Sem dúvida, é mais difícil ficar sem casa do que sem Internet, mas, aos poucos, os jovens começam a enxergá-la como um recurso essencial à sua vida, tal qual o ar ou a água. Segundo o Relatório Mundial de Tecnologia Conectada, elaborado pela Cisco, quase dois terços (63%) dos jovens universitários e adultos em início de carreira consideram a rede mundial algo imprescindível, e mais da metade a descreve “como parte integrante de sua rotina” – em alguns casos, à frente do carro e da namorada.
“Sem sombra de dúvida, o mundo
está se tornando um local onde a Internet é cada vez mais importante, e se
torna ainda mais importante a cada nova geração”, afirmou Marie Hattar,
vice-presidente de marketing da empresa.
Dois em cada cinco universitários
disseram que a web é mais relevante para eles que namorar, sair com os amigos
ou ouvir música. No Brasil, o índice sobre para 72%. O mesmo parâmetro se
repete em relação às redes sociais: 27% dos jovens entrevistados preferem o
contato via Facebook ao pessoal, enquanto que no País a taxa chega a 50%.
Dispositivos móveis e notícias
Dois terços dos estudantes
universitários mencionaram um dispositivo móvel (notebook, smartphone, tablets)
como a principal tecnologia que utilizam. No Brasil, o número cai para 35%,
sendo derrotado pelo desktop (47%). Em termos globais, apenas 6% lembrou da TV.
Quanto aos jornais impressos, a
popularidade deles entre os jovens é baixíssima: só 4% dos entrevistados os elegeram
como principal fonte de
informação. Por outro lado, nove em cada dez possuem uma conta no Facebook,
e mais de 70% as acessam uma vez por dia pelo menos.
Por conta disso, inclusive, as
interrupções durante trabalhos e projetos é constante. Em uma hora, afirmam 84%
dos estudantes, pelo menos uma atividade online requer sua atenção, como
mensagens instantâneas e atualizações nas redes sociais. Um em cada cinco disse
que em apenas 60 minutos isso ocorre mais de cinco vezes.
“Os estilos de vida de
“prossumidores” – a combinação de profissionais e consumidores no local de
trabalho –, suas expectativas tecnológicas e seu comportamento com relação ao
acesso à informação vem mudando a natureza das comunicações em escala global”,
concluiu Dave Evans, futurista-chefe da Cisco.
A pesquisa abordou dois universos:
uma com universitários e outra com jovens trabalhadores com até 30 anos de
idade. Mais de cinco mil pessoas de 14 países – incluindo o Brasil – foram
entrevistadas.