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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Smartphone é dispositivo preferido das brasileiras para acessar redes sociais, ler e-mails e navegar na web

Proxxima
12 jan 2015


A Sophia Mind, empresa de pesquisa e inteligência de mercado feminino da Batanga Media, fez um levantamento com quase 2 mil internautas, com idade entre 18 a 60 anos, para mapear o comportamento desse público no mobile.

De acordo com o estudo, 40% das mulheres têm smartphone, 33% possuem smartphone e tablet e somente 8% são donas de tablet. Entre as portadoras de dispositivos móveis, 71% apontam o acesso às redes sociais como sua principal atividade no device; enquanto a internet é citada por 66% e ligações por 61% delas.

Em comparação com o estudo sobre mobile realizado em 2013, as redes sociais saltaram do segundo lugar para primeiro como principal função do uso em dispositivos móveis.

Quando e onde

Os locais de uso mais populares entre as entrevistadas são: em casa (91%), no trabalho (61%), deitada na cama (53%), em bares e restaurantes (28%) e em transportes públicos (24%). Quase metade delas passa até dez horas semanais conectadas e 25% ficam até 20 horas online. Quanto à frequência, 83% dizem acessar a web via mobile mais de uma vez ao dia e todos os dias.

Atividades favoritas

O smartphone é dispositivo preferido das entrevistadas para acessar redes sociais, ler e-mails, acessar a internet e até mesmo para ver filmes. Confira o infográfico abaixo:

Compras no mobile

Apenas 19% das mulheres participantes efetuam compras pelo mobile, diz a pesquisa. Computadores e notebooks ainda são os principais meios de compra online para 68% delas. E As lojas físicas ainda são preferência de mais da metade das mulheres (63%).

Dentre as justificativas para não comprar pelos dispositivos móveis estão: acreditar que a compra pelo PC é mais fácil (41%), não sentir segurança no mobile (28%), falta de estrutura de alguns sites nos dispositivos móveis (25%) e preferência pela loja física (20%). As que comprampelo mobile alegam que comodidade e facilidade como os principais motivos.

Publicidade no mobile

Em relação à publicidade no mobile, 34% clicam em anúncios promocionais, 33% não clicam porque têm medo de ser vírus, 25% nunca clicam e 80% delas consideram os anúncios um incômodo.

Os cliques em anúncios promocionais aumentaram 12% em um ano. O estudo mostra que as mulheres mais velhas, com mais de 35 anos, são as que usufruem desse tipo de publicidade.

Sem dispositivo móvel

Do total de entrevistadas, 19% delas ainda não têm dispositivo móvel. O motivo alegado por 70% das mulheres é a falta de condição financeira para adquiri-lo, enquanto 20% consideram o produto muito caro e apenas 5% não se interessam pelo produto. Desse grupo, 94% pretendem adquirir um smartphone e mais da metade afirma que o principal motivo para ter o device é a facilidade no dia a dia. A Samsung aparece como a marca mais desejada (43%), na sequência a Apple (21%) e a Nokia (14%). Quanto à utilidade do produto: 58% citam a navegação na internet, 48% os envios e recebimentos de e-mails e 45% o acesso às redes sociais.


Disponível em http://www.proxxima.com.br/home/mobile/2015/01/12/Pesquisa-acesso-as-redes-sociais-e-principal-atividade-entre-consumidoras-brasileiras-no-smartphone.html. Acesso em 12 jan 2015.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Final de Amor à Vida mobiliza web

Mirella Portiolli
04 de Fevereiro de 2014
Reconciliação entre os personagens Felix e César foi um dos momentos mais marcantes do desfecho da novela
Assistir ao desenrolar das tramas de Amor à Vida utilizando uma segunda tela foi um hábito de milhões de telespectadores.

Os usuários do Twitter e Facebook aguardaram a reconciliação de Félix (Mateus Solano) e de seu pai César (Antonio Fagundes), o final trágico da vilã Aline (Vanessa Giacomo), e, principalmente, o primeiro beijo gay, entre homens, na televisão brasileira.

O autor Walcyr Carrasco parece ter atendido aos desejos dos noveleiros. No capítulo final, 89% dos comentários feitos nas mídias sociais, na faixa de horário das 22h às 23h, foram sobre a trama da Rede Globo e seus personagens. A novela conquistou o primeiro lugar entre os assuntos mais comentados da TV aberta nas redes sociais, de acordo com o ranking TTV.

Na segunda colocação aparece o Big Brother Brasil. Outra atração da casa, o filme Never Say Never, de Justin Bieber, exibido no sábado à tarde, também conquistou a atenção dos fãs e ficou com a terceira posição.

Record está na lista com Breaking Bad e SBT foi citado por Rebeldes e Chiquititas. A lista elaborada pela Tuilux para o Meio & Mensagem abrange os dias 27 de janeiro e 2 de fevereiro. Confira o ranking completo:

1 - Amor à Vida (Globo)
2 - Big Brother Brasil (Globo)
3 - Justin Bieber: Never Say Never (Globo)
4 - Breaking Bad (Record)
5 – Rebelde (SBT)
6 - A Saga Crepúsculo: Lua Nova (Globo)
7 - Encontro Com Fátima Bernardes (Globo)
8 - Além do Horizonte (Globo)
9 - A Teia (Globo)
10 – Chiquititas (SBT)

TV Paga

Em relação à TV paga, a transmissão do Grammy, pelo TNT, rendeu muitos comentários nas redes sociais. O evento, que ficou em primeiro lugar na semana passada, também conquistou a liderança nesta última análise.

O Festival de Verão de Salvador também surge como destaque entre os usuários de Twitter e Facebook. A final do Superbowl foi bastante mencionada, mas como os dados para o ranking são coletados até a meia-noite de domingo, muitos comentários serão considerados também na próxima semana, semelhante à repercussão do Grammy. Veja os dez mais mencionados abaixo:

1 - 56ª Cerimônia de Entrega do Grammy (TNT)
2 - Festival De Verão De Salvador - Ao Vivo (Multishow)
3 - The Vampire Diaries (MTV)
4 - TVZ (Multishow)
5 - Coletivation (MTV)
6 - NFL Superbowl XLVIII: Seattle Seahawks x Denver Broncos – Vivo (ESPN)
7 - Estúdio I (Globo News)
8 - South Park (MTV)
9 - Os Simpsons (Fox)
10 - Big Brother Brasil 14 - Vivo (Multishow)


Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/midia/noticias/2014/02/04/Final-de-Amor-A-Vida-mobiliza-web.html?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_content=&utm_campaign=links. Acesso em 04 fev 2014.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Estudo prevê que Facebook está à beira do precipício

Associated France Press
22/01/2014
O site de relacionamentos Facebook está experimentando um ápice antes da queda, afirmam cientistas americanos para os quais a maior rede social do mundo perderá 80% de seus usuários até 2017.

Dois doutorandos em engenharia mecânica e aeroespacial da Universidade de Princeton fizeram esta afirmação surpreendente em um artigo divulgado na edição online de um arquivo de pesquisas científicas, mas o estudo ainda aguarda revisão de pares.

Com base na ascensão e queda do MySpace, John Cannarella e Joshua Spechler afirmam que o Facebook está prestes a sofrer uma forte decadência.

"Assim como acontece com as doenças, as ideias parecem se disseminar como infecções entre as pessoas antes de acabar morrendo, o que tem sido descrito com sucesso em modelos epidemiológicos", redigiram.

Eles aplicaram um modelo epidemiológico modificado para descrever as dinâmicas da atividade do usuário de redes sociais online, usando dados do Google, disponíveis ao público.

Esta seria uma leitura nada agradável para Mark Zuckerberg, co-fundador do gigante da internet, que tem mais de 1,1 bilhão de usuários em todo o mundo e completa 10 anos no mês que vem.

De acordo com o estudo, o Facebook, cujas ações alcançaram uma nova alta esta semana, a US$ 58,51, está em declínio em termos de uso de dados desde 2012.

"Espera-se que o Facebook experimente um rápido declínio nos próximos anos, perdendo 20% de seu tamanho máximo em dezembro de 2014", destacou o relatório, publicado para leitura de pares no arquivo digital ArXiv.org.

"O melhor modelo para o futuro sugere que o Facebook vivenciará um rápido declínio nos próximos anos, perdendo 80% do ápice de sua base de usuários entre 2015 e 2017", acrescentou.

O novo estudo foi divulgado em meio a consultas que sugerem que usuários mais jovens começaram a abandonar o Facebook em 2013.

Cannarella e Spechler disseram à AFP que não desejam comentar fazer comentários públicos até que seu manuscrito tenha concluído o processo de revisão de pares, antes de sua publicação formal.

Mas pelo menos por enquanto, o Facebook goza de boa saúde.

Os preços das ações em ascenção fizeram da chefe de operações do site, Sheryl Sandberg, a mais nova bilionária do setor da tecnologia, e Zuckerberg, de 29 anos, tem uma fortuna pessoal estimada em cerca de US$ 19 bilhões.


Disponível em http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/estudo-preve-que-facebook-esta-a-beira-do-precipicio. Acesso em 23 jan 2014.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Facebook está morto para adolescentes, revela pesquisa

André Fernandes
29/12/2013
A opção "dislike" para o Facebook
O Facebook está “morto e enterrado” para adolescentes, revela um estudo europeu ao qual o jornal The Guardian teve acesso. Segundo a pesquisa realizada em oito países , jovens entre 16 e 18 anos estão deixando o Facebook de lado e migrando para Twitter, Instagram, WhatsApp e Snapchat.

Daniel Miller, antropólogo europeu que liderou a equipe da pesquisa, observou em seu relatório que os jovens usam o Instagram e o Snapchat no período escolar, e que há uma evasão na rede por conta do uso intensivo do Facebook por parte dos pais.

“O Facebook não está apenas em decadência, está basicamente morto e enterrado. A maioria se sente envergonhada por ser associada à rede”, afirmou Miller ao The Guardian.

“Antes os pais se preocupavam com os adolescentes no Facebook, mas agora eles dizem que suas famílias querem que eles permaneçam lá, compartilhando coisas sobre suas vidas”, disse Miller.

Os entrevistados disseram ao pesquisador que nenhum dos aplicativos supera o Facebook em termos de integração, mas acham que o WhatsApp é mais prático para mandar mensagens, por exemplo.

“O momento crucial na decisão do jovem deixar o Facebook é certamente o dia em que sua mãe lhe envia um pedido de amizade”, aponta o pesquisador.

Por fim, os adolescentes não se importam com os serviços alternativos menos funcionais e sofisticados, e não se preocupam com questões de segurança e privacidade na web, conclui a pesquisa.


Disponível em http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/facebook-esta-morto-para-adolescentes-revela-pesquisa. Acesso em 31 dez 2013.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Badoo: quer teclar comigo?

Sergio Damasceno
08 de Março de 2012
Com tripla nacionalidade – americana, brasileira e italiana – Alice Bonasio, a diretora de marketing e comunicação do Badoo no Brasil é escritora, pesquisadora e relações públicas. É formada em Jornalismo e Letras com pós-graduação em Estudos dos Meios de Comunicação em Empresas de Entretenimento e Criatividade.

Sob o seu comando está a operação nacional, do Badoo, uma das sensações da internet brasileira, que já conta com mais de dez milhões de usuários no País. A rede social de social dating (encontros sociais) se define como ponto de encontro para o usuário e o conecta a atividades de lazer. Confira a entrevista:

MEIO & MENSAGEM ››  Como está estruturada a operação brasileira do Badoo?
ALICE BONASIO ›› O site tem operação global e nós ainda não temos um escritório no Brasil. Tudo é centralizado no escritório em Londres, onde está o serviço ao consumidor e de suporte técnico, em que temos brasileiros. Se os usuários têm qualquer problema, podem resolver pelo site, em português, pois falam com os brasileiros, mas não estamos efetivamente no Brasil. Nos planos futuros, com certeza, pensamos sobre isso. Não temos data ainda porque até agora não temos nenhum escritório além de Londres e Rússia. A sede do Badoo fica em Londres porque é um bom lugar dentro da Europa. Mas o nosso principal mercado é o Brasil.

MEIO & MENSAGEM ›› O Badoo tem 138 milhões de usuários...
ALICE BONASIO ›› ... número que muda a todo instante. Temos uma média de 125 mil novos usuários cadastrados por dia.

MEIO & MENSAGEM ›› O Brasil é o maior mercado. Que outros são importantes para a rede?
ALICE BONASIO ›› Nós não temos o detalhamento dos mercados e, portanto, não temos os números de usuários por países. Mas, a cada mês, dez milhões de brasileiros usam o site. O México também é um mercado muito bom. Na Europa, França, Espanha e Itália são os nossos maiores mercados. No momento, estamos em expansão nos mercados anglo-saxões como EUA, Reino Unido e Alemanha. Na Ásia, por enquanto, não temos nada. Porque é um mercado muito diferente. Consideramos as estratégias para entrar na região.  

MEIO & MENSAGEM ›› Quais são os modelos de negócios que sustentam o site?
ALICE BONASIO ›› O modelo de negócio é chamado de “freemium”. A maior parte dos serviços que o Badoo oferece é gratuita. E a maior parte dos usuários usa os serviços gratuitos. Mas existe a possibilidade de pagar para ter uma funcionalidade maior. Se você pagar um pacote de assinatura mensal — e muitos optam por isso —, você passa a ter “superpoderes”. Pode ver mais detalhes do perfil de uma pessoa, olhar o perfil de outro usuário sem que ele saiba que você o tenha visitado e daí por diante. Outra fonte de renda são os micropagamentos. Quando você se registra, vai automaticamente para o topo das listas de buscas porque é um usuário novo. Contudo, como 125 mil pessoas se registram por dia, não existe a possibilidade de ficar no topo por muito tempo. Assim, se a pessoa quer se promover e ficar no topo da lista, pode fazer um micropagamento (uns R$ 2, R$ 3), vai para o topo da lista e recebe mais mensagens, mais pessoas veem o perfil. Paga para ter visibilidade. Portanto, temos essa renda de micropagamentos também. Pode-se comprar presentes virtuais para as pessoas como um buquê virtual, para chamar a atenção de alguém que você quer conversar. Entre 5% e 10% dos nossos usuários fazem isso, o que é suficiente para manter a operação.

MEIO & MENSAGEM ›› E a publicidade na rede?
ALICE BONASIO ›› Exatamente pelo motivo de o modelo ser tão bem-sucedido, até o momento não vemos necessidade de publicidade. Portanto, podemos oferecer ao usuário um site sem nenhuma publicidade.

MEIO & MENSAGEM ›› Como se dá a expansão do Badoo?
ALICE BONASIO ›› A maioria dos usuários chega por recomendação ou convite de amigos. É muito viral. Você tem a opção, como em outras redes sociais, de convidar os seus contatos para entrar no Badoo. A maior parte dos usuários entra assim, de maneira natural, sem grandes campanhas de marketing. Temos o nosso aplicativo dentro do Facebook. Nossos usuários geralmente têm perfil no Facebook e também no Badoo.

MEIO & MENSAGEM ›› Vocês têm algum tipo de restrição?
ALICE BONASIO ›› Não restringimos nada. Porque não é apenas um site de relacionamento. As pessoas podem estar no site à procura de amizades, para ir ao cinema etc. É um site para adultos. Temos condições de filtrar para permitir que somente adultos possam se registrar, com monitoramento. As fotos são todas moderadas. Temos centenas de moderadores que olham as fotos do perfil para ter certeza que não há nada inconveniente. Dentro do perfil, ao contrário, você pode compartilhar seus álbuns particulares com outras pessoas. Mas tem que dar autorização, não é público. Todas as fotos públicas são moderadas.

MEIO & MENSAGEM ›› Qual é o perfil do usuário do Badoo?
ALICE BONASIO ›› A faixa etária, na maior parte, está entre os 25 anos e 35 anos. Tem mais homem do que mulher, numa proporção mundial de 55 homens para 45 mulheres. O usuário quer conversar (chats), encontrar novos amigos e também quer algum tipo de relacionamento. É uma interatividade mais aberta. Você começa com uma amizade e vê o que acontece depois. Não é do tipo “quero encontrar um marido”. A maioria não entra no Badoo pensando nisso seriamente.

MEIO & MENSAGEM ›› Qual é o diferencial do Badoo em relação a sites de relacionamento como o eHarmony e o Par Perfeito?
ALICE BONASIO ›› Nesses sites é preciso preencher formulários, pensar no que quer, como quer se representar para as outras pessoas. Tem algo mais artificial. Os relacionamentos no Badoo tendem a ser mais honestos porque a pessoa se coloca e depois vai querer conhecer a pessoa no mundo real. É como ir ao bar, ao clube.

MEIO & MENSAGEM ›› E vocês conseguem saber o que se viabiliza no mundo real entre as pessoas?
ALICE BONASIO ›› Entre as nossas pesquisas, perguntamos a milhares de usuários se eles conheciam as pessoas. A média mundial que conhece os usuários pessoalmente é de mais de 50%, ou seja, mais da metade dos encontros que acontecem no Badoo se transforma em encontros reais. Entre duas pessoas, uma se conhece no mundo real. No Brasil, essa média é ainda mais alta, de 70%. Acho que é por causa da sociabilidade maior do brasileiro.

MEIO & MENSAGEM ›› É a primeira vez que o Badoo vem a público ao Brasil (a entrevistada participou de seminário na Social Media Week)?
ALICE BONASIO ›› É a primeira vez que participamos de um evento desse tipo. Nossa única grande iniciativa foi em 2008, quando participamos do Carnaval da Bahia com a cantora Daniela Mercury, que criou um perfil no Badoo. Fizemos promoções para as pessoas concorrerem a abadás. No futuro, poderemos fazer outros eventos.

MEIO & MENSAGEM ›› Alguns especialistas falam sobre a eventual saturação das redes sociais, assim como aconteceu com outras bolhas de internet antes. O que você acha?
ALICE BONASIO ›› Certos aspectos da bolha de internet aconteceram mais por causa do modelo. Ninguém tinha um modelo de negócios. Só se pensava em atrair mais usuários. Agora, até o Facebook, por mais usuários que tenha, começa a pensar num modelo. Pelo fato de termos um modelo totalmente sustentável — já faz mais de dois anos que estamos no lucro — e considerando que a empresa começou só em 2006 e apenas em 2008 chegou a esse formato atual, percebe-se que o modelo é muito bem-sucedido. No nosso caso, certamente, não é uma bolha. E outras empresas como o LinkedIn funcionam no modelo freemium também. O Facebook vai mais para o lado da publicidade. Tem várias coisas a se considerar quando começa a fazer essa publicidade mais personalizada, porque tem a questão da privacidade, de usar os dados do usuário. E se eu não quero ser um advogado da marca? É assim que você paga o uso do Facebook. No nosso caso, o usuário que não paga é sustentado pelos outros usuários que pagam. Todo mundo fica contente porque não exigimos nada do usuário a não ser fazer parte da rede. Os usuários não pagos fazem a rede mais interessante para os usuários pagos porque tem toda aquela gente que está no Badoo.

MEIO & MENSAGEM ›› Existe um trabalho em cima da base?
ALICE BONASIO ›› Nós sempre tentamos engajar o usuário. Estimulamos o usuário a se reengajar com o produto se ele não está ativo. É óbvio que, num site de relacionamento, quando você é bem-sucedido, você perde o seu usuário. Lógico que tem usuário que não quer mais porque entrou na rede para ter um relacionamento e, quando está num relacionamento, não permanece. Tem muitos usuários que continuam porque estão mais abertos. Não é só porque você está num relacionamento que você não quer conhecer outras pessoas por amizade.

MEIO & MENSAGEM ›› As redes sociais, em geral, exercem um forte apelo sobre o usuário brasileiro. Antes o Orkut, depois o Twitter e agora o Facebook. Em função disso, o Badoo oferece alguma coisa especial para o usuário brasileiro?
ALICE BONASIO ››  A internet cresce rapidamente no Brasil e também as redes sociais. Cerca de 90% dos brasileiros que usam a internet estão nas redes sociais. Os brasileiros têm mais amigos nas redes sociais do que outras nacionalidades. A média brasileira é de 66 amigos enquanto a média mundial é de 41 amigos. Tem essa sociabilidade maior. No Brasil, já existe essa afinidade natural. É casual, do tipo “vamos ver o que rola”, bem amigável, aventureiro.

MEIO & MENSAGEM ›› Como o Badoo foi construído?
ALICE BONASIO ›› O fundador, Andrey Andreev, é russo. Mas saiu da Rússia há vários anos e morou na Espanha. E foi lá que começou o Badoo. O primeiro mercado do Badoo foi a Espanha e, de certa forma, isso influenciou o crescimento pela Espanha, Itália e França. E pela afinidade linguística e cultural com a da Espanha se espalhou para a América Latina, organicamente. De 2006 a 2008, o Badoo tinha um formato um pouco diferente. Era mais na esteira do Facebook, onde você procurava amigos que já conhecia e usava as ferramentas do Badoo para interagir com as pessoas¬ que já conhecia. O Andrey estava passeando em São Petersburgo e viu um bar que se chamava Telefone Café, no qual as pessoas ficavam nas mesas com telefones e olhavam ao redor. Se você gostasse de alguém, tinha um jeito bem divertido de contatar as pessoas que estavam perto de você. Foi quando teve a ideia, usando a geolocalização, de transferir esse conceito para a internet. Porque você está perto das pessoas e tem como se aproximar delas sem nenhum medo de rejeição. Você se utiliza da tecnologia para socializar no mundo real. É algo tão simples, mas, ao mesmo tempo, muda toda essa área de redes sociais. Foi aí realmente que explodiu, quando os números começaram a crescer de maneira que está hoje.

MEIO & MENSAGEM ›› O que deve vir de novidades do Badoo, em particular, para o Brasil, em médio prazo?
ALICE BONASIO ›› Em médio prazo, os planos são continuar a expansão e engajar os nossos usuários. No Social Media Week (SMW), convidamos alguns usuários para conversar e saber o que gostam e o que não gostam. E você tem tantas ideias boas somente por usar o Badoo. Esse negócio de engajar o usuário, ver o que a gente pode melhorar no produto e ver o que podemos fazer de divertido e ter mais presença no Brasil, mesmo antes de pensar num escritório. Ter mais uma presença.

MEIO & MENSAGEM ›› Em 2008, o Badoo participou do Carnaval da Bahia. Existe mais alguma iniciativa desse tipo para o futuro? 
ALICE BONASIO ›› Num futuro não muito distante, estaremos olhando para essas possibilidades de novo. É mais interessante fazer eventos como a SMW, em que podemos conversar com os representantes das outras empresas, dos formadores de opinião. Acho que isso é interessante. A publicidade tradicional não faz parte da nossa estratégia no momento.

Disponível em http://www.meioemensagem.com.br/home/midia/noticias/2012/03/08/Badoo-Quer-teclar-comigo. Acesso em 05 nov 2013.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Tweets podem revelar sua personalidade

Olhar Digital
14/10/2013              
A IBM desenvolveu um sistema capaz de traçar a personalidade de uma pessoa com base em um punhado de tweets enviados por ela. Com isso, anunciantes poderiam economizar muito dinheiro e ainda conseguir informações mais precisas de possíveis clientes.

Só no ano passado foram investidos US$ 170 bilhões com envio de e-mails marketing que apresentaram apenas 0,1% de efetividade. A maioria não acertou o alvo porque empresas estão tentando entender os consumidores estudando demografia (sexo, idade, local, classe social etc.)

Em entrevista ao VentureBeat, a pesquisadora Michelle Zhou, da IBM, explicou que há muita diferença entre estudar o perfil de uma pessoa e entender quem ela é. A Amazon é um bom exemplo, pois entendeu que um internauta lê algo ou compra algo; uma coisa não precisa estar ligada à outra. O Google também faz um bom trabalho nesse sentido.

"Essas características intrínsecas incluem o que te motiva, em que você acredita, suas necessidades fundamentais", disse ela. Pensando assim, é difícil conhecer uma pessoa sem fazer um teste psicológico. Ela comenta que você não pode abordar um cliente e pedir permissão para estudá-lo na porta da loja, mas com seus tweets públicos isso é possível.

A combinação de palavras é o que faz com que se saiba mais sobre a pessoa. Um idealista, por exemplo, está mais propenso a comprar comida orgânica. A felicidade e a depressão geram palavras diferentes, mostrando que a pessoa varia em cada situação, então não adiantaria tratá-la sempre da mesma forma.

Mesmo com a descoberta da IBM, a precisão é de apenas 10%, mas eles só precisam de 200 tweets - algo entre 2,5 mil e 3 mil palavras - para chegar a perfis mais fiéis dos internautas do que os métodos atuais.


Disponível em http://olhardigital.uol.com.br/noticia/tweets-podem-revelar-sua-personalidade/38231. Acesso em 15 out 2013.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Brasileiros ainda aprendem a lucrar com as redes sociais

Portal Terra
26 de Junho de 2013
Embora esteja em crescimento, o comércio eletrônico ainda é fraco no País Foto: Tomislav Pinter, Shutterstock
Uma nova forma de negócio vem se mostrando popular no universo das redes sociais. Embora também se encaixem na ideia de comércio eletrônico, as transações feitas pelo Facebook ou pelo Twitter, por exemplo, ainda são um mercado muito fraco no Brasil. Em 2012, o desempenho foi um pouco acima do esperado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), lucrando cerca de R$ 24 bilhões. Ainda segundo a ABComm, 9 milhões de brasileiros efetuaram suas primeiras compras via internet no ano passado.

“Os brasileiros não têm a cultura de compra nas redes sociais. Esse processo ainda caminha lentamente. Não vejo isso acontecendo, pelo menos nos próximos anos”, afirma a coordenadora do curso de pós-graduação em Gestão da Comunicação da Mídias Digitais do Senac, Ivone Rocha. As redes sociais, cujo intuito inicial é ampliar as relações e a comunicação entre as pessoas, agora têm outras funções. Mais do que um comércio efetivo, esses sites conseguem promover marcas, gerando lucros indiretos para as empresas. “As redes ajudam porque possibilitam a divulgação de produtos. Além disso, também criam comunidades virtuais, essenciais para estabelecer uma marca no mercado”, explica Rocha.

Quando o assunto é obter rendimento nas redes, broadcasting é o termo mais popular, ligado à transmissão de informação. Com o objetivo de alcançar o máximo de pessoas, as empresas apostam em curtidas e compartilhamentos. “Essas postagens esperam sempre a maior audiência. A internet dá a possibilidade de interagir com os clientes”, diz o superintendente de Comunicação e Marketing e professor do curso de Marketing da FGV, Marcos Facó.

Postagens lucrativas

Criada no mês passado, a rede social Teckler promete pagar 70% dos lucros com anúncios aos usuários que tiverem posts com boa repercussão. O valor de cada visualização varia de acordo com o anunciante, que pode pagar de US$ 0,40 a US$ 15 a cada mil visualizações. O serviço permite ganhar dinheiro com comentários, fotos e todo o conteúdo que normalmente é postado de graça em outras redes. Na opinião de especialistas, porém, esse site gera uma certa desconfiança. “Deixa de ser uma postagem autêntica e passa a ser uma participação falsa, apenas com o objetivo de ganhar dinheiro. Perde-se o sentido de comunicação e expressão”, afirma Facó.

A rede que mais vem crescendo no mercado de lucros indiretos é o LinkedIn. Pesquisa feita pelo próprio site em 2012, mostra que 42% dos recrutadores buscam profissionais nessa rede. Neste site, os usuários conseguem obter perfis mais detalhados do que no Facebook. Segundo Facó, a grande diferença entre os dois é que, no primeiro, investe-se tempo; no segundo, gasta-se. “As empresas também estão investindo tempo e dinheiro no LinkedIn para tentar se relacionar, o que gera negócios, contratações e parcerias. É uma rede que está crescendo bastante no Brasil”, diz.

Outra possibilidade de lucrar nas redes é o Google. Com serviços como o Google AdSense e o YouTube, é possível vender um post para empresas, servindo, assim, como publicidade para elas. Segundo a empresa, o valor pago por cada clique pode variar entre R$ 0,05 e R$ 20, dependendo do anunciante. “Essa é uma solução muito boa porque é uma permissão e não um objetivo. Algumas empresas descobrem que esse pode ser um modelo de negócio muito interessante”, comenta Facó.


Disponível em http://economia.terra.com.br/operacoes-cambiais/pessoa-fisica/brasileiros-ainda-aprendem-a-lucrar-com-as-redes-sociais,5d08e7d169b7f310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html. Acesso em 10 set 2013.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Varejo investe para vender roupa na web

Valor Econômico
16/04/2012
 
Grandes varejistas de moda, como Renner, Inbrands e Hering, ainda não têm muito claro como se dará a expansão do comércio de roupas pela internet, mas estão investindo para aprimorar suas plataformas e facilitar as vendas.

A holding de moda Inbrands, dona de 12 marcas (Ellus e Richards, entre elas) e controlada pelo fundo Pactual Capital Partners (PCP), já tem cinco lojas na web e se prepara para lançar, ainda este ano, mais cinco. Flávio Nijs, diretor de internet da Inbrands, prevê que as vendas online deverão responder por um cerca de 15% do seu faturamento global da holding até o final de 2015. "Posso estar sendo conservador nessa estimativa", diz.

A aposta da empresa na decolagem das operações na internet se inspira nos bons resultados que ela vem obtendo com a marca Richards. Segundo Nijs, as vendas online da marca este ano já superam em 20 % a da loja do Shopping Iguatemi, em São Paulo.

Nijs calcula que o e-commerce da companhia, que respondeu por apenas um 1% da receita da Inbrands em 2011, deve fechar o ano representando uma fatia de entre 4% e 5%. Isso inclui a performance das lojas virtuais já existentes (Richards, Salinas, Bintang, Ellus e VR) e as que estão previstas para serem lançadas este ano (2nd Floor, VR Kids, Mandi, Alexandre Herchcovitch e Bob Store).

Em mercados mais maduros, como nos Estados Unidos, as lojas virtuais chegam a responder por mais de 25% do faturamento de uma grife de vestuário. No Brasil, explica Nijs, há um gargalo logístico. "Há um vácuo no mercado de empresas que façam esse trabalho com eficiência", afirma.

Por causa disso, a Inbrands, que enfrentou falhas de implementação de um sistema terceirizado de gerenciamento dos estoques em 2010, está desenvolvendo uma plataforma interna própria, com investimento de R$ 2 milhões. O sistema deve ficar pronto em junho e vai permitir, dentre outras coisas, integrar a gestão de todas as "webstores" da holding. "O diferencial da nova plataforma é estabilidade, confiabilidade das informações e muita flexibilidade em alterar conteúdo", explica Nijs.

Para Leandro Balbinot, diretor de TI da Renner, o canal de e-commerce sempre pode surpreender e por isso é difícil fazer projeções hoje. A companhia começou a operar uma loja virtual no ano passado. As vendas dos primeiros meses deste ano, segundo Balbinot, estão cerca de 80% acima das realizadas no mesmo período em 2011 e já equivalem ao faturamento de uma loja média da companhia.

A taxa de conversão (a relação entre vendas e visitas ao site), diz ele, subiu de 0,6% para entre 0,8 e 1%, que "no setor de vestuário, é uma taxa boa". Para ampliar esse indicador, a Renner tem apostado na melhoria da interação com seus consumidores, como o lançamento da tabela de medidas em novembro, e inauguração de coleções exclusivas para e-commerce, como a de tamanhos especiais.

Representando menos de 1% das vendas totais, a loja da Hering na internet já é a maior loja da empresa. Por causa disso, no ano passado, a companhia investiu na construção de um centro de distribuição exclusivo para o canal. Nos próximos dias, a empresa lançará uma nova "webstore", com novidades como um provador virtual. "Não sabemos exatamente até onde o canal chega, mas é o que mais cresce", diz o presidente da Hering, Fábio Hering. No ano passado, as vendas online da Hering cresceram 124,8% em relação a 2010.

A C&A teve uma loja na web de 2000 a 2004. Relançada em 2009, a loja agora é ativada apenas para venda antecipada de coleções especiais, como as assinadas pela estilista Maria Filó e pela modelo Gisele Bündchen, em março deste ano.


Disponível em http://www.valor.com.br/empresas/2616840/varejo-investe-para-vender-roupa-na-web?utm_source=newsletter_tarde&utm_medium=16042012&utm_term=varejo+investe+para+vender+roupa+na+web&utm_campaign=informativo&NewsNid=2615682. Acesso em 24 ago 2013.

domingo, 25 de agosto de 2013

Facebook versus LinkedIn: qual é o melhor para negócio?

Barbara Krasnoff
28 de março de 2008
 
As redes sociais não são mais a “próxima” onda fantástica. Elas já fazem parte da nossa experiência na web tanto quanto as ferramentas de busca. Os serviços de rede social, antes considerados domínio da garotada que queria dar continuidade às fofocas da sala de aula, vêm sendo cooptados por adultos que estão explorando novos meios de usá-los dentro e fora do emprego.

Pelo menos um site de relacionamento, o LinkedIn, disputa a atenção dos adultos desde seu lançamento em 2003. O LinkedIn permite que os usuários criem e mantenham uma lista de seus contatos profissionais (e amigos também).

O objetivo é se conectar — ter acesso aos contatos dos seus contatos e, assim, ampliar seus horizontes profissionais. Você quer encontrar um emprego? Uma nova oportunidade de venda? Informações sobre um cliente? Pois este é um meio de fazer isso.

O LinkedIn continua oferecendo serviços extraordinariamente estáveis. Ele fez algumas concessões às expectativas da web 2.0 acrescentando um quadro de empregos e áreas com recomendações de provedores de serviços ou respostas para perguntas.

Além disso, oferece serviços premium que permitem aos usuários acessar mais informações e se comunicar com contatos de segundo ou terceiro graus (em outras palavras, amigos de amigos de amigos). Entretanto, o LinkedIn não se desviou de sua missão original: ser um serviço de cunho profissional, em vez de um site de relacionamento generalizado.

Existem poucos sites tão focados quanto o LinkedIn, mas pelo menos um deles deixou de ser apenas um site de socialização e passou a ser, também, uma ferramenta de negócio. O Facebook foi criado em 2004 para que estudantes universitários — isto é, indivíduos com endereços de e-mail de universidades — se comunicassem online. Só foi aberto ao público geral em 2006.

Desde então, disputa com o MySpace o posto de lugar preferido para passar o tempo, mas tem atraído uma audiência adulta crescente que quer utilizá-lo para discutir suas profissões em vez das últimas paixonites.

O Facebook oferece uma gama de serviços muito maior do que o LinkedIn – principalmente graças ao grande número de aplicativos de terceiros que as pessoas podem instalar e usar – e, portanto, é um meio de comunicação mais flexível. Também pode ser vantajoso, para as empresas, utilizar um serviço com o qual provavelmente os funcionários estão familiarizados.

Contudo, há controvérsias em relação a adotar o Facebook como uma rede de negócio. As empresas que querem usar o Facebook para manter em contato seus funcionários cada vez mais móveis estão preocupadas, e com razão, que todos estes games, grupos sociais e quizzes (“Quais são os nomes dos personagens dos Muppets?”) acabem desviando as pessoas do trabalho.

Qual, então, é melhor para uso profissional, tanto por empresas quanto por funcionários atuais e potenciais: o LinkedIn com sua abordagem focada ou o Facebook com sua grande quantidade de aplicativos?

Para descobrir, montamos seis cenários de negócio rotineiros e pedimos a dois membros da nossa equipe que os destrinchassem: um com o Facebook e o outro com o LinkedIn. Em algumas situações, ficou claro qual serviço se sairia melhor, mas em outros casos foi difícil, até mesmo impossível, escolher um vencedor.

No fim das contas, não existe um vencedor absoluto. O Facebook e o LinkedIn se destacam em diferentes cenários. Tudo depende do que o usuário precisa fazer.

Qual você escolheria? Confira nossos seis cenários de negócio e tire suas conclusões. Talvez você prefira um ou outro, ou, quem sabe, simplesmente decida juntar aos dois.

Disponível em http://computerworld.uol.com.br/carreira/2008/03/28/facebook-versus-linkedin-qual-e-o-melhor-para-negocio/. Acesso em 28 ago 2013.

sábado, 24 de agosto de 2013

E-mail desagradável? Pense bem antes de respondê-lo

Rick Broida
08 de maio de 2012
 
Em algum momento você receberá um e-mail desagradável. Pode vir do seu chefe, de um colega de trabalho, de um cliente, ou até mesmo de um desconhecido. Mas independentemente da origem, pode ser como um tapa na cara. E são grandes as chances de isso resultar em sentimentos feridos, raiva, e um grande desejo de responder à altura.

Digo por experiência própria: durante a semana, recebi um e-mail acusador me insultando, de um RP, que não havia gostado de algo que escrevi sobre um produto de sua companhia. Fiquei tão surpreso com isso [a maioria dos RPs que eu conheço é totalmente profissional] que quebrei minha própria regra. Imediatamente disparei uma resposta odiosa.

Isso foi um erro. Tendo lidado com e-mails mesquinhos ao longo dos anos [e permitido a mim mesmo entrar em algumas discussões bem dolorosas], eu aprendi algumas coisas sobre como lidar com isso:

1. Fique longe do teclado. Dê a si mesmo a chance de digerir a mensagem, considerar o ponto de vista da pessoa que o enviou e esvaziar a cabeça. As pessoas geralmente escrevem coisas em e-mails que jamais diriam pessoalmente ou pelo telefone, e muitas vezes estão apenas querendo desabafar.

2. Espere pelo menos uma hora para responder, e tenha certeza de que passou esse tempo focado em outra coisa. Se você deixar a raiva inicial inflamar, não irá pensar claramente quando for responder, e as coisas podem sair de controle. Pegue a estrada mais leve; seja superior.

3. Se você decidir responder [após considerar que algo bom virá disso], finalize o ciclo de e-mails e pegue o telefone: "Gostaria de conversar com você sobre seu e-mail e tentar resolver as coisas”. Na maior parte do tempo, é um jeito rápido e efetivo de resolver maus sentimentos.

4. Se essa não for uma opção, tente essa: escreva a resposta maldosa e malcriada que você quer, mas não envie. Escreva em seu processador de texto; se você usa seu e-mail de cliente, um impulso momentâneo pode provocar um clique no botão “enviar”. Escrever é uma ótima maneira de se acalmar e criar alguma perspectiva sobre uma situação difícil.

Mais importante: lembre-se de que o e-mail pode ser uma maneira pobre de comunicação, que pode ser facilmente má interpretada. De fato, mensagens incompreendidas muitas vezes levam a discussões desagradáveis que não aconteceriam de outra forma. Uma das melhores maneiras de evitar isso é usar o emoticon de sorriso. É uma maneira simples e efetiva de dizer "estou brincando", ou "não estou sendo sério."


Disponível em http://computerworld.uol.com.br/carreira/2012/05/08/e-mail-desagradavel-pense-bem-antes-de-responde-lo/. Acesso em 24 ago 2013.

sábado, 17 de agosto de 2013

Pesquisa: do que as pessoas abririam mão para ter acesso à internet?

Olhar Digital
23/04/2012
Qual o seu nível de dependência da internet? Melhor: do que você abriria mão para ter acesso livre aos sites que você mais gosta? Foi esta a pergunta feita pelo grupo Boston Consulting a internautas em todo o planeta. Segundo o site MSNBC, os resultados revelaram dados curiosos sobre o que as pessoas trocariam por alguns minutos conectados na web.

A pesquisa constatou que o GPS seria o item mais dispensado em troca da internet, com 84% de rejeição. Afinal, se você está online, basta pedir e procurar as informações que mais deseja. Em segundo lugar vem o fast food, com 83% dos entrevistados afirmando que diriam adeus a alimentos não tão saudáveis assim. Isso mostra dois pontos preocupantes: se por um lado os casos de obesidade podem diminuir, por outro a obsessão em se manter conectado pode gerar doenças e outros distúrbios psicológicos.

77% das pessoas não comeriam mais chocolate e 73% nunca mais iriam sair com os amigos para beber. Nesse quesito, o relatório ainda revelou que quase três quartos dos americanos pesquisados parariam de consumir bebidas alcoólicas - tudo para acessar a internet.

Além disso, 43% dos entrevistados não fariam mais exercícios físicos, 10% jogariam fora as chaves de seus carros e 21% abandonariam o sexo. O pior resultado, por menor que seja, talvez é este: 7% dos indivíduos americanos não tomariam mais banho para estarem na web. Esse número sobe para 17% na população britânica.


Disponível em http://olhardigital.uol.com.br/noticia/pesquisa-do-que-as-pessoas-abririam-m-o-para-ter-acesso-internet/25687. Acesso em 15 ago 2013.

domingo, 11 de agosto de 2013

Vale a pena ter uma loja no Facebook?

Letícia Alasse
26/04/2012 
O comércio virtual e as redes sociais vivem um momento de expansão no Brasil. O Facebook já se tornou uma plataforma de relacionamento das marcas com os consumidores, mas aparece também como um ambiente com potencial para vendas.

Por meio de ferramentas como LikeStore e beeSocial, o F-Commerce, como é chamado o modelo de negócio, ganha popularidade e é adotado por empresas de variados portes, desde pequenos empreendedores até grandes varejistas.

Players como Magazine Luiza e Submarino aderiram ao ambiente com plataformas próprias e metodologia de revenda. Outro varejista que entrou no canal este mês foi o Compra Fácil, por meio do beeSocial, desenvolvido pela agência Frog.

Com a iniciativa, a empresa pretende aumentar em 5% o seu faturamento. A LikeStore, no entanto, é a plataforma mais conhecida no mercado. Lançada no início de 2011, a startup possui 4.800 lojas cadastradas e recebeu mais de 100 mil visitas no período de um ano, com lojas que chegam a faturar, em média, R$ 30 mil por mês.

“O interessante da ferramenta é que, na maioria dos casos, as pequenas empresas que tinham vendas inexpressivas no seu e-commerce aumentaram de 100% a 200% por mês. Estamos próximos de uma estrutura que se paga com apenas oito meses da primeira loja ter sido lançada”, Ricardo Grandinetti, gerente de produto da LikeStore.

Dificuldades do F-Commerce

O desempenho positivo, no entanto, não impede que haja obstáculos. A estrutura atual da LikeStore é totalmente manual e esse é um dos principais inconvenientes da ferramenta.

Pequenas e médias empresas, que lidam com baixos volumes e estoques, conseguem gerenciar melhor o trabalho. Para solucionar esta barreira de adesão por parte das companhias de grande porte, a startup está investindo na construção de uma API, que permitirá a integração do canal com o e-commerce das marcas.

“Vamos oferecer esta possibilidade porque há muitas lojas que gostariam de estar no Facebook, mas não conseguem fazer esta integração. Para isto, elas gastariam, em média, de R$ 3 mil a R$ 6 mil para tê-la. Dentro da nossa plataforma, a API será praticamente gratuita. O vendedor subirá o produto no e-commerce e logo chegará ao Facebook. A venda na rede social também acusará uma baixa no estoque”, conta Grandinetti.

Outros varejistas criaram sua própria integração com a rede social e conseguem gerenciar bem a relação entre os canais, entretanto, empresas que entraram no F-Commerce por meio da LikeStore, como o Hotel Urbano, não obtiveram o mesmo êxito. Após quatro meses na plataforma, o site decidiu investir apenas em promoções mais direcionadas para os seus mais de dois milhões de fãs no Facebook.

“O Hotel Urbano cresce muito por mês e temos um volume de vendas alto. A loja do Facebook era muito manual para nós, já que não era integrada ao nosso sistema. Tínhamos que criar outro controle de estoque fora do nosso administrativo e pelo tamanho da empresa começou a ser inviável”, destaca Roberta Antunes, diretora de marketing do Hotel Urbano.

Cases de sucesso

No Brasil, o maior player no F-commerce é o Magazine Você, do Magazine Luiza, que desde março conta com mais de 20 mil lojas cadastradas. O modelo também abrange o Orkut e trabalha por meio de comissões aos revendedores de 2,5% ou 4,5%, dependo do produto.

Assim como a varejista, o Submarino também disponibilizou uma metodologia simples de revenda com os consumidores. Em ambas as plataformas, os usuários podem escolher o nome da sua loja, como “Loja da Fátima” e “Loucos Por Descontos”.

Já na plataforma do LikeStore, a DellaSanta tem se destacado pela movimentação que a loja gerou em um mês no sistema, faturando quase R$ 30 mil.  A marca de acessórios femininos começou em janeiro com um e-commerce próprio, mas o servidor do site não suportava a quantidade de acessos e caía frequentemente. A saída para a sobrevivência foi o Facebook.

“O segredo do nosso sucesso é que estamos constantemente online, respondendo às dúvidas das consumidoras e mostramos variados produtos que agradam as mulheres. Quando elas estão satisfeitas nos divulgam na rede e ajudam a aumentar o nosso público. Anteriormente, pensávamos na loja como uma grana extra, mas a adesão está sendo muito grande e já estamos administrando como um negócio da família”, ressalta Arthur Moraes, diretor de tecnologia da DellaSanta Brasil.

Novidades para a plataforma

Com um aplicativo sem custo de adesão e apenas taxas sobre vendas, a LikeStore hoje se apresenta como o principal canal brasileiro para se afiliar ao F-Commerce.

A Fashionera, por exemplo, lançou esta semana uma loja na plataforma para impactar diretamente os seus fãs e planeja abrir a possibilidade para os internautas revenderem seus produtos.

Para atrair mais empresas, além de conectar a API do aplicativo ao e-commerce das empresas, a LikeStore criou a ferramenta de recarga de créditos para celular por meio do Facebook. Com o modelo, a startup pretende brincar com as questões sociais, em que o usuário pode dar créditos aos amigos e também pedir quando estiver sem.

Já o Compra Fácil entrou no setor com um modelo diferente de loja, produzido pela Agência Frog. O design da loja do varejista no Facebook é mais trabalhado do que o dos concorrentes e os produtores da ferramenta apostam no aplicativo “Buzz” como diferencial.

A ferramenta é um termômetro que simula a experiência do shopping, isto é, todos os produtos que o usuário visualiza e coloca no carrinho serão vistos pelos seus amigos dentro do ambiente de compra. O internauta também pode postar qualquer item na sua timeline e pedir a opinião dos amigos para ajudar na sua escolha.

“Queríamos juntar todo o nosso conhecimento das redes sociais com o e-commerce, que é uma atividade fria, ou seja, a pessoa entra para comprar e está sozinha naquele espaço virtual. Nosso objetivo era trazer o diálogo e opiniões de amigos para esta atividade. Montamos, então, uma plataforma com novo visual e que poderia ser usado em outra rede, como por exemplo, o Google +, caso venha a aderir ao modelo”, declara Brunno Gens, sócio diretor de criação e Operações da Agência Frog.

Depois da primeira fase, em que muito se falou sobre o Facebook como plataforma de vendas, agora, o F-Commerce vive um novo momento e pode caminhar para a consolidação.
“O brasileiro é o povo que passa mais tempo no Facebook e que tem mais amigos. Existe um número grande de pessoas que usam esse canal excessivamente, por isso o F-Commerce é uma consequência natural do mercado. Existiu uma primeira onda, em que os consumidores conheceram a plataforma e isso gerou muito barulho, mas não trouxe resultados. Estamos numa segundo etapa, em que as pessoas estão começando a usar a plataforma e tornando-a realmente um modelo de negócios. Daqui a cinco anos, o modelo estará mais substancial”, acredita Grandinetti, da LikeStore.


Disponível em http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/facebook-avanca-como-plataforma-de-comercio?page=1&utm_campaign=news-marketing.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 06 ago 2013.