Portal Terra
26 de Junho de 2013
Uma nova forma de negócio vem se mostrando popular no
universo das redes sociais. Embora também se encaixem na ideia de comércio
eletrônico, as transações feitas pelo Facebook ou pelo Twitter, por exemplo,
ainda são um mercado muito fraco no Brasil. Em 2012, o desempenho foi um pouco
acima do esperado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm),
lucrando cerca de R$ 24 bilhões. Ainda segundo a ABComm, 9 milhões de
brasileiros efetuaram suas primeiras compras via internet no ano passado.
“Os brasileiros não têm a cultura de compra nas redes
sociais. Esse processo ainda caminha lentamente. Não vejo isso acontecendo,
pelo menos nos próximos anos”, afirma a coordenadora do curso de pós-graduação
em Gestão da Comunicação da Mídias Digitais do Senac, Ivone Rocha. As redes
sociais, cujo intuito inicial é ampliar as relações e a comunicação entre as
pessoas, agora têm outras funções. Mais do que um comércio efetivo, esses sites
conseguem promover marcas, gerando lucros indiretos para as empresas. “As redes
ajudam porque possibilitam a divulgação de produtos. Além disso, também criam
comunidades virtuais, essenciais para estabelecer uma marca no mercado”,
explica Rocha.
Quando o assunto é obter rendimento nas redes, broadcasting
é o termo mais popular, ligado à transmissão de informação. Com o objetivo de
alcançar o máximo de pessoas, as empresas apostam em curtidas e
compartilhamentos. “Essas postagens esperam sempre a maior audiência. A
internet dá a possibilidade de interagir com os clientes”, diz o superintendente
de Comunicação e Marketing e professor do curso de Marketing da FGV, Marcos
Facó.
Postagens lucrativas
Criada no mês passado, a rede social Teckler promete pagar
70% dos lucros com anúncios aos usuários que tiverem posts com boa repercussão.
O valor de cada visualização varia de acordo com o anunciante, que pode pagar
de US$ 0,40 a US$ 15 a cada mil visualizações. O serviço permite ganhar
dinheiro com comentários, fotos e todo o conteúdo que normalmente é postado de
graça em outras redes. Na opinião de especialistas, porém, esse site gera uma
certa desconfiança. “Deixa de ser uma postagem autêntica e passa a ser uma
participação falsa, apenas com o objetivo de ganhar dinheiro. Perde-se o
sentido de comunicação e expressão”, afirma Facó.
A rede que mais vem crescendo no mercado de lucros indiretos
é o LinkedIn. Pesquisa feita pelo próprio site em 2012, mostra que 42% dos
recrutadores buscam profissionais nessa rede. Neste site, os usuários conseguem
obter perfis mais detalhados do que no Facebook. Segundo Facó, a grande
diferença entre os dois é que, no primeiro, investe-se tempo; no segundo,
gasta-se. “As empresas também estão investindo tempo e dinheiro no LinkedIn
para tentar se relacionar, o que gera negócios, contratações e parcerias. É uma
rede que está crescendo bastante no Brasil”, diz.
Outra possibilidade de lucrar nas redes é o Google. Com
serviços como o Google AdSense e o YouTube, é possível vender um post para
empresas, servindo, assim, como publicidade para elas. Segundo a empresa, o
valor pago por cada clique pode variar entre R$ 0,05 e R$ 20, dependendo do
anunciante. “Essa é uma solução muito boa porque é uma permissão e não um
objetivo. Algumas empresas descobrem que esse pode ser um modelo de negócio
muito interessante”, comenta Facó.
Disponível em
http://economia.terra.com.br/operacoes-cambiais/pessoa-fisica/brasileiros-ainda-aprendem-a-lucrar-com-as-redes-sociais,5d08e7d169b7f310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html.
Acesso em 10 set 2013.
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