Mateusz Grzesiak,
22 de julho de 2014
É estimado que aproximadamente 70% de todas as decisões de
compras são tomadas de acordos com as chamadas ‘normas sociais’, ou ‘as
decisões das outras pessoas’. Isso significa que a maioria das escolhas que os
consumidores fazem estão pouco relacionadas com o que eles realmente querem ou
precisam, e essa influência cultural tem um papel chave nas maneiras de pensar
dos indivíduos.
Com a chegada da era das mídias sociais, o mundo se tornou
uma enorme e única mente coletiva que é guiada, como toda comunidade, por leis
invisíveis. Abaixo está a lista das 10 maiores tendências que estão afetando
essa mente coletiva.
1. Vendendo histórias
Você já notou as mudanças consideráveis nas propagandas,
principalmente nos anúncios online? Dove te encoraja a se aceitar e a Always
está tentando fazer as pessoas mudarem a maneira como elas pensam a respeito
das mulheres. Os maiores jogadores do mercado estão vendendo ideias, ou
histórias, com as quais as pessoas podem se identificar. A cegueira de anúncios
(seu cérebro de alguma maneira ignora anúncios pagos nos websites) está
limpando o caminho para o marketing de conteúdo que educa os consumidores
provendo a eles informação de valor genuíno. Conte uma história dessas para seu
consumidor e faça com que ele ou ela se torne um fã e defenda sua marca, e o
aumento em suas vendas vai se tornar um efeito colateral desse processo.
2. Os 4 P’s
O resultado de uma pesquisa realizada pela Mercer’s, uma das
mais prestigiadas empresas de consultoria do mundo, entre um grupo de 30 mil
funcionários em 17 países, revela que os maiores assassinos da motivação são a
falta de respeito, a falha em perceber problemas reais e atuais, tanto quanto a
“falsa democracia” (perguntar a alguém o que eles pensam sendo que a decisão já
foi tomada). Hoje, os maiores vencedores são os negócios que pensam em termos
dos 4 P’s: planeta, pessoas, propósito e lucro (do inglês - profit). Hoje
dinheiro não importa tanto quanto costumava, porque as pessoas precisam sentir
que elas são parte de algo maior que elas mesmas.
3. São as mulheres que tomam as decisões
Mulheres são responsáveis pela maioria das decisões de
compras feitas por toda parte do mundo (em algumas indústrias esse número chega
a 90%). Algumas empresas de relações públicas se especializaram em formular
suas mensagens especificamente para refletir as necessidades femininas e seus
modos de pensar. As maiores marcas do mundo já têm investido por um longo tempo
nas mulheres. Harley Davidson é a líder no mercado de vendas de motocicletas
para mulheres. Mais da metade de todos os clientes de hotéis são mulheres, por
isso a tendência no Oeste Europeu em direção à criação de lugares
‘femininamente’ amigáveis. Em Viena, na Áustria, planejamento de gênero tem
levado a mudanças de infraestrutura para facilitar para as mulheres viverem na
cidade.
4. Habilidades suaves são preferidas (ex: comunicação,
liderança, inteligência emocional)
Para empregados americanos, inteligência emocional (QE) é
três vezes mais importante que lógica (QI). Em situações onde dois médicos
estão aplicando para um trabalho no mesmo hospital se um deles é melhor em
termos de relacionamento com pessoas, então mesmo que ele ou ela não tenha
certo conhecimento ou expertise, ele ou ela tem mais chance de conseguir o
emprego do que o colega com maior educação formal, mas piores habilidades de
comunicação. Novos empregos baseados nessas habilidades suaves têm surgido,
como coaches, vendedores de elite, palestrantes motivacionais e grandes
líderes. Apesar de sua grande popularidade, eles ainda não são bem avaliados no
nível acadêmico. Hoje em dia, empregados que não tem habilidades suaves estão
sujeitos a perder na corrida do sucesso.
5. Você é um produto
Mais e mais pessoas entram em contato com você antes de te
conhecer. Se eles vão te ligar ou te convidar para uma reunião no mundo real
depende da qualidade da relação construída entre vocês no mundo virtual. Seja
através de um website, um blog formador de opinião ou um artigo de imprensa.
Hoje, todo mundo é um produto e o campo que lida com isso é chamado de
marketing pessoal (personal branding). É o marketing pessoal que é o maior
responsável na Polônia por abrir o caminho para alfaiates ou estilistas que
fazem roupas customizadas, para fotógrafos (todas as pessoas, não apenas
celebridades, precisam dos serviços deles) ou para agências de relações
públicas trabalhando até para pequenos negócios. Se o mercado tem confiança na
sua marca, o mercado vai te perdoar por seus erros e, através dessa perspectiva
positiva, vai olhar para o que você tem a oferecer.
6. O efeito de “des-escalar”
Nunca antes os indivíduos tiveram tanto poder para
influenciar como hoje. Bloggers autodidatas decidem a respeito do sucesso ou
fracasso de grandes marcas, um vídeo caseiro se torna viral assistido por
milhões de pessoas e um crítico (hater) teimoso tem o poder de dar muita dor de
cabeça para uma pessoa bem conhecida e querida. Enquanto há 20 anos atrás as
pessoas eram encorajadas a investir em tamanho e crescer cada vez mais, hoje o
efeito de “des-escalar” surgiu, significando que os menores podem fazer as
mesmas coisas que os maiores, mas os menores tem mais mobilidade e são mais
rápidos.
7. A mente global
Hoje, não é suficiente ser brasileiro para ser capaz de ser
bem sucedido no mercado. Times internacionais são cada vez mais a regra, não a
exceção. As melhores práticas ao redor do mundo são descritas na internet todos
os dias e estão disponíveis para qualquer um. Se você quer ser bem sucedido
globalmente, você precisa se enxergar mais como um cidadão do mundo, não um
cidadão do seu país. Com a abordagem americana de marketing, o jeito Alemão de
gerenciar e o empenho polonês, o sucesso vem mais rápido.
8. Comunicação consciente
De acordo com algumas pesquisas, habilidade de comunicação é
responsável por 85% do resultado. Os líderes hoje são pessoas que tem a
habilidade de comunicar suas ideias precisamente, de ouvir aos outros sem
interromper ou se opor à suas opiniões, e são aqueles que preferem coaching do
que imperiosidade, que escolhem não manipular os outros e não fofocar. Eles
sabem perguntar corretamente e como construir plataformas de comunicação comum.
Eles não se referem ao passado e eles formulam seus objetivos de uma maneira
positiva, mensurável e motivadora.
9. Agilidade ao invés de estrutura
A decisão vai passar primeiro pelo departamento de pesquisa
de mercado, para depois ser analisada e aprovada pela direção, certo? Esse era
o caso no passado, mas dada a velocidade de mudança do mundo contemporâneo, não
existe tempo para gastar seis meses para tomar uma decisão. Times precisam
estar prontos para tomar decisões rapidamente e flexibilidade é considerada uma
prioridade nas pesquisas das habilidades do futuro. O slogan do futuro é:
Esteja preparado para o que você pode se preparar, mas esteja pronto para tudo.
Eficiência e velocidade (agilidade) ultrapassaram tamanho e estrutura.
10. “Nós” é maior que “Eu”
A era das organizações que gerenciam hierarquias ao invés
dos verdadeiros níveis de habilidades dos funcionários está chegando ao fim.
Numa organização dessas, um gerente razoável, por medo, nunca contrataria um
gerente excelente, e o que é pior, sabotaria o desenvolvimento do seu próprio
time por medo de perder seu cargo. O futuro pertence às organizações que
fizerem seus times felizes (pesquisas mostram que empregados felizes fazem mais
dinheiro para seus empregadores) e a chefes que se desenvolvem junto com seus
funcionários, nunca limitando seu potencial. “Nós” deve ser maior que “Eu”.
Disponível em
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/as-10-tendencias-sociais-e-psicologicas-que-vao-revolucionar-o-mundo-dos-negocios-nos-proximos-anos/79132/.
Acesso em 01 ago 2014.
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