Marcos Hirai
29 Out 2013
Os brasileiros, definitivamente, querem cada vez mais
comida, diversão e arte. Com a melhoria da renda, o orçamento doméstico da
classe média começa a comportar despesas com itens que seriam impensáveis há
alguns anos. Sinais de um país que se sofistica e que adquire hábitos e
costumes das sociedades mais organizadas, o brasileiro quer cada vez mais ter
acesso a novos sabores, viver novas experiências, sentir novas sensações e
buscar seu bem-estar. Com o consumo em alta nos últimos anos, nosso mercado tem
atraído cada vez mais varejistas internacionais. Foram registrados o ingresso
de pelo menos 45 redes dos 5 continentes que anunciaram o seu desembarque por
aqui nos últimos 18 meses.
O Brasil neste momento está no epicentro mundial de
atratividade entre os grandes varejistas. Pelo lado dos shoppings o cenário é
semelhante: 122 novos shopping centers abrirão suas portas nos próximos 3 anos.
À exemplo dos varejistas o Brasil também está no epicentro mundial do mercado
de shopping centers.
Com tanta ABL (Área Bruta Locável) disponível, mesmo com os
novos entrantes, os empreendedores de shoppings precisarão de muita
criatividade e imaginação para preencher os espaços. Criar diferenciais para
tornar um shopping mais atrativo que o outro será o grande desafio. Por conta
disto, prevê-se que o modelo clássico de shoppings repletos de lojas âncoras e
satélites, com um complexo de cinemas e uma praça de alimentação tende a sofrer
alterações significativas.
Seguindo uma tendência mundial dos malls, a área gastronômica
terá cada vez mais opções, os restaurantes
casual dining devem proliferar numa quantidade cada vez maior, formando
grandes áreas gourmets. Favorece para isto o anúncio recente da entrada de 9
grandes redes internacionais deste segmento, além de outras tantas nacionais
que têm se destacado neste cenário. Prevê-se a abertura de cerca de 150 lojas
nos próximos 5 anos. A maior parte destes restaurantes terá os shoppings como
locais preferenciais para a instalação das suas unidades. As metragens variam entre
200 a 1.500m².
Teatros em shoppings? Por conta de incentivos e benefícios
fiscais, os teatros começam a fazer cada vez mais parte do cenário dos
frequentadores de shoppings. Junto com os cinemas, estes teatros oferecem
conforto e segurança, além de beneficiar os empreendimentos com uma imagem de
vanguarda. Tendem a crescer o número de empreendimentos com teatros nos seus
projetos.
Parques de diversões temáticos, mega aquários e game
centers, devem protagonizar novos empreendimentos, ocupando grandes espaços e
devem ser tendência, tornando mais do que operações âncoras, referências de
turismo em seus bairros ou cidades. Nos próximos meses São Paulo receberá a
primeira unidade do Kidzania no Brasil. Serão 8.500m² no espaço ocupado
anteriormente pelo Parque da Mônica no Shopping Eldorado, na capital paulista.
À exemplo deles, diversos outros players internacionais têm estudado o mercado
brasileiro e devem desembarcar por aqui nos próximos anos. O potencial é muito
grande, pois existe forte carência de lazer
nas cidades brasileiras e a força de atratividade de público destes negócios é
muito alta. Entendam que estes players representam modelos consagrados e de
sucesso em shopping centers do mundo inteiro.
Por conta destes movimentos que estão ocorrendo, nos
próximos anos, o hábito de ir a um shopping center no Brasil representará
certamente além de compras, cada vez mais um lugar para se divertir e viver
momentos agradáveis com seus amigos e familiares. Boa diversão!
Disponível em
http://www.gsmd.com.br/pt/eventos/pontos-comerciais-i/a-vez-da-gastronomia-lazer-e-diversao-nos-shoppings.
Acesso em 29 out 2013.
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