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sexta-feira, 14 de março de 2014

Seis dificuldades que só as mulheres têm ao fazer networking

Camila Pati
08/03/2014
mulher executiva escrevendo
A mulher brasileira é uma das que menos faz networking, segundo pesquisa do GEM (Global Entrepreneurship Monitor). Seja no mundo corporativo ou empreendedor, a maior participação feminina em eventos de networking ainda é um dos desafios para diminuir as barreiras profissionais entre os gêneros no mercado de trabalho.

EXAME.com perguntou a duas especialistas - que também são mulheres de sucesso na carreira - que listassem algumas razões por que as executivas deixam o networking de lado e não o usam como estratégia de negócios:

1 É constrangedor ser minoria

Basta começar a ampliar a rede de contatos e frequentar eventos e happy hours para notar: elas são minoria, sempre.

“Outro dia, eu tive uma reunião e quando cheguei, percebi que eu era a única mulher no restaurante. Falei isso na mesa e os homens disseram que nem haviam notado”, conta Deb Xavier, fundadora do Jogo de Damas, plataforma em que um dos objetivos é fomentar o networking entre as mulheres.

“Mas se fosse um lugar com apenas mulheres, os homens também se sentiriam estranhos. Eles não notam porque não é no calcanhar deles”, diz Deb. Ela lembra também que o networking mais estratégico acaba acontecendo em níveis mais altos onde há percentual menor de mulheres.

“Faço parte de um grupo ligado à Fundação Getúlio Vargas, e o ambiente é de homens”, diz Helena Ribeiro, fundadora do Grupo Empreza.

Vencer o constrangimento de ser minoria não é fácil, mas pode ser extremamente benéfico, segundo ela. “Deu-me mais segurança para enfrentar outros ambientes”, diz Helena.

2 As regras do jogo ainda são masculinas

Em entrevista a EXAME.com, a executiva Ana Paula Bógus, presidente da Kimberly Clark no Chile contou ter sido barrada ao pedir para participar de um grupo de networking de CEOs de empresas. O motivo? Nas reuniões, com direito a vinho e charuto, só entram homens.

“A regras do jogo são masculinas, os homens têm o mando de campo, a torcida é masculina, e as mulheres têm que  praticar um esporte que não leva em conta as suas particularidades”, diz Deb Xavier.

“O principal obstáculo é a cultura que estabelece que existem coisas para menino e coisas para menina e que se estende até a vida adulta”, diz Helena Ribeiro.

De acordo com Deb, o primeiro passo é tomar consciência disso. “Ela precisa estar ciente disso para que consiga definir a melhor estratégia”, diz.

3 Tempo

Executiva, mãe, mulher. São muitos os papéis exercidos e conciliar carreira, marido, filhos, pais, vida social e ainda ter um tempo para frequentar reuniões pós-expediente, happy hours e eventos é quase impossível. “E não queremos abrir mão de nenhum destes papéis”, diz Helena.

Afinal, mesmo com toda a ajuda do parceiro, o sentimento, diz Helena, continua sendo de que a responsabilidade com a casa e os filhos é da mulher. Promover a divisão de tarefas, em casa, sem culpa (mesmo) é talvez a maior dificuldade.

4 Objetividade

“Eu entendo o networking como construção de relacionamentos e a mulher precisa conseguir trabalhar isso tendo foco em negócios”, diz a fundadora do Jogo de Damas.

Ela percebe, em algumas mulheres, falta de objetividade nesse ponto. Hábil em estabelecer laços de amizade, o risco é confundir contatos profissionais com amigos.

“A dificuldade de se apoiar nesta questão pessoal de ficar amiga e não conseguir direcionar pra o profissional depois”, diz Deb.

5 Falta de modelo feminino

Faltam executivas em quem se inspirar na hora de fazer networking, de acordo com as duas especialistas.

Por isso, às vezes é preciso primeiro reunir as mulheres em ambientes que sejam dominados por elas para que a troca de experiências dê a segurança que falta para apostar em outros horizontes.

É o que a organização Lean In, lançada pela COO do Facebook Sheryl Sandberg se propõe a fazer. O Jogo de Damas, que já fazia isso aqui no Brasil antes mesmo da “Toda Poderosa do Facebook” encampar a ideia, é o único parceiro brasileiro da iniciativa.

6 Medo de ser mal interpretada

É um receio frequente que impede muitas mulheres de tomar a iniciativa, dizem Helena e Deb. “Às vezes a mulher não consegue ser mais direta porque não quer ser interpretada como mandona, ou se  não adota um estilo mais suave  porque vai ouvir que não tem pulso firme”, diz Deb.

Outro ponto é como deixar clara a intenção puramente profissional e estabelecer limites para as relações de trabalho. “As mulheres têm receio de se expor de maneira que possa ser considerada inadequada”, diz Helena.

Disponível em http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/6-dificuldades-que-so-as-mulheres-tem-ao-fazer-networking?page=1. Acesso em 10 mar 2014.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Onze comportamentos essenciais para ser mais resiliente

Camila Pati
16/01/2014
mulher praticando ioga
Há algum tempo, a palavra resiliência deixou o campo da Física e ganhou importância como atributo pessoal em processos de seleção e de avaliação de profissionais.

Usado para identificar aquelas pessoas que conseguem superar dificuldades e desafios e se fortalecerem partir destas situações adversas, o conceito de resiliência sempre esteve ligado à capacidade de flexibilidade de objetos e materiais que voltam ao estado natural após sofrerem pressão, como é o caso de uma mola, por exemplo.

A importância da resiliência para carreira é grande. “No fim do dia, quem cresce na empresa, além de ter competência, é quem, de fato, é resiliente”, diz Yuri Keiserman, diretor executivo da Vetor Editora, que comercializa a EPR (Escala dos Pilares da Resiliência), teste organizacional que avalia o potencial de resiliência de profissionais.

Para ele, os altos níveis de cobrança por resultados e a competitividade presente nas organizações justificam a necessidade de pessoas resilientes. “A gente leva muita pancada. Vivemos situações que poderiam nos frustrar todos os dias”, diz o executivo.

O teste, elaborado pelas especialistas Tábata Cardoso e Maria do Carmo Fernandes Martins, tem como base uma escala de fatores - chamados de pilares - que contribuem para um comportamento potencialmente mais resiliente. Por ser uma qualidade que depende de fatores também externos, como educação, família e vivência, o teste não indica se o profissional é ou não resiliente mas mostra a força das estruturas internas que apoiam este tipo de atitude. Confira quais são os pilares comportamentais em jogo na resiliência:

1 Encarar mudanças e dificuldades como oportunidades

É o que o teste EPR identifica como aceitação positiva de mudança, explica Rodrigo Fonseca, gerente corporativo da Vetor. “É aceitar que a mudança é uma oportunidade de crescimento, ter a visão de que as adversidades enfrentadas trazem essa possibilidade”, diz Fonseca.

2 Autoconfiança

É um comportamento relacionado à segurança que o profissional tem para encarar as diversas situações que se apresentam. “É a pessoa se sentir confiante para enfrentar desafios”, explica Fonseca.

3 Autoeficácia

Refere-se à percepção que a pessoa tem da sua própria capacidade. “É acreditar na competência, se sentir capaz”, explica Fonseca. Muitas vezes a pessoa pode até não ter potencial alto de inteligência, mas se tiver autoeficácia, diz Fonseca, vai se esforçar além do normal o que acabará compensando eventuais deficiências.

4 Bom Humor

Neste contexto é analisada a capacidade que a pessoa tem de usar o bom humor para lidar com momentos de stress. “As pessoas que tem bom humor se esforçam para tornar o ambiente mais leve em situações difíceis”, diz Fonseca.

5 Controle emocional

Ataques de ira não são próprios das pessoas flexíveis. “Uma reação desproporcional mostra uma falta de resiliência”, diz Yuri Keiserman.

O controle emocional permite ao profissional agir com mais calma e a não perder o foco. “Quem tem autocontrole consegue expressar adequadamente sua emoções o que permite enfrentar melhor situações difíceis”, diz Fonseca.

6 Empatia

Manter um comportamento resiliente pede uma boa dose de empatia. Saber se colocar no lugar do outro é essencial para minimizar e solucionar conflitos, segundo os especialistas. “No ambiente de trabalho, as relações podem ficar desgastadas porque são intensas e frequentes, por isso a importância da empatia é extrema”, diz Keiserman.

7 Independência

É um conceito bastante próximo da autonomia, de acordo com Fonseca. Pessoas independentes não se isolam mas também não são dependentes dos outros para desenvolver suas tarefas, atividades e projetos. “É não ter o receio de travar, de empacar”, diz Keiserman.

8 Otimismo

O nome técnico deste comportamento na EPR é orientação positiva para o futuro. Ou seja, as pessoas com esta característica têm esperança no que está por vir em suas vidas. “Mas não significa que não se preocupem com o futuro”, afirma Fonseca.

9 Reflexão

Ter a capacidade de analisar e refletir quando o mundo estpa desabando ao seu redor é um dos pilares que apoiam uma pessoa de atitude resiliente, de acordo com Fonseca. Geralmente pessoas assim conseguem encontrar as melhores soluções para os problemas.

10 Sociabilidade

Está ligada ao bom relacionamento interpessoal. Quem tem esta característica consegue criar vínculos com as outras pessoas. Quem desenvolve a sociabilidade apoia a equipe e é apoiado por ela, explica Fonseca.

11 Valores positivos

Pessoas que seguem seus valores e princípios acabam sendo mais resilientes, de acordo com Fonseca. Segundo ele, não se trata de qual valor a pessoa tem e, sim, da importância que ela dá a eles. “Cada um tem seus próprios valores, ter essa orientação é que é muito importante”, explica Fonseca.


Disponível em http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/11-comportamentos-essenciais-para-ser-mais-resiliente?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 16 jan 2014.