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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Os profissionais que levaram a Havaianas para o mundo


Luciana Carvalho
Saindo dos básicos chinelos azuis e brancos para chegar às sandálias multicores e com design moderno, a Havaianas, a tradicional marca de sandálias da Alpargatas, passou por uma grande mudança e, em 2007, iniciou um processo de globalização. Hoje, a marca é conhecida mundialmente graças ao trabalho conjunto de profissionais inovadores e apaixonados.

Para o especialista em marketing e estratégia Dominique Turpin, a Havaianas é um exemplo de como montar uma boa equipe. Turpin, que também é presidente do IMD (Institute for Management Development), considera que não existe um perfil de gestor ideal para toda e qualquer empresa, mas há algumas características mais desejáveis. Confira a seguir as qualidades citadas por ele.
Boa comunicação
"Os gestores precisam ter características, habilidades e competências de um bom comunicador", afirma. Não é à toa que ele diz isso. Com um trabalho intenso de comunicação, publicidade e relações públicas, a Havaianas teve seu status elevado e se expandiu para a Europa.
Devido ao trabalho de comunicação dos profissionais da Alpargatas, em parceria com agências especializadas, o produto passou a ser conhecido e, mais importante, usado por celebridades internacionais, como Catherine Zeta-Jones, Jennifer Aniston, Britney Spears e Julia Roberts. "Em Paris, também foi colocada uma 'Havaianas' gigante em frente a um famoso hotel, para que a mídia pudesse dar notícia", diz.
Inovação e flexibilidade
Não adianta ter habilidades de comunicação se o produto não está adequado. Até chegar ao potencial de expansão, a Havaianas mudou de cara. "Quando se quer criar uma grande marca, é preciso ter algo diferente. A primeira coisa que Havaianas fez foi transformar um produto comum, chato, em algo da moda", diz Turpin.
Todo esse trabalho de reformulação do produto requer uma cabeça fresca, maleável e sem preconceitos para gerar inovações de valor, que não sejam apenas mais uma coisa maluca que não vai dar certo. "Inovação é muito importante para manter a sustentabilidade da marca. Se não há inovação, a marca vai morrer, pois a empresa vai perder a próxima geração de consumidores", afirma.
Trabalho em equipe
Um trabalho da magnitude do que foi feito com a Havaianas requer profissionais de várias áreas e origens. Por isso é essencial que eles saibam trabalhar em equipe e lidar com pessoas de diferentes tipos, desde o executivo que planeja a expansão do produto até o artista que pensa nas estampas dos chinelos.
"Eles, da Havaianas, também não trabalham sozinhos. Junto com eles há também agências de criação, comunicação, propaganda, designers... É um trabalho que partiu da empresa, mas envolveu todos os outros níveis", diz Turpin. O líder tem grande participação neste processo, pois deve ser aberto a ideias de opiniões de todos da equipe, deixando de lado a característica ultrapassada de "chefe mandão".
Liderança apaixonada
Para fazer uma marca ou produto emplacar, os profissionais precisam estar motivados para realizar um trabalho interessante e positivo. O papel do líder é essencial neste sentido, uma vez que tem a responsabilidade de fazer com que os membros da equipe queiram fazer o melhor trabalho possível.
"Se os líderes na Havaianas tivessem sido chatos e entediantes, eles não teriam tido bons resultados. Normalmente essas pessoas têm uma espécie de paixão pelo que fazem e isso é o que importa", diz. Mas, segundo o especialista, não é qualquer pessoa que pode ser assim. Turpin acredita que paixão não pode ser ensinada: é algo que o líder tem ou não tem.

sábado, 8 de maio de 2010

Estudo aponta o Brasil como a 5ª economia em 2013

Andrei Netto 

O Brasil será a quinta maior economia do mundo já em 2013, pelos cálculos da PricewaterhouseCoopers, divulgados ontem, em Londres. Até lá, o País terá ultrapassado gigantes como Alemanha, Reino Unido e França. Os prognósticos econômicos indicam ainda que até 2020 o Produto Interno Bruto (PIB) do grupo de sete maiores emergentes - chamado E-7 e formado por China, Índia, Brasil, Rússia, México, Indonésia e Turquia - será maior do que o do G-7. Cinco das 10 maiores economias, até 2030, serão países hoje tidos como emergentes.
O relatório leva em consideração o ritmo de crescimento e a valorização média das moedas de cada país para traçar perspectivas de médio e longo prazos. Para a PriceewaterhouseCoopers, E-7 e G-7 terão pesos equivalentes por volta de 2019. A diferença de riquezas vem caindo - em 2000, o PIB dos sete países mais ricos do mundo era o dobro dos países hoje considerados emergentes pela consultoria - e, este ano, deve sofrer sua maior redução: 35%. Após a ultrapassagem, a distância seguirá aumentando: em 2030, o E-7 será 30% mais rico que Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Itália (G-7).
"Em 2030, nossas projeções sugerem que o top 10 global do ranking de PIB terá a liderança da China, seguida dos Estados Unidos, Índia, Japão, Brasil, Rússia, Alemanha, México, França e Reino Unido", afirmou o relatório, assinado pelo diretor de Macroeconomia da PwC, John Hawksworth. Nesse horizonte, as 10 maiores economias serão, pela ordem: China, Estados Unidos, Índia, Japão, Brasil, Rússia, Alemanha, México, França e Reino Unido.
Entre os reposicionamentos, três chamam mais atenção: a China, que ultrapassa os EUA, a Índia, superando o Japão, e o Brasil deixando para trás todos os gigantes europeus. Outra constatação do estudo é que a economia indiana crescerá mais rápido que a chinesa na década de 20. "A influência do E-7 já é enorme e esta análise mostra que a questão não é se o E-7 ultrapassará o G-7, mas quando", explicou Ian Powell, economista da PwC.
Para Powell, as mudanças econômicas já resultam em uma nova geopolítica. "O G-7 já foi expandido para G-20 como o fórum-chave para decisões de economia global."
De acordo com a PwC, o Brasil contará com o crescimento e a exposição internacionais obtidas com a Copa do Mundo de 2014 e com a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. Já a Rússia conta com superpoderes na área de energia e a Índia, graças a seu crescimento demográfico, passará a crescer mais que a China.
As estimativas da PwC são ainda mais otimistas sobre a performance dos países em desenvolvimento do que as feitas por Jim O"Neill, chefe de pesquisa em Economia Global do banco de investimentos americano Goldman Sachs e autor do acrônimo Bric, sigla com a qual destacou a emergência de Brasil, Rússia, Índia e China na década passada.
Segundo O"Neill afirmara em novembro do ano passado, a China superará os Estados Unidos em 2027. Sua previsão anterior, feita há sete anos, indicava que a ultrapassagem aconteceria em 2041.