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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Redes sociais também vendem. Esqueça o ROI

Felipe Morais
17 de setembro de 2012
 
Redes sociais vendem!

De forma direta e indireta. Talvez a visão da venda indireta esteja bloqueando as ações de várias marcas, pois os gestores temem que um post no Facebook não gere venda imediata e por isso não tem como ter ROI. Logo, não tem como justificar o investimento no canal.

Sinceramente? Blá blá blá do mercado. Como se calcula o ROI efetivo de um comercial na TV ou anúncio de revista? Só porque a web é 100% mensurável é preciso ter tudo atrelado ao ROI? Nem sempre. Indicação também vende. E muito!

Se há décadas a propaganda boca-a-boca é que mais dá resultado, imagina nos tempos de hoje, com 1 bilhão de pessoas no Facebook, por exemplo, como isso é potencializado. E como as marcas têm que se ater a isso. Certa vez eu assisti um vídeo – que até passo para meus alunos – onde mostra que na Inglaterra 50% dos acessos à web vem do Facebook. Esse dado já é interessante, mas tem um comentário nessa parte do vídeo que eu acho fantástico “imagina o que isso representa contra ou a favor das marcas”. Dá para imaginar?

O brasileiro é ávido por conteúdo. Quer saber sempre mais e mais e tem nas redes uma das suas principais fontes de informação. Em breve, será a principal, uma vez que vivemos uma era onde os veículos de comunicação estão usando – e isso só tende a aumentar – as redes para disseminar conteúdo.

Se o brasileiro quer saber mais, ele pesquisa mais, ele lê mais. Ele influencia e é influenciado mais. Querem saber tudo sobre marcas e produtos que compram e quando essas informações os deixam tranqüilos, não só compram como indicam: “comprei o produto X e recomendo”. Frase que pode gerar uma série de vendas para pessoas que a sua marca não impactou e que não estão na sua fan page.

Segundo pesquisa, 49% das pessoas entendem que a reputação da marca é um dos principais fatores para a decisão de compra. Reputação de marca é dada pelo consumidor. Não adianta investir milhões de reais em campanhas se os consumidores estão insatisfeitos, pois eles vão reclamar da marca nas redes e isso vai gerar uma reverberação enorme. Pode não atingir o mesmo número de pessoas que a campanha falando bem da marca na Rede Globo atingirá, mas a qualidade da mensagem é maior, pois são pessoas falando com pessoas.

Quando o consumidor tenta se aprofundar sobre um produto, ele está ao mesmo tempo vivendo o mundo da marca, criando uma experiência diferenciada e se o trabalho de conteúdo estiver bem feito, as chances de compras são maiores.

Pessoas compram quando estão seguras e para estar seguro o consumidor tem que estar sem dúvidas sobre uma compra.

Por exemplo, qual a melhor TV para comprar: LED, Plasma ou LCD? Os leigos vão atrás de informação. E leigos entenda-se pessoas que não sabem nada de tecnologia!

A Zappos, loja online da Amazon, lançou um serviço de recomendação de produtos via Pinterest. Segue a linha da Amazon, que dentre seus pilares de crescimento, sempre apostou na opinião das pessoas sobre os produtos para ajudar nas vendas.

O projeto PinPoiting mostra aos usuários recomendações de produtos baseados em posts no Pinterest. Os usuários podem interagir com os posts. Mais uma vez, pessoas indicando produtos para pessoas por meio das redes sociais. Elas vendem – basta saber a dinâmica das redes, sempre baseadas em relacionamento!


Disponível em http://webinsider.com.br/2012/09/17/redes-sociais-tambem-vendem-esqueca-o-roi/?__akacao=1038132&__akcnt=fb9e485d&__akvkey=8017&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=news.2012.09.24. Acesso em 28 ago 2013.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Relacionamento é o ponto chave nas estratégias digitais

Felipe Morais
Um conceito que sempre venho defendendo é que o relacionamento é a chave de sucesso para estratégias digitais. E ao ler estudos de mercado que mostram dados como “50% das pessoas compram de lojas que confiam” e que “18% das pessoas seguem as marcas que consomem”, começo a ver que não estou tão errado assim.

Vários são os motivos que fazem uma pessoa seguir uma marca, porém eu acredito que o maior deles é o poder que as redes sociais têm de gerar uma conversa – relacionamentos são baseados em confiança e conversas.

Sites, redes sociais, blogs, mobile, games… são vários os pontos de contato que o consumidor tem disponíveis para se relacionar. E é lá que as marcas têm que estar.

Nem sempre as vendas são feitas apenas na loja. Não adianta ter apenas uma loja virtual e acreditar que terá vendas com certeza. Se fosse assim, a taxa de rejeição (pessoas que entram no site e saem sem converter) não seria de 98% para o e-commerce no Brasil. Falta o relacionamento, o entendimento, as conversas com o público. As marcas colocam produtos, anunciam e falam, mas não ouvem.

Baseado nessa presença, em ouvir, em pensar menos em vendas e mais em entender o consumidor, um case bem interessante é o portal Mulher 360, do Walmart. Assim como existe o Saraiva Conteúdo, o foco aqui não está em vendas e sim em gerar conteúdo que possa gerar um relacionamento, um entendimento de público e aí sim, vendas. O foco do portal é a mulher.

Hoje, a mulher já representa quase 55% das vendas online. Em 2009 as mulheres representavam apenas 40% e o poder de decisão delas está cada vez maior. Com ticket médio de R$ 475,00 e comprando livros e DVDs em primeiro lugar e eletrônicos em segundo (segundo pesquisa da SophiaMind) o poder da mulher hoje cresceu muito. E mulheres, por histórico, valorizam muito mais o relacionamento e a afetividade do que o homem. Basta ver em pesquisas sobre casamentos o quanto as mulheres dão mais importância do que os homens.

Segundo matéria do site da revista Exame, o foco desse portal não está nas vendas. Para alguns, isso pode parecer um absurdo, infelizmente. Para mim – e acredito que para muitos que trabalham com internet – é uma proposta interessante e mostra que a marca está entendendo a web além das vendas. Espero essa ser uma tendência forte em 2012.

O portal irá abordar questões sociais das mulheres, como seu papel no mercado de trabalho, economia, empreendedorismo, saúde, carreira entre outros assuntos. O site vai também abrir espaços para mulheres contarem as suas histórias com entrevistas e depoimentos. O conteúdo não tem nada de muito inovador – ao primeiro momento – mas como diria Alexandre Santos, ex-locutor da TV Bandeirantes “é disso que o povo gosta”.

As pessoas gostam de saber de história de pessoas comuns, que são como elas. Trazer a comunicação para a realidade da vida do consumidor. E claro, o projeto terá outros pontos de contato, como o Twitter e Facebook.

Aqui cabe mais um conceito que aprendi com o grande Marcelo Sant’Iago: as estratégias de comunicação continuam as mesmas, o que muda é a forma como nos relacionamos com as pessoas. Tá aí um case que vai nos mostrar isso. 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Cinco Ws e dois Hs que sustentam o planejamento

Felipe Morais

Os cincos W funcionam em inglês para lembrar os importantes itens what, why, where, when, who, how e how much.

Antes de pensar em qualquer planejamento é sempre bom analisar esses conceitos em detalhes. Afinal, devemos entender muito bem o briefing, o cliente, a comunicação, a concorrência e a categoria antes de literalmente colocar a cabeça para pensar, planejar e traçar estratégias.
Sem entendimento, não vamos a lugar nenhum. Sem saber sobre o negócio do cliente e como a web vai ajudar nesse negócio (que podemos entender como lucros), nossos planejamentos não passaram de um amontoado de slides de PowerPoint com imagens, textos e animações que não servem para o cliente. O papel aceita tudo, mas o mercado, não.

What: o que deve ser feito?

Primeiro passo é entender o briefing. O cliente envia à agência o documento especificando a sua necessidade e a equipe de atendimento vai nos passar esse briefing.
Cabe a nós do planejamento questionar cada item para entender bem o que está sendo pedido. Em alguns casos, convém que a equipe de planejamento vá até o cliente.
Why: por que será feito?
Será que aquilo que o cliente pede é exatamente o que ele precisa? Será que aquela ação realmente vai resolver o problema dele, seja esse problema de vendas, comunicação, crise ou relacionamento? Será que não seria melhor propor outra estratégia do que a prévia desenhada pelo cliente no briefing?
Há casos onde o cliente pede que se faça um hotsite quando uma uma açãono Twitter poderia ser mais adequada, ou mesmo uma campanha de links patrocinados.

Where: onde será feito?
Como profissional de planejamento estratégico digital, os briefings que chegam a mim são inevitavelmente de ações no mundo digital, mas nada impede que uma ação possa ter um apoio da mídia offline ou mesmo ser um apoio a um evento, por exemplo, como o caso do amigo que fará um grande evento de música em São Paulo e terá a web como plataforma de apoio ao evento.
A web também vai ao aplicativo para iPhone ou uma ação dentro do Formspring. Analisar o melhor para o cliente começa nesse ponto.
When: quando será feito?
Periodicidade da ação é importante. Se o mundo vive a febre de uma Copa do Mundo ou Olimpíadas, é importante que o planejamento programe muito bem para ação acontecer simultaneamente e assim ser relevante ao consumidor final. É preciso entender também, o momento do cliente, que pode no mês de Julho estar completando 50 anos de mercado e vai criar uma campanha offline para divulgar essa data e precisa que a web entre alinhada, ou seja, no mesmo minuto que o comercial apareça na Rede Globo, o site tem que estar no ar, comunidades no Orkut criadas, perfil no Twitter ativo. Tudo em sincronia!
Who: por quem será feito?
“Com quem está a bola?” Quais as responsabilidades do projeto. Se o cliente ficou de enviar conteúdo para que a agência trabalhe nas redes sociais, quando e quem vai enviar esse material? Qual a periodicidade para envio? Dentro da agência, devemos saber qual a dupla de criação do projeto, quem será o mídia, quem fará as ações de Links Patrocinados, Otimização, quem será o Gerente de Projetos.
Afinal, quando nós, planners, estivermos analisando as métricas do site ou ação, saberemos a quem recorrer para melhorar a performance.
How: como será feito?
Será um hotiste de produtos? Terá vídeo? Integração com o Twitter da marca ou vai se criar um Twitter próprio do produto? Será uma promoção? Qual o prêmio? Enfim, é nesse momento que entra a estratégia digital, mostrando ao cliente como a agência pensou na solução para aquele problema passado no briefing e entendido no primeiro passo (what).
Aqui já entendemos todo o processo do projeto e já desenhamos a estratégia entendendo comportamento do consumidor, mercado, cenários, concorrência e traçando o caminho para atingir o consumidor com extrema relevância.
How much: quanto custará?
Será que a ação planejada está dentro da verba do cliente? Muito se discute se a verba do cliente é um fator de “corte na criatividade”. Uns dizem que sim, pois ela limita ações e às vezes por falta de verba grandes ações não tem continuidade; outros defendem que não, pois quanto menor a verba, mais criativo a agência deve ser. Fico com a primeira turma.
Para o planner, esse item é fundamental quando vamos analisar o ROI, o retorno sobre investimento da ação. Se a ação tem potencial de gerar 50 mil reais de lucro para o cliente e custa 100 mil, será que realmente vale a pena?
Nesse conceito eu ainda incluiria mais um W, ficando 6W2H, que seria o whom, ou melhor, for whom? Nada mais do que: para quem?
O foco está em descobrir quem é o nosso público-alvo, seus hábitos, consumos, costumes, maneira de interação com a web, com a marca, com as redes sociais, com o universo em volta do nosso cliente.
Por tanto, mesmo que a teoria seja 5W2H, jamais esqueça de entender muito, mas muito bem, quem é o seu cliente!