Sabrine Mantuan dos Santos Coutinho; Paulo Rogério Meira Menandro
Psicologia e Saber Social, 4(1), 52-71, 2015. doi: 10.12957/psi.saber.soc.2015.13538
RESUMO: Este relato apresenta parte dos dados de pesquisa intergeracional que objetivou
conhecer a rede de representações sociais (RS) que orienta o ser mulher na família,
especificamente aqueles referentes às RS do feminino no contexto familiar. Realizaram-se 20
entrevistas semiestruturadas com mulheres de estrato socioeconômico médio e baixo:
10 que tiveram filhos na década de 1960, e 10 que tiveram filhos na década de 1990,
filhas das primeiras. Os dados foram organizados/analisados a partir de adaptação do
método fenomenológico para investigação psicológica e do software Alceste. Os
resultados evidenciaram diferenças de uma geração à outra, tais como: maior
escolarização; maior possibilidade de exercício profissional; menor número de filhos;
maior envolvimento masculino nas questões domésticas. Porém, mesmo na geração mais
jovem, as falas são marcadas por ambiguidade quanto à questão dos papéis femininos na família,
revelando que ainda está em processo a superação das diferenças de gênero consolidadas pela
tradição.
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