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segunda-feira, 21 de abril de 2014

As dicas da criadora do Coursera para concluir cursos online

Camila Pati
08/04/2014
jovens em mesa com computadores 
O outono de 2011 foi decisivo para a carreira dos professores do departamento de ciência da computação da Universidade de Stanford, Daphne Koller e Andrew Ng.

Envolvidos com pesquisas sobre tecnologias educacionais, eles decidiram lançar três cursos online para os estudantes da universidade.

O estrondoso sucesso (cada curso teve milhares de inscritos) foi o insight que eles precisavam para criar, em abril de 2012, a plataforma de educação online gratuita Coursera.
“Quando lançamos oficialmente, eram 37 cursos e quatro universidades parceiras: Stanford, Princeton, Universidade da Pensilvânia e Universidade de Michigan”, lembra Daphne.

Hoje, diz a cofundadora, são 633 cursos de 100 universidades de 20 diferentes países e um número de estudantes de fazer inveja às maiores universidades do mundo: 7,2 milhões.

Tudo isso no prazo exato de dois anos desde a sua criação. Mas Daphne não quer parar por aí. Ela quer expandir o acesso à plataforma (que tem aulas predominantemente em inglês) também para quem não tem domínio do idioma.

Uma das iniciativas, por exemplo, é a parceria com a Fundação Lemann para legendar cursos em português. Já são 10 com legenda. “Com isso dobramos e até triplicamos, em alguns casos, o número de inscrições de brasileiros nesses cursos”, conta.

Ela também tem planos de parcerias com instituições brasileiras, o que significa que em breve a plataforma deve estar “falando português” e oferecendo cursos desenvolvidos por professores das melhores universidades do país.

Por este motivo, Daphne esteve no Brasil na última semana. A EXAME.com, ela falou sobre educação online, os temas que mais interessam aos brasileiros e deu dicas de como escolher o curso certo para não desistir no meio do caminho. Veja os principais trechos da conversa:

EXAME.com: Você costuma dizer que a educação online é o futuro. Estamos preparados para isso?
Daphne Koller: Já há muitos usos de tecnologias online que, alguns anos atrás, seriam considerados impossíveis. Pense em tudo que é relacionado ao consumo de entretenimento.
Antes do Youtube, do Netflix e seus similares, as pessoas não pensavam que poderia ter tanto entretenimento pela web. Antes do Facebook, as pessoas não pensavam que poderiam ter amigos pela web.

Cinco anos atrás, namoro pela internet era um conceito bizarro. Encontrar um parceiro para a vida, pela internet? Que estranho. E hoje sites de relacionamento são o que as pessoas mais novas estão usando.

É um processo e geralmente acontece mais rápido do que as pessoas pensam.

EXAME.com: Então, já estamos preparados?
Daphne Koller: Acho que há pessoas que não estão preparadas. Sabemos da exclusão digital. Ainda existem pessoas para quem internet e computadores, em geral, ainda são um mistério assustador.

Para essas pessoas, precisamos fazer um trabalho melhor de prepará-las e termos a certeza de que a interface que provemos seja simples e fácil de usar.

Mas profissionais qualificados não têm absolutamente nenhum problema em fazer essa transição para educação online.

EXAME.com: Quantos alunos brasileiros estão no Coursera?
Daphne Koller: O Brasil é um país muito grande para gente, é o quinto em termos de crescimento de estudantes. Já são 250 mil.

EXAME.com: Quais os cursos que mais interessam aos brasileiros?
Daphne Koller: Se você olha para os dez cursos com mais alunos brasileiros, eles tendem a cair em duas categorias principais. A primeira é negócios e habilidades de empreendedorismo.

A segunda, é o que eu chamaria de habilidade cognitiva de pensamento, que é aprender a racionalizar, argumentar e usar o pensamento matemático.

EXAME.com: A evasão dos cursos é um problema?
Daphne Koller: A mídia exagera nas reportagens sobre evasão. Porque muitas das pessoas que se inscrevem para um curso não aparecem nem no primeiro dia e muitos não chegam a entregar a primeira tarefa.

Há pessoas que só assistem aos vídeos e tratam o curso como um documentário de televisão, o que, na minha opinião, é bem divertido. Você pode aprender assistindo documentários, lendo um livro. É melhor aprender com engajamento ativo, mas nem todo mundo vai fazer isso.

EXAME.com: Então, não é um problema?
Daphne Koller: Entre as pessoas que estão comprometidas em terminar o curso, a taxa de conclusão é de mais de 60%. Entre quem paga para receber um certificado - que pressupõe um valor que não é alto, de 50 dólares -, a taxa de conclusão chega a 90%.

De certa maneira, pode-se dizer que não é um problema tão grande quanto as pessoas fazem parecer. Mas ainda é maior do que queremos porque se 64% terminam o curso, 35%, não.

EXAME.com: Como evitar que estes 35% abandonem?
Daphne Koller: Estamos muito interessados em aumentar taxa de conclusão entre esses alunos e existe uma variedade de mecanismos para os quais estamos olhando.

Incluindo, por exemplo, o que ocorre em centros de aprendizagem, em que estudantes aprendem juntos de maneira organizada e com a ajuda de um facilitador que os ajude com o material do curso e a solucionar problemas.

O fato de haver uma comunidade no entorno do estudante o ajuda a concluir o curso.

EXAME.com: Fazer o curso em grupo é um jeito de diminuir as chances de não terminá-lo?
Daphne Koller: A primeira coisa é criar tempo semanal na sua rotina para fazer o curso. Um período que você saiba que vai trabalhar nisso. Porque, do contrário, as pessoas deixam tudo para o último minuto e quando se dão conta perderam prazos e percebem que não vão terminar o curso.

A segunda é identificar um grupo de pessoas com quem você quer estudar junto. Podem ser reuniões presenciais ou conversas virtuais. É útil criar uma comunidade porque assim você sente que deve a conclusão do curso também a eles. Além de ser mais divertido, há mais comprometimento.

EXAME.com: E o processo de escolha do curso?
Daphne Koller: Escolher bem o curso é a terceira coisa. Algo muito legal desses cursos abertos online é que o estudante pode explorar nas duas primeiras semanas do curso se ele é adequado para o seu perfil.

Se ele decidir prosseguir é que o conteúdo tem a ver com o que ele espera e o jeito de ensinar também. E se ele não gostar, não precisa continuar. Não tem punição, é de graça.

EXAME.com: Este tipo de curso online é um diferencial para o currículo?
Daphne Koller: Há recrutadores que estão usando a conclusão desses cursos online como um fator importante para selecionar e contratar profissionais.

EXAME.com: Com tanta oferta de cursos, como é possível se diferenciar academicamente?
Daphne Koller: Tem pessoas que agarram as oportunidades que elas têm e começam e terminam esses cursos. Há outras que não tem motivação porque estão muito ocupadas assistindo televisão ou fazendo outra coisa.

Para se diferenciar academicamente há duas barreiras: financeira e a da motivação. O que fizemos foi derrubar a primeira, não a segunda.


Disponível em http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/as-dicas-da-criadora-do-coursera-para-concluir-cursos-online?page=1. Acesso em 18 abr 2014.

sábado, 15 de março de 2014

As 50 universidades com melhor reputação acadêmica do mundo

Camila Pati
06/03/2014
Formandos em Harvard
Na avaliação de pesquisadores do mundo inteiro, a elite mundial do ensino acadêmico está mesmo concentrada nos Estados Unidos e Europa. É o que revela o ranking de reputação divulgado ontem pela revista britânica Times Higher Education.

A lista é elaborada a partir da indicação de 15 instituições de destaque por cerca de 10,5 mil acadêmicos entrevistados.

Harvard ficou no topo, seguida pelo Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT) , Universidade Stanford, Universidade de Cambridge e Universidade de Oxford, deixando em destaque Estados Unidos e Reino Unido na produção de pesquisa científicas.

Apesar de ter caído 11 posições em relação à lista de 2013, a Universidade de São Paulo (USP) é a única instituição da América Latina que entra no top 100.

A USP ficou entre as posições 81 e 90. No ano passado, a instituição paulista estava entre a 61ª e a 70ª posições.

Confira as 50 universidades mais bem avaliadas pelos cientistas entrevistados pela revista britânica:

RankingInstituiçãoPaísNota
1Harvard UniversityEstados Unidos100.0
2Massachusetts Institute of Technology (MIT)Estados Unidos90.4
3Stanford UniversityEstados Unidos74.9
4University of CambridgeReino Unido74.3
5University of OxfordReino Unido67.8
6University of California, BerkeleyEstados Unidos63.1
7Princeton UniversityEstados Unidos35.7
8Yale UniversityEstados Unidos30.9
9California Institute of Technology (Caltech)Estados Unidos29.2
10University of California, Los Angeles (UCLA)Estados Unidos28.8
11The University of TokyoJapão27.7
12Columbia UniversityEstados Unidos21.6
13Imperial College LondonReino Unido20.9
14University of ChicagoEstados Unidos20.8
15University of MichiganEstados Unidos18.9
16ETH Zürich ? Swiss Federal Institute of Technology ZürichSuíça17.4
17Cornell UniversityEstados Unidos16.9
18Johns Hopkins UniversityEstados Unidos16.8
19Kyoto UniversityJapão15.1

RankingInstituiçãoPaísNota
20University of TorontoCanadá14.9
21National University of Cingapura (NUS)Cingapura13.5
22University of PennsylvaniaEstados Unidos12.8
23University of Illinois at Urbana ChampaignEstados Unidos12.7
24London School of Economics and Political Science (LSE)Reino Unido11.8
25University College London (UCL)Reino Unido11.5
26Seoul National UniversityCoreia do Sul10.9
27New York University (NYU)Estados Unidos10.3
28University of Wisconsin-MadisonEstados Unidos10.2
29Carnegie Mellon UniversityEstados Unidos9.6
30Duke UniversityEstados Unidos9.4
31University of WashingtonEstados Unidos9.0
32University of California, San FranciscoEstados Unidos8.7
33University of British ColumbiaCanadá8.6
33McGill UniversityCanadá8.6
33University of Texas at AustinEstados Unidos8.6
36Tsinghua UniversityChina8.4
37Northwestern UniversityEstados Unidos8.3
38Georgia Institute of Technology (Georgia Tech)Estados Unidos7.6
39Pennsylvania State UniversityEstados Unidos7.5
40University of California, San DiegoEstados Unidos7.2
41Peking UniversityChina7.0
42Delft University of TechnologyHolanda6.3
43The University of Hong KongHong Kong6.2
43King's College LondonReino Unido6.2
43University of MelbourneAustrália6.2
46University of EdinburghReino Unido6.1
46Ludwig-Maximilians-Universität MünchenAlemanha6.1
48Purdue UniversityEstados Unidos6.0
49École Polytechnique Fédérale de LausanneSuíça5.8
50Osaka UniversityJapão


Disponível em http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/as-50-universidades-com-melhor-reputacao-academica-do-mundo?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 10 mar 2014.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Seis dificuldades que só as mulheres têm ao fazer networking

Camila Pati
08/03/2014
mulher executiva escrevendo
A mulher brasileira é uma das que menos faz networking, segundo pesquisa do GEM (Global Entrepreneurship Monitor). Seja no mundo corporativo ou empreendedor, a maior participação feminina em eventos de networking ainda é um dos desafios para diminuir as barreiras profissionais entre os gêneros no mercado de trabalho.

EXAME.com perguntou a duas especialistas - que também são mulheres de sucesso na carreira - que listassem algumas razões por que as executivas deixam o networking de lado e não o usam como estratégia de negócios:

1 É constrangedor ser minoria

Basta começar a ampliar a rede de contatos e frequentar eventos e happy hours para notar: elas são minoria, sempre.

“Outro dia, eu tive uma reunião e quando cheguei, percebi que eu era a única mulher no restaurante. Falei isso na mesa e os homens disseram que nem haviam notado”, conta Deb Xavier, fundadora do Jogo de Damas, plataforma em que um dos objetivos é fomentar o networking entre as mulheres.

“Mas se fosse um lugar com apenas mulheres, os homens também se sentiriam estranhos. Eles não notam porque não é no calcanhar deles”, diz Deb. Ela lembra também que o networking mais estratégico acaba acontecendo em níveis mais altos onde há percentual menor de mulheres.

“Faço parte de um grupo ligado à Fundação Getúlio Vargas, e o ambiente é de homens”, diz Helena Ribeiro, fundadora do Grupo Empreza.

Vencer o constrangimento de ser minoria não é fácil, mas pode ser extremamente benéfico, segundo ela. “Deu-me mais segurança para enfrentar outros ambientes”, diz Helena.

2 As regras do jogo ainda são masculinas

Em entrevista a EXAME.com, a executiva Ana Paula Bógus, presidente da Kimberly Clark no Chile contou ter sido barrada ao pedir para participar de um grupo de networking de CEOs de empresas. O motivo? Nas reuniões, com direito a vinho e charuto, só entram homens.

“A regras do jogo são masculinas, os homens têm o mando de campo, a torcida é masculina, e as mulheres têm que  praticar um esporte que não leva em conta as suas particularidades”, diz Deb Xavier.

“O principal obstáculo é a cultura que estabelece que existem coisas para menino e coisas para menina e que se estende até a vida adulta”, diz Helena Ribeiro.

De acordo com Deb, o primeiro passo é tomar consciência disso. “Ela precisa estar ciente disso para que consiga definir a melhor estratégia”, diz.

3 Tempo

Executiva, mãe, mulher. São muitos os papéis exercidos e conciliar carreira, marido, filhos, pais, vida social e ainda ter um tempo para frequentar reuniões pós-expediente, happy hours e eventos é quase impossível. “E não queremos abrir mão de nenhum destes papéis”, diz Helena.

Afinal, mesmo com toda a ajuda do parceiro, o sentimento, diz Helena, continua sendo de que a responsabilidade com a casa e os filhos é da mulher. Promover a divisão de tarefas, em casa, sem culpa (mesmo) é talvez a maior dificuldade.

4 Objetividade

“Eu entendo o networking como construção de relacionamentos e a mulher precisa conseguir trabalhar isso tendo foco em negócios”, diz a fundadora do Jogo de Damas.

Ela percebe, em algumas mulheres, falta de objetividade nesse ponto. Hábil em estabelecer laços de amizade, o risco é confundir contatos profissionais com amigos.

“A dificuldade de se apoiar nesta questão pessoal de ficar amiga e não conseguir direcionar pra o profissional depois”, diz Deb.

5 Falta de modelo feminino

Faltam executivas em quem se inspirar na hora de fazer networking, de acordo com as duas especialistas.

Por isso, às vezes é preciso primeiro reunir as mulheres em ambientes que sejam dominados por elas para que a troca de experiências dê a segurança que falta para apostar em outros horizontes.

É o que a organização Lean In, lançada pela COO do Facebook Sheryl Sandberg se propõe a fazer. O Jogo de Damas, que já fazia isso aqui no Brasil antes mesmo da “Toda Poderosa do Facebook” encampar a ideia, é o único parceiro brasileiro da iniciativa.

6 Medo de ser mal interpretada

É um receio frequente que impede muitas mulheres de tomar a iniciativa, dizem Helena e Deb. “Às vezes a mulher não consegue ser mais direta porque não quer ser interpretada como mandona, ou se  não adota um estilo mais suave  porque vai ouvir que não tem pulso firme”, diz Deb.

Outro ponto é como deixar clara a intenção puramente profissional e estabelecer limites para as relações de trabalho. “As mulheres têm receio de se expor de maneira que possa ser considerada inadequada”, diz Helena.

Disponível em http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/6-dificuldades-que-so-as-mulheres-tem-ao-fazer-networking?page=1. Acesso em 10 mar 2014.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Cinco atitudes para turbinar o seu poder de concentração

Camila Pati
18/02/2014
dardo no alvo
Esqueça a capacidade de ser multitarefa, tão celebrada tempos atrás. A “menina dos olhos” nas organizações, hoje, é a habilidade de concentração.

É a partir dela que profissionais têm se destacado e chamado a atenção de chefes e recrutadores. E a razão é basicamente uma: aumento da produtividade.

“Quando perde o foco, a pessoa está desperdiçando energia e, com isso, fica menos produtiva”, diz a coach executiva Eva Hirsch Pontes.

A especialista explica que, na hora de desenvolver tarefas complexas, precisamos acessar “partes nobres” do cérebro, onde estão os circuitos de atenção e foco.

Quem consegue fazer isso, diz Eva, certamente vai apresentar respostas de melhor qualidade do que quem se divide para realizar várias atividades ao mesmo tempo.

“O multitarefa sobrecarrega o sistema e faz atividades com mais superficialidade. É como uma única tomada com vários aparelhos conectados. Sem dúvida, ao fazer isso, está sobrecarregando”, diz Eva.

Os vilões que sugam nossa energia cerebral são cada vez mais numerosos. Tecnologias aliadas ao acúmulo de informações - recebidas minuto a minuto - dão o tom do problema.

Para o americano Daniel Goleman, autor do livro "Inteligência Emocional", o resultado é visível sobretudo nos mais jovens que cresceram em meio aos aparelhos eletrônicos.

Em seu novo livro, "Foco", lançado em janeiro, ele defende que a falta de pausas e tempo para refletir resultou na “geração sem foco”.

Mas é possível reaprender a se concentrar? Para Goleman, a resposta é sim. O foco, defende o autor, pode ser estimulado, assim como um músculo durante um exercício de ginástica.

Eva Hirsh concorda e, segundo ela, algumas atitudes simples já trazem resultados animadores até para os mais dispersos. Confira as dicas da especialista:

1 Primeiro passo é se observar

“Toda mudança de comportamento passa pelo autoconhecimento e auto-observação”, diz Eva.

O que distrai sua atenção? Observe sua atitude diante de uma tarefa mais complicada. De quanto em quanto tempo você tem perdido a concentração? E o que tem feito seu foco se esvair?

Redes sociais, mensagens, notícias, música, o colega da baia ao lado, ou seus próprios pensamentos que insistem em invadir sua mente na hora que você mais precisa dela?

2 Tarefa complexa para resolver? Bloqueie estímulos

Precisa terminar aquele relatório complicado ou aquela apresentação para a reunião de amanhã? Feche a caixa de entrada de emails, coloque o celular no modo silencioso e desapareça das redes sociais pelo tempo que vai estabelecer. Ao se observar você vai perceber qual é o principal “algoz” da sua atenção.

“Estes são outros estímulos e nós somos curiosos. Só precisamos aprender a usar essa curiosidade a nosso favor”, diz Eva.

O cérebro, explica a especialista, é como o resto do corpo antes de uma atividade física: precisa de um tempo aquecimento. “Não liga imediatamente”, diz Eva.

Cada vez que parar o que está fazendo para responder um email ou checar o feed de notícias do Facebook, além de perder tempo, você desaquece a sua mente para aquela tarefa mais complexa que precisa ser resolvida.

3 Determine as atividades que vão ter a sua atenção hoje

Estabeleça meta para o seu foco. “É muito legal começar o dia, pensando nos assuntos para os quais vale dispensar toda a sua atenção”, diz Eva. Priorize e tenha estas atividades como seu objetivo primordial de concentração.

4 Use seu período do dia mais produtivo a seu favor

Tem gente que produz mais pela manhã. Há aqueles que rendem à noite e outros que trabalham mais e melhor no turno vespertino. A dica da coach executiva é: descubra qual o seu melhor período do dia e use-o a seu favor.

“Trate aquelas horas como seu ‘filé mignon’", diz Eva. Ou seja, não gaste esse tempo propício ao foco checando emails ou resolvendo outra tarefa que necessite de tanta concentração.

Assim, é possível estabelecer algumas rotinas, tendo em vista os melhores horários para se concentrar. “Mas não tenha rotina pra tudo, porque assim a vida ficaria muito chata”, ressalta Eva.

5 Exercite a habilidade de concentração em uma coisa de cada vez

Algumas práticas ajudam nesse processo de turbinar a capacidade de manter o foco. De acordo com Eva, uma boa pedida é apostar em exercícios de respiração ou até meditação.

“Para exercitar a capacidade de se concentrar em uma só coisa”, explica.  Segundo ela, a consciência mais presente começa com a atenção voltada para si. “E a meditação cria este espaço”, explica.


Disponível em http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/5-atitudes-para-turbinar-o-seu-poder-de-concentracao?page=1. Acesso em 20 fev 2014.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Onze comportamentos essenciais para ser mais resiliente

Camila Pati
16/01/2014
mulher praticando ioga
Há algum tempo, a palavra resiliência deixou o campo da Física e ganhou importância como atributo pessoal em processos de seleção e de avaliação de profissionais.

Usado para identificar aquelas pessoas que conseguem superar dificuldades e desafios e se fortalecerem partir destas situações adversas, o conceito de resiliência sempre esteve ligado à capacidade de flexibilidade de objetos e materiais que voltam ao estado natural após sofrerem pressão, como é o caso de uma mola, por exemplo.

A importância da resiliência para carreira é grande. “No fim do dia, quem cresce na empresa, além de ter competência, é quem, de fato, é resiliente”, diz Yuri Keiserman, diretor executivo da Vetor Editora, que comercializa a EPR (Escala dos Pilares da Resiliência), teste organizacional que avalia o potencial de resiliência de profissionais.

Para ele, os altos níveis de cobrança por resultados e a competitividade presente nas organizações justificam a necessidade de pessoas resilientes. “A gente leva muita pancada. Vivemos situações que poderiam nos frustrar todos os dias”, diz o executivo.

O teste, elaborado pelas especialistas Tábata Cardoso e Maria do Carmo Fernandes Martins, tem como base uma escala de fatores - chamados de pilares - que contribuem para um comportamento potencialmente mais resiliente. Por ser uma qualidade que depende de fatores também externos, como educação, família e vivência, o teste não indica se o profissional é ou não resiliente mas mostra a força das estruturas internas que apoiam este tipo de atitude. Confira quais são os pilares comportamentais em jogo na resiliência:

1 Encarar mudanças e dificuldades como oportunidades

É o que o teste EPR identifica como aceitação positiva de mudança, explica Rodrigo Fonseca, gerente corporativo da Vetor. “É aceitar que a mudança é uma oportunidade de crescimento, ter a visão de que as adversidades enfrentadas trazem essa possibilidade”, diz Fonseca.

2 Autoconfiança

É um comportamento relacionado à segurança que o profissional tem para encarar as diversas situações que se apresentam. “É a pessoa se sentir confiante para enfrentar desafios”, explica Fonseca.

3 Autoeficácia

Refere-se à percepção que a pessoa tem da sua própria capacidade. “É acreditar na competência, se sentir capaz”, explica Fonseca. Muitas vezes a pessoa pode até não ter potencial alto de inteligência, mas se tiver autoeficácia, diz Fonseca, vai se esforçar além do normal o que acabará compensando eventuais deficiências.

4 Bom Humor

Neste contexto é analisada a capacidade que a pessoa tem de usar o bom humor para lidar com momentos de stress. “As pessoas que tem bom humor se esforçam para tornar o ambiente mais leve em situações difíceis”, diz Fonseca.

5 Controle emocional

Ataques de ira não são próprios das pessoas flexíveis. “Uma reação desproporcional mostra uma falta de resiliência”, diz Yuri Keiserman.

O controle emocional permite ao profissional agir com mais calma e a não perder o foco. “Quem tem autocontrole consegue expressar adequadamente sua emoções o que permite enfrentar melhor situações difíceis”, diz Fonseca.

6 Empatia

Manter um comportamento resiliente pede uma boa dose de empatia. Saber se colocar no lugar do outro é essencial para minimizar e solucionar conflitos, segundo os especialistas. “No ambiente de trabalho, as relações podem ficar desgastadas porque são intensas e frequentes, por isso a importância da empatia é extrema”, diz Keiserman.

7 Independência

É um conceito bastante próximo da autonomia, de acordo com Fonseca. Pessoas independentes não se isolam mas também não são dependentes dos outros para desenvolver suas tarefas, atividades e projetos. “É não ter o receio de travar, de empacar”, diz Keiserman.

8 Otimismo

O nome técnico deste comportamento na EPR é orientação positiva para o futuro. Ou seja, as pessoas com esta característica têm esperança no que está por vir em suas vidas. “Mas não significa que não se preocupem com o futuro”, afirma Fonseca.

9 Reflexão

Ter a capacidade de analisar e refletir quando o mundo estpa desabando ao seu redor é um dos pilares que apoiam uma pessoa de atitude resiliente, de acordo com Fonseca. Geralmente pessoas assim conseguem encontrar as melhores soluções para os problemas.

10 Sociabilidade

Está ligada ao bom relacionamento interpessoal. Quem tem esta característica consegue criar vínculos com as outras pessoas. Quem desenvolve a sociabilidade apoia a equipe e é apoiado por ela, explica Fonseca.

11 Valores positivos

Pessoas que seguem seus valores e princípios acabam sendo mais resilientes, de acordo com Fonseca. Segundo ele, não se trata de qual valor a pessoa tem e, sim, da importância que ela dá a eles. “Cada um tem seus próprios valores, ter essa orientação é que é muito importante”, explica Fonseca.


Disponível em http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/11-comportamentos-essenciais-para-ser-mais-resiliente?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 16 jan 2014.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Sete erros que matam o seu poder de influência profissional

Camila Pati
24/12/2013
Executivos conversando
Em muitos momentos da vida profissional o resultado final de um projeto ou de uma tarefa depende da ação de várias pessoas. A falta de engajamento de um funcionário pode colocar todo o esforço em equipe a perder.

É neste momento que, mesmo sem ser chefe, o poder de influência vai fazer toda a diferença. O problema é que muitas pessoas, na tentativa de influenciar seus pares, acabam cometendo erros que têm o efeito contrário: criam ainda mais conflitos profissionais.

Confira quais são os equívocos e as atitudes recomendadas por Rubens Pimentel Neto, sócio da Ynner Treinamentos, reverter o cenário:

1 - Usar poder inexistente

Uma tática comum para influenciar uma pessoa é apostar no nome de alguém poderoso. Não é mais você quem está pedindo o relatório, é o diretor geral, é o presidente, é aquele cliente temido por todos.

“A pessoa acaba usando um poder que não existe”, diz Neto. Essa estratégia, diz ele, é bem sucedida por tempo limitado. “Até o outro perceber e usar como antídoto o nome de uma terceira pessoa”, diz o sócio da Ynner.

2 - Encarar o outro como inimigo

Se o atraso no trabalho de uma pessoa vai prejudicar o resultado de todos, não é difícil imaginá-la como “inimiga”. E para piorar o cenário ela não tem a menor obrigação de colaborar com você ou com a sua demanda e, mesmo assim você precisa dela para cumprir a meta.

De acordo com Neto, o viés negativo é o caminho mais rápido para criar conflitos. “É melhor ver o outro como aliado em potencial e não como inimigo”, diz.

3 - Não ser objetivo na comunicação

Usar o jargão técnico da sua área de atuação na hora comunicar as prioridades do projeto para a equipe de outro departamento é um tiro no pé. “Muitas vezes a forma com que a pessoa aborda o tema pode não deixar claro qual é a importância daquela atividade”, diz Neto.

Segundo ele, há que se fazer ajustes para que todos entendam. Da mesma forma, dizer que tudo é prioritário, tudo é urgente na tentativa de forçar o rápido engajamento pode ter o efeito inverso. Objetivos e prioridades devem ser definidos claramente e a distinção entre o que seria ideal conseguir e o que é absolutamente necessário também.

4 - Empatia zero

Não levar em conta a motivação, os interesses, os comportamentos e as possíveis reações do outro compromete o seu poder de influência. De acordo com Neto, a falta de empatia colabora para um clima de desconfiança.

A necessidade de influenciar alguém passa necessariamente pela compreensão do universo desta pessoa, segundo o especialista. É isso que servirá de base na hora de se preparar para fazer uma abordagem.

5 - Não cuidar da própria reputação

Como cobrar atitudes dos outros quando as suas não são as mais adequadas? Nunca atender às solicitações dos colegas, ficar de mau humor quando alguém pede uma informação ou faz uma pergunta são comportamentos que levam ao isolamento, diz Neto.

6 - Só pedir sem oferecer nada em troca

“Se a moeda de troca para a pessoa é a disponibilidade, mas eu nunca estou disponível naturalmente vou ter dificuldade em conseguir uma colaboração”, diz Neto. Identificar a moeda de troca é a regra de ouro na hora de influenciar.

“Saber que tipo de moeda de troca o outro valoriza é o caminho mais eficaz para conseguir atingir os resultados que precisa”, explica o especialista.

7 - Não investir no relacionamento interpessoal

O egoísmo é o vilão do relacionamento interpessoal. Usar o estilo de comunicação sem pensar nas preferências do outro é um dos erros de quem não desenvolve um comportamento colaborativo.

Há os que gostam de entender o sentido do trabalho e aqueles que querem sair logo executando algo. “Entender os diferentes estilos é melhor a forma de ajustar sua comunicação e evitar inseguranças e resistência”, diz Neto.


Disponível em http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/7-erros-que-matam-o-seu-poder-de-influencia-profissional?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 24 dez 2013.