terça-feira, 24 de abril de 2012

Autogestão é marca do estudante do ensino a distância

Universia
Otimização de tempo, mensalidade reduzida e possibilidade de estudar no conforto do lar. Os argumentos para estudar pelo sistema EaD (Ensino a Distância) são muito atrativos. Instituições de ensino de todos os tamanhos têm investido na tecnologia para levar as aulas para dentro da casa dos estudantes. Contudo, é necessário encaixar-se num perfil antes de efetuar a matrícula. Além disso, fazer a própria gestão de estudos é fundamental para conquistar aprovação.

Nos cursos presenciais, sejam de graduação ou pós-graduação, colegas de salas de aula e professores servem como "post-it" lembrando prazos. Diferentemente, no sistema de estudos pela web o estudante é responsável por estabelecer os horários de aula, a rotina de estudos para prova e buscar conhecimento complementar.

Se perder em meio a tantas tarefas é fácil para quem não está muito acostumado com organização, mas não para um aluno de EaD. “Eles são cuidadosos com prazos e horários”, destaca a conselheira da ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância), Marta de Campos Maia. Junto de tanta organização, uma dose de ânimo ajuda a solidão das aulas. “É preciso ser extremamente motivado para dar conta das entregas, senão o aluno cansa e desiste”, analisa a conselheira.

Administrador do tempo 

Depois de matriculado, é chegada a hora do "vamos ver". O primeiro semestre costuma ser decisivo para entender o novo método, criando a seleção natural daqueles que desejam ir adiante. Para a representante de pólo de apoio presencial em Goiás, Marta Kratz, o maior erro é imaginar que EaD não tem rigor. “Desmistifica-se inicialmente a ideia de presença eventual nas aulas virtuais.”

Administrar tempo e tarefas sem interferência alheia revela mais uma faceta dos estudantes de Ensino a Distância: a autogestão. Sem esse predicado, em 15 dias é possível deixar de entender o conteúdo do curso e, por consequência, ser reprovado. "Se não for disciplinado e dedicado, o estudante não consegue ir além", pontua a representante.

Processo seletivo: 40% dos estagiários são reprovados por erros de português

Karla Santana Mamona
Dominar a língua portuguesa é fundamental para quem deseja conquistar uma vaga de estágio. Segundo o Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), cerca de 40% dos candidatos são reprovados no processo seletivo porque cometem erros de ortografia.

A pesquisa, realizada com 6.716 estudantes, aponta que a situação é comum tanto entre estagiários do Ensino Superior/Tecnólogo, como entre os do Ensino Médio e Técnico. No primeiro caso, 39,78% dos candidatos foram reprovados, enquanto no segundo foram 36,73%.

Área

Ao analisar as áreas  em que os estagiários do Ensino Superior estudam, é possível notar que o índice de reprovação por erros de ortografia é maior no segmento de Artes e Design, com 70,59%.

Entre os estudantes de Matemática, a parcela dos jovens reprovados em português é de 66,66%. Em Pedagogia e Jornalismo é de 49,45% e 50%, respectivamente. Em contrapartida, os estudantes com índices mais altos de aprovação são os de Direito, com 82,75%, e os de Engenharia (74,48%).

Para a supervisora da área de seleção do Nube, Aline Barroso, alguns fatores contribuíram para este indicador, como o advento do intercâmbio e a consequente busca por aprendizado no exterior, além da escrita tipicamente sintetizada e informal da internet. "O jovem ganha obstáculos no aprimoramento da língua nacional”, completa.

Mas nem tudo está perdido. Aline explica que é possível reverter esta situação por meio de pequenas leituras diárias, cursos rápidos e até mesmo gratuitos." Desta maneira, o estudante se mantém apto para expressar bem suas ideias".

segunda-feira, 23 de abril de 2012

"Boca a boca" é meio de propaganda mais confiável para o consumidor

Welington Vital de Oliveira
Mesmo com os comerciais e os anúncios publicitários cada vez mais criativos, o "boca a boca" ainda é o meio de divulgação mais confiável para o consumidor, revela pesquisa realizada pela Nielsen.

O estudo mostrou que 92% dos consumidores mundiais declararam que confiam nas mídias conquistadas, tais como o boca a boca ou recomendações de amigos e familiares, acima de todas a outras formas de propaganda. O número representa um aumento de 18% desde 2007.

As críticas de consumidores postadas na internet são a segunda fonte mais confiável para informações e mensagens de marcas, com 70% das opiniões dos entrevistados.

Ainda 47% dos entrevistados disseram que acreditam em comerciais na TV e propagandas em revistas e 46%, em jornais. Quase dois terços (58%) dos consumidores confiam nas mensagens encontradas nos websites das empresas, conforme mostra tabela abaixo:

Formas de Propaganda
Propaganda
Confia pouco ou totalmente
Não confio muito ou nada
Recomendações de conhecidos
 92%
8%
Opiniões de consumidores postadas na internet
 70%
30%
Conteúdo editorial, tais como artigos de jornal
 58%
 42%
Website de marcas
 58%
 42%
E-mails que solicitei receber
50%
 50%
Comerciais de TV
47%
53%
Patrocínios de marcas
47%
53%
Anúncios em revistas
47%
53%
Outdoors e outras propagandas exteriores
47%
53%
Anúncios em jornais
46%
54%
Anúncios no rádio
42%
48%
Propagandas antes de filmes
41%
59%
Merchandising de produtos em programas de TV
40%
60%
Anúncios em resultados de busca na internet
40%
60%
Vídeos publicitários na internet
36%
64%
Propagandas em redes sociais
36%
64%
Banners publicitários na internet
33%
67%
Propagandas na telas de dispositivos móveis
33%
67%
Mensagens de texto em aparelhos celulares
29%
71%
Fonte: Nielsen

Investimento publicitário

Mesmo com os números acima, a maior parte do investimento publicitário é destinada às mídias tradicionais ou pagas, tais como a televisão.

No ano passado, o investimento publicitário global registrou um aumento de 7%, em comparação a 2010. Esse crescimento do investimento foi impulsionado por um aumento de 10% em comerciais de TV, em países como os Estados Unidos e China, atraindo mais investimento publicitário em comparação ao ano anterior.

domingo, 22 de abril de 2012

Brasileiros criam PDV tipo exportação

Janaina Langsdorff
Elas ganharam fama como um negócio típico de portugueses, mas partiu dos brasileiros, ora pois, a reinvenção do conceito das padarias, cobiçado hoje por mexicanos, espanhóis, americanos, chineses, angolanos e até no leste Europeu. Único no mundo, o novo modelo de negócios que reúne num só local restaurante, pizzaria, choperia, banca de revistas, enlatados, sem esquecer, é claro, do pãozinho quente, virou projeto de exportação com aval até do governo. “Dentro de um ano já devemos conhecer o primeiro destino da padaria brasileira fora do País”, espera Claudio Borges, gestor do projeto Brazilian Bakery na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex Brasil), órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 

Se depender do mexicano Carlos Aguirre, o pontapé inicial acontecerá durante a Mexipan, realizada no próximo mês de agosto, na Cidade do México, com um público estimado de 30 mil visitantes. “Esperamos alavancar pelo menos três negociações a serem fechadas ao longo de um ano”, prevê o empresário que, além de promover o evento é também presidente da Anpropan, associação que representa os fornecedores de insumos e maquinário para a indústria da panificação do México. 

A padaria “made in Brasil” terá um espaço de 180 metros quadrados para expor uma estrutura que, segundo cálculos de Aguirre, pode consumir um investimento da ordem de US$ 800 mil para se tornar realidade. A previsão é que a alternativa nacional dê um empurrão no crescimento das 34 mil padarias existentes hoje na terra do sobreiro, a exemplo do fenômeno ocorrido a partir da década de 90 no Brasil. Com o avanço dos supermercados, especialistas do varejo chegaram a condenar, na época, a morte do negócio. Era o que o setor precisava para reagir. “Hoje, as grandes padarias é que estão forçando os supermercados a reverem a sua presença na panificação”, compara Borges. A ameaça dos supermercados se repete hoje no México e a expectativa é que a opção brasileira seja capaz de reerguer o setor também por lá.

De acordo com Paulo Roberto Cavalcante, presidente da Abiepan (Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos para Panificação, Biscoitos e Massas Alimentícias) o potencial de êxito dessa empreitada começa a ser percebido pelos donos do setor. “Eles já entenderam a dimensão do projeto e poderão contar, inclusive, com o nosso suporte para reproduzir o seu negócio no exterior”, conta Cavalcante, que em parceria com a Abip (Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria) coordena um plano para a exportação de equipamentos há oito anos junto à Apex, embrião do projeto que se transformaria na plataforma para a internacionalização do setor.

Fornada quente

A sofisticação do negócio é a prova de que o freguês sempre tem mesmo razão. As 43 milhões de pessoas que visitam diariamente as 64 mil padarias brasileiras geram um faturamento estimado em R$ 63 bilhões ao ano. Somente pela paulistana St. Etienne passam mais de 100 mil consumidores ao mês seja para comprar o tradicional pãozinho ou experimentar o lanche de filé mignon com queijo ementhal, um dos campeões de vendas do estabelecimento. “Podemos repetir o sucesso do negócio em qualquer grande cidade do Brasil ou do exterior, com resultados altamente positivos em três anos”, garante o dono da rede, Edson Rico, que não descarta a associação com grupos de investimentos estrangeiros para expandir a operação fundada pelo nos anos 50 pelo seu pai, José Antônio Rico.

O plano é crescer até 30% este ano com uma série de ações promocionais e de relacionamento. A estratégia contempla ainda a reforma da loja instalada no bairro dos Jardins, região Sul de São Paulo, a primeira da rede, além da unidade da Vila Madalena, zona Oeste da cidade, ambas nos moldes da suntuosa unidade City, inaugurada em novembro de 2010, no Alto de Pinheiros, outro bairro do Sul paulistano. Em 2013, a meta é chegar à Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte.

A St. Etienne exemplifica justamente o modelo de padaria que está prestes a extrapolar os limites das esquinas do País. “Esse modelo pode ampliar a projeção dos produtos brasileiros no exterior”, analisa Alexandre Pereira, presidente da Abip. Ele estuda, inclusive, a possibilidade de instalar um projeto piloto em Xangai, na China, em parceria com o Crystal Group, especializado na importação e exportação de produtos, e a empresa de logística chinesa Centex.

O potencial de exportação das padarias brasileiras começou a ser vislumbrado quando os representantes do setor passaram a simular o ambiente nas feitas internacionais. Da repercussão conquistada na FHC China 2011, as padarias brasileiras ganharam um espaço nobre na Europain, evento realizado no início de março em Paris, na França. O passaporte já está carimbado também para a Alemanha, sede da IBA, a maior feira de panificação do mundo. O presidente do evento, Peter Becker, que comanda também a UIB, órgão que reúne todas as associações de panificação do mundo, já confirmou um espaço de 300 metros quadrados para os brasileiros.

sábado, 21 de abril de 2012

O que fazer para manter as vendas após o período de férias e liquidações?

Fernando Cymbaluk
Passado o Carnaval, a temporada de férias de verão termina de vez. Pela frente, um período cruel para os varejistas, segundo a revista Inc. A temporada de inverno que desponta trará frescor para as vitrines. Mas antes, nos meses que se espremem entre as duas estações climáticas mais fortes, um limbo das compras faz o empresário quebrar a cabeça tentando encontrar formas de manter as vendas em um bom patamar.

Esse tempo de incerteza  pode ser aproveitado para arriscar e experimentar. Por que não? Confira abaixo algumas  dicas  preparadas pela revista Inc.

1 – Cultive a identidade de sua marca: nada melhor do que uma pausa no turbilhão da temporada de férias para reparos na imagem do negócio. Não importa se é um café, um lava rápido ou uma empresa de limpeza de carpetes; a criação de uma imagem é vital quando você está competindo por consumidores. Comece agora a deixar seu negócio atraente para a próxima temporada de férias.

2  -   Faça propaganda de graça: há especialistas que orientam  os empresários a não cortarem  o orçamento com publicidade. O conselho é verdadeiro, desde que não  haja outros meios para angariar clientes - o que é pouco provável hoje em dia. Procure publicidade para seu negócio, mas publicidade gratuita! Você pode conseguir em jornais de bairro, a partir de parcerias com os comerciantes e, é claro, no Facebook e cia.

3  -  Renove seu serviço ao cliente: revisão e renovação são os lemas nesse período. Analise como tem sido o contato da empresa com os consumidores. Lembre-se que a personalização do atendimento tem ganhado importância no mercado.

4  -  Jogue com a regra do 80-20: também conhecida como Princípio de Pareto, a dita “lei” afirma que 20% dos produtos respondem por 80% das vendas de um negócio de varejo. O problema é que você não consegue identificar quais produtos serão os mais vendidos se não arriscar colocá-los à venda.

O período de atividade mais lenta pode ser usado para testar a venda de alguns itens. Ofertas e experimentos com preços maiores ou menores do que o habitual podem ser utilizadas para ver o que funciona.

Deriva dessa regra o corolário de que 20% dos clientes representam 80% dos lucros. Identificar este grupo é importante para você concentrar sua gama de produtos e maximizar as vendas.

5  -  Agora, hora de lidar com os outros 80%: que tal arriscar menores margens de lucro? Os clientes compram mais quando o preço está abaixo do praticado pelos grandes varejistas. Margens mais baixas podem valer a pena pelo aumento nas vendas. Além disso, você pode conseguir uma maior retenção de clientes.

Uma ideia dada pela Inc. é aproveitar os sites de venda e leilões on-line. Essa pode ser uma forma de sua loja obter novos clientes.