Gustavo Santos Ferreira
11 de dezembro de 2013
Para 64% dos residentes nos Estados Unidos consultados pela
Bloomberg, a economia americana não oferece as mesmas condições de prosperidade
para todos seus cidadãos. O fosso cada vez maior entre ricos e pobres está
minando a fé no tal sonho americano, diz a publicação.
O termo (american dream) foi cunhado na década de 1930 pelo
historiador James Truslow Adams. Resume o conceito de que no liberalismo
americano, de pouca intervenção do governo nos mercados, todos podem enriquecer,
bastando apenas trabalhar. Essa ideia colaborou para que a mão de obra nos
Estados Unidos se tornasse a mais plural do mundo em termos de nacionalidade.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), vivem
por lá hoje 46 milhões de estrangeiros. Isso representa 15% de uma população
total de 314 milhões. Nenhum país no mundo recebeu tanta gente de fora como os
Estados Unidos em toda a história. Apenas de 1990 para cá, com 23 milhões de
novos imigrantes, a chegada média de estrangeiros tem sido de 1 milhão por
ano. Ficam – bem – atrás dos Estados
Unidos nas estatísticas Emirados Árabes (7 milhões) e Espanha (6 milhões).
Tecla já batida por este Radar Econômico em outra
oportunidade, a desigualdade social é grave nos Estados Unidos. Mais da metade de
toda riqueza produzida no país no ano passado foi parar nos bolsos de apenas
10% na população. E essa parcela de pessoas é justamente é a mais rica.
O afastamento entre as classes econômicas americanas uma das
grandes preocupações do atual Prêmio Nobel de Economia, Robert Schiller. E
entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE) os Estados Unidos só não têm pior distribuição de renda que Turquia,
México e Chile.
Disponível em http://blogs.estadao.com.br/radar-economico/2013/12/11/desigualdade-nos-eua-e-o-fim-do-sonho-americano/.
Acesso em 12 dez 2013.