quinta-feira, 3 de maio de 2012

Sangria no desenvolvimento vem do próprio governo

Glória W. de Oliveira Souza
Uma noticia recente sobre a Apple causou espanto, mas que não teve grande repercussão. E por mais estranho que pareça não se tratava de um novo produto ou aplicativo e sim artifícios usados para pagar menos impostos. Mas a situação não afeta somente a bilionária empresa e não acontece somente nos EUA. No Brasil a carga tributária é uma das maiores do mundo e atinge, principalmente, a micro e pequenas empresas que não têm capital suficiente, apesar da propaganda e do discurso governamental, a sangria atinge em cheio o desenvolvimento da economia brasileira. O que fazer? Procurar atalhos e foi o que fez a Apple.

O jornal Meio & Mensagem, veículo voltado ao segmento publicitário divulgou que noticia veiculada no jornal New York Times dava conta de que “a empresa criou artifícios que lhe teriam permitido reduzir a cada ano “bilhões de dólares em impostos”, aproveitando brechas de legislação tributária daquele país. Um deles foi a abertura de subsidiárias em locais de baixa tributação, como Irlanda, Holanda, Luxemburgo e Ilhas Virgens Britânicas”. A Apple, por sua vez, emitiu comunicado informando que, somente neste início de 2012, já havia pago “US$ 3,3 bilhões de impostos no mundo todo, ou seja, o equivalente a 9,8% do seu lucro de US$ 34,2 bilhões”. Ou seja, a sangria atinge a quase 10% dos lucros. 

Na mesma semana, a jornalista Beatriz Bulla, da Agência Estado, divulgava que a inadimplência das empresas brasileiras crescera perto de 20% em março comparando com o mesmo período do ano passado. E não foi só com as empresas que houve elevação. Foi mais amplo na economia como um todo, atingindo outros setores. “A inadimplência dos negócios também aumentou ante fevereiro, 11,6%. Nos três primeiros meses do ano, o incremento da inadimplência foi de 21,1% em relação ao mesmo período de 2011, segundo o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas”, apontou Bulla.

Ano após ano

E a situação não é nova. É recorrente. Em 2007 o jornalista Fernando Scheller publicou levantamento internacional em que apontava o Brasil como campeão de burocracia tributária. “Um estudo do Banco Mundial e da consultoria PricewaterhouseCoopers colocou o Brasil na última posição em burocracia tributária entre 178 países. Uma empresa de médio porte com 60 funcionários precisa, em média, de 2,6 mil horas de trabalho – e dois funcionários – para garantir o pagamento correto de tributos”, escreveu Scheller.

Se uma empresa média sofre essas consequências, o que dirá as micro e pequenas empresas, em que o faturamento anual não passa de R$ 360 mil anuais, conforme informação do Sebrae?. E segundo este mesmo órgão, há no Brasil cerca de 5,1 milhões de empresas e destas, 98% são micro e pequenas empresas, e que respondem por mais de dois terços das ocupações do setor privado. E foi pensando nesse segmento que a Canalw Difusão do Conhecimento criou cursos para capacitar e fornecer aperfeiçoamento profissional para os microempresários.

Assim, ao debruçar sobre o tema dos impostos, a empresa criou o curso De olhos nos impostos em que aborda, mediante a técnica de fixação de conteúdo com exercícios lúdicos (enquete, questionário, preenchimento textual e palavras cruzadas), utilizando como indagação a pergunta: sua empresa sabe fazer planejamento fiscal? O resultado é um curso de oito módulos com diversos textos-base que abordam assuntos como ‘empresa’, ‘fiscal’, ‘planejamento’ e ‘impostos’. A metodologia utilizada, segundo Glória W. de Oliveira Souza, sócia-diretora da Canalw, “é baseada na tecnologia de interação, no sistema LCMS (Learning Content Management Sysytems), o mais adequado para implementação de cursos 100% online”.

Além dos cursos já disponíveis, a Canalw também oferece ao mercado a possibilidade de cursos personalizados, onde cada curso é criado especialmente para cada cliente, em que o tema e os assuntos são definidos pelo empresário para atender as suas necessidades. “Se o microempresário deseja enfrentar a fome de impostos do governo, ele precisa se capacitar e investir no aperfeiçoamento profissional”, completa Clóvis Machado, sócio-diretor da Canalw, ao adicionar que os cursos estão disponíveis na internet em tempo integral.

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