quinta-feira, 2 de junho de 2011

Geração Z: consumidores do futuro

Lia Nara Bau
Enquanto a 'Geração Y' viu o advento das tecnologias acontecer, a 'Geração Z' não sabe o que é viver sem elas. Em relação à idade, a primeira é formada por jovens de 20 a 30 anos e a outra por crianças e adolescentes de até 17 anos. Em sua maioria, a 'X' nasceu após acontecimentos como a chegada do homem à lua e viu surgir o videocassete e o computador pessoal, mas passou por um momento de instabilidade financeira, o que não aconteceu com os jovens da 'Y', muito mais inseridos no mercado de consumo. A 'Y', além de ter se desenvolvido numa época de prosperidade econômica, também testemunhou grandes avanços tecnológicos, como a internet, o que fez com que crescessem estimulados por atividades e realizando tarefas múltiplas.


A pedagoga Camila Machado (Novo Hamburgo/RS) explica que a esta geração é composta por crianças e jovens que já nasceram com o contato com a era digital, com a rapidez das informações e da tecnologia avançada. “Outra característica importante a ser destacada são problemas de interação social. Muitos deles sofrem com a falta de expressividade na comunicação verbal”, alerta. Ela ressalta que eles encaram o mundo de uma maneira diferente. A hierarquia, por exemplo, não é considerada por eles como era por gerações passadas. Eles conversam com o chefe como falassem com o subalterno, embora identifiquem que o outro tem mais poder do que ele.

O maior interesse desta geração, segundo Camila, é o contato direto com a internet. Redes sociais, chats, músicas, vídeos. “Para eles é impossível imaginar o mundo sem internet, telefones celulares, iPods,vídeos, telas de LCD, vídeos de alta resolução,entre muitas outras tecnologias”, diz.

Sustentabilidade

De uma forma geral, acredita-se que essa geração – que estará à frente da sociedade em pouco tempo – preza muito mais pela sustentabilidade e pelo futuro do planeta. Camila concorda, afirmando que a geração 'Z' é crítica, dinâmica e tecnológica e tende a transformar as intenções ecologicamente corretas de agora em hábito, preferência e ações. Leem atenciosamente os rótulos, se preocupam efetivamente com o meio ambiente, são ensinados desde a escola da importância da natureza e, principalmente, já incluem no cotidiano os costumes de uma vida sustentável. “E a internet vem a acrescentar. A mídia estimula e a própria escola também. Os professores estão em constante qualificação profissional para atuar junto à escola e a comunidade”, assegura.

Conectados O que mais define essa geração é a conectividade, o uso da internet. Para Camila, o uso é extremamente benéfico quando se aproveitam a grande quantidade de informação, com o objetivo sempre da qualificação, do conhecimento e da aprendizagem. “E os jovens sabem aproveitar este espaço. Já é a maioria os que trazem para a escola o conhecimento virtual e compartilham com os demais. E todas essas informações irão auxiliá-los na escolha da sua profissão”, fala.

Mas ela alerta que pode ser prejudicial quando usado em excesso, é preciso ter um controle do uso, sabendo priorizar os estudos e as obrigações da rotina diária. A escola, pais e responsáveis precisam aprender a lidar com essas crianças que já nasceram na era digital e da tecnologia. É preciso estabelecer um filtro dentre as várias atividades e informações, para que haja um limite saudável, intelectual e físico, sabendo assim o que fazer e quando fazer, perceber o que vale a pena”, ressalta.

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