Você tem uma ideia, muita coragem, ousadia e
vontade de empreender. Faz as contas, aperta daqui, puxa dali e finalmente abre
seu negócio. A satisfação é enorme e a convicção de que tudo dará certo é o
maior combustível para investir toda a sua energia no projeto. E com muito suor
e trabalho, as coisas começam a acontecer. O negócio prospera, a empresa
cresce, é necessário contratar mais gente, criar áreas específicas e pensar nas
próximas etapas. De repente você começa a perceber que está faltando braço e
cabeça para tomar conta de tudo que é necessário. No entanto, as oportunidades
continuam a aparecer... E a escapar de suas mãos.
Se você caro empreendedor, já passou por isto ou
está enfrentando esta situação não se desespere. Você não e o único! Esta cena
é muito frequente e acontece com grande parte dos empreendedores que criam
negócios de sucesso em sua fase inicial. Porém, o próximo passo é o responsável
por definir a continuidade do seu sonho ou o começo da decadência. Costumo
defini-lo como o dilema “EXECUTOR X GESTOR”.
A maioria dos empreendedores que alcançam sucesso
no início de seus negócios são exímios executores. Conseguem transferir suas
ideias para a prática e colocam a mão na massa para levar o projeto adiante.
São, ao mesmo tempo, estratégico e operacional, comercial e financeiro,
comprador e vendedor. Participam de todos os processos e têm a confiança de
quem sabe o que está fazendo. Muitos acreditam que serão capazes de continuar a
fazer isto conforme o negócio vai prosperando.
Poucos se lembram que, em algum momento, é
necessário mudar a estratégia e começar a delegar antes que seja tarde. Pois, a
medida que um negócio cresce e prospera, novos desafios aparecem e o volume de
atividades diferentes aumenta. Se um empreendedor não percebe este momento ou
não abre mão de sua vontade ou habilidade de executar, poderá ter sérios
problemas e colocar tudo a perder.
Um negócio possui três fases: start-up, crescimento
e maturidade. A fase da maturidade é a que requer mais atenção, grande dose de
humildade e visão por parte do empreendedor. Este é o momento de parar de
executar e começar a gerir seu empreendimento. Ou seja, gerir significa
encontrar maneiras e processos para manter o negócio em trajetória ascendente,
sem que tudo ou a maioria das ações seja efetuada apenas pelos fundadores.
É a hora de compartilhar responsabilidades com as
pessoas que vem mostrando capacidade de assumir tarefas mais importantes e
essenciais para o bom andamento do negócio. Para que isso aconteça, este
capital humano deve ter sido criado e desenvolvido ao longo do tempo sob o
risco de não atender as demandas quando estas aparecerem.
Os empreendedores que pensam grande sabem quando
esta hora chega; quando é preciso dividir para ganhar mais. Sabem que, a partir
de determinado momento, por mais competentes que sejam, não conseguirão dar
conta de tudo e para o negócio continuar crescendo terão que pendurar a camisa
de executores e vestir, com orgulho e serenidade, a farda de gestores,
contribuindo e muito para a prosperidade de seu sonho.
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