Mostrando postagens com marcador economia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador economia. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mulheres da classe C têm mais autonomia socioeconômica, revela Ibope

Camila F. de Mendonça


Há tempos, as mulheres vêm se destacando na economia  doméstica. E continuam ocupando mais espaço na liderança do orçamento familiar. Pesquisa mostra que entre as classes econômicas, as mulheres que pertencem à classe C são as que centralizam mais as decisões da família.

O Ibope, juntamente com o Target Group Index, constatou que as mulheres da classe C exercem mais responsabilidade sobre a família. “Elas têm, portanto, mais autonomia socioeconômica e, consequentemente, de consumo”, apontam os pesquisadores.

Ao todo, considerando a classe C1, 31% das mulheres são chefes de família. Entre as que pertencem à classe C2, o percentual sobe para 32%.

De acordo com a pesquisa, a classe C é uma das que mais cresce no País e já representa praticamente 50% da população com renda entre R$ 600 e R$ 2.099. Esse segmento é dividido em dois grupos, o C1 e o C2. O primeiro se identifica mais com a classe B, ao passo que a C2 tende mais aos índices das classes D e E.

Para a pesquisa, o Ibope Mídia e o Target Group Index realizaram 20 mil entrevistas.

Outros segmentos

Segundo o levantamento, as mulheres das classes mais abastadas têm menos autonomia nas finanças da família do que aquelas que estão na base da pirâmide socioeconômica. Na classe AB1, 23% das mulheres chefiam a família e na B2 o percentual alcança os 26%.

Já entre aquelas que pertencem à classe DE, 41% das mulheres chefiam suas famílias. Ao todo, 32% das mulheres são chefes de família.

sábado, 11 de setembro de 2010

Anote aí 17: Consumo; Marketing digital; Infraestrutura; Redes sociais; Luxo

STEFANO, Fabiane. Consumo, a força que move a economia Renda, emprego e crédito estão promovendo um ciclo de consumo inédito. Em 2020, os brasileiros vão gastar 5 trilhões de reais. Mais que dinheiro, o consumidor tem novos anseios – que estão mudando seu comportamento na hora de comprar. Exame, ano 44, nº 13, edição 972, 28 de julho de 2010, pp. 20-29.

BOTTONI, Fernanda. Os 10 passos para fazer marketing digital eficiente Veja quais são os pilares essenciais para se fazer uma boa comunicação digital hoje. Próxxima, nº 21, agosto de 2010, pp. 38-42.


REHDER, Marcelo. Brasil é reprovado em infraestrutura País ocupa a 17ª posição entre 21 concorrentes globais e numa escala de 1 a 7 obtém nota 3,4, abaixo da média mundial de 4,1. O Estado de S. Paulo, 08 de agosto de 2010, Caderno Economia, p. B4.


SANTOMAURO, Antonio Carlos. Redes sociais como canais de vendas Além de canais de relacionamento com o consumidor, o Twitter e o Facebook se transformam em espaços para empresas comercializem serviços e produtos. Próxxima, nº 21, agosto de 2010, pp. 50-55.


SALVI, Renata De. O destino do ouro Brasil se torna um dos principais mercados do consumo de luxo. Propaganda, ano 55, nº 713, agosto de 2010, pp. 72-79.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Economia informal representa 18,3% do PIB do Brasil

Agência Estado
A economia informal no Brasil equivale a uma Argentina, ou a R$ 578,4 bilhões por ano, o equivalente a 18,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Também conhecida como economia subterrânea, a informalidade compreende toda a produção de bens e serviços não informada aos governos. A perda de arrecadação anual chega a R$ 200 bilhões.

Esse conjunto de atividades foi mensurado em um estudo inédito do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), encomendado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco). A FGV calculou o Índice da Economia Subterrânea. A proporção em relação ao PIB apresentou queda em relação a 2003, quando o índice chegou a 21% do PIB.

Segundo o responsável pelo estudo, professor Fernando Holanda Barbosa Filho, os principais fatores que respondem pela redução da economia subterrânea no Brasil são o aumento do crescimento do PIB, a elevação do número de pessoas 
formalizadas no mercado de trabalho e a expansão do crédito.

Outros elementos importantes estão relacionados à modernização da economia, à maior abertura comercial, com o avanço das 
exportações, e à evolução de sistemas de arrecadação, como as notas fiscais eletrônicas. A redução da burocracia tributária, com a instituição do regime Simples Nacional, também colaborou para a formalização.

"O crescimento do PIB é um santo remédio", comentou Luiz Schymura, diretor do Ibre. Segundo ele, a expansão do nível de atividade permite melhorias institucionais no País, como a busca de eficiência produtiva e o aumento da formalização no mercado de trabalho. Na avaliação de Barbosa Filho, se o Brasil crescer cerca de 7% neste ano, é factível que o Índice da Economia Subterrânea chegue a 18% do PIB no fim de 2010.
Investimento 
"Com a continuidade da expansão do País, a economia subterrânea deve continuar em queda, embora não seja possível afirmar agora qual seria o nível exato de redução". De acordo com os responsáveis pela pesquisa, a informalidade no Brasil ainda é muito alta. Nos países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a taxa está ao redor de 10% do PIB.

André Franco Montoro Filho, presidente executivo do instituto Etco, diz que em outros países da América Latina o índice de informalidade é ainda mais preocupante, chegando a 30% do PIB. Em sua avaliação, a redução da economia subterrânea indica a evolução do nível de desenvolvimento da economia. Ele pondera que o termo economia informal é uma espécie de eufemismo para a economia ilegal, que comporta quem não paga impostos por suas atividades. "Isso é ruim, pois emite sinais negativos para os empresários formais e gera um mau ambiente de negócios", comentou.

Segundo ele, a economia subterrânea inibe investimentos, pois parte das empresas não encontra incentivos para ampliar suas atividades se os concorrentes não pagam tributos. "Considerando a carga tributária, é possível estimar que há sonegação de aproximadamente R$ 200 bilhões por ano no País", diz Montoro Filho. "Muitos empregos poderiam ser gerados, pois todo o investimento do governo federal no ano chega a R$ 30 bilhões." 

segunda-feira, 5 de julho de 2010

anote aí 7: pets; geração canguru; futebol; mercado; consumidores


MANTOVANI, Flavia et all. O preferido dos paulistanos Pesquisa Datafolha revela que 37% dos moradores da cidade têm cachorro em casa; a maioria desses cães é vira-lata. São Paulo, nº 4, 27 de junho de 2010, pp. 26-34.


TOLEDO, Karina. Parcela de jovens adultos que moram com os pais dobra em duas décadas Entre a chamada geração canguru, composta por homens e mulheres de até 34 anos, maioria tem alta escolaridade e adia saída de casa por economia e conforto. Para eles, o conflito de gerações vivido por seus pais passa ao largo na relação familiar. O Estado de S. Paulo, 18 de abril de 2010, Caderno Vida, p. A24.


CACIOLI, Renan. Quanto vale o futebol brasileiro Estudo mostra quem são os mais ricos clubes do país, e os mais endividados e projeta quanto o mercado do futebol deverá gerar de receitas em 2014, ano em que o Brasil recebe pela segunda vez a Copa do Mundo. Folha de S. Paulo, 30 de maio de 2010, Caderno Esporte, p. D14.


MURAD, Fernando. Participação no consumo nacional avança Economia do interior e litoral de São Paulo se recupera e ganha terreno ante outras regiões. Meio & Mensagem Regional: Interior e Litoral de SP, ano XXXII, nº 1410, 24 de maio de 2010, pp. 04-05.


ALONSO, Viviana. Hábitos mutantes Em entrevista exclusiva, John Quelch, de Harvard, garante que as preferências dos consumidores mudam com a instabilidade econômica, que pode se tornar padrão daqui por diante. Ele aponta os quatro novos segmentos e as quatro novas categorias de produtos decorrentes disso. HSM Management, ano 15, volume 1, nº 78, janeiro-fevereiro de 2010, pp. 88-91. 

sábado, 26 de junho de 2010

Como economizar sem tirar a qualidade do seu produto

Amanda Camasmie

Quem abre um negócio tem poucas certezas quando se trata de mercado. Uma delas é que a concorrência sempre tende a aumentar. Por isso, a maioria dos empreendedores se depara com o grande desafio: como se tornar mais competitivo? Uma das maneiras é economizar. Mas como fazer isso sem prejudicar a qualidade dos produtos ou serviços?

Primeiramente, pare de comprar “coisas”. Se você não precisa de algo, não compre, aconselha John Mariotti, presidente The Enterprise Group, companhia norte-americana que presta serviços de assessoria em marketing estratégico e consultoria operacional. Em artigo para o site Open Forum, Mariotti destaca que quando não há necessidade real, não há preço certo nem promoção que justifique a compra (além de não se esquecer de que as compras devem ser sempre planejadas com a maior antecedência).

O lema “faça você mesmo” deve ser lembrado em tarefas simples, como a de trocar lixeiras, por exemplo, destaca o executivo. Como também já abordado em reportagem do Empreendedores, a tecnologia é sempre uma aliada na hora de reduzir custos. Tendo isso em mente, utilize o telefone somente quando necessário. Aproveite enquanto o envio do e-mail ainda é gratuito (e esperamos que sempre seja).

Contudo, use-o de maneira sábia, recomenda Mariotti. Não tente resolver os problemas da equipe por e-mail. Não há nada melhor do que criar soluções pessoalmente e evitar uma série de argumentos por escrito que só levariam à falta de otimização do tempo.

Monte uma equipe poderosa e organize-se

Agrupar tarefas similares também pode ser uma boa opção para fazer o trabalho, o que também é um fator de economia, recomenda o especialista. Tarefas feitas em grupo, além de ter a chance de ganhar mais inovação, podem ser feitas mais rapidamente. O ditado é batido, porém verdadeiro: “Duas cabeças pensam melhor do que uma.”

Outro fator fundamental que ajuda a economizar é realizar reuniões com agenda. Determine o tempo de duração e crie uma pauta do que será abordado. Durante a reunião, anote as decisões e estabeleça os próximos passos. Para aqueles empreendedores que precisam de uma secretária até para lembrar a data do aniversário da mulher, um smartphone – como iPhone ou Blackberry – pode ajudar muito.

Com o aparelho, é possível sincronizar contatos telefônicos, endereços eletrônicos e compromissos, por exemplo. E a grande vantagem é que essas informações podem ser enviadas ao computador também. Em aparelhos como Blackberry, Nokia S60, Windows Mobile e iPhone, a sincronização pode ser feita pelo serviço Google Sync. A Apple, empresa responsável pela criação do iPhone, também oferece o serviço Mobileme.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Brasil fica em 113º em ranking de liberdade econômica

BBC Brasil

O Brasil ficou em 113º lugar em um ranking sobre liberdade econômica publicado pelo Wall Street Journal e pela Heritage Foundation. O estudo afirma que a corrupção é um dos principais obstáculos para o desempenho do país, que sofre também com a dificuldade para se começar um negócio.

No relatório, feito com 179 países, o Brasil está atrás de nações como Mali, Azerbaijão, Moçambique e Filipinas em termos de liberdade econômica.

O Índice de Liberdade Econômica é publicado desde 1995. Na edição de 2010, a pontuação geral do Brasil foi de 55,6 (o índice varia de zero a cem), o que representa uma queda de 1,1 ponto em relação ao ano passado.

De acordo com os realizadores do estudo, a queda se deve a um declínio na liberdade de investimento e em obstáculos no campo das leis trabalhistas. Desde 1995, a média de pontos brasileira variou pouco. A mais baixa pontuação - de 48,1 - foi registrada em 1996 e, a mais alta, em 2003 (63,4 pontos).

O primeiro lugar no ranking foi ocupado por Hong Kong, seguido de Cingapura e Austrália. Os Estados Unidos ocupam a oitava posição, e o Chile, a décima. Dos 29 países analisados em América Latina e Caribe, o Brasil ocupa o 21º lugar.

Barreiras

O estudo afirma que entre os obstáculos enfrentados pela liberdade econômica no Brasil estão o custo relativamente alto para o crédito e a rigidez no mercado de trabalho. Já no campo de liberdade de negócios, o Brasil enfrenta um ambiente regulatório limitado, segundo a pesquisa.
O relatório ressalta que para se começar um negócio no país é necessário mais do que três vezes a média mundial, de 35 dias.

O relatório afirma ainda que o Brasil tem um sistema judiciário vulnerável à influência política e à corrupção.

Na análise de direitos de propriedade, o estudo ressalta que normalmente os contratos são considerados seguros no Brasil, mas a ineficiência do sistema judiciário pode fazer com que uma decisão leve anos para ser tomada.

A presença estatal na economia é considerada pelo relatório como alta em muitas áreas e os serviços oferecidos pelo Estado fracos, apesar do alto gasto público.
A liberdade monetária é a mais alta de todas as áreas analisadas e está acima da média mundial, com 75,8 pontos. O maior ou menor controle de preços é a base usada para este campo do estudo.

A análise ressalta ainda que o impacto da crise financeira mundial no Brasil foi moderado em grande parte pela continuidade de uma política fiscal e monetária prudente.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O brasileiro da nova classe média do Brasil

Luis Grottera

Dois grandes pilares sustentam um país saudável, forte e maduro. O pilar social (uma sociedade livre, com democracia vigorosa, poderes independentes e liberdade de opinião) e o econômico (liberdade plena do mercado, uma relação justa entre impostos pagos e o que se recebe de retribuição por ele, uma distribuição de riqueza que dê aos mais pobres uma razoável qualidade de vida e uma classe média poderosa).

Dos aspectos relacionados acima, aquele em que o Brasil mais demorou a progredir foi em relação à distribuição da renda. O contingente de miseráveis era grande e não diminuía. A maioria da classe trabalhadora ainda muito preocupada em manter suas condições básicas de vida. Sobrava uma classe média era minoritária, sem força e sem poder.
Mas a classe média cresceu, mudou e está pronta a assumir o comando. Segundo o economista e chefe do Centro de Pesquisas Sociais da FGV-RJ, Marcelo Neri , a composição deste extrato social incorporou uma grande parcela que pertencia à classe C e soma hoje 52% da sociedade brasileira. Sinal de grandes mudanças pela frente.

Com o sucesso do Plano Real, estacou-se uma espada no peito do maior e mais perverso de todos os impostos: a inflação. A herança bendita da estabilidade econômica advinda dos dois mandatos de FHC, estimulada com uma fase de grande crescimento da economia global e o aumento do poder de compra potencializado pelo ousado e corajoso ato de instituir um programa de distribuição de renda direta, redundaram no atual momento de otimismo que o país vive. Vivemos um choque de capitalismo.

Durante a última década, assistimos ao fenômeno chamado por Neri de “O Segundo Real”, pois, ao apostar na estabilização e dar escala aos programas sociais de seu antecessor, Lula tirou da pobreza 19,3 milhões de indivíduos e alavancou outros 32 milhões na pirâmide social. 

As classes C e D passaram a consumir itens antes dados como supérfluos e que estariam fora de cogitação para seus salários e bolsos. Empresas já focadas nesse segmento passaram a produzir produtos “genéricos”. Foi um boom de novas marcas no mercado, preconceituosamente chamadas de ‘marcas talibans’. O passo seguinte foram as grandes empresas perceberem a nova oportunidade. Marcas como Dove e tintas de cabelo das marcas líderes de mercado, como Wella e Loreal, passaram a ser consumidos por diaristas e donas de casa com grande frequência. 

Mas o caso mais impressionante é o da Nestlé. Tradicional empresa suíça presente no Brasil desde 1921, produtora de itens de grande qualidade e high price, a Nestlé se reinventou para fazer do Nordeste e dos novos consumidores sua força para uma nova arrancada no mercado brasileiro. Investiu R$ 100 milhões em uma nova fábrica e centro de distribuição em Feira de Santana - BA. Mudou tamanho de produto (biscoitos líderes como Negresco e Bonno de 200g passaram a ser vendidos com 140g), trocou embalagens (a lata de 

Nescau de 400g virou sachê de 230g), adaptou produtos (Nescafé foi redesenhado para ser um café mais suave, lançado com o nome de Dolca) e lançou produtos específicos para a região (como o leite em pó popular Ideal). Hoje o Nordeste representa 30% das vendas da Nestlé no Brasil e o crescimento permanece na casa do dobro da média do país.
Com o aumento do consumo, outra questão de debate da sociedade foi o consequente endividamento destas classes menos abastadas. Segundo pesquisa do CNI/Ibope, 34% dos entrevistados da nova classe média disseram que precisaram se endividar para cobrir gastos nos últimos 12 meses. Muitos criticam este fenômeno, mas defendo que ele é Intrínseco ao processo de crescimento de qualquer país.

O crédito como alavanca para o aumento de qualidade de vida do brasileiro ainda é muito mal visto, especialmente pelos quase 20 anos de inflação descontrolada do país. Pagando um juros exorbitante mais a correção monetária, era impossível sobreviver a um financiamento. Mas também nesse item, estamos entrando numa rota mais aceitável. O crédito popular e abundante é uma importante forma de melhorar a qualidade de vida do brasileiro de baixa renda. E os sinais atuais são estimuladores: caem os índices de inadimplência no Brasil.

Essa conjuntura de um mercado interno aquecido e disposto a virar a mesa, foi fundamental para que o Brasil saísse da crise mais rapidamente. O mercado interno é que está fazendo a diferença. Aqui e na China.

E essa nova classe C causa algum impacto na próxima eleição? Certamente que sim. Na próxima e em todas as próximas. Da nova realidade econômica brasileira emergirá um novo eleitorado, mais objetivo e com maior clareza daquilo que deseja. Um eleitor menos ignorante e manipulável. O eleitor que vai tornar esse país uma grande potência na próxima década.

A classe média é protagonista das mudanças sociais. Até porque é quem mais paga por elas. Segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), esta maioria da sociedade trabalha cerca de 272 dias por ano para pagar impostos e serviços básicos, como educação e saúde (e não recebem!!!). Segundo o cientista político, Antônio Lavareda, em entrevista concedida para o Meio & Mensagem em janeiro deste ano, é possível que esta nova classe média mimetize o comportamento das classes diretamente superiores a ela e "traia" seus antigos valores de classes C e D.

Não é minha aposta. Sou otimista com a vida. Creio que venha por aí uma burguesia razoavelmente bem informada, ligada na tecnologia, de bem com a vida com a globalização, com grande aceitação da diversidade humana, com fé(s), querendo aprender, trabalhadora, dedicada e com nota 10 nos quesitos talento e criatividade. O brasileiro é ainda o melhor produto made in Brazil.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

É hora de empreender

Jack Welch
O quê? Será que lemos direito? Se for isso mesmo, obrigado. Em meio à avalanche de e-mails que temos recebido ultimamente de gente se sentindo em pânico, irada e/ou deprimida por causa da economia e do que ela tem feito à sua carreira, sua pergunta tão objetiva foi uma agradável surpresa.

Foi também uma ótima oportunidade para que nos déssemos conta de que, sem dúvida, este seria um momento excelente para abrir um negócio. Na verdade, há pelo menos quatro razões muito fortes para isso, mas só se o negócio que você está pensando em abrir for aprovado no teste mais importante de todos: o de vender mais por menos.

Não estamos falando aqui de vender apenas um pouco mais por um pouco só a menos. Em tempos de recessão, nenhuma empresa nova terá grandes chances de sucesso, a não ser que trabalhe com uma proposição de valor nitidamente superior às disponíveis no mercado. É verdade que até pouco tempo atrás era possível pegar um produto ou serviço do concorrente, modificá-lo ligeiramente ou introduzir um ou dois recursos novos e convencer os clientes a pagar mais por ele. Mas hoje todo mundo está na defensiva e os dias de vendas com margens gordas se foram - e é provável que a situação persista por um bom tempo. Portanto, se você é um empreendedor cujo produto ou serviço irá melhorar de fato a vida das pessoas - a um custo significativamente mais baixo do que o da concorrência -, saiba por que talvez este seja o momento certo de levar sua ideia adiante.

Em primeiro lugar, se há uma coisa de que toda empresa nova precisa para ir à luta é de gente esperta, disposta a ganhar. E há um público aí hoje, como há muito tempo não se via, à espera de alguém que se disponha a conquistá-lo. É claro que toda demissão é um baque terrível e há milhões de histórias pessoais dolorosas por trás das altas taxas de desemprego no país. Mas o fato é que novas empresas nascem ou morrem dependendo da rapidez com que conseguem formar equipes brilhantes, flexíveis e com muita garra. O clima atual facilita o processo, já que a escassez de trabalho é de tal ordem que não faltam profissionais experientes e mbas recém-chegados ao mercado em busca de emprego.

Em segundo lugar, e em estreita correlação com o que acabamos de expor acima, aparece um elemento mais efêmero: uma urgência generalizada e uma dose de humildade que hoje caracteriza as pessoas. A implosão da economia baixou a bola de todo mundo. Os antigos "Mestres do Universo" descobriram que são seres mortais, e quem achava que tudo girava em torno de si mesmo se deu conta de que o fracasso de suas empresas é também o seu fracasso. Portanto, o clima atual não só facilitou a contratação de bons profissionais como também promoveu entre os empregados uma nova compreensão acerca da importância do trabalho em equipe e da produtividade sem tréguas. Essa "vibração", na falta de uma palavra melhor, é a esperança de todo executivo e o sonho de todo empreendedor.

Em terceiro lugar aparece o dinheiro - sob uma ótica positiva. Apesar das notícias que todos temos acompanhado sobre o recuo do mercado de crédito, não faltam linhas de financiamento para novas empresas, sobretudo para aquelas que conseguem oferecer mais por menos. É óbvio que não estamos dizendo aqui que o empreendedor de hoje deva esperar aquele mundo de contos de fadas de antes, em que o dinheiro parecia crescer em árvores. Contudo, há muitos bancos regionais dispostos a emprestar, e as empresas de capital de risco estão sempre prontas a investir em ideias revolucionárias - afinal de contas, as novas empresas são a alma do seu negócio.

Por fim, abrir um negócio hoje vai deixá-lo em ótima situação no momento em que a recuperação econômica se consolidar. Pense no seguinte: se você abrir um negócio agora, sua empresa contará com profissionais inteligentes e cheios de energia que aprenderam a trabalhar juntos para manter os custos baixos e o índice de inovação elevado. Sua empresa não terá de lidar com um sistema de custos oneroso, não sofrerá com as cicatrizes deixadas pelas demissões e com o baixo moral que as acompanha. Em outras palavras, você estará em condições de pegar a primeira onda da reviravolta econômica. Isso não é ótimo?

Mais uma vez, obrigado por sua pergunta. Neste momento o mundo precisa que milhares de empreendedores façam a mesma pergunta que você fez. Nossa esperança é que eles descubram que não há cenário melhor que o atual para começar de novo.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Homens alavancam a indústria da beleza

Vera Saavedra Durão



O crescimento da participação masculina no mercado de produtos de beleza, desde a década de 90, vem aumentando a participação da indústria de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria na economia. Nos últimos cinco anos, as vendas desse segmento dobraram de R$ 6,6 bilhões para R$ 13,1 bilhões.

A novidade é o público alvo: homens entre 25 e 34 anos, de alto poder aquisitivo, estão consumindo cerca de 17 produtos regularmente, com destaque para tinturas de cabelo, xampus e cremes para o rosto, mãos e corpo. Também são mais sensíveis, do que o sexo oposto, às ofertas desses produtos. Essa mudança de comportamento está levando a uma expansão de sofisticados salões "unisex" em detrimento das barbearias.

De acordo com a pesquisa Adonis Report, realizada pela 2B Brasil Marketing em agosto do ano passado, "os homens não são mais os mesmos", eles pintam os cabelos, depilam os pêlos, cuidam das unhas e usam cremes para retardar o envelhecimento e estão dispostos a todo tipo de tratamento estético, na crença de que uma boa aparência traz prosperidade nos negócios. Hoje, um em cada 50 brasileiros usa algum tipo de cosmético para retardar o envelhecimento. Há cinco anos atrás a média era de um a cada 500.

No ambiente de narcisos emergentes, competem na frequência aos salões de beleza mulheres entre 35 e 54 anos. Curiosamente, as mulheres de renda mais baixa comprometem proporcionalmente uma parcela maior de sua renda com cosméticos do que as mulheres de poder aquisitivo mais elevado. A Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE revela que as mulheres com renda média de R$ 400 gastam até 4% de sua renda só com produtos de beleza. Quem ganha acima de R$ 6 mil, dedica menos de 3%.

Os dados constam da pesquisa sobre "O impacto sócio-econômico da beleza - 1995 a 2004", coordenada por Ruth Helena Dweck, diretora de economia da Universidade Federal Fluminense. O professor Alberto Di Sabbato e o estagiário Frederico Teófilo de Souza participaram do estudo, divulgado ontem. Ele foi encomendado pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos.

O estudo mostra que o Brasil ocupa hoje o sétimo lugar entre os países mais vaidosos do mundo. Segundo o ranking mundial de pesquisa de opinião Vanity, realizada em 30 países no início da década, o campeã da vaidade é a Venezuela, seguida da Turquia. O critério para a classificação é o percentual da população que se ocupa com o espelho. Aqui, 30% dos brasileiros pensam na beleza o tempo todo. Na Venezuela, 57%.

Em entrevista ao Valor, Ruth contou que fez uma primeira pesquisa desse tipo em 1998, por encomenda do Ministério da Indústria e Comércio. Na ocasião, soube de trabalho semelhante feito no Canadá e nos Estados Unidos, onde foi concluído que "beleza era fundamental" para as pessoas galgarem melhores postos de trabalho. "Na pesquisa americana, intitulada 'Beautiful and Labor Market' chegava-se a medir que as pessoas de melhor aparência tinham um ganho salarial 5% acima no mínimo do que as que tinham má aparência. Estas, perdiam pelo menos 10% por conta disso."

Nos anos 80, a busca da beleza tornou-se uma verdadeira febre nos países desenvolvidos. Nos países emergentes a corrida pela boa aparência chegou 10 anos depois. Nessa época, começaram a se instalar no país as grandes redes de salões de beleza sofisticados, como Jacques Janine, hoje com cinco unidades próprias e 51 franquias, a Jean Louis David, com 27 lojas locais, a Model Hair Pelles e a rede nacional Werner Coiffeur, com 12 unidades próprias e 14 franquias.

Na área de cosméticos o Brasil emerge como o quinto maior mercado do mundo. Só da Avon, onde o país ocupava o 18º lugar no ranking mundial da multinacional, passou, a partir de 1996, ao segundo lugar em posição de vendas. Os produtos mais vendidos no mercado doméstico fazem parte deste setor de cosméticos, com destaque para os destinados a cabelos, como tinturas, alisantes, fixadores e modeladores. Em 2004, o setor de cosméticos faturou R$ 3,9 bilhões.

O setor de higiene pessoal e perfumaria também não ficou atrás. Nos últimos 10 anos, cresceu a uma taxa média de 5% ao ano, bem acima do PIB, de 2,4% ao ano na média, neste período, como revela a pesquisa da UFF. A vaidade estimula também a indústria farmacêutica. Hoje, o país surge como o segundo maior mercado para o Botox e o quarto para o Roacutan, remédio para combater a acne.

Essas atividades se concentram principalmente na região Sudeste, mas começam a se espalhar por outras regiões. A economista destacou que o impacto desses serviços no mercado de trabalho e no comércio de bens e serviços foi enorme. O pessoal ocupado no setor mais do que dobrou entre 1995 e 2003, passando de 679 mil pessoas , em 1995, para 1,4 milhão em 2003, segundo dados da PNAD. As mulheres representam 80% dessa mão-de-obra.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Consumidor não olha só preço menor

Frederico Zornig

As empresas foram obrigadas a respeitar cada vez mais seus clientes. Boa parte delas desenvolveu estratégias de redução de custos para garantir competitividade e preços baixos. Veja por que isso pode ser um equívoco.

Nos últimos anos, com o aumento de competitividade na maioria dos segmentos da economia, a maior disponibilidade de informações e a adoção de leis para protegerem os consumidores, as empresas foram obrigadas a respeitar cada vez mais seus clientes através de produtos de qualidade e melhores serviços. Além disso, uma boa parte das empresas desenvolveu estratégias de redução de custos para garantir competitividade e preços baixos.

De fato, em muitas ocasiões que apresento estratégias de gestão de preços com o objetivo de melhorar a lucratividade de um negócio, sou confrontado com perguntas e afirmações de que não é possível mais sobreviver com preços superiores aos da concorrência pois os consumidores simplesmente abandonariam suas marcas pelas de menor preço. Certa vez, até me perguntaram se cobrar preços mais altos por produtos com atributos equivalentes seria ético.

Infelizmente, esta crença de que preços baixos são fundamentais para o crescimento de uma empresa, na maioria das vezes, é um grande equívoco. Para suportar este conceito gostaria de apresentar uma pesquisa realizada ano passado pela TNS/Interscience. Nesse levantamento de opinião, indivíduos de todo o país foram abordados para elegerem as empresas que mais respeitam o consumidor. Na lista das escolhidas estão, entre outras, Bradesco, Brastemp, Coca-Cola, Motorola, Natura, Nike, Roche, e Volkswagen.

Interessante notar que nenhuma delas deve ter recebido esse reconhecimento por cobrarem os menores preços. Muito pelo contrário. Basta compararmos quanto custa um tênis Nike com outro de marca nacional menos reconhecida, ou um medicamento Roche com seu similar genérico, ou ainda um refrigerador Brastemp com as outras marcas de eletrodomésticos. Nenhuma destas empresas foi eleita por ser a mais barata de seu segmento.

Essa percepção de valor superior, atribuído por boa parte dos consumidores, acontece em função de vários fatores que superam, inclusive, a questão de preços maiores que aqueles praticados pela concorrência. A escolha de uma empresa que respeita o consumidor está relacionada com a qualidade dos produtos, a reputação de suas marcas, serviços superiores, garantias, confiabilidade, inovação, entre tantos outros atributos, dependendo da categoria de produto que estamos falando.

É importante ressaltar que sempre haverá consumidores dispostos a pagarem mais por características que valorizam e que sua empresa oferece como um diferencial, bem como consumidores dispostos a pagarem mais por isso, aceitando o valor dos benefícios que estão comprando, mesmo tendo que fazer um sacrifício financeiro maior.

Pesquisas como essa demonstram que o mais importante é a empresa ser coerente com sua proposta de valor. Dessa forma, podem oferecer mais para seus clientes e, mesmo cobrando um preço superior (mas justo pelo que oferecem), serão reconhecidas como empresas que respeitam seus clientes.

Para finalizar, foco em qualidade, serviço, imagem de marca são fundamentais para que as empresas que diferenciam seus produtos vendam por mais. Ainda assim, serão agraciadas pelos consumidores como aquelas que mais os respeitam.

sábado, 8 de maio de 2010

Rico do Brasil supera o da Suécia em IDH

Prima Página

Os brasileiros mais pobres vivem em condições de desenvolvimento humano comparáveis às da Índia, mas os 20% mais ricos, em situação melhor que a fatia mais rica da população da Suécia, Alemanha, Canadá e França. As informações estão no relatório do PNUD que analisa os números recentes do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e cita um estudo europeu que conclui que países que atingiram alto desenvolvimento humano (IDH maior de 0,800) nos últimos anos, como o Brasil, ainda têm parte da população sofrendo privações comuns às de países do fim da lista.



O estudo “Desigualdade no Desenvolvimento Humano: Uma determinação empírica de taxas de 32 países” menciona cálculos que comparam a desigualdade em 32 nações ricas e em desenvolvimento. São elas: Austrália, Canadá, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Holanda, Polônia, Espanha, Suécia, Estados Unidos, Colômbia, Brasil, Peru, Paraguai, Vietnã, Indonésia, África do Sul, Bolívia, Quirguistão, Nicarágua, Guatemala, Índia, Gana, Camarões, Madagascar, Guiné, Costa do Marfim, Zâmbia, Etiópia, Moçambique, Burkina-Fasso.

Nessas nações, os números do IDH foram calculados para 5 estratos da população de acordo com a renda. No Brasil, a fatia mais rica tem um IDH de 0,997, próximo do máximo (1,000). O número é maior que o IDH do país que encabeça o último ranking, a Islândia (IDH de 0,968), e supera o valor correspondente aos 20% mais ricos de todos os outros países calculados, incluindo o do Canadá (0,967) e o da Suécia (0,959), terceiro e sétimo lugar na lista, respectivamente.

O atual IDH do Brasil, uma média de todo o país, é de 0,807, mas os mais pobres estariam sujeitos a condições correspondentes a um IDH de 0,610, ficando abaixo do segmento mais pobre da Indonésia (0,613), do Vietnã (0,626), do Paraguai (0,644) e da Colômbia (0,662). O IDH dos mais pobres brasileiros é comparável ao IDH da Índia (0,609).

"Os resultados mostram que a desigualdade no desenvolvimento humano foi bastante alta, e maior ainda em países em desenvolvimento”, afirma o relatório do PNUD. O texto acrescenta que a América Latina é o continente que apresenta as maiores desigualdades. No Brasil e em países como Guatemala e Peru, a diferença do IDH dos 20% mais pobres para o IDH dos 20% mais ricos só não é superior à de alguns países da África, como Madagascar e Guiné.

O relatório do PNUD ainda destaca outras formas de desigualdade. Segundo o documento, uma criança que nasce em algum dos 20 países do topo do ranking pode viver até os 80 anos, mas se ela nascer nos países de IDH mais baixo, sua expectativa de vida não é maior que 49 anos. Segundo a entidade, houve avanços importantes na maioria dos países, em especial nos índices de educação, mas, especialmente na África, alguns países tiveram retrocesso. “São preocupações centrais as extensas lacunas entre os ricos e pobres e entre homens e mulheres dentro dos países. Altos níveis de pobreza humana em muitos países em desenvolvimento requerem ações prioritárias”, conclui o texto.

Estudo aponta o Brasil como a 5ª economia em 2013

Andrei Netto 

O Brasil será a quinta maior economia do mundo já em 2013, pelos cálculos da PricewaterhouseCoopers, divulgados ontem, em Londres. Até lá, o País terá ultrapassado gigantes como Alemanha, Reino Unido e França. Os prognósticos econômicos indicam ainda que até 2020 o Produto Interno Bruto (PIB) do grupo de sete maiores emergentes - chamado E-7 e formado por China, Índia, Brasil, Rússia, México, Indonésia e Turquia - será maior do que o do G-7. Cinco das 10 maiores economias, até 2030, serão países hoje tidos como emergentes.
O relatório leva em consideração o ritmo de crescimento e a valorização média das moedas de cada país para traçar perspectivas de médio e longo prazos. Para a PriceewaterhouseCoopers, E-7 e G-7 terão pesos equivalentes por volta de 2019. A diferença de riquezas vem caindo - em 2000, o PIB dos sete países mais ricos do mundo era o dobro dos países hoje considerados emergentes pela consultoria - e, este ano, deve sofrer sua maior redução: 35%. Após a ultrapassagem, a distância seguirá aumentando: em 2030, o E-7 será 30% mais rico que Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Itália (G-7).
"Em 2030, nossas projeções sugerem que o top 10 global do ranking de PIB terá a liderança da China, seguida dos Estados Unidos, Índia, Japão, Brasil, Rússia, Alemanha, México, França e Reino Unido", afirmou o relatório, assinado pelo diretor de Macroeconomia da PwC, John Hawksworth. Nesse horizonte, as 10 maiores economias serão, pela ordem: China, Estados Unidos, Índia, Japão, Brasil, Rússia, Alemanha, México, França e Reino Unido.
Entre os reposicionamentos, três chamam mais atenção: a China, que ultrapassa os EUA, a Índia, superando o Japão, e o Brasil deixando para trás todos os gigantes europeus. Outra constatação do estudo é que a economia indiana crescerá mais rápido que a chinesa na década de 20. "A influência do E-7 já é enorme e esta análise mostra que a questão não é se o E-7 ultrapassará o G-7, mas quando", explicou Ian Powell, economista da PwC.
Para Powell, as mudanças econômicas já resultam em uma nova geopolítica. "O G-7 já foi expandido para G-20 como o fórum-chave para decisões de economia global."
De acordo com a PwC, o Brasil contará com o crescimento e a exposição internacionais obtidas com a Copa do Mundo de 2014 e com a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. Já a Rússia conta com superpoderes na área de energia e a Índia, graças a seu crescimento demográfico, passará a crescer mais que a China.
As estimativas da PwC são ainda mais otimistas sobre a performance dos países em desenvolvimento do que as feitas por Jim O"Neill, chefe de pesquisa em Economia Global do banco de investimentos americano Goldman Sachs e autor do acrônimo Bric, sigla com a qual destacou a emergência de Brasil, Rússia, Índia e China na década passada.
Segundo O"Neill afirmara em novembro do ano passado, a China superará os Estados Unidos em 2027. Sua previsão anterior, feita há sete anos, indicava que a ultrapassagem aconteceria em 2041.