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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Gucci e Guess disputam letra "G" no tribunal

Daniela Barbosa
30/03/2012
 
Nesta semana, um processo que começou em 2009 teve o seu primeiro julgamento em um tribunal de Nova York. Os envolvidos? A grife de luxo italiana Gucci e a marca americana Guess. O motivo? A disputa pela letra G.

Há três anos, a  Gucci deu início à ação, alegando que o logotipo utilizado em algumas peças da Guess é muito semelhante ao seu. A grife de luxo pede indenização no valor de 124 milhões de reais pelo plágio.

Segundo um dos advogados da marca italiana, a Guess, copiando os logotipos, quer difamar os projetos mais famosos da Gucci e confundir os consumidores.

A Guess, por sua vez, defendeu-se alegando que não houve a intenção de copiar o logo e nem de confundir a clientela da Gucci.

O julgamento deve durar pelo menos mais duas semanas nos Estados Unidos, antes do veredito final.


Disponível em http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/gucci-e-guess-disputam-letra-g-no-tribunal?utm_source=newsletter&utm_medium=e-mail&utm_campaign=news-marketing.html. Acesso em 01 ago 2014.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Marcas de luxo usadas nos rolezinhos saem prejudicadas?

Mirela Portugal
22/01/2014
“Todo mundo gosta de andar bonito. Gosta de andar com as roupas de marca, as coisas de lançamento, andar no estilo”. A afirmação é Bruno Felice, um dos adolescentes organizadores de rolezinhos em São Paulo, em entrevista à EXAME.com. "Meninas que usam Lacoste acho perfeito", escreveu Bruno em uma postagem de seu perfil no Facebook.

Desde que se tornaram assunto país afora, os adolescentes que participam dos rolezinhos tiveram o seu perfil dissecado. O estilo rolezinho ganhou contorno: os bonés, tênis, camisas, óculos espelhados e sapatos podem carregar etiquetas de grifes renomadas ou o logotipo de uma marca de luxo.

Produtos que chegam a cifras razoáveis, como os das marcas Abercrombie & Fitch, John John, Quicksilver, Hollister, Osklen, Nike e Adidas também fazem parte da lista dos mais valorizados pelos jovens, em sua maioria pertencentes às classes populares.

É um fenômeno parecido com o dos bondes das marcas, tema de pesquisa da antropóloga Lucia Scalco, da UFRGS, em 2009. Na época, grupos de amigos da periferia iam juntos para shoppings de Porto Alegre se divertir, olhar as vitrines dessas grifes e fazer compras, sempre usando suas melhores roupas.

“Percebemos que as marcas eram muito valorizadas pelo grupo, e que isso contribuía para o seu processo de criação de identidade. As roupas e acessórios tornaram-se sinônimos de status e de prestígio”, diz a especialista.

Lucia fala que, feitas as contas, para esses jovens as roupas valem o investimento: “Eles dizem que custa caro, mas compensa. O vestuário ganha uma dimensão central. ‘Aparência é tudo, mostra quem tu é’, defendem . Nesse contexto vale a pena fazer grandes sacrifícios para se sentirem incluídos”, diz Lucia.

Do outro lado desse ritual estão as grifes que ganharam visibilidade com o assunto. As marcas não se manifestaram oficialmente ou tentaram criar barreiras até o momento, papel que tem sido desempenhado pelas administradoras dos shoppings, como a Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping).

Por enquanto, elas se restringiram a conviver com a publicidade espontânea de um consumidor que não faz parte do seu público-alvo prioritário.  Um paradoxo no caso do mercado de luxo, que vive da exaltação à exclusividade e ao valor agregado. Mas isso não significa intrinsecamente um risco, defendem alguns especialistas.

“É difícil que uma marca usada ou desejada por esse grupo fique estereotipada como uma marca dos rolezinhos. Essas grifes já faziam parte da rotina desses jovens antes, não é uma novidade gerada pelos encontros”, explica Fabio Mariano Borges, especialista em comportamento do consumidor e professor da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

Segundo o professor, há ainda uma diversidade de nomes, que ajuda a pulverizar o comportamento. “Não temos espontaneamente uma marca única, que se tornou ícone do movimento”, afirma Borges.

Esses jovens conectados, que se sentem incluídos como consumidores, ajudam a criar uma nova faceta para as marcas que adotam, diz Michel Alcoforado, sócio-diretor da consultoria Consumoteca. "A palavra-chave para as marcas é adaptação. Elas precisarão se acostumar a esse universo. A briga pelo posicionamento de imagem de uma marca não está mais apenas no colo da empresa nem da agência de publicidade, mas do consumidor também, que é cada vez mais capaz de criar conteúdo relevante a respeito dela", afirma.


Disponível em http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/quando-as-marcas-saem-para-dar-um-rolezinho?page=1. Acesso em 23 jan 2014.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Brasileiros compram mais produtos de marca própria

Supermercado Moderno
25/09/2013

As marcas de luxo continuam com bons resultados no Brasil, apesar da desaceleração da economia. No entanto, consumidores em aperto financeiro estão levando mais itens de marca própria e produtos em promoção. A constatação é de um estudo realizado no mês passado pela LatAm Confidential, serviço de pesquisas do jornal Financial Times.

Em março, 36% das famílias compraram pelo menos uma vez produtos em oferta do tipo "pague e leve". No mesmo mês do ano anterior esse índice havia sido de 33%.

Já as marcas próprias, geralmente vendidas no Brasil a preços 15% a 20% mais baixos que as demais marcas da categoria, praticamente dobraram seu faturamento nos últimos seis anos, atingindo R$ 2,9 bilhões em 2012. Mesmo assim, nos supermercados brasileiros a participação das marcas próprias nas vendas é, em média, de 5%, enquanto a média global é de 16%.

Apesar dessa busca por itens mais baratos por parte do público, há uma boa parcela de consumidores que não abrem mão de marcas premium, segundo a pesquisa da LatAm Confidential. Em agosto, a venda desses produtos representou, por exemplo, 48,6% do mercado de margarinas e 16,4% da comercialização de cervejas.


Disponível em http://www.sm.com.br/Editorias/Ultimas-Noticias/Brasileiros-compram-mais-produtos-de-marca-propria-21756.html. Acesso em 25 set 2013.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Como agarrar um pedaço dos 12 bi do mercado de luxo

Carolina Dall’olio
Muito já se falou sobre as oportunidades que surgem para as pequenas e médias empresas com o aumento do poder aquisitivo da população brasileira - sobretudo no caso dos consumidores mais pobres, que passaram a compor a nova classe média.

Menos atenção costuma ser dedicada às oportunidades que existem em outro tipo de público emergente, formado pelos brasileiros que enriquecem e passam a ter acesso a produtos de luxo, como viagens exóticas, joias e roupas caras, comida e bebida sofisticadas.

Estima-se que, no ano passado, os negócios movidos a luxo movimentaram no país quase 12 bilhões de dólares, 33% mais que em 2010, segundo um estudo da consultoria MCF, especializada nesse mercado. O crescimento é impulsionado pelo aumento do número de milionários no país.

Em 2011, havia mais de 50.000 brasileiros com mais de 1 milhão de reais em aplicações financeiras - em média, oito pessoas se juntam a essa elite a cada dia.

"O mercado de luxo no Brasil finalmente atingiu tamanho para ser levado a sério", diz Gabriele Zuccarelli, sócio da consultoria Bain&Company. "Há um grupo crescente de novos ricos que agora pode comprar produtos de luxo com frequência."

Exame PME traz a história de quatro empreendedores que estão aproveitando o momento para avançar nesse mercado, seja vendendo para os consumidores mais ricos, seja fornecendo para outras empresas.

O caminho das pedras

A rede de joalherias carioca Amsterdam Sauer nasceu com certa vocação internacional. Seu criador foi o francês Jules Sauer, que fundou a empresa nos anos 40 para explorar jazidas de pedras preciosas, como esmeraldas e turmalinas, no interior do Brasil e transformá-las em joias para clientes estrangeiros.

Durante mais de 40 anos, as lojas da empresa foram abertas em pontos frequentados por turistas endinheirados, na vizinhança de hotéis sofisticados, como o Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, e em aeroportos internacionais. 

Recentemente, uma mudança de cenário está alterando a origem das receitas da empresa. Segundo um estudo da consultoria Bain&Company, as vendas de joias no Brasil crescem 20% ao ano desde 2009, impulsionadas pelo aumento do poder aquisitivo de uma classe alta emergente, formada por brasileiros que enriqueceram nos últimos anos e agora podem pagar por algumas das peças da Amsterdam Sauer, que chegam a custar até 500.000 reais.

"Há uma década, quase todo o faturamento vinha dos turistas", diz Daniel Sauer, de 58 anos, filho do fundador. "Agora, os brasileiros já respondem por metade das receitas."

No ano passado, a Amster¬dam Sauer faturou 80 milhões de reais, 15% mais que em 2010. Para se aproximar desse novo público, Sauer começou a abrir novas lojas da Amsterdam Sauer em shopping centers frequentados por consumidores de alta renda. Hoje, cinco das 25 joalherias da rede estão nesses locais.

De hotel em hotel

Quem chega ao Spa Cidade Jardim, em São Paulo, pode ter a impressão de ser o único cliente no local. A unidade, que faz parte da rede Spa Collection, ocupa um andar inteiro do shopping homônimo, na zona sul da capital paulista.

 Em média, passam por ali 120 pessoas por dia, que pagam, pela mensalidade mais barata, 950 reais para ter acesso a salas privativas de banho ou massagem, piscina aquecida, espaços para tratamento de beleza ou emagrecimento, além de um consultório de endocrinologia e uma academia de ginástica.

"Não é raro que alguém chegue aqui e fique até meia hora sem ver outro cliente", diz a publicitária Tânia Ginjas, de 46 anos, dona da rede. "Há espaço para receber confortavelmente o dobro de pessoas por dia, mas prefiro deixar o movimento baixo para manter a privacidade da clientela."

Tânia controla hoje uma rede de 25 spas, a maioria instalada em hotéis e resorts de luxo. No ano passado, as receitas da empresa chegaram a 10 milhões de reais, 20% mais que em 2010. Agora, os investimentos previstos em novos hotéis no país abrem boas perspectivas para o crescimento da Spa Collection.


De acordo com um estudo realizado pela Equipotel, organizadora de feiras de hotelaria que monitora esse mercado, até o ano que vem mais de 350 hotéis devem ser construídos no país, aumentando em 10% o número de quartos disponíveis no Brasil.
"Temos recebido muitos convites para montar spas em hotéis que se preparam para receber turistas estrangeiros na Copa de 2014", diz Tânia. 

O Spa Collection surgiu há 12 anos, quando Tânia deixou um emprego como executiva para criar o próprio negócio. Sua intenção na época era abrir uma consultoria especializada na administração de spas, mas acabou recebendo pedidos de hotéis que queriam terceirizar seus spas, entre outros clientes.

A primeira unidade da rede foi aberta em São Paulo para a grife de cosméticos francesa L’Occitane. Pouco tempo depois, Tânia foi chamada para montar um Spa Collection num hotel de luxo na Bahia. "Resolvi mudar os planos para o negócio e relaxar", diz ela. 

Chocolate de elite 

A publicitária Patricia Landmann, de 34 anos, exige um bocado de capricho dos 40 funcionários de sua empresa, a chocolateria Chocolat du Jour, de São Paulo. O espaço lembra um pouco uma cozinha industrial, onde parte do pessoal mistura ingredientes importados e cacau brasileiro, enquanto outros empregados cuidam da embalagem de trufas e bombons.

Os chocolates chegam a custar, em alguns casos, quase 600 reais por uma barra de 550 gramas — boa parte do trabalho é manual. Patricia gosta de mostrar que o selo com a logomarca está milimetricamente centralizado em cada um dos bombons.  

"Buscamos sempre a perfeição", diz ela. "Além de manter o padrão de qualidade, preciso ficar atenta aos detalhes, porque os consumidores dispostos a pagar por nossos produtos exigem esse cuidado."

Até pouco tempo atrás, Patricia vivia um dilema comum aos negócios de luxo — como crescer sem popularizar demais a marca nem desagradar aos clientes mais sofisticados? Por causa dessa preocupação, a Chocolat du Jour sempre foi cautelosa com seus planos de expansão.

Desde que foi fundada pela mãe de Patricia, a empreendedora Cláudia Landmann, a empresa nunca teve mais do que três lojas abertas - a última foi inaugurada há quatro anos, no shopping Cidade Jardim, em São Paulo. 

Agora, o crescimento de grandes marcas de luxo no país abriu para Patricia alternativas para enfrentar esse risco. Nos últimos anos, ela começou a ser procurada por grandes empresas que pretendiam comprar seus chocolates para presentear clientes importantes ou seus principais executivos em datas especiais, como o Natal ou o dia do aniversário.

No ano passado, as vendas para clientes como o hotel Hilton e o banco Bradesco, que compra os chocolates para presentear clientes de alto poder aquisitivo, representaram 18% das receitas da empresa, estimadas em 8  milhões de reais. As vendas para empresas cresceram 20%, o dobro da expansão dos negócios das lojas.

"O crescimento no mercado de luxo movimenta toda a cadeia à sua volta", diz Silvio Passarelli, consultor especializado nesse mercado. "Quando isso acontece, os fornecedores das empresas de luxo também crescem e aprimoram seus serviços."

Viagens insólitas

O crescimento do consumo de luxo pode abrir oportunidades para negócios que tradicionalmente não atendem esse mercado. Foi o que aconteceu com a STB, agência de viagens paulistana especializada em pacotes de intercâmbio para estudantes. Há quatro anos, a empresa criou a B360, uma divisão especializada em turismo de luxo.

Entre seus clientes já houve um casal que pagou algo em torno de 100.000 reais¬ para passar a lua de mel fazendo um safári pelas savanas africanas com direito a chef de cozinha. Em outro caso, a agência preparou um roteiro para a Lapônia, no norte da Europa, para um pai que queria acompanhar os filhos numa visita à terra do Papai Noel. 

"A única restrição é que a viagem não pode expor a segurança do cliente a riscos desnecessários, como um passeio a um país em guerra", diz a arquiteta Christina Bicalho, de 45 anos, sócia da empresa. 

Para a STB, a criação da divisão de luxo foi uma oportunidade para ganhar prestígio — além de ser um mercado rentável. "O turismo de luxo abre espaço para empresas capazes de oferecer serviços personalizados", diz o consultor Silvio Passarelli. "É trabalhoso identificar a necessidade de cada cliente em particular. Por isso, esse pode ser um negócio com altas margens." 

No ano passado, as receitas da B360 representaram 2,5% do faturamento da STB, estimado em 140 milhões de reais. "Ao criar um produto para os pais dos estudantes, ajudamos a STB a aproveitar melhor sua base de clientes", diz Christina.

A ideia de criar uma divisão de luxo surgiu em 2008, quando Christina organizava uma viagem com os filhos para Londres e decidiu contratar professores de história para acompanhar as crianças nas visitas aos museus ingleses.

"Assim eles aprenderiam alguma coisa, em vez de só ficar olhando para os quadros", diz ela. Alguns amigos gostaram da ideia e pediram a Christina que criasse outros roteiros personalizados. Seus amigos foram os primeiros clientes da B360. "Foi quando percebi que havia gente disposta a pagar mais caro por um tipo de viagem que a maioria das agências não organiza", afirma ela. 

sábado, 27 de agosto de 2011

Anote aí 59: Classe C; Facebook; Estratégia; Luxo; Precificação

MAZZUCCO, Samia. A TV vai à classe C Emissoras fazem mudanças para seduzir o público que já virou maioria. Folha de S. Paulo, 10 de julho de 2011, Caderno Ilustrada, p. E1.


SANTOMAURO, Antonio Carlos. As tribos do Facebook Estudo agrupou usuários da rede social de Mark Zuckerberg a partir de seus hábitos, atitudes e comportamentos. Meio & Mensagem, ano XXXIII, nº 1468, 18 de julho de 2011, p. 36.


GHIURGHI, Flavia. Satisfação garantia ou seu dinheiro de volta! Nunca as empresas traçaram estratégias tão eficazes e investiram tanto dinheiro para cativar quem sempre foi a razão principal de qualquer negócios: o cliente. Gestão & Negócios, nº 32, pp. 46-60.


TURCO, Denise. Oportunidade classe A As marcas de luxo apostam no potencial do mercado brasileiro e tentam democratizar o acesso sem popularizar. Consumidor Moderno, nº 159, julho de 2011, pp. 24-28.


BAKER, Walter et al. Um preço para cada momento Precificar produtos e serviços no longo prazo, de acordo com cada etapa de ciclo de vida, é cada vez mais importante, especialmente em setores com altos níveis de inovação, como alerta estudo McKinsey. HSM Management, ano 15, volume 4, nº 87, julho/agosto de 2011, pp. 134-138.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Anota aí 58: Pesquisa; Lucros; Digitalização; Luxo; Fidelização

MOREIRA, Juliano. Pesquisa sem custo é opção para empresa Levantamento em órgãos de classe e reunião com clientes permitem identificar concorrência e elaborar estratégias. Folha de S. Paulo, 22 de maio de 2011, Caderno Negócios, p. 4.   


MENEZES, Jamille. Para ganhar mais As dicas e estratégias de consultores para aumentar os lucros no varejo e no atacado distribuidor. Distribuição, ano 19, nº 220, maio de 2011, pp. 49-54.


FRIZON, Jaqueline. Armazenagem segura Serviço de digitalização de documentos é uma forma prática e inovadora de guardar dados. Gestão & Negócios, nº 31, pp. 90-91.


IBOPE MÍDIA. Classe de alta fidelidade Consumidores de produtos de luxo na América Latina são mais fiéis às marcas. Meio & Mensagem, ano XXXIII, nº 1462, 06 de junho de 2011, p. 28.


BASILIO, Patricia. Fidelização é desafio para empresários Principais falhas são competir por preço e não conhecer o consumidor. Folha de S. Paulo, 03 de julho de 2011, Caderno Negócios, p. 1-3.    

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O que é luxo para a classe C?

Sylvia de Sá
Tudo é luxo para a classe C. Pelo menos é o que diz uma pesquisa realizada pela Franceschini Análise de Mercado para conceituar o tema abordado no livro Luxo for All, de José Luiz Tejon, Roberto Panzarini e Victor Megido. O levantamento teve como objetivo registrar o que os consumidores emergentes pensam do luxo e indicar caminhos para as empresas que desejam aproveitar o potencial deste segmento.

Marcas como C&A, Riachuello, Carrefour e Marisa foram algumas das mais citadas pelos entrevistados. O estudo, no entanto, indicou que 64% dos consumidores da classe C não têm nenhuma marca de vestuário na memória que esteja ligada a luxo, assim como 62% também não citaram uma loja específica. Os números indicam as oportunidades para as empresas que souberem encantar esses clientes.
Apesar do mercado vivenciar movimentos de companhias como O Boticário, que lança a marca de cosméticos Eudora investindo principalmente em venda direta para atrair um público diferente da marca mãe, poucas são as companhias que entenderam a necessidade de oferecer o “luxo” que a classe C deseja. Outro exemplo recente é o de Marisa, que lançou a bandeira Marisa Lingerie, sem mudar o foco na classe C, com pontos de venda que pretendem oferecer a melhor experiência de compra possível, orientação e produtos diferenciados.
Metade não associa luxo à ostentação
Em muitos casos, é preciso repensar a estratégia das companhias ou, até mesmo, criar novas marcas, como fez O Boticário. “As empresas terão que desenhar outro tipo de negócio. Casas Bahia e Marabraz são redes que ficaram enormes respeitando o consumidor, com outra forma de cadastro, de lidar com o cliente, tratar o atraso e abdicar dos juros. Uma atitude às vezes mais respeitosa”, diz Adélia Franceschini, sócio-diretora da Franceschini Análise de Mercado.
Segundo a pesquisa, no entanto, apenas metade dos entrevistados associam o luxo à representação social do status e da opulência, chamado pelos autores de opolux. O resultado mostra que o caminho para as marcas que querem ser consideradas como luxo para estes consumidores é investir também no lado comportamental e no estilo de vida, e não apenas no material e na ostentação.
Do total, 25% não souberam definir o que seria luxo para si. Já 17% citaram o egolux, luxo íntimo, baseado numa escolha subjetiva, como uma boa casa, contas pagas e poder descansar. Outros 6% citaram ainda o luxo filosófico, que valoriza elementos como a consciência, o desapego, o bom gosto e ter saúde. Mas, para 27% deles, luxo é ter um bom carro, poder viajar, ter conforto e ir a um restaurante com a família, o poplux.
Excelência, Estética, Experiência e Ética
E é no poplux que reside a oportunidade de reposicionamento e estratégia das marcas. “O luxo para a classe C é quase a idealização de uma vida confortável. Esses consumidores têm uma realidade tão oprimida por necessidades básicas, que luxo é a ideia de uma casa boa, um carro novo, entrar no supermercado e comprar de tudo um pouco. Coisas absolutamente adquiridas pela classe média, mas que na classe C passam a ser um sonho, algo quase inatingível”, acredita Adélia.
Por isso terão destaque as marcas que conseguirem tocar minimamente no ideário da classe C. A estratégia deve ter algum ponto de contato com este consumidor. Esta é a diferença entre redes como Carrefour e Walmart, por exemplo. “O Walmart não tem traço de percepção da classe C. Talvez por ser uma rede mais recente, ter um nome estranho para o brasileiro, pela própria estratégia de comunicação, a localização e todos os P’s de marketing que pesam na percepção – ou não percepção – da marca”, ressalta a executiva.
Para as empresas que desejam praticar o “novo luxo”, o livro – lançado pela Editora Gente – aborda os 4 E’s que podem contribuir para a estratégia com foco nas sociedades emergentes: Excelência, Estética, Experiência e Ética. O primeiro deles refere-se ao comprometimento com produtos e serviços de qualidade assegurada. “Com um problema de renda maior, os consumidores buscam produtos excelentes, corretos, que durem. Isso vai contra a ideia de que, para a base da população, qualquer porcaria serve. O povo está aprendendo a escolher e é necessário ter excelência”, conta José Luiz Tejon.
A estética também é essencial, pois clientes emergentes querem o belo, como lojas com arquitetura aconchegante e produtos com design diferente. Já a experiência é o ponto de partida para a venda, os consumidores devem ser acolhidos, tratados com dignidade para que se sintam incluídos. Por fim, a ética é fundamental para garantir um relacionamento sustentável, duradouro e buscar conexões de longo prazo entre marca e cliente.
Novos 4 P’s
Na abordagem do luxo para a classe emergente, os 4 P’s também mudaram. De acordo com o conceito do livro, os executivos devem levar em conta os novos 4 P’s. São eles Pessoas, Paixões, Produtos Cultuados e Pontos de Encontro. “Pessoas”, porque o olhar de atendimento deve ser outro, conter uma visão humanista, antropológica, compreendendo que, mais do que um consumidor, existe uma pessoa com anseios, angústias e desejos, que espera ser atendida.
A “Paixão” é o que vai engajar os clientes. As empresas devem ser apaixonadas pelo que fazem de melhor para transformá-lo em algo importante para as demais pessoas, envolvê-los na causa, seja na produção de bens de consumo ou na prestação de serviços. Consequentemente, os produtos devem ser cultuados, representar satisfação e cultivar o crescimento da autoestima de quem os consome.
“É preciso colocar os produtos em situações inteligentes de merchandising, como eventos. Eles devem fazer parte da cultura e dos valores humanos que precisam ser trabalhados pelas marcas. Já o último P refere-se ao entendimento de que as lojas, muito mais do que vender, são pontos de encontro. As pessoas marcam casamentos em unidades da Apple. Produtos, serviços e lojas são pontos de relacionamento que cultivam redes físicas ou virtuais”, explica Tejon.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Luxo? 50% da classe C associa conceito a status, mostra pesquisa

Camila F. de Mendonça


O que é luxo? Para a classe C, o conceito está associado ao status e à opulência, mostra pesquisa realizada pela Franc6pesquisa. 

O levantamento mostra que 50% dos entrevistados associam o luxo ao status, 30% associam àquilo que deveria ser acessível, como conforto, carro, compras, internet, poder ir a restaurantes com a família, ter renda e fazer academia.

Já 15% dos entrevistados associam luxo a algo mais subjetivo, como poder descansar, por exemplo. Outros 5% acreditam que o conceito está ligado a algo menos palpável como ter saúde e energia.

Para a pesquisa, foram ouvidas 487 pessoas do País de classe C.

Marcas

Carros, tênis, roupas e perfumes são os principais produtos associados ao luxo para os consumidores da classe C. Dentre as marcas mais lembradas por eles está a Nike, citada por 33% dos entrevistados. Grande parte dos entrevistados (40%), porém, não conseguiu citar uma marca de tênis.

Considerando modelos de carro, o Honda Civic e a BMW são os mais citados pelos emergentes como aquelas associadas ao luxo, com 8% das citações cada uma. Do total de entrevistados, porém, 21% não conseguiu citar uma marca de automóvel.

Dentre os perfumes, os da Polo e da Natura foram os mais citados com 13% e 8% das respostas, respectivamente. E 13% não conseguiram citar nenhuma marca desse tipo de produto.

Em vestuário, a Lacoste foi a mais citada, com 2% das respostas. Do total de entrevistados, 64% não se lembraram de nenhuma marca de roupa que eles pudessem associar ao luxo.

Oportunidades

O levantamento constatou que 25% não soube definir ou responder o que seria luxo. Com isso, os pesquisadores constataram que as empresas desse segmento tem um mercado para explorar. Para isso, contudo, elas precisam se posicionar frente a esses consumidores.
“Marcas posicionadas exclusivamente para o luxo tradicional podem e devem aprender a se comunicar, distribuir e vender para fatias da classe C, incorporando receitas fundamentais para sua própria sustentabilidade futura”, afirmaram os pesquisadores.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Anote aí 19: Consumidor; Perdas; Luxo; Financeira; Shopper

SODERI, Catia. Consumidor multicanal Ações em vários canais devem ser pensadas de forma sistêmica para otimizar resultados e reforçar o relacionamento das empresas com os clientes. Consumidor Moderno, ano 15, nº 149, julho de 2010, pp. 62-64.


BORGES, Bruna. Pequeno lojista não se previne contra perdas Furtos e danos a mercadorias reduzem a lucratividade de empresários. Folha de S. Paulo, 29 de agosto de 2010, Caderno Negócios, pp. 1-3.


FERREIRINHA, Carlos et al. O mercado de luxo no Brasil 2009-2010 Estudo MCF/GFK mostra que setor vem resistindo bem à crise no país e mais investimentos das marcas confirmam que mercados emergentes como este são maior aposta que os mercados maduros. HSM Management, ano 14, nº 82, volume 5, setembro de 2010, pp. 42-52.


GHIURGHI, Flavia. Saúde financeira Saiba por que ter um bom suporte na área de contabilidade é vital para qualquer empresa. Gestão & Negócios, nº 24, pp. 36-38.


TURLÃO, Felipe. Hora da verdade O segmento de shopper marketing começa a ser discutido no Brasil. Meio & Mensagem, ano XXXII, nº 1.426, 13 de setembro de 2010, p. 28.