Ana Cristina Campos
13/02/2014
O relatório Trabalho Decente e Juventude na América Latina:
Políticas para Ação, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mostra que
21,8 milhões dos latino-americanos entre 15 e 24 anos não estudam, nem
trabalham, o que representa 20,3% dos jovens.
Destes 21,8 milhões denominados nem-nem, 30% são homens e
70%, mulheres, diz o relatório, divulgado nesta quinta-feira (13) pela OIT.
Aproximadamente 25% desses jovens (5,25 milhões) buscam
trabalho; mas não conseguem, 16,5 milhões não trabalham, nem buscam emprego e
cerca de 12 milhões dedicam-se a afazeres domésticos. Mulheres jovens
constituem 92% desse grupo.
Cerca de 4,6 milhões de jovens são considerados pela OIT o
“núcleo duro” dos excluídos, pois representam o maior desafio e estão sob risco
de exclusão social, já que não estudam, não trabalham, não procuram emprego e
tampouco se dedicam aos afazeres domésticos.
Os países com maior percentual de jovens nem-nem são
Honduras, com 27,5%, Guatemala, com 25,1%, e El Salvador, com 24,2%.
Os países com menor percentual são Paraguai, com 16,9%, e
Bolívia, com 12,7%. No Brasil, 19% de jovens não trabalham, nem estudam.
O relatório da OIT destaca positivamente o fato de que,
apesar de as estatísticas laborais não serem alentadoras, a porcentagem de
jovens que somente estudam aumentou de 32,9%, em 2005, para 34,5%, em 2011.
“Não há dúvida de que temos a geração mais educada da
história e, por isso mesmo, é necessário tomar as medidas apropriadas para
aproveitar melhor seu potencial e dar-lhe a oportunidade de iniciar com o pé
direito sua vida laboral”, disse a diretora regional da OIT para a América
Latina e Caribe, Elizabeth Tinoco.
Disponível em
http://exame.abril.com.br/economia/noticias/19-dos-jovens-brasileiros-sao-nem-nems-segundo-oit.
Acesso em 20 fev 2014.