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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Brasil sobe quatro posições entre os países com maior carga tributária do mundo


Newtrade
A velha queixa da alta carga tributária no País parece ainda estar longe de ser sanada no Brasil. O País acaba de amargar a subida de mais quatro posições no ranking dos países com maior carga tributária do mundo, contrariando a tendência pós crise financeira internacional.

O levantamento foi realizado pela Organização para a Cooperação eo Desenvolvimento Econômico (OCDE), em que  a relação entre arrecadação e PIB no país subiu da 18ª para 14ª posição, caso o Brasil integrasse o rol dos países membros da OCDE.

Em 2009, a arrecadação tributária em comparação ao PIB (conhecida por carga tributária) registrou uma queda na maioria dos países listados, em comparação a 2008, motivada pelo declínio da atividade econômica e do corte de tributos em função da recessão que seguiu a crise econômica mundial.

Os países que mais tiveram baixa foram: Chile (de 22,5% em 2008 para 18,2% em 2009), México (de 21% em 2008 para 17,5% em 2009) e Grécia (de 32,6% em 2008 para 29,4% em 2009).

Alguns poucos países ainda registraram um aumento na carga tributária de 2009 em comparação com a de 2008, dentre eles Luxemburgo (de 35,5% em 2008 para 37,5% em 2009), Suíça (de 29,1% em 2008 para 30,3% em 2009) e Eslovênia (de 37,2% em 2008 para 37,9% em 2009).

“Como se percebe, a elevação na carga tributária desses poucos países, em média de 0,5%, foi bem menos expressiva do que a queda no percentual de carga tributária dos demais países, com média de 1,9%”, explica a advogada e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT, Letícia do Amaral.

Com carga tributária na casa dos 34,5% do PIB, o Brasil perde apenas para a Dinamarca (48,20%), Suécia (46,40%), Itália (43,50%), Bélgica (43,20%).

Segundo Letícia, surpreende o fato de o Brasil somente ficar atrás de países europeus, altamente desenvolvidos, como é o caso dos países da Escandinávia (Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia). “Ao contrário do Brasil, eles prestam serviços públicos de qualidade, garantindo à sua população saúde, segurança, educação, previdência social, boas estradas, reembolso de medicamentos, auxílio moradia e outros”.

Atualmente, cada brasileiro precisar trabalhar quase 150 dias, corresponde a cinco meses do ano, somente para custear a cobrança de tributos por parte do governo. “O brasileiro ainda tem que trabalhar outros quase cinco meses somente para pagar, ao setor privado da economia, os serviços públicos essenciais que o governos deveria garantir-lhe, pois é essencialmente para isto que os tributos são pagos”, observa Letícia.

Para a vice-presidente do IBPT, o brasileiro, em geral, não é contra o pagamento de tributos, até mesmo porque tem consciência de sua importância para custear a máquina pública, entretanto, o que angustia e causa revolta é a quantidade do desvio do dinheiro público e a má gestão da máquina pública que levam, ainda, a uma outra consequência nefasta: a sonegação tributária.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Tributos: Brasil arrecada muito pelo pouco que dá aos contribuintes, diz IBPT

Tabata Pitol Peres


O impostômetro, ferramenta que contabiliza a arrecadação tributária nacional, atingiu a marca de R$ 700 bilhões  na tarde de segunda-feira, 26 de julho. Para a diretora do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), Letícia do Amaral, esse é um número bastante alto.

"Não seria um número tão alto, se houvesse um retorno satisfatório de todo esse imposto pago. O problema é que não há. O que temos no País é muito desvio e a utilização dos impostos para fins não prioritários, obrigando os cidadãos que têm condições a pagar por serviços que deveriam ser oferecidos pelo governo, como educação, saúde e segurança", afirma.

Arrecadação recorde

diretora explica ainda que a arrecadação tributária tem batido recorde em cima de recorde nos últimos meses.

"Não houve aumento na quantidade de tributos nem nas alíquotas, mas a arrecadação vem batendo recorde. Vivemos um momento de aceleração da economia, geração de emprego e maior consumo, por isso, arrecada-se mais, ou seja, poderia haver mais benefícios aos cidadãos. Para se ter uma ideia, em um levantamento sobre países que investem em educação, entre os 58 nalisados, o Brasil ficou na posição 53".

Letícia conta ainda que o Brasil é o país com maior carga tributária entre os seus semelhantes.
"O Brasil é o país com a carga tributária mais elevada entre os países em desenvolvimento da América do Sul e dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China). Se a gestão de recursos públicos fosse mais eficiente, não precisaríamos de uma carga tão grande. Fato é que o Brasil arrecada como um País de primeiro mundo, mas retorna para a população como um país de terceiro mundo".

Mais de R$ 1 trilhão

A executiva ressalta ainda que, de acordo com as previsões do IBPT, a arrecadação registrada no final do ano deve superar a casa de R$ 1 trilhão. "Nossas estimativas são de que a arrecadação em 2010 seja de R$ 1,3 trilhão", finaliza.