Felipe Morais
17 de setembro de 2012
Redes sociais vendem!
De forma direta e indireta. Talvez a visão da venda indireta
esteja bloqueando as ações de várias marcas, pois os gestores temem que um post
no Facebook não gere venda imediata e por isso não tem como ter ROI. Logo, não
tem como justificar o investimento no canal.
Sinceramente? Blá blá blá do mercado. Como se calcula o ROI
efetivo de um comercial na TV ou anúncio de revista? Só porque a web é 100%
mensurável é preciso ter tudo atrelado ao ROI? Nem sempre. Indicação também
vende. E muito!
Se há décadas a propaganda boca-a-boca é que mais dá resultado,
imagina nos tempos de hoje, com 1 bilhão de pessoas no Facebook, por exemplo,
como isso é potencializado. E como as marcas têm que se ater a isso. Certa vez
eu assisti um vídeo – que até passo para meus alunos – onde mostra que na
Inglaterra 50% dos acessos à web vem do Facebook. Esse dado já é interessante,
mas tem um comentário nessa parte do vídeo que eu acho fantástico “imagina o
que isso representa contra ou a favor das marcas”. Dá para imaginar?
O brasileiro é ávido por conteúdo. Quer saber sempre mais e
mais e tem nas redes uma das suas principais fontes de informação. Em breve,
será a principal, uma vez que vivemos uma era onde os veículos de comunicação
estão usando – e isso só tende a aumentar – as redes para disseminar conteúdo.
Se o brasileiro quer saber mais, ele pesquisa mais, ele lê
mais. Ele influencia e é influenciado mais. Querem saber tudo sobre marcas e
produtos que compram e quando essas informações os deixam tranqüilos, não só
compram como indicam: “comprei o produto X e recomendo”. Frase que pode gerar
uma série de vendas para pessoas que a sua marca não impactou e que não estão
na sua fan page.
Segundo pesquisa, 49% das pessoas entendem que a reputação
da marca é um dos principais fatores para a decisão de compra. Reputação de marca
é dada pelo consumidor. Não adianta investir milhões de reais em campanhas se
os consumidores estão insatisfeitos, pois eles vão reclamar da marca nas redes
e isso vai gerar uma reverberação enorme. Pode não atingir o mesmo número de
pessoas que a campanha falando bem da marca na Rede Globo atingirá, mas a
qualidade da mensagem é maior, pois são pessoas falando com pessoas.
Quando o consumidor tenta se aprofundar sobre um produto,
ele está ao mesmo tempo vivendo o mundo da marca, criando uma experiência
diferenciada e se o trabalho de conteúdo estiver bem feito, as chances de
compras são maiores.
Pessoas compram quando estão seguras e para estar seguro o
consumidor tem que estar sem dúvidas sobre uma compra.
Por exemplo, qual a melhor TV para comprar: LED, Plasma ou
LCD? Os leigos vão atrás de informação. E leigos entenda-se pessoas que não
sabem nada de tecnologia!
A Zappos, loja online da Amazon, lançou um serviço de
recomendação de produtos via Pinterest. Segue a linha da Amazon, que dentre
seus pilares de crescimento, sempre apostou na opinião das pessoas sobre os
produtos para ajudar nas vendas.
O projeto PinPoiting mostra aos usuários recomendações de
produtos baseados em posts no Pinterest. Os usuários podem interagir com os
posts. Mais uma vez, pessoas indicando produtos para pessoas por meio das redes
sociais. Elas vendem – basta saber a dinâmica das redes, sempre baseadas em
relacionamento!
Disponível em
http://webinsider.com.br/2012/09/17/redes-sociais-tambem-vendem-esqueca-o-roi/?__akacao=1038132&__akcnt=fb9e485d&__akvkey=8017&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=news.2012.09.24.
Acesso em 28 ago 2013.