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quarta-feira, 19 de março de 2014

62% dos brasileiros têm desconfiança dos demais, diz enquete

EFE
12/03/2014
População brasileira: pessoas atravessam rua em faixa de pedestres
Entre os brasileiros, 62% têm pouca ou nenhuma confiança das pessoas em geral, enquanto 73% confiam muito em seus familiares, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Ibope e que consultou 2.002 pessoas em 143 municípios de todo o país.

A enquete, batizada como "Retratos da Sociedade Brasileira: Padrão de Vida" e encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI, patronal) concluiu que, além da família, os brasileiros confiam pouco nos demais.

Apenas 6% dos consultados disseram ter muita confiança em pessoas de fora da família e só 32% admitiram que confiam nelas, contra 62% que disseram que desconfiam.

De acordo com a pesquisa, somente 18% confiam muito nos amigos, 11% nos vizinhos e 9% nos companheiros de trabalho ou de estudos.

Na opinião de 82% dos entrevistados, a maioria das pessoas só quer seu próprio benefício, sem se preocupar com os demais.

Esta percepção é mais elevada no Nordeste do país, com 89%, e menor nas regiões Norte e Centro-Oeste, com 71%.

Segundo o gerente executivo de pesquisa e competitividade da CNI, Renato da Fonseca, "o objetivo da enquete é conhecer melhor o consumidor", já que "quando desconfia, isso afeta sua decisão no consumo".

Segundo os pesquisadores, o nível de desconfiança não varia em função do sexo, mas sim da idade.

Enquanto 67% das pessoas com entre 16 e 24 anos dizem ter pouca confiança ou nenhuma nas demais, esse porcentagem se reduz até 57% para os maiores de 50 anos, segundo o estudo que a patronal dos industriais disse ter encomendado para conhecer melhor os consumidores brasileiros.


Disponível em http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/62-dos-brasileiros-tem-desconfianca-dos-demais-diz-enquete. Acesso em 18 mar 2014.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

80% dos brasileiros não controlam suas finanças

Márcia De Chiara
28/01/2014
 
Apesar do recuo da inadimplência para níveis históricos, o brasileiro ainda tem pouco conhecimento sobre as suas finanças, independentemente do estrato social.

Oito em cada dez entrevistados não sabem como controlar as despesas, revela uma pesquisa nacional feita em dezembro com cerca de 650 pessoas pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

A enquete mostra que apenas 18% dos entrevistados têm bom conhecimento sobre as finanças pessoais. A economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, destaca que esse resultado praticamente se repete para todos os estratos sociais.

Em 84% dos domicílios com renda mensal de até R$ 1.330, o chefe da família tem parcial ou nenhum conhecimento sobre as finanças da casa.

Essa fatia cai para 86% no caso das famílias com rendimentos entre R$ 1.331 e R$ 3.140 e recua para 76% para aquelas com receita acima de R$ 3.141. Mas ainda é um porcentual alto.

"O consumidor adulto se mostra muito pouco preparado em relação às finanças pessoais", afirma Luiza. A economista ressalta que há uma relação direta entre saldo negativo na conta corrente e o baixo conhecimento financeiro.

Quase 70% daqueles que têm baixo ou nenhum conhecimento sobre as finanças pessoais termina o mês no vermelho ou no zero a zero na sua conta corrente. Esse resultado recua para 29% para aqueles que acompanham as suas receitas e despesas.

Descontrole

Um dado que chamou a atenção é que mais de um terço dos entrevistados (36%) sabiam um pouco ou nada sabiam sobre as contas regulares que deveriam pagar este mês, com resultados muito parecidos para as três faixas de renda analisadas.

No caso das despesas extras de início de ano, mais da metade (57%) não sabia exatamente quanto deveria gastar a mais. Há também falta de conhecimento do lado das receitas, com 40% dos entrevistados declarando não ter informações exatas sobre a renda.

A principal dificuldade apontada pelos consumidores de todas as classes sociais para controlar as finanças pessoais foi a disciplina para registrar gastos e receitas com regularidade, com 39%. Mas fazer contas é tido como um problema para 6% dos entrevistados. Esse resultado dobra (12%) no caso do estrato com menor renda.

Fôlego

Além da falta de controle das despesas e receitas, outras informações relevantes reveladas pela pesquisa são o ímpeto do consumidor para ir às compras e a falta de fôlego financeiro: 38% dos entrevistados informaram que às vezes, ou nunca, avaliam a sua situação financeira antes de adquirir um bem.

A falta de reservas financeiras é nítida quando se avalia que mais da metade (55%) dos entrevistados não conseguiriam se manter por mais de três meses em situação de dificuldade. "Como o tempo de recolocação no mercado de trabalho é de sete meses, esse resultado é preocupante, se houver um tropeço no emprego", diz a economista.

A escassez de controle dos brasileiros sobre as suas finanças ocorre num momento em que os índices de inadimplência registram baixas históricas. Na avaliação de Luiza, esse cenário não é contraditório com a falta de rigor nas finanças pessoais porque o principal fator, na sua opinião, que levou ao recuo do calote foi a cautela do sistema financeiro na aprovação de novos créditos. 


Disponível em http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/80-dos-brasileiros-nao-controlam-suas-financas--2?page=1. Acesso em 30 jan 2014.