João Pedro Caleiro
18/11/2013
O Brasil é o 8.º país do mundo com maior
potencial no varejo on-line, segundo o Índice de E-Commerce de Varejo Global
criado pela A.T. Kearney e divulgado hoje.
A consultoria avaliou 186 países em nove variáveis separadas
em quatro dimensões fundamentais: atratividade do mercado on-line,
comportamento do consumidor, infraestrutura e potencial de crescimento.
A partir daí, 30 países receberam notas em uma escala de 0 a
100 pontos. Quanto mais alto no ranking, maior o potencial de retorno sobre o
investimento (ROI) a curto prazo em varejo on-line naquele país.
Com exceção da China, todos que estão na frente do Brasil
são países desenvolvidos pertencentes ao G8.
China, Brasil e Rússia lideram os mercados da próxima geração,
onde também estão países como Itália e Chile. Em cada um deles falta alguma
dessas capacidades: acesso à Internet, sistemas financeiros ou infraestrutura
logística.
No nosso caso, é a última: "As principais deficiências
do Brasil continuam sendo relacionadas aos investimentos em infraestrutura
logística, que não tem acompanhado o crescimento do mercado online.",
aponta Esteban Bowles, sócio da A.T. Kearney no Brasil e líder da prática de
Varejo e Bens de Consumo na América do Sul.
Ele cita a menor densidade urbana como outra variável ruim
para mercado brasileiro de comércio eletrônico, cuja receita é de 11 bilhões de
dólares por ano. Já a força das redes sociais no Brasil é vista como vantagem.
O crescimento anual de 27% do varejo on-line na América
Latina nos últimos 5 anos supera a média mundial (17%) e da região
Ásia-Pacífico (25%).
"Os consumidores nos mercados em desenvolvimento estão
adotando rapidamente comportamentos similares àqueles dos países mais
desenvolvidos". nota Mike Moriarty, sócio da A.T. Kearney e co-autor do
estudo.
"O número de telefones celulares per capita na Rússia
(1,8) e Emirados Árabes Unidos (1,7) é muito maior do que muitos mercados
desenvolvidos, incluindo os Estados Unidos (1,0) e França (1,0), por
exemplo", completa.
Austrália, Canadá, Estados Unidos e países nórdicos e da
Europa Ocidental entram na classificação da consultoria como "Mercados
estabelecidos e em crescimento".
Japão, Coréia do Sul, Cingapura, Hong Kong e Nova Zelândia
são os "Mercados de DNA digital", onde o crescimento deve ser mais
lento a partir de agora justamente pelo seu já avançado grau de maturidade.
Disponível em
http://exame.abril.com.br/economia/noticias/brasil-e-8o-pais-com-mais-potencial-no-comercio-eletronico?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter.
Acesso em 20 nov 2013.
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