O
impostômetro, ferramenta que contabiliza a arrecadação tributária nacional,
atingiu a marca de R$ 700 bilhões na tarde de segunda-feira, 26 de julho. Para a diretora do IBPT (Instituto Brasileiro
de Planejamento Tributário), Letícia do
Amaral, esse é um número bastante alto.
"Não
seria um número tão alto, se houvesse um retorno satisfatório de todo esse
imposto pago. O problema é que não há. O que temos no País é muito desvio e a
utilização dos impostos para fins não prioritários, obrigando os cidadãos que
têm condições a pagar por serviços que deveriam ser
oferecidos pelo governo, como educação, saúde e segurança", afirma.
Arrecadação
recorde
A diretora explica ainda que a
arrecadação tributária tem batido recorde em cima de recorde nos últimos meses.
"Não
houve aumento na quantidade de tributos nem nas alíquotas, mas a arrecadação
vem batendo recorde. Vivemos um momento de aceleração da economia, geração de
emprego e maior consumo, por isso, arrecada-se mais, ou seja, poderia haver
mais benefícios aos cidadãos. Para se ter uma ideia, em um levantamento sobre
países que investem em educação, entre os 58 nalisados, o Brasil ficou na
posição 53".
Letícia
conta ainda que o Brasil é o país com maior carga tributária entre os seus
semelhantes.
"O
Brasil é o país com a carga tributária mais elevada entre os países em
desenvolvimento da América do Sul e dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China).
Se a gestão de recursos públicos fosse mais eficiente, não precisaríamos de uma
carga tão grande. Fato é que o Brasil arrecada como um País de primeiro mundo,
mas retorna para a população como um país de terceiro mundo".
Mais de
R$ 1 trilhão
A
executiva ressalta ainda que, de acordo com as previsões do IBPT, a arrecadação
registrada no final do ano deve superar a casa de R$ 1 trilhão. "Nossas
estimativas são de que a arrecadação em 2010 seja de R$ 1,3 trilhão",
finaliza.
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