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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Bijuteria vai para a web, sem deixar o porta a porta

Valor Econômico
O sucesso de público alcançado pelas redes sociais motivou o surgimento de empresas de internet que aproveitam as redes de contatos de consumidores para anunciar e vender produtos. Essas empresas on-line - que permitem aos internautas receber anúncios indicados por pessoas conhecidas, compartilhar avaliações e comprar produtos e serviços - foram classificadas como "social commerce", que seria a fusão entre rede social e comércio eletrônico.

No Brasil, esse segmento ganha corpo. A LikeStore, que em agosto de 2011 lançou um serviço para a montagem de lojas virtuais no Facebook, tem em seu portfólio 4,5 mil lojas em operação. "Essas lojas oferecem 85 mil itens e suas vendas triplicaram neste trimestre", afirma Ricardo Grandinetti, gerente de produto da LikeStore.

Conforme dados da consultoria e-bit, o segmento de moda e acessórios foi um dos que mais cresceram na internet em 2011, passando a responder por 7% da receita do comércio eletrônico. O varejo on-line teve receita de R$ 18,7 bilhões no ano passado; neste ano, com projeção de crescer 25%, para R$ 23,5 bilhões, neste ano.

Em meio a essa efervescência, o suíço Ronald Beigl e a brasileira Camila Souza fundaram a Sophie & Juliete, empresa que tem como meta reunir profissionais nas redes sociais para a venda de bijuterias. Os sócios se conheceram na Bain & Company, onde trabalhavam como consultores e decidiram montar a empresa.

A Sophie & Juliete é a primeira empresa brasileira de internet a receber um aporte da Redpoint eVentures, gestora de fundos de investimentos criada pelas companhias americanas Redpoint Ventures e BV Capital para adquirir participação em companhias brasileiras de internet. Outro investidor a fazer aporte na empresa é o grupo espanhol IG Expansión. O valor investido é mantido em sigilo pelas empresas.

Camila diz que a meta é atrair 2 mil pessoas em um ano para atuar como vendedoras. As bijuterias serão desenhadas por uma joalheira e produzidas em uma fábrica terceirizada. Cada vendedor poderá criar sua página no Facebook para apresentar as peças e dar dicas de moda.

Os vendedores também atuarão no sistema de venda direta, seguindo o modelo da Tupperware, sob o qual o vendedor faz uma apresentação dos produtos e reúne os pedidos, feitos pela internet. "O vendedor recebe uma porcentagem sobre suas vendas e sobre as vendas de seus revendedores", diz Camila.

Beigl diz que o mercado de venda direta cresce no país a uma média de 20% ao ano, mas as vendas de bijuterias na internet crescem pouco. "A nossa expectativa é que a venda por meio da rede de contatos seja mais bem-sucedida do que a venda porta a porta ou a venda on-line sem a apresentação do mostruário ao vivo", afirma.

Essa é também a expectativa da 21Diamonds, loja virtual de joias personalizadas que tem uma versão no Facebook para venda aos usuários da rede social. A empresa nasceu com recursos internacionais, da companhia alemã de investimentos Rocket Internet, mas não vai adotar a venda direta porta a porta. "O segmento de joias ainda é pouco explorado na internet brasileira", afirma Wilson Cimino, fundador e responsável por novos negócios na Rocket Internet Brasil.