PEGN
07/03/2014
Você é mulher e empreendedora? Sim? Então tem muitos motivos
para sorrir. Pelo menos é o que aponta o resultado do último Global
Entrepreneurship Monitor, o maior levantamento sobre empreendedorismo do mundo,
que afirma: as donas de empresas estão entre as pessoas mais felizes de todo o
planeta.
Para chegar a esse resultado, a pesquisa analisou o nível de
bem estar e satisfação com o trabalho de empreendedores e não empreendedores em
70 países. A maior parte dos empresários usou as respostas "minha vida
está próxima do ideal" e "se eu pudesse começar tudo de novo, não
mudaria absolutamente nada" para falar sobre como se sentem a respeito de
suas carreiras.
É claro que toda essa felicidade não apareceu da mesma forma
em todas as regiões analisadas. Na África Subsariana o nível registrado foi o
mais baixo, enquanto a América Latina e América do Norte apresentaram os
índices mais altos. Mas, na comparação entre gêneros, as mulheres a frente de
empresas se mostraram mais contentes com seu trabalho de uma maneira geral em
todo o mundo. O GEM não deixa claro o porquê de as empreendedoras se sentirem
mais felizes, mas outros dados apurados pelo levantamento podem explicar os
motivos.
Para medir o índice de felicidade das empreendedoras o GEM
levou em conta o balanço entre vida pessoal e carreira. O rígido modelo
corporativo não consegue acomodar todas as necessidades das mulheres. Como elas
ainda são as principais responsáveis pela criação e pelos cuidados de crianças
e idosos na família, a falta de flexibilidade de horários e tempo livre nas
organizações dificulta - e muito - a conciliação entre a vida pessoal e a
carreira. Muitas são atraídas pelo empreendedorismo justamente pela
possibilidade de montar sua própria agenda.
Outro fator que torna as empreendedoras mais felizes é o
fato de o dinheiro não ser tão importante quando a mudança que elas geram na
sociedade. O projeto "1.000 Stories", que conta as histórias de
empreendedoras pelo mundo, fez uma pesquisa para saber o que motiva as mulheres
a começarem um negócio. As respostas surpreenderam: para as entrevistadas,
fazer a diferença e mudar o mundo são fatores muito mais importantes do que
ganhar dinheiro e gerar riqueza. Um dado do GEM também comprova esse resultado.
Segundo a pesquisa, o número de mulheres criando empreendimentos sociais está
ultrapassando o de homens em países como Rússia, Argentina, Israel, Líbano e
Islândia. No Brasil e nos Estados Unidos esse índice é equilibrado. Ter um
trabalho com uma causa por trás, capaz de mudar a sociedade ao seu redor, é um
fator que gera felicidade.
Disponível em
http://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/03/mulheres-empreendedoras-sao-mais-felizes-diz-pesquisa.html.
Acesso em 07 mar 2014.