Patricia Basilio
01/04/2012
Digitar o texto. Selecionar o destinatário. Apertar o botão
de enviar. Pronto. Em segundos o cliente recebe a mensagem da empresa direto em
seu celular.
A agilidade e a objetividade do SMS atraíram companhias
norte-americanas e têm ganhado destaque entre as brasileiras de todos os
portes.
Pesquisa feita em dezembro pela Acision, consultoria de comunicação
móvel, mostrou que 80% dos 1.493 brasileiros consultados receberam mensagem de
texto ou multimídia com publicidade no terceiro trimestre de 2011. O conteúdo
foi lido atentamente por 55% deles.
Para se ter uma ideia do quanto isso significa, o índice de
cliques em anúncios pela internet é abaixo de 0,5%, afirmam especialistas em
propaganda. Ou seja, ainda que indesejado, o SMS é lido.
"Enquanto comunicadores instantâneos [como o MSN]
exigem conexão, o SMS não, além de ser confiável e universal", afirma
Vancrei Oliveira, vice-presidente da Acision na América Latina.
O acesso à internet oferecido pelos smartphones levanta
outra questão: quando tudo e todos se comunicam on-line, ainda vale a pena
investir no SMS?
No passado
"O torpedo ficou no passado do marketing",
contrapõe Gil Giardelli, sócio da agência Gaia Creative.
Depois que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)
exigiu a autorização dos clientes para o envio de mensagens, o recurso perdeu
sua funcionalidade como canal de propaganda, diz.
"Tudo está virando aplicativo para smartphone, que além
de acessível, é barato ou gratuito. Nos EUA, o SMS é mais forte porque não há
restrições como há aqui", frisa.
Ainda assim, a rapidez e o custo do SMS (R$ 0,30 por
mensagem) têm chamado a a atenção de empresários interessados em estreitar os
laços com os seus clientes.
Esse é o caso de Fernanda Amorim, 30, gerente de marketing
da concessionária Caraigá Veículos.
A partir deste mês, a loja enviará torpedos para clientes
avisando, entre outros assuntos, sobre o dia da revisão do automóvel.
"Queremos que o cliente tenha um tratamento especial."
Custo
Utilizar o SMS como ferramenta de marketing não se resume ao
envio de mensagens aos clientes.
Por trás desse recurso, deve haver um time de profissionais
especializados - contratados pela empresa ou terceirizados, diz Fábio Saad,
diretor da agência de publicidade DM9DDB. "Sem equipe específica, o SMS
resume-se a um simples spam", argumenta.
Enquanto a implantação de um sistema de torpedo sai por até
R$ 20 mil, cada mensagem custa R$ 0,30.
O salário inicial médio de um analista de comunicação
digital, responsável pelo conteúdo publicado nas plataformas, é de R$ 2.000.
Há um ano usando o torpedo para atrair alunos, a
Universidade Cruzeiro do Sul, em São Paulo, tem equipe de quatro profissionais
de comunicação.
Entre as funções do SMS, diz a gerente Stephania Fincatti,
está a de alerta sobre o dia do vestibular. "Tivemos redução de 15% no
volume de atendimentos pelo call-center."
Disponível em
http://classificados.folha.uol.com.br/negocios/1069825-torpedos-atraem-empresarios-pela-agilidade-e-preco-baixo.shtml.
Acesso em 04 ago 2013.
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