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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Micro e pequenas empresas reúnem mais da metade de empregos formais no Brasil

Gustavo Paul
Mais da metade dos empregos formais no Brasil se encontra nas micro e pequenas empresas. De acordo com o terceiro Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa (MPE), que será lançado nesta terça-feira pelo Sebrae e o Dieese, dos 24,9 milhões de empregados formais, 52,3% (13 milhões de pessoas) trabalhavam nesse tipo de estabelecimento. O número de empregos formais no setor cresceu 36% desde 2002, quando somavam 9,5 milhões, até 2008.

As MPEs responderam por 73,7% dos empregos formais do comércio, 48,7% na construção, 42,9% em serviços e 42,5% das vagas com carteira da indústria. A maior parte das empresas está no interior. Do total de empregos formais gerados por MPEs, 35,1% encontravam-se nas capitais e 64,9%, fora delas.

Empresas de pequeno porte resistiram mais à crise

O Anuário cruza dados sobre emprego e renda no país da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese e do Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho, utilizando números de 2008 (os últimos disponíveis).

As empresas de pequeno porte resistiram mais à crise do que as grandes. Pelos dados do anuário, em 2008, as micro e pequenas empresas geraram 1.035.297 novos empregos líquidos, ou seja, contabilizando as admissões menos as demissões. Já as médias e grandes geraram somente 219.377 novos empregos líquidos formais em 2008, ano em que a crise financeira internacional atingiu seu ponto máximo.

O anuário mostra que a maior parte das microempresas é tocada pelos proprietários. Das 5,486 milhões de microempresas, 3,703 milhões não têm empregados (67,4%). No Rio, este percentual chega a 60,9%. Das 368 mil microempresas fluminenses, 224 mil não tinham empregados. O levantamento aponta ainda que 61,3% dos empreendedores não têm sócios. O Rio conta com 659 mil pequenas empresas.

Entre as MPEs, os setores que mais geraram postos de trabalhos líquidos foram: comércio (348 mil), serviços (317 mil), construção civil (202 mil) e indústria (169 mil).

Em 2008, as MPEs foram responsáveis por 39,4% da massa de salários paga aos empregados formais na economia. A remuneração média mensal dos empregos formais das MPEs foi de R$ 928. Este valor é 25% menor do que o valor médio pago pelas médias e grandes empresas, que chegava a R$ 1.235.

Remuneração é melhor na região Sudeste

Mas essa remuneração varia de acordo com a região. A renda média mensal dos empregos formais das MPEs no Sudeste foi de R$ 1.022, no Sul chegou a R$ 923, no Centro-Oeste R$ 845, no Norte a R$ 769 e no Nordeste a R$ 682.
Por setores, a remuneração média mensal dos empregos formais das MPEs foi de R$ 1.046 na indústria, R$ 981 na construção, R$ 942 no setor de serviços e R$ 841 no comércio. Por porte, nas microempresas a remuneração média mensal foi de R$ 797 e nas pequenas empresas foi de R$ 1.044.



quarta-feira, 25 de abril de 2012

O futuro da capacitação está no ensino a distância

Glória W. de Oliveira Souza
Tempos atrás era comum vermos nos espaços de jornais e revistas, bem como nas matérias de televisão e em blogs da internet de que o Brasil vivia uma crise de apagão de mão-de-obra. Os empresários, que sentiam os efeitos em seus empreendimentos, também perceberam que o mundo estava mudando e que ele também necessitava de capacitação para enfrentar, não somente seus concorrentes, mas uma nova era econômica que se avizinhava. Mas muitos não investiram em educação por falta de tempo ou alto investimento. Hoje, entretanto, há saída para superar estes obstáculos: o ensino a distância. Tanto para o empresário como para seus funcionários.

Em 2006 Berwanger já afirmava que a mão-de-obra existente era “terrível e desanimadora: em um simples texto de três linhas não se consegue identificar o que é dado e o que está sendo pedido”. E completava que o “universo de alunos a que me refiro é composto em grande parte por jovens recém-saídos do ensino médio, com idade entre 17 e 21 anos, e por uma parcela um pouco menor que tem entre 22 e 29 anos. E a queixa desse autor se confirmava em estudo feito em 2009 pelo IPM (Instituto Paulo Montenegro), ao constatar que cerca de 28% dos brasileiros ainda poderiam ser classificados como analfabetos funcionais, enquanto somente 25% dominam plenamente o uso da língua. 

De acordo com o estudo, se os jovens completassem o ensino fundamental com melhor qualificação, poderiam atingir um nível pleno de alfabetismo, ou seja, seriam capazes de ler e analisar textos, tabelas e gráficos presentes em manuais, jornais, etc., comparando e estabelecendo relações entre as informações, resolvendo problemas matemáticos que envolvem sequências de cálculos (como porcentagens, por exemplo). E esta deficiência ainda existe e afeta diretamente as empresas, notadamente nas micro e pequenas que, devido ao seu tamanho, necessitam de profissionais mais capacitados. Em 2010, a jornalista Daniela D’Ambrosio publicou em jornal de grande circulação que os empresários viviam reclamando de que “está difícil contratar profissionais qualificados e com experiência”. Um ano depois, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontava que a situação não melhorava e que o crescimento do mercado de trabalho brasileiro ocorreu, principalmente, entre os empregos que pagavam até dois salários mínimos. 

Ensino a distância

A alternativa para a baixa qualificação de mão-de-obra, bem como para ajudar os micro e pequenos empresários possam se capacitar, é investir nos cursos feitos pela internet. No sistema de estudos pela web o estudante é responsável por estabelecer os horários de aula e a rotina de estudos para buscar conhecimento complementar. Assim, a capacitação pode ser feita tanto em dias e locais que melhor atendem ao estudante, tanto dentro da empresa como fora dela, sem prejuízo para as atividades laborais.

E os investimentos na capacitação vão da pós-graduação aos cursos livres, especialmente criados para atender necessidades imediatas. Segundo Glória de Oliveira Souza, sócia-diretora da Canalw Difusão do Conhecimento, empresa que disponibiliza cursos livres voltados para o universo das micro e pequenos empreendimentos, “a disponibilização da internet na maioria das empresas permite que tanto o empresário como o empregado possam estudar a qualquer momento e, desta forma, pode enfrentar o mundo competitivo que o cercam”. Segundo ela, o sistema de ensino a distância gera ganho de tempo e investimento reduzido.

Os cursos da Canalw utilizam a plataforma Moodle (CMS opensource), baseada em tecnologia de interação, no sistema LCMS (Learning Content Management Systems), que é o mais adequado para implementação de cursos 100% online. Além disso, a empresa baseia seus cursos na filosofia de aprendizagem da pedagogia social-construcionista (Piaget; Papert; Vygotsky). Para complementar a eficácia dos estudos, a metodologia utilizada apoia-se na fixação de conteúdo mediante disponibilização de ferramentas lúdicas.

Cursos prontos e personalizados

A Canalw oferece ao mercado dois tipos de cursos: prontos e personalizados. Os cursos prontos visam atender um público amplo e estão disponíveis os cursos A comunicação na empresa’; ‘Os segredos de uma boa negociação’; ‘As finanças da empresa’ e ‘De olho nos impostos’, que podem ser adquiridos imediatamente.

Já para àqueles empresários que necessitam de cursos para atender especificamente uma necessidade própria, a empresa dispõe de ferramentas para criar cursos personalizados. Estes cursos são criados a partir de um tema (que definirá o nome do curso) e, a seguir, são escolhidos os assuntos (que definirão os textos-base de cada módulo), sendo que o curso será inserido em uma subcategoria (que identificará o cliente), na categoria ‘Privativos’. “O valor aplicado nos cursos a distância não é um gasto, mas sim investimento, já que tanto o empresário como o funcionário estarão melhores preparados para o dia-a-dia da empresa”, completa Clóvis Machado, também sócio-diretor da Canalw, ao adicionar que o investimento não supera a dois dígitos por curso. 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Microempresas ainda desconhecem os benefícios da Internet

IDGNow!
A Internet continua a ser uma ferramenta muito pouco, ou quase não usadas pelos microempresários brasileiros, segundo a pesquisa TIC Microempresas 2010, realizada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br) e divulgada nesta quarta-feira (28/12) pelo Comitê Gestor da Informática (CGI.br).

Os dados do levantamento realizado entre setembro e novembro de 2010, com mais de 1.500 empresas brasileiras que empregam até 10 funcionários, atualizam o levantamento de 2007. Os resultados revelam estabilidade no número de microempresas informatizadas - em 2007, 69% tinham computadores com acesso à Internet e este patamar se manteve estável em 2010 - mas a presença na Web é muito baixa - 73% das microempresas pesquisadas não possuem site e 83% delas sequer figuram em canais online de parceiros ou terceiros. Pior, aquelas que têm página na Internet oferecem somente recursos básicos, como catálogos e listas de preços de produtos.

Na prática, a maioria dos microempresários entrevistados (64%) alega não necessitar da Internet para seus negócios. E mesmo aqueles que declaram usá-la, limitam-se a funções básicas, como envio de e-mail (97%) ou buscas online (88%). Atividades que exijam maior familiaridade com a Internet, como usar serviços bancários online, oferecer serviços ao consumidor, e o uso em treinamento, têm índices ainda relativamente baixos, principalmente quando comparados a empresas com mais de 10 funcionários: 58% das microempresas utilizam serviços bancários, 51% fazem uso de mensagens instantâneas, e apenas 40% oferecem serviços ao consumidor.

Outro indicador importante avaliado na consulta foi o uso que essas empresas fazem de sites governamentais. O índice, bastante significativo e similar ao que foi apresentado por empresas maiores, aponta que 71% das microempresas acessam páginas do governo. Entretanto, somente 7% das empresas com 1 a 9 funcionários adquirem bens ou serviços de organizações governamentais via Internet e apenas 37% fazem pagamentos pela rede a esses órgãos.