Priscila Zuini
25/11/2013
O custo médio ponderado de capital (wacc, em inglês) revela
quanto custa para a empresa financiar suas atividades, usando como fontes o
capital próprio e o de terceiros. Para determinar o wacc em situações reais, a
única variável difícil de ser mensurada é o custo do capital próprio. O custo
de capital de terceiros é uma informação fácil de ser extraída, pois o setor
financeiro da empresa sabe o quanto paga de juros em cima das suas linhas de
crédito.
Em empresas de capital aberto, o wacc é obtido através do
capital asset pricing model (CAPM). Nesse modelo, o custo do capital próprio é
obtido por meio da estimação de um prêmio de risco que compara a taxa de juros
livre de risco e o prêmio de risco do mercado como um todo.
O cálculo do custo de capital próprio não é simples nem
direto, seja para empresas listadas em Bolsa ou empresas de capital fechado.
Uma forma mais pragmática é pegarmos informações diretamente dos acionistas das
empresas. Afinal, se um empreendedor consegue entender seu papel de acionista, deverá
saber responder a uma simples pergunta: qual o prêmio de risco aceitável para
manter seus recursos investidos na empresa?
O premio de risco é a diferença entre a remuneração exigida
pelos acionistas e a taxa de juros livre de risco. Essa taxa, no Brasil, é a
SELIC. Poupadores brasileiros podem, sempre que quiserem, comprar letras
financeiras do tesouro (LFT), que paga aos investidores a taxa SELIC anual.
Em diversos grupos empresariais, o conselho de administração
da holding determina o custo de capital próprio a ser utilizado nas outras
empresas do grupo. Isso torna o cálculo do wacc direto e simples para a gestão
da empresa. Assim, um empresário que considere um prêmio de risco de 7% como
razoável exigiria, da sua empresa, um retorno sob o capital de 16,5% ao ano
(9,5% da SELIC mais 7% do prêmio de risco).
Disponível em http://exame.abril.com.br/pme/noticias/como-calcular-o-custo-do-capital-proprio-no-seu-negocio/.
Acesso em 30 dez 2013.