

Essas questões devem ser consideradas na fase do planejamento, assim como a realização de estudo de mercado onde você pretende atuar. Lembrando que o mais relevante é considerar a analise dos potenciais consumidores e o estudo dos concorrentes, diretos e indiretos.

Feito isso, é preciso identificar o que não está dando certo, ou seja, porque as vendas não estão acontecendo. Aqui vale refletir a respeito de alguns pontos bastante significativos:
- Sua equipe de frente está alinhada com a mensagem e estratégia que você definiu em relação ao atendimento dos clientes? Na fase de planejamento, você realmente validou o tamanho do mercado disponível? O ponto de venda, no caso de negócio físico, realmente tem fluxo de potenciais clientes?

- E a estratégia de divulgação e marketing? Os canais que tem usado são realmente os mais assertivos em relação a seu público consumidor? Em relação à concorrência, seus preços são superiores? Se sim, os clientes realmente percebem o seu produto ou serviço como superior? Se a resposta for não, é hora de rever esse posicionamento. Mas lembre-se de verificar se os seus custos permitem essa estratégia.

Depois essas reflexões, dependendo de suas conclusões, talvez seja necessário rever seu planejamento como um todo, pois atrair clientes requer foco no mercado, profissionalismo e, além de tudo algum investimento.

Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/o-que-fazer-se-nao-ha-clientes-no-comeco-do-negocio. Acesso em 01 mar 2014.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Cinco formas de conseguir dinheiro para começar um negócio

Priscila Zuini
07/02/2014
Dinheiro: homem segura notas de real
Dinheiro é essencial para começar um negócio. Não adianta ter uma ótima ideia sem disponibilidade de capital mínimo para começar a operar. “Dinheiro é fundamental para a criação de um novo negócio. É oxigênio na criação e manutenção de uma empresa”, defende Edison Kalaf, professor da Business School São Paulo (BSP).

É comum que os empreendedores não tenham todo o dinheiro que precisam para tirar uma ideia do papel. Por isso, o primeiro passo é fazer um planejamento básico, para saber o que o negócio vai demandar. “O capital próprio é a fonte de recurso mais utilizada, mas nem sempre o empresário usa uma fonte só”, diz Marcelo Nakagawa, professor do Insper. Veja a seguir onde conseguir dinheiro para começar seu negócio.

1. Capital próprio
Para Nakagawa, essa é a melhor forma de investir em uma pequena empresa. Com capital próprio, o empreendedor não contrai dívidas em bancos e tem mais noção de quanto pode gastar. “Às vezes, implica a venda de algum ativo da pessoa ou algum tipo de acordo que faz com o cliente pague antes de receber. Nos Estados Unidos, o termo é bootstrapping, pega dinheiro do cliente e entrega depois o produto”, indica.

O porém desta fonte é que o empreendedor precisa ter acumulado dinheiro ao longo do tempo. Por isso, é mais comum que pessoas mais experientes tenham essa reserva. “Esse é outro tipo de empreendedor, mais velho, e não uma startup”, diz Kalaf.

2. Incubadoras
Para startups, é muito comum que elas comecem a se desenvolver dentro de incubadoras, que são instituições ligadas, geralmente, a universidades que apoiam empreendedores iniciantes. “É uma organização que estimula a criação e o desenvolvimento de pequenas empresas. Dão espaço físico, algum infraestrutura, acesso a internet e assessoria jurídica, por exemplo”, diz Kalaf.

3. Agências de fomento
Outra opção de fonte de capital são as agências de fomento. “Esses recursos são chamados de não-reembolsáveis ou de fundo perdido”, explica Nakagawa. São organizações que trabalham com editais ou chamadas e oferecem linhas de crédito a juros baixíssimos ou nulos. “Os empreendedores tem que conhecer Fapesp, Finep, CNPQ, Senai e agências de amparo à pesquisa”, indica.

4. Empréstimo bancário
O empréstimo bancário é mais indicado para quem pensa em abrir uma franquia. “É comum bancos terem linhas de crédito espetaculares para abrir uma franquia”, indica Kalaf. “É muito difícil para quem está começando do zero, mas o empreendedor tem que prestar atenção em alguns bancos que tem financiamento para franquias”, reforça Nakagawa.

Neste tipo de crédito, é preciso ter cuidado com as taxas de juros. “No Brasil, as taxas são muito altas e é comum exigir, por exemplo, uma garantia real”, afirma Kalaf.

5. Investidores externos
Mais comum também no mercado de startups, o investimento de anjos e fundos de capital semente pode ser conseguido quando o negócio já está mais maduro. “O tipo de empresa que pega esse dinheiro é um número pequeno, são empresas de altíssimo potencial de crescimento”, diz Nakagawa. Nestes casos, o investidor quer ver o negócio concreto. No caso de anjos, investem em média de 80 mil a 100 mil reais.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/5-formas-de-conseguir-dinheiro-para-comecar-um-negocio?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 09 fev 2014.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Como calcular o custo do capital próprio no seu negócio

Priscila Zuini
25/11/2013
O custo médio ponderado de capital (wacc, em inglês) revela quanto custa para a empresa financiar suas atividades, usando como fontes o capital próprio e o de terceiros. Para determinar o wacc em situações reais, a única variável difícil de ser mensurada é o custo do capital próprio. O custo de capital de terceiros é uma informação fácil de ser extraída, pois o setor financeiro da empresa sabe o quanto paga de juros em cima das suas linhas de crédito.
Em empresas de capital aberto, o wacc é obtido através do capital asset pricing model (CAPM). Nesse modelo, o custo do capital próprio é obtido por meio da estimação de um prêmio de risco que compara a taxa de juros livre de risco e o prêmio de risco do mercado como um todo.

O cálculo do custo de capital próprio não é simples nem direto, seja para empresas listadas em Bolsa ou empresas de capital fechado. Uma forma mais pragmática é pegarmos informações diretamente dos acionistas das empresas. Afinal, se um empreendedor consegue entender seu papel de acionista, deverá saber responder a uma simples pergunta: qual o prêmio de risco aceitável para manter seus recursos investidos na empresa?

O premio de risco é a diferença entre a remuneração exigida pelos acionistas e a taxa de juros livre de risco. Essa taxa, no Brasil, é a SELIC. Poupadores brasileiros podem, sempre que quiserem, comprar letras financeiras do tesouro (LFT), que paga aos investidores a taxa SELIC anual.

Em diversos grupos empresariais, o conselho de administração da holding determina o custo de capital próprio a ser utilizado nas outras empresas do grupo. Isso torna o cálculo do wacc direto e simples para a gestão da empresa. Assim, um empresário que considere um prêmio de risco de 7% como razoável exigiria, da sua empresa, um retorno sob o capital de 16,5% ao ano (9,5% da SELIC mais 7% do prêmio de risco).

Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/como-calcular-o-custo-do-capital-proprio-no-seu-negocio/. Acesso em 30 dez  2013.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Quatro erros imperdoáveis no fluxo de caixa do seu negócio

Priscila Zuini  
08/11/2013
Organizar as finanças de uma pequena empresa é o passo inicial para que o projeto cresça. O caminho é já começar a se acostumar com a planilha do fluxo de caixa. Pensado para servir como um planejamento, ele ajuda a acompanhar todas as receitas e os gastos da empresa e a tomar decisões.

O problema é que muitos empreendedores só usam os dados para saber se vai faltar dinheiro no final do mês. O ideal é acompanhar os meses futuros para programar ações. “O fluxo de caixa me diz futuro. Já começa a ver quanto mal ou bom vai ser daqui seis meses. Ele diz quanto precisa de capital de giro, se pode fazer distribuição de lucros, se está na hora de assumir uma dívida ou fazer um investimento”, diz Maurício Galhardo, consultor especializado em finanças, da Praxis Business.

Para que a ferramenta funcione bem como um indicador, é preciso que o empresário fique responsável por fazer ou acompanhar de perto os dados e se certifique de que todas as informação são reais. “O fluxo de caixa deve traduzir a realidade financeira da empresa. É uma previsão do que vai receber e pagar”, explica Nelson de Sousa, professor de finanças do IBMEC/RJ. Veja quais são os principais erros que você precisa evitar para usar bem o fluxo de caixa.

1. Não ter categorias

Apesar de existirem softwares e programas que auxiliam empresários no fluxo de caixa, a maneira mais simples é montar uma planilha. “Precisa separar os gastos em grupos, o que alguns chamam de planos de contas”, alerta Galhardo. Apenas registrar todos os gastos e despesas não é o suficiente para tomar decisões com a planilha. O ideal é separar todos os valores em categorias. “Se você separa em caixinhas, no plano de contas, consegue entender quanto se gasta em cada categoria”, indica o consultor.

Assim, faça colunas para custos com ocupação, como aluguel, IPTU e até água e luz, para custos com pessoal, incluindo salários e benefícios, e também para custos administrativos e relacionados a vendas. Desta forma, fica mais fácil identificar, por exemplo, onde a empresa gasta mais e até como seria possível reduzir custos. “É importante acompanhar o saldo bancário, que deve bater com o fluxo de caixa”, explica Galhardo.

2. Lançar vendas e não recebimentos

Uma nova venda sempre é recebida pela empresa como dinheiro no bolso e muitos empresários se precipitam e lançam os valores na planilha. “No fluxo de caixa, o que deve ser lançado são as receitas e não as vendas. A receita é aquilo que entrou de dinheiro. Se fizer uma venda em três vezes, vai ter que lançar o pagamento em três vezes também”, esclarece Galhardo.

O mesmo vale para pagamentos. “Se ia pagar uma conta e o fornecedor deu um prazo maior, muda a conta para ser paga em outra data”, diz o consultor. Para Sousa, este é o ponto de partida para um fluxo de caixa bem feito. “Projeta o que vai vender e o que vai receber, considerando que algumas vendas são à vista, outras a prazo”, diz.

3. Não ter um acompanhamento diário

O padrão mais comum de fluxo de caixa é mensal, ajudando o empresário a avaliar o desempenho do negócio naquele mês. Na prática, é melhor acompanhar diariamente. “Ele tem que ser feito diário. O fluxo de caixa não serve para ver quanto está gastando, para falar de passado, o fluxo de caixa me diz futuro”, afirma Galhardo.

4. Não ser realista

É com o acompanhamento diário que o empresário vai aprendendo como o negócio se comporta mês a mês e pode se preparar para períodos de baixa. Isso só acontece se os dados usados estiverem de acordo com a realidade. “Empresas projetam fluxo de caixa de até 2 anos, com o que imaginam que vai ser a atividade. Cada vez que aumentam as expectativas de venda, aumentam os gastos também”, diz Sousa.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/4-erros-imperdoaveis-no-fluxo-de-caixa-do-seu-negocio?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 17 nov 2013.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Cinco bons motivos para você não abrir um negócio

Priscila Zuini
12/11/2013
Empreender virou moda. Essa é a opinião de boa parte dos especialistas em empreendedorismo no país. Com um ambiente de negócios mais amigável, muita gente escolhe esse caminho como carreira. O que pode ser muito bom para a economia nem sempre vale a pena para o empreendedor.

Além das características comuns aos empreendedores, como senso de oportunidade e capacidade de execução, fazer um negócio dar certo exige muito tempo e dedicação. Por isso, quem pensa em abrir um negócio para “descansar” da rotina do trabalho pode cair em uma grande armadilha.

A pedido de Exame.com, os professores Alessandro Saade, da Business School São Paulo, e João Bonomo, do Ibmec/MG, listaram alguns bons motivos que indicam que pode ser uma roubada virar dono do próprio negócio.

1. Se você busca tranquilidade

Se você busca mais tranquilidade e tempo com a família, abrir um negócio pode ser uma má ideia. “Normalmente as pessoas procuram a carreira empreendedora querendo certa tranquilidade, ser donas do próprio horário, montar seu cronograma do jeito que acredita que vai ter mais autonomia, mas a gente sabe que pelo menos nos primeiros 60 meses elas tendem a trabalhar mais do que qualquer trabalhador comum”, explica Bonomo.

É verdade que ser empreendedor traz mais autonomia, mas é um engano pensar que isso significa ter menos trabalho.

2. Se você pensa em copiar alguma moda

De vez em quando, muitos empreendedores investem em negócios que prometem explodir. Compras coletivas, frozen yogurt e outros são exemplos disso. Virar empreendedor só porque um setor promete crescer muito ou apostando em uma modinha pode ser um erro grave. “Entrar num mercado oferecendo a mesma coisa que a concorrência é suicídio. Ou oferece algo novo, ou nem tente entrar”, sugere Saade.

Segundo Bonomo, acreditar que vai dar certo apenas copiar outra empresa é muito comum ainda. “Não adianta acreditar que vai dar certo só de olhar o negócio alheio e fazer uma coisa semelhante. Isso tende a enganar os sonhadores, que se espelham no sucesso alheio sem acreditar que precisam conhecer mais, achando que é só replicar a técnica que o negócio vai dar certo”, indica. Entrar em um mercado em crescimento pode dar certo, mas exige preparação, um diferencial e capital.

3. Se você é teimoso demais para ver os erros

Ser empreendedor significa ter autonomia para tomar decisões. Enquanto isso pode ser bom na hora de pensar em horários, por exemplo, é bastante complexo quando é preciso decidir o caminho do negócio. Por isso, se você acredita que basta ter dinheiro ou conhecimento, pode fracassar no seu negócio. “Você precisa ver outros elementos, por exemplo, como está o mercado, como a cadeia produtiva tem se posicionado. Na carreira empreendedora, um dos pontos mais importantes é conseguir fazer uma autoanaálise da sua capacidade e dos seus conhecimentos e verificar as atitudes necessárias para o desenvolvimento daquele determinado tipo de empreendimento”, diz Bonomo.

Se você é teimoso demais para reconhecer seus erros rapidamente e corrigi-los, pode levar muito tempo até conseguir ganhar dinheiro com um negócio próprio.

4. Se você não conhece o mercado

Além da falta de capacidades empreendedoras, quem quer abrir um negócio sem conhecer nada do mercado pode estar destinado a fracassar. Para Bonomo, não conhecer o mercado e não ter um bom capital para uma pesquisa podem ser fatores impeditivos para o desenvolvimento do negócio. “As pessoas se apegam muito ou por terem atitude ou capital ou conhecimento sobre as operações, mas não conhecimento sobre o mercado em si e não acompanham o mercado no passado recente nem as tendências futuras”, indica o professor.

O primeiro passo é entender que o mercado ainda tem longevidade. “Começar agora um serviço de manutenção de tablets parece um bom negócio. Em 2016, o número de tablets vendidos no país será maior que o de notebooks. Agora, criar o mesmo serviço para manutenção de desktops não me parece ser um mercado em crescimento ou durador”, exemplifica Saade.

Além disso, ele lembra da importância de dominar o processo do negócio como um todo. “Montar uma empresa onde o dono não sabe como o seu negócio funciona é imperdoável. Não se monta um negócio sobre o conhecimento dos outros, a não ser que ele seja seu sócio”, sugere.

5. Se tudo depende apenas de você

Um negócio que concentre absolutamente tudo no dono pode ter os dias contados. “Dentistas, chaveiros e artesãos, por exemplo, sofrem do risco de escalabilidade. O crescimento do negócio está diretamente vinculado à capacidade de trabalho individual desses profissionais. O faturamento total é igual a capacidade máxima de produção de cada um deles”, indica Saade.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/5-bons-motivos-para-voce-nao-abrir-um-negocio?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 12 nov 2013.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Quatro sacrifícios que os empreendedores precisam fazer pelo negócio

Priscila Zuini
25/04/2012
Que a vida de empreendedor não é fácil quase todo mundo já está cansado de saber. Quando se é dono de uma pequena empresa, tudo paira sobre você. São contas a pagar, funcionários para administrar, estoque para comprar. Em meio a isto, os empreendedores quase que invariavelmente precisam abrir mão de coisas importantes, como tempo e dinheiro.

A história dos empreendedores mostra como esses sacrifícios são, muitas vezes, recompensados. A chave do sucesso está na persistência. Veja a seguir exemplos de sacrifícios que os empreendedores costumam fazer pelo bem do negócio.

1. Casa

O capital que uma pequena empresa exige para começar a operar geralmente extrapola as economias do empreendedor. Por isso, as pessoas começam a se desfazer de bens, como carros e até a própria casa. É o caso de Antonio Carlos Viégas, diretor da Moldura Minuto.

Viégas viveu e trabalhou por três anos em Portugal para acumular capital. Na volta, descobriu que o dinheiro ainda não era suficiente. “Ainda faltava 40 mil reais para abrir a empresa e eu não podia me dispor desse dinheiro. Então, pedi para morar com a minha sogra”, conta. Viégas e a esposa dividiam o quarto com outras duas pessoas, mas ele garante que este sacrifício foi essencial para a empresa. “Se não fossem eles, o negócio não teria decolado”, diz.

2. Tempo

Uma empresa consome praticamente todo o tempo disponível do empreendedor, já que o negócio continua mesmo depois do fim do expediente. É o dono que costuma fechar o caixa ou ficar até mais tarde organizando o espaço. Se não bastasse isso, em casa o empreendedor não desliga e o assunto empresa continua na cabeça.

Estar preparado para abrir mão de tempo livre ou para lazer é essencial no começo da empresa. “No primeiro ano de atividade, eu e minha esposa [Elza Martin] tínhamos somente um auxiliar e éramos responsáveis por toda a rotina de um novo empreendimento, desde compra, venda, entrega e cobrança até pagamentos”, conta Lindolfo Martin, fundador rede Multicoisas.

3. Profissão

Começar um projeto empreendedor e manter o emprego costuma dar certo por um tempo. Depois, a empresa vai demandar mais atenção e fica difícil conciliar as duas coisas. Ricardo Tabach é um exemplo disso. Ele era auxiliar técnico da seleção brasileira masculina de vôlei quando Bernardinho propôs que ele se dedicasse totalmente à franquia da Escola de Vôlei Bernardinho.

A decisão de deixar de lado uma possibilidade de ouro olímpico em Londres pesou, mas o negócio falou mais alto. “A marca está em plena expansão e fico feliz por ter participado desse processo, mesmo tendo que abrir mão de uma atividade que me dava muito prazer”, afirma Tabach.

4. Dinheiro

Estabilidade não combina com o começo de uma pequena empresa. Quem abre um negócio sabe que os primeiros meses são turbulentos e demandam um alto volume de capital de giro. O dinheiro que a empresa consome costuma apertar as contas pessoais, mas a recompensa aparece quando os lucros começam a surgir.

Vanessa Caldas é sócia da loja virtual Amo Muito e deixou o emprego para se arriscar. “Abri mão da estabilidade e da segurança de um salário certo no fim do mês. Abrir uma empresa sem muitos recursos é um dos maiores riscos que os empreendedores podem correr. Larguei meu trabalho e investi todo meu tempo e dinheiro na empresa. No primeiro ano foi extremamente difícil, mas eu tinha a certeza que estava no caminho certo e os resultados me incentivavam a continuar”, conta Vanessa.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/4-sacrificios-que-os-empreendedores-precisam-fazer-pelo-negocio?page=1&utm_medium=twitter&utm_source=twitterfeed. Acesso em 18 set 2013.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Três estratégias para conseguir grandes clientes

Priscila Zuini
04/04/2012
Elas atendem grandes empresas, tem poucos anos de vida e crescem mais do que a concorrência. Os empresários Marcos Frederico, proprietário da Ekotex, Otavio Henrique Ilha Campos, presidente Pifer, e Fernando Mota, diretor-executivo da Carbo Gás contaram aos empreendedores suas experiências e como crescer cada dia mais.

1. Cuidado com os grandes

Os três empresários tem um relação muito próxima com grandes empresas. A Carbo Gás é fornecedora de gás Coca-Cola, a Ekotek fornece produtos químicos para indústria têxteis como a Malwee e a Pifer faz a parte interna de trens e agora está investindo em bancos de plástico para os estádios de futebol. Para eles, todo cuidado é pouco na hora de lidar com clientes gigantes como esses. “Apesar de ser pequeno, a gente é muito exigido. Isso é saudável, é ótimo. Você tem que evoluir bastante e, da mesma forma, nós temos que exigir dos nossos fornecedores”, diz

Para Mota, todo cliente deve ser tratado com “c maiúsculo”. “Não tem essa coisa de cliente grande ou pequeno. Todos devem ser grandes clientes”, diz. Ao mesmo tempo em que vira uma referência e confere credibilidade à empresa, um cliente grande pode também acabar com o fornecedor pequeno. “Se não tiver um caixa muito bem estruturado, o cliente grande pode fazer a pequena empresa quebrar”, diz Frederico.

2. Conquiste os clientes

Para conseguir uma grande empresa como cliente, os empresários destacam a importância de estar bem ligado no mercado e, claro, ter contatos. “Eu tive um facilitador que eu estou no mercado desde 1090. Cada indivíduo é uma empresa. Eu já trabalhava no segmento e isso foi um facilitador. Quando eu fui empreender, eu já tinha essa carteira de clientes que já me conheciam e me deram esse voto de confiança”, ilustra Frederico, da Ekotex.

Mesmo que sua empresa não esteja totalmente inserida no mercado que atende, é preciso ter algum conhecimento da área e falar com precisão para conquistar o cliente. “Você tem que conquistar o cliente falando com consistência. Não tem outra forma de fazer vendas se não ir lá, falar com o cliente, até que ele adquira essa confiança de que o que você está dizendo é verdade”, diz Mota.

3. Profissionalize-se

Antes de se empolgar muito com a chegada de um cliente importante, os empreendedores precisam estar prontos para se adaptar e colocar na ponta do lápis se vale a pena aceitar as exigências dessas empresas. Mota, da Carbo Gás, conta que para virar fornecedor da Coca-Cola precisou até trocar o secador de mãos dos banheiros da empresa. “Eu tenho que olhar muito o cliente não pelo tamanho que ele compra, mas pelo tamanho que ele deve. O cuidado maior deve ser com o recebimento. Você não pode se deslumbrar com o cliente grande. Isso é uma grande ilusão”, diz Mota.

No caso da Pifer, desde o começo a empresa atendeu grandes clientes e precisou se adaptar. “Desde o começo, fomos pressionados a ter ISSO 9001, somos auditados todo ano e temos uma gestão integrada de contabilidade”, explica.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/3-estrategias-para-conseguir-grandes-clientes?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter. Acesso em 18 set 2013.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Como identificar seu público-alvo em redes sociais

Priscila Zuini
22/08/2013
Segundo dados do Ibope Media, de janeiro de 2013, o Brasil conta com 46 milhões de usuários ativos em redes sociais. Para sua marca se comunicar eficientemente com potenciais e atuais clientes dentro dessa imensa comunidade, a segmentação é uma das principais estratégias de relacionamento.

Ações voltadas a nichos de mercado ampliam as possibilidades de bom atendimento, à medida que ajudam a conhecer o público e evitam esforços depositados em outras frentes pouco eficazes, como bem ressaltou Philip Kotler. Antes de lançar sua campanha aos sete ventos, é importante atentar para quem realmente interessa notar sua presença. Confira algumas dicas para auxiliar a identificar o seu target em mídias sociais.

1. Realize suas próprias pesquisas
Quer mais detalhes sobre seu público? Monte pesquisas de mercado conforme sua necessidade de conhecimento. Ferramentas como Survey Monkey, Google Drive e Wufoo auxiliam na confecção de formulários online com questões específicas. Através de relatórios ilustrativos é possível calcular de maneira simples os resultados.

Para estimular seu público a responder às pesquisas ofereça descontos exclusivos ou vantagens, e destaque a importância da participação para melhorias de seus produtos ou serviços. Aproveite para questionar qual rede social é mais utilizada por seus clientes. Além do Facebook e Twitter, você poderá realizar ações mais focadas, aproveitando as ferramentas disponibilizadas em redes segmentadas, como o Linkedin.

2. Analise os dados
A descoberta do público-alvo não é tarefa simples e rápida. Porém, redes sociais como o Facebook contam com ferramentas de análise de dados bastante eficientes e de fácil compreensão.

As páginas criadas no Facebook podem ser monitoradas através do Page Insights, aplicativo que aponta informações relevantes sobre curtidas, comentários e compartilhamentos. É possível acessar rapidamente os números relativos a gêneros (porcentagem de curtidas por homens e mulheres), idade (quantos anos têm as pessoas que curtem a sua página), localização (onde vivem estas pessoas) e visitas.

3. Ouça sua audiência
O feedback de seu público servirá como ótima base para estratégias futuras. Atente para os perfis que curtirem, e principalmente, para aqueles que criticarem. Mantenha um canal fixo de relacionamento direto com o cliente, dessa maneira será mais fácil você questioná-lo sobre seus gostos.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/dicas-de-especialista/noticias/como-identificar-seu-publico-alvo-em-redes-sociais?utm_source=newsletter&utm_medium=e-mail&utm_campaign=news-diaria.html. Acesso em 24 ago 2013.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Seis formas de driblar o medo para empreender

Priscila Zuini  
24/07/2013
Incerteza, medo, risco. Quem começa um negócio do zero sabe que essas sensações são potencializadas na hora de, enfim, tirar a ideia do papel. Muitos empreendedores estudam o mercado, pesquisam e, mesmo assim, ficam paralisados na hora de assumir o compromisso do próprio negócio.

A boa notícia é que essas sensações são perfeitamente normais no empreendedorismo e fazem parte do processo. Para superar o medo e se arriscar, os especialistas Thiago de Carvalho, coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper, e Marcos Hashimoto, coordenador do Centro de Criatividade e Empreendedorismo da FAAP, dão dicas para driblar a incerteza e ter uma pequena empresa de sucesso.

1. Não faça comparações
Uma das principais dúvidas na hora de empreender é se as condições do emprego, como salário, benefícios e horários, serão mantidas na nova atividade. “Mais do que risco e medo, as pessoas ficam comparando o que elas têm hoje e esperando a grande ideia”, diz Carvalho. Segundo ele, é mais importante se encontrar em uma atividade que traga satisfação do que medir apenas pelo aspecto financeiro.

2. Entenda o que é risco para você
A percepção de risco, segundo Hashimoto, é algo muito particular. “Se você é o tipo que olha para o céu claro e mesmo assim tem um guarda-chuva, indica que é menos receptivo a risco”, diz. É importante avaliar, com base nas escolhas diárias e de investimentos, qual é o seu limite para se arriscar.

3. Descubra de onde vem a dúvida
Entender de onde vem o medo ao risco é essencial para poder solucioná-lo. “É legal saber quais são as origens dessa insegurança. É uma insegurança muito específica de cada um”, indica Carvalho. Descubra se o medo é impulsionado por falta de capital, de habilidades técnicas ou mesmo por circunstâncias pessoais.

4. Planeje-se
Um planejamento de médio e longo prazo ajuda a amenizar o medo e também reduzir os riscos. “Esse planejamento ajuda a pessoa a entender melhor o negócio. Algumas pessoas acabam ignorando retornos dos consumidores que não gostam do produto delas. Elas criam modos de pensar e acabam não observando o mercado”, explica Carvalho.

Este planejamento é essencial se o negócio for em uma área em que o empresário tem pouca experiência. O mais indicado é conversar com o máximo de pessoas possível para entender o mercado.

5. Avalie o impacto dos riscos
Entender o que o risco vai causar na sua vida é importante para avaliar quais ameaças serão priorizadas. “Na avaliação de risco, precisa saber quais são as ameaças que podem sair do controle”, diz Hashimoto. Segundo ele, uma ótima forma de reduzir a incerteza é participa de cursos e seminários e conversar com especialistas.

O passo seguinte é entender quais são os maiores riscos, avaliando o impacto e a probabilidade de cada um. “Se o impacto é pequeno e a chance de acontecer é grande, o risco talvez seja alto”, indica.

6. Faça uma autoavaliação
O autoconhecimento é essencial para entender como cada empreendedor lida com o risco e com a ideia de abrir um negócio. “Esse autoconhecimento é importante para quem está buscando uma carreira como o empreendedorismo. Não tem certo ou errado em termos de carreira”, diz Carvalho. Avalie-se e meça até que ponto você está disposto a ir pelo próprio negócio.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/6-formas-de-driblar-o-medo-para-empreender?utm_source=newsletter&utm_medium=e-mail&utm_campaign=news-diaria.html. Acesso em 26 jul 2013.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Cinco dicas para conquistar a confiança dos clientes

Priscila Zuini  
14/12/2012
A época de vendas de Natal é boa para engordar o faturamento, garantir o resultado do ano e conseguir novos clientes. Para os especialistas, este é o momento em que as pessoas estão mais dispostas a gastar, com bônus e 13º salário no bolso, e ficam mais propensas a conhecerem marcas novas.

Para os empreendedores, o desafio é conseguir, mesmo em meio à loucura das vendas de final de ano, agradar o cliente e garantir que ele volte e ainda leve outros consumidores até o local ao longo do ano.

André Ortiz, professor da FGV e consultor empresarial, diz que a dica é agradar o cliente. “Como é o primeiro contato é preciso encantar o cliente com prestação de serviço diferenciada”, diz Ortiz.

Para Carlos Cruz, diretor do IBVendas, conquistar a confiança é fundamental para ganhar o consumidor. “O grande segredo para conquistar a confiança é focar e estar preocupado em ajudar o cliente a tomar as decisões de compra”, explica Cruz.

1. Ofereça comodidade

Apesar do clichê, muitas vezes a primeira impressão é mesmo a que fica. Se o cliente não for bem atendido na pequena empresa ele não deve voltar. Por isso, encantá-lo desde a entrada é essencial e pode exigir pequenas ações. “Pode ser oferecendo estacionamento, um café, um brinde ou mesmo atendimento especializado”, diz Ortiz.

Descubra que tipo de comodidade seu cliente valoriza ou que faz com que ele deixe de comprar no seu negócio e invista nisso para aumentar as vendas.

2. Treine a equipe

De nada adianta oferecer comodidade com um mau atendimento. O cliente precisa encontrar no vendedor uma espécie de consultor, que vai ajudá-lo a resolver um problema. “O que faz ter confiança é se sentir realizado e ser atendido por um vendedor que conheça bem o produto”, explica Cruz.

Para garantir um bom atendimento, é preciso treinar e motivar os funcionários. “A rotatividade é muito grande e o funcionário só fica se gostar do ambiente e do respeito do patrão. Preocupe-se em treinar a equipe. Não adianta investir em software e loja, se a equipe estiver desmotivada”, diz Ortiz.

3. Crie um banco de dados

Criar um banco de dados dos clientes ajuda a estreitar a relação com o consumidor. “No varejo, essa é uma das épocas que alguns segmentos mais vendem e os empresários podem aproveitar para fazer um cadastro para uma ação durante o ano”, diz Cruz.

Além disso, é importante ter estratégias de pós-vendas para manter o relacionamento com os consumidores e melhorar o negócio. “É importante ligar, mandar e-mail, sms ou contatos nas redes sociais para saber se ele foi bem atendido ou faltou algo que ele procurou”, ensina Ortiz.

4. Ofereça recompensas

Deixar o cliente feliz é, sem dúvida, mais vantajoso para as empresas. “Nada mais vende do que publicidade gerada de maneira espontânea”, diz Ortiz. Segundo ele, o papel do gestor é criar um cliente que indique a marca. “A empresa pode pensar em criar um elo”, opina. Uma das sugestões é oferecer algum tipo de recompensa para quando um novo cliente chega ao local através de indicação, como um brinde para quem o levou. 

5. Faça perguntas

A aproximação do vendedor com o cliente é também crucial para fazê-lo confiar na empresa. Além de conhecer bem o produto e ser educado, o profissional precisa fazer perguntas que levem o consumidor à decisão de compra. “O vendedor faz perguntas para entender o perfil do cliente, identificar as necessidades e oferecer produtos adequados. Mesmo se ele tiver que atender vários clientes ao mesmo tempo, precisa tentar manter contato visual”, afirma Cruz.

Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/5-dicas-para-conquistar-a-confianca-dos-clientes?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 14 dez 2012.

terça-feira, 26 de junho de 2012

É melhor vender à vista ou a prazo?

Priscila Zuini
Dar um desconto ou conceder um prazo maior para quitação de uma compra pode, em alguns casos, ser o ponto decisivo entre fechar uma venda ou perdê-la. No entanto, sempre que se mexe no preço ou no prazo a área financeira da empresa é impactada.

Conceder desconto em uma compra à vista pode ser uma opção interessante para aumentar o caixa da empresa. No caso de uma loja, por exemplo, que compra produtos de seus fornecedores e paga após um determinado prazo, vender à vista possibilitará utilizar o dinheiro da venda de um produto para pagar seu próprio custo.

Ou seja, não haverá necessidade de utilizar seu capital para o pagamento de mercadorias. É como se o fornecedor estivesse financiando as vendas do lojista. No entanto, vale analisar o percentual de desconto que está sendo oferecido, pois isso gerará menor margem de ganho ao empresário.

Conceder prazos maiores para pagamento, por outro lado, pode ser uma ótima opção para atrair clientes para as compras. Atualmente é muito comum os consumidores se atentarem mais ao preço da parcela que irão pagar do que ao número de parcelas, ou mesmo ao valor total do financiamento. Mas aqui também devemos avaliar sob a ótica do empresário. Ele precisa ter capital de giro para suportar prazos maiores de recebimento pelas vendas.

A resposta a este dilema do empresário depende de alguns fatores. Um deles é a necessidade da empresa no momento. Se a necessidade for aumentar o número de vendas ou clientes, talvez a melhor opção seja mexer no prazo, desde que haja reservas financeiras para suportar as novas condições comerciais. Se a necessidade for de dinheiro no caixa, melhor trabalhar a venda à vista.