IPEA
04/04/2012
As condições do mercado de
trabalho, habitação, renda, estado civil, local de residência, raça e gênero
afetam a saída dos jovens dos domicílios paternos. Esta foi uma das principais
conclusões de um estudo lançado nesta quarta-feira, 4, em Brasília. De acordo
com o Comunicado do Ipea nº 142, Coabitação familiar e
formação de novos domicílios, mulheres e pretos ou pardos são mais
propensos a sair da casa dos pais, junto ao fato de estarem empregados – a
independência é fortemente influenciada pela inserção no mercado de trabalho. O
fato de ser mulher foi um dos fatores mais significativos no modelo.
Segundo a análise da técnica de
Planejamento e Pesquisa do Instituto Maria da Piedade Moraes, os jovens tendem
a permanecer mais tempo com os pais quando moram em domicílios próprios
regulares. Feita com base nos números da PNAD 2009, a pesquisa mostra que
residir em cidades grandes também é um fator que aumenta a probabilidade desse
jovem ser dependente e, quanto mais elevada a sua educação, maior a propensão dele
morar com os pais.
Por fim, a técnica defende que a
compra da casa própria não é necessariamente a melhor solução habitacional para
os jovens, que têm grande mobilidade residencial. Para ela, a política
habitacional deve ser diversificada e levar em conta variáveis relativas ao
ciclo de vida: “A população jovem necessita de uma oferta habitacional variada,
a preços acessíveis, que atenda às suas necessidades de moradia, mas que lhe
confira flexibilidade para mudar em busca de emprego, de educação ou para formar
outra família”.
Disponível em http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=13722&catid=1&Itemid=7.
Acesso em 05 jun 2013.
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