sábado, 26 de junho de 2010

Demonstração de artigos ajuda nas vendas

Lia Nara Bau

Muitas vezes, o consumidor já chega na loja decidido por determinado produto. Ainda assim, o diretor da Animus O2 (São Paulo/SP), empresa especializada em 'shopper marketing', Steve Hevesi, sugere que sejam apresentadas todas as opções que possam atender as necessidades daquele cliente. “Ele pode conhecer um produto específico, mas é possível que existam outros produtos que melhor atendam as suas necessidades e que o consumidor desconhece”, ensina.

A dica do especialista em vendas e autor do livro 'Como Vender seu Produto ou Serviço como Algo Concreto’', Dominic de Souza (São Paulo/SP), contudo, é ir direto ao ponto. De acordo com ele, clientes que sabem o que querem precisam primeiro resolver o que estão procurando para depois “se abrirem” para escutar novas possibilidades. “Primeiro mostre o que o cliente pediu para depois sugerir outras opções. Já com os clientes que não são tão específicos, apresente no máximo três opções, mais do que isso confunde e aumenta a dúvida”, ressalta.

A demonstração é o momento de fazer com que o cliente se apaixone pelo produto e queira comprá-lo. Isso pode acontecer, segundo Hevesi, quando o vendedor entende de que forma o produto vai atender as principais necessidades do consumidor. “Ele precisa demonstrar que os benefícios que o produto oferece pode até superar as expectativas do cliente para com o produto”, enfatiza.

Para encantar o comprador, Souza diz que é preciso que ele participe da compra. Quanto mais o vendedor permitir que ele participe, mais ele vai se apaixonar. “Demonstre as características do produto sempre abordando as necessidades do cliente”, assinala.

Participar da compra, segundo Souza, significa também experimentar o produto. “Experimentar é outra forma de fazê-lo apaixonar-se”, sublinha. No setor calçadista, é importante que o atendente incentive o cliente a experimentar o produto. Hevesi lembra que o conforto é um dos itens mais importantes para um calçado. “É muito importante encorajar o cliente a experimentar o sapato, andar com ele e ter um espelho à vista.

Se o cliente estiver com dúvidas, pode-se encorajá-lo ou oferecer algumas alternativas”, diz. Souza acrescenta que existem outras formas de experimentar o produto, além de apenas calçá-lo no momento da venda. “Fazer um processo de pós-venda é uma forma de garantir que o cliente reviva ou conscientize-se da compra. Um e-mail, uma ligação para saber como está a experiência com os novos sapatos é muito pertinente e aumenta o retorno à loja", conclui.

Como transformar seus fornecedores em parceiros

Debora Carrari

Foi-se o tempo em que pequenas empresas podiam sobreviver sozinhas. A colaboração com diversos tipos de fornecedores e prestadores de serviços é hoje fundamental para o sucesso de qualquer negócio. A crescente especialização e as inovações tecnológicas permitem às empresas de qualquer porte ou setor terceirizar serviços essenciais para a sua operação, formando redes de colaboração com outros negócios, inclusive concorrentes, e porque não, com os consumidores também.

Essa tendência se aplica especialmente à compra de mercadorias e serviços para o seu negócio. Os contratos firmados com empresas de suporte técnico, contabilidade, marketing, material de escritório, entre outras, podem funcionar como parcerias em que todos saem ganhando. Algumas dicas sobre como fazer isso estão disponíveis no portal Inc, um website da revista norte-americana de mesmo nome que divulga informações úteis para empreendedores. O Empreendedores selecionou as informações mais importantes para a sua empresa.

Quatro perguntas

Antes de assinar qualquer contrato de fornecimento, algumas perguntas podem ajudar a assegurar ao empreendedor que esta será a opção mais indicada às suas necessidades. Veja alguns exemplos:

1. Qual a disponibilidade de dedicação de sua empresa ao meu negócio?
É comum em pequenas empresas que poucas pessoas acumulem diversas funções. Por isso, é essencial saber com quanta ajuda você poderá contar. Às vezes, fechar parcerias com outras empresas pequenas ou médias é uma melhor opção, já que elas entendem o que micro e pequenos empresários necessitam, ao contrário, muitas vezes, de grandes multinacionais.

2. Quem estará encarregado de atender a minha empresa?
É importante conhecer com quem você estará lidando diretamente na empresa fornececedora para evitar surpresas e verificar se há empatia. É importante também haver confiança entre as partes envolvidas.

3. O que acontece se houver uma emergência?
É recomendável informar-se sobre quais foram as respostas dadas pelo fornecedor em situações de emergência. Haverá pessoas à disposição em períodos de férias? Isso também depende de quanto a empresa contratada está comprometida com o cliente.

4. Como eu vou saber se posso contar com você?
Uma das pistas que indica o grau de confiabilidade de uma empresa é a disponibilidade para a resolução de problemas e dúvidas. Quem contrata precisa sentir que pode contar com o fornecedor em um momento de tensão. Você percebe isso, por exemplo, quando é tratado como um parceiro pelo fornecedor, e não apenas como outro cliente.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O que é CRM e como ele ajuda sua empresa

Ana Paula Barreto

Mais de uma década se passou após o surgimento de ferramentas de CRM (Customer Relationship Management) no mercado e ainda podemos perceber o quão tem sido falha a disseminação de seu conceito entre os pequenos e médios empreendedores.

O conceito de CRM destaca a importância de captar, não de uma única vez, o maior número de informações de cada pessoa que mantém contato com sua empresa.

E a partir de uma interpretação consistente do potencial e grau de fidelidade de cada uma delas, é possível selecionar o grupo que valerá a pena dispensar esforços para conquistar/manter como cliente.

Não bastar ter o conceito de CRM bem consistente na cabeça dos líderes e da equipe de marketing.

É preciso fazer com que todos da companhia percebam sua importância. Entender a forma como os dados são registrados no sistema, a preocupação em compartilhar informações sobre a evolução do seu relacionamento com o cliente e compreender suas necessidades são detalhes que podem garantir resultados positivos em campanhas de prospecção, retenção e fidelização de clientes.

Ninguém pode negar o quanto a ferramenta seduz e chama a atenção, mas o que a grande maioria dos vendedores da ferramenta não se esforçam para dizer, obviamente, é que a proposta de nada vale se a visão do líder e, consequentemente, da empresa, continuar limitada.

É necessário estar preparado para a difícil tarefa de olhar para dentro. Conhecer melhor sua empresa antes de querer conhecer seu cliente. Enxergar o que está por trás do conceito de CRM, entender como os processos da companhia devem ser estruturados ou reestruturados na ferramenta e como toda esta percepção será retransmitida para a equipe

Isso irá permitir que o CRM alcance o seu objetivo principal, o de iniciar e gerenciar o relacionamento com clientes. Acompanhar de perto o processo de customização e implantação da ferramenta auxiliará, e muito, neste exercício.

O que levar em conta para escolher o sócio certo

Carlos Dias

Na pressa de encontrar uma pessoa de confiança para firmar uma sociedade, muitos micro e pequenos empresários cometem alguns erros que podem ser fatais para o sucesso da parceria. Administrar um negócio a dois (ou mais) exige compromisso e responsabilidade, e o ideal é que os sócios possuam características e habilidades que se complementem.

A colunista Karen Klein, da revista norte-americana BusinessWeek, reuniu algumas dicas de especialistas que podem facilitar bastante o processo de escolha de parceiro de negócios. Algumas podem parecer chatas e desagradáveis, mas é muito pior o desgaste de terminar uma sociedade numa briga.

1. Seja friamente objetivo. Na hora de pensar em um sócio, é importante deixar de lado as amizades e laços afetivos. Estabeleça o conjunto de características que você procura em um parceiro de negócios e procure alguém que possa corresponder a essas expectativas o melhor possível. Pense também em que tipo de características você gostaria de evitar, e avalie se o grau de entusiasmo com a idéia é o tão grade quanto o seu.

2. Não se duplique. Tente não procurar por pessoas que sejam iguais a você. Se você é criativo, mas não é tão habilidoso com números, prefira alguém que tenha mais afinidade com esse assunto. As características devem se complementares, ou seja, você e seu sócio juntos devem ter o conhecimento necessário para administrar o negócio.

3. Não tenha pressa. Para que você conheça alguém bem o suficiente para propor uma parceria, é preciso tempo. Pode levar meses até que um sócio em potencial conquiste a sua confiança, portanto, não tenha pressa e se organize para que haja tempo para o processo. Se a escolha for boa, terá valido a pena esperar.

4. Divida a responsabilidade financeira. Estabelecer uma parceria com alguém que não contribui finaceiramente pode ser arriscado. É recomendável que todos os sócios tenham esse compromisso financeiro. Isso diminiu a probabilidade de um dos parceiros simplesmente “abandonar o barco” e deixar para os outros a responsabilidade do investimento.

5. Obtenha garantias legais. Faça questão de formalizar o acordo no papel. Informações sobre a divisão do trabalho, quantidade de investimento necessária e ações emergenciais devem estar especificadas em um contrato com validade legal. Um advogado pode ajudar a definir o que é mais importante ser formalizado.

6. Investigue. É importante saber se não há pendências no passado do potencial sócio que possam vir a prejudicar o seu negócio. Por isso, peça para que os candidatos apresentem documentação sobre seus antecedentes e algumas referências para que não haja surpresas desagradáveis quanto à situação finaceira do futuro parceiro.

7. Defina bem os papéis. Estabeleça com seu sócio as atividades que serão responsabilidade de cada um. Definir claramente os papéis e as expectativas é fundamental para que o trabalho flua melhor. E, é claro, divida as tarefas com base no conhecimento e afinindade de cada um.

Pequenas empresas são fracas em marketing, diz livro

Amanda Camasmie

O pai do marketing, o norte-americano Philip Kotler, na obra Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle: sentencia: “o marketing é importante porque faz parte das empresas vencedoras.” De acordo com o autor, as empresas bem-sucedidas são exatamente aquelas que definem o mercado-alvo, identificam as necessidades e expectativas dos clientes, dedicam atenção à qualidade dos produtos e serviços e estão decididamente orientadas para os clientes.

Contudo, quando comparada aos seus grandes competidores, tudo indica que a média dos proprietários das pequenas empresas de fabricação é fraca em organização de marketing, destaca o consultor de marketing Aléssio Bessa Sarquis no livro Marketing para pequenas empresas. A indústria da Confecção.

Por que pequenos empreendedores têm dificuldade com o marketing?
- A maioria tem uma experiência gerencial limitada, é individualista, insiste em fazer tudo sozinho e reluta em procurar ajuda ou orientação externa.
- Em geral, não tem como característica a habilidade de ouvir os outros.
- Para muitos, a motivação pelo empreendimento e o senso de realização desaparecem após a fase de criação e consolidação da empresa.
- Muitos não confiam nas teorias e as consideram como “papo acadêmico”.
- A prática do marketing na pequena empresa não se restringe ao uso de alguns instrumentos ou estratégias, mas na adoção do conceito de marketing como filosofia empresarial, a qual deve ter, por princípio, a crença de que a empresa é orientada pelo “produzimos o que vendemos”, em vez de “vendemos o que produzimos”.
- As características do marketing na pequena empresa precisam estar relacionadas a fatores ligados à proximidade com os clientes, como flexibilidade nas decisões, adaptação imediata às exigências do mercado, atendimento rápido e personalizado, qualidade de serviços, reduzido número de canais de distribuição e preocupação com a busca constante de qualidade em vez de quantidade.

Mais uma dica

Confira o sistema de informações internas: cadastro de clientes e da força de vendas; ficha de crédito e cobrança, relatório dos vendedores e consultas, pedidos, serviços, queixas, devolução de mercadorias, seguro, descontos, promoções, custos, preços, condições de vendas, estoques, prazo de entrega, contas a pagar e a receber. Se você ainda não tem esse mapeamento, faça-o rapidamente. Isso, se você quiser aprimorar o marketing da sua empresa.