Gustavo Rocha,
28 de maio de 2013
Quando abordo a palavra CRM muitos pensam que estou falando
do Conselho Regional de Medicina e outros sequer tem a ideia do que esta sigla
significa.
Nada contra os médicos, mas não discorro sobre esta sigla.
CRM é uma sigla em inglês que significa: Custumer Relationship Management, ou seja,
gestão do relacionamento com o cliente.
O colega Fabiano Zanoni me escreveu solicitando a abordagem
deste tema, justamente porque na advocacia ele é um tema quase esquecido e por
demais controverso.
Esquecido, pois muitos nunca ouviram falar ou sequer sabem
do básico do CRM. Controverso, pois alguns ligam CRM apenas a vendas de
produtos e serviços e não ao trabalho do advogado em si.
Uma pena, pois a advocacia poderia melhorar muito com
conceitos de CRM.
Como assim?
Primeiro, que gerir o relacionamento com os clientes é
baseado e tem como basilar o registro das informações com este cliente.
Em bom português, saber tudo que se comunicou com o cliente
faz a diferença. E também faz diferença com aquele com quem se deseja ser
cliente (o famoso prospect ou possível cliente).
Exemplo com prospect: Você visita um cliente ou ele lhe
procura. Você diz algumas orientações e ele vai embora. Se você tem isto
registrado no seu sistema de gestão interno, quando ele retornar ou quando você
agendar para verificar um possível retorno dele, você saberá o que foi dito, se
a proposta foi enviada, se cada passo foi feito. Já imaginou a surpresa de uma
pessoa ingressar no seu escritório e você saber do seu caso porque já foi
registrado?
Quantos erros minimizados de informações ao cliente se cada
atendente deste cliente registrar o que foi que conversou com ele?
Isto é o mínimo que podemos ter em um CRM jurídico. Divido
com vocês algumas dicas práticas (conceitos) dentro de um software de CRM:
Sistemas de CRM que integram a gestão da comunicação,
agregam valores e boas práticas. Podemos listar 5 dicas onde estes dois
conceitos trabalham junto:
1. Identificar as partes Interessadas: Saber com quem se
comunicar é fundamental para o sucesso deste processo! Sistemas como o CRM,
como já citado, oferecem canais ágeis e práticos que auxiliam nessa
identificação.
2. Planejar as comunicações: Identificar as necessidades
dos envolvidos e definir os estilos e ferramentas de comunicação, bem como sua
periodicidade. Assim, é preciso ter espaço onde será possível traçar perfis e
estratégias a partir daí.
3. Distribuir as Informações: Seguir e executar o que foi
planejando disponibilizando as informações para os interessados, assim tudo
estará compartilhado e acessível a todos. Informação não pode faltar, muito
menos se perder!
4. Gerenciar as expectativas das partes interessadas:
Personalizar todo trabalho e agir ativamente nas exceções. Esta é uma das
partes mais delicadas, pois a não execução ou execução ineficaz pode colocar a
perder todo trabalho realizado em outro processo e a comunicação passa a ser um
processo burocrático mal modelado que não funciona.
5. Reportar o desempenho: Relatar o desempenho e andamento
de todas as atividades desenvolvidas, medições e previsões. Este processo deve
demonstrar a realidade do projeto e se estes estão cumprindo as metas e
satisfazendo as partes interessadas, portanto o bom desempenho das outras áreas
de conhecimento são fundamentais.Para isso, sistemas de CRM oferecem relatórios
em tempo real, onde lá pode-se mensurar em estatísticas e assim mapear todo um
cenário.
Fonte: http://blog.sthima.com.br/?p=25
Por óbvio, você não precisa sair hoje e comprar um software
específico de CRM. Muitos softwares jurídicos já ofertam esta possibilidade em
módulos específicos ou naqueles menores, podemos adequar esta realidade com
filtros, tipos e subtipos e relatórios.
O importante é criar a cultura de cadastrar tudo que se
refere a clientes. Com a cultura criada, temos que cadastrar com os filtros
necessários para que possamos tirar relatórios depois.
Exemplo: Todos atendimento a cliente, cadastramos com o
filtro atendimento. Toda ligação, cadastramos com filtro ligação, todo
atendimento que gerar insatisfação, geramos um tipo de insatisfação.
Depois, com relatórios podemos identificar a quantidade de
atendimentos por dia, semana e mês, quantos foram insatisfeitos, quantos foram
pessoais e quanto foram por telefone, etc... Dados que podem fazer mudar a
gestão interna, não é mesmo?
E o que você gerencia hoje no seu negócio? Quais dados você
tem para tomar decisões?
CRM é mais do que gestão de relacionamento com clientes: É
um passo para gerenciar o seu negócio de maneira mais adequada!
Disponível em
http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/crm-como-assim/70905/.
Acesso em 10 jun 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário