Mostrando postagens com marcador 2050. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 2050. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 12 de abril de 2011

Terceira idade: país terá 64 milhões de idosos em 2050

Ali Hassan
O Brasil passa por uma profunda transformação nas faixas etárias da população. Segundo o relatório ‘Envelhecendo em um Brasil mais Velho’, lançado pelo Banco Mundial, o País pode tirar proveito dessa transição para impulsionar o desenvolvimento econômico e social e evitar dificuldades sociais, fiscais e institucionais no futuro. Segundo o estudo, o País terá 64 milhões de idosos em 2050, 29,7% da população total, mais que o triplo do registrado em 2010. As alterações no perfil da população devem-se a três fatores principais: aumento da expectativa de vida de 50 para 73 anos, queda na mortalidade infantil e diminuição da taxa de fecundidade. 


“Durante os próximos anos, até 2020, o Brasil passará pelo chamado bônus demográfico, quando a força de trabalho é muito maior do que a população dependente. O país poderia aumentar o seu PIB per capita em até 2,48 pontos percentuais por ano nesse período. Mas esse enorme dividendo não é automático, depende de instituições e políticas que transformem as mudanças demográficas em crescimento", avalia um dos principais autores do estudo, Michele Gragnolati.

Oportunidades e desafios -  Segundo  pesquisa do Sebrae-SP sobre a sobrevivência e mortalidade das empresas, a média de idade dos empreendedores que constituíram empresas entre 2003 e 2007 foi de 37 anos. Especificamente quanto aos empreendedores com 50 anos ou mais, o estudo mostrou que essa faixa etária tem uma participação estável na abertura de empresas de 12% a 16%. De acordo com os resultados obtidos, as chances de sobrevivência no mercado são similares, independente da faixa etária dos proprietários. Entretanto, experiência dos empreendedores, principalmente como empregado ou autônomo no ramo, é um fator que ajuda a empresa a se manter no mercado, em seus primeiros anos. Entre as empresas que permaneceram em atividade, 63% dos proprietários tinham alguma experiência no ramo. Das empresas que fecharam no período, esse índice era de 51%.

Cenários - Entre os fatores que contribuem para o fechamento prematuro dos negócios, o estudo ressalta que foram identificados seis conjuntos de fatores: ausência de comportamento empreendedor, ausência de um planejamento prévio adequado, deficiências no processo de gestão empresarial, insuficiência de políticas públicas de apoio aos pequenos negócios, dificuldades decorrentes da conjuntura econômica e impacto dos problemas pessoais sobre o negócio.
Já o estudo “Cenários para as Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo 2009/2015” aponta oportunidades em empreendimentos que contemplem produtos e serviços para a terceira idade. Entre as tendências de negócios, o estudo sugere o desenvolvimento dos cursos de educação online, de lojas especializadas para a crescente população com mais de 60 anos, de shoppings virtuais e de bairro e empreendimentos que contemplem ecossoluções e compromisso com a responsabilidade social.