Guilherme Mamede
24/04/2014
O comércio virtual, antes visto como tendência, se torna
cada vez mais o padrão de vendas e a maior fonte de renda de marcas varejistas
tradicionais. As facilidades do e-commerce ajudam pequenas empresas a se
estabelecerem ao ponto de competirem, muitas vezes, com marcas já
estabelecidas. O leque de opções e preços disponíveis no comércio online
aumenta a concorrência. Consequentemente, vende mais quem consegue chamar a
atenção do público, cativar e fidelizar o cliente.
Como a evolução do e-commerce acirra a concorrência na busca
do aumento de volume de vendas, surgem estratégias de negócios. Entre elas, uma
das mais utilizadas é o retargeting.
Segundo estudo da Convertion Academy, grupo americano
dedicado a estudar o consumidor digital, um visitante recorrente tem três vezes
mais chances de efetivar a compra. Nesse cenário, o retargeting, técnica que
leva em conta o perfil do internauta e permite que uma publicidade seja
mostrada exclusivamente a pessoas que de algum modo já interagiram alguma vez
com determinados sites e produtos, torna-se um dos recursos mais utilizados
para incentivar o cliente a retornar ao carrinho de compras abandonado.
Essa estratégia, porém, deve ser usada com muito cuidado. Se
mal feita, pode atrapalhar a conversão e ser negativa para a imagem da empresa.
Entenda como funciona e confira algumas dicas para uma campanha de retargeting
eficiente:
Identificando possíveis clientes
Quando um possível cliente acessa um produto online, o site
visitado marca seu navegador com um pequeno arquivo chamado cookie. Esses
cookies, presentes na maioria dos sites de vendas, servem como guia para medir
e avaliar os interesses dos clientes.
Usuários por campanha
Os cookies dividem possíveis clientes em subgrupos de
usuários que possuem alguma semelhança entre si, seja tempo de permanência no
site, páginas visitadas, produtos visualizados, ou quão longe eles chegaram no
funil de conversão etc. As campanhas impactam esses subgrupos de formas
diferentes, pois são veiculadas de acordo com os interesses de cada audiência,
garantindo maior efetividade do anúncio.
Controle de conversões
É muito importante que as conversões sejam atribuídas à
campanha de retargeting para uma análise posterior dos resultados. Para que
essa marcação seja feita com precisão, um script é colocado na página de
conversão do produto. Se o cliente clicou previamente no banner da campanha,
atribuímos a venda ao retargeting. Através dele é possível atribuir as
conversões aos grupos da base de usuários.
Base de usuários
É importante manter uma base de pessoas separadas por perfis
de interesse. Esses internautas podem compartilhar os mesmos interesses dos
subgrupos que serão impactados pela
campanha de retargeting. Atingir os usuários de determinado núcleo com a mesma
campanha pode ser efetivo.
Controle de impactação
Um retargeting mal direcionado pode gerar efeitos colaterais
negativos. Possíveis clientes tendem a se aborrecer com anúncios excessivos,
diminuindo drasticamente a possibilidade de conversão. Além disso, é muito importante que o produto
oferecido seja condizente com os interesses do público impactado. Se o cliente
já comprou uma geladeira, um segundo anúncio de geladeira será ineficiente.
Privacidade
Uma campanha de retargeting contendo informações muito
específicas sobre o cliente também pode gerar efeitos negativos. Também nesse
caso, o cliente pode se sentir intimidado ao invés de atraído pela campanha.
Disponível em
http://www.mundodomarketing.com.br/artigos/guilherme-mamede/30486/como-usar-o-retargeting-a-favor-de-seus-negocios-e-de-seus-clientes.html.
Acesso em 24 abr 2014.