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domingo, 23 de março de 2014

75% dos brasileiros acham que são da classe média

João Pedro Caleiro
15/03/2014
Comércio no Rio de Janeiro

75% dos brasileiros dizem pertencer à classe média, de acordo com uma pesquisa recente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) com 2002 pessoas em 143 cidades.

Na verdade, o número está mais próximo de 54% - e isso usando um critério de renda baixo (R$ 320 a R$ 1.120 por pessoa).

A "confusão" é natural. já que as pessoas tendem a usar a referências do seu próprio universo na hora de se classificarem, uma discrepância que acontece principalmente nas classes mais altas.

Em entrevista para EXAME.com, o presidente do Instituto Data Popular, Renato Meirelles, deu um exemplo do fenômeno:

"55% da elite se acha classe média. E 35% da elite se acha baixa renda. Pessoas que têm uma renda familiar acima de cinco mil reais, na média. Essa questão de referência é que é fundamental."

A percepção dos brasileiros, no entanto, pode virar realidade em um futuro próximo. Pelo menos é o que acredita Ricardo Villela Marino, executivo-chefe para América Latina do Itaú Unibanco.

Em uma conferência no último Fórum Econômico Mundial em Davos, ele afirmou que 75% dos brasileiros serão de classe média já em 2016. Não está claro qual é o critério que ele usou para fazer a afirmação.


Disponível em http://exame.abril.com.br/economia/noticias/75-dos-brasileiros-acham-que-sao-da-classe-media. Acesso em 18 mar 2014.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Seis formas de driblar o medo para empreender

Priscila Zuini  
24/07/2013
Incerteza, medo, risco. Quem começa um negócio do zero sabe que essas sensações são potencializadas na hora de, enfim, tirar a ideia do papel. Muitos empreendedores estudam o mercado, pesquisam e, mesmo assim, ficam paralisados na hora de assumir o compromisso do próprio negócio.

A boa notícia é que essas sensações são perfeitamente normais no empreendedorismo e fazem parte do processo. Para superar o medo e se arriscar, os especialistas Thiago de Carvalho, coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper, e Marcos Hashimoto, coordenador do Centro de Criatividade e Empreendedorismo da FAAP, dão dicas para driblar a incerteza e ter uma pequena empresa de sucesso.

1. Não faça comparações
Uma das principais dúvidas na hora de empreender é se as condições do emprego, como salário, benefícios e horários, serão mantidas na nova atividade. “Mais do que risco e medo, as pessoas ficam comparando o que elas têm hoje e esperando a grande ideia”, diz Carvalho. Segundo ele, é mais importante se encontrar em uma atividade que traga satisfação do que medir apenas pelo aspecto financeiro.

2. Entenda o que é risco para você
A percepção de risco, segundo Hashimoto, é algo muito particular. “Se você é o tipo que olha para o céu claro e mesmo assim tem um guarda-chuva, indica que é menos receptivo a risco”, diz. É importante avaliar, com base nas escolhas diárias e de investimentos, qual é o seu limite para se arriscar.

3. Descubra de onde vem a dúvida
Entender de onde vem o medo ao risco é essencial para poder solucioná-lo. “É legal saber quais são as origens dessa insegurança. É uma insegurança muito específica de cada um”, indica Carvalho. Descubra se o medo é impulsionado por falta de capital, de habilidades técnicas ou mesmo por circunstâncias pessoais.

4. Planeje-se
Um planejamento de médio e longo prazo ajuda a amenizar o medo e também reduzir os riscos. “Esse planejamento ajuda a pessoa a entender melhor o negócio. Algumas pessoas acabam ignorando retornos dos consumidores que não gostam do produto delas. Elas criam modos de pensar e acabam não observando o mercado”, explica Carvalho.

Este planejamento é essencial se o negócio for em uma área em que o empresário tem pouca experiência. O mais indicado é conversar com o máximo de pessoas possível para entender o mercado.

5. Avalie o impacto dos riscos
Entender o que o risco vai causar na sua vida é importante para avaliar quais ameaças serão priorizadas. “Na avaliação de risco, precisa saber quais são as ameaças que podem sair do controle”, diz Hashimoto. Segundo ele, uma ótima forma de reduzir a incerteza é participa de cursos e seminários e conversar com especialistas.

O passo seguinte é entender quais são os maiores riscos, avaliando o impacto e a probabilidade de cada um. “Se o impacto é pequeno e a chance de acontecer é grande, o risco talvez seja alto”, indica.

6. Faça uma autoavaliação
O autoconhecimento é essencial para entender como cada empreendedor lida com o risco e com a ideia de abrir um negócio. “Esse autoconhecimento é importante para quem está buscando uma carreira como o empreendedorismo. Não tem certo ou errado em termos de carreira”, diz Carvalho. Avalie-se e meça até que ponto você está disposto a ir pelo próprio negócio.


Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/6-formas-de-driblar-o-medo-para-empreender?utm_source=newsletter&utm_medium=e-mail&utm_campaign=news-diaria.html. Acesso em 26 jul 2013.