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sábado, 7 de maio de 2011

Como conhecer os concorrentes da sua empresa?

Priscila Zuini
A identificação e análise da concorrência é uma das principais atividades do planejamento de marketing. É importante conhecer as forças e fraquezas dos seus concorrentes para estimar suas ações futuras e construir uma vantagem competitiva diante deles.

Ao determinar o posicionamento almejado por sua empresa e o seu público-alvo, analise o mercado e identifique as empresas que oferecem produtos com posicionamentos similares e que tenham produtos substitutos, além das que podem vir a entrar no seu mercado no futuro.

Ao fazer essa análise, identifique o seu grupo estratégico, que é o conjunto de empresas que seguem uma linha de estratégia semelhante. Isso pode te ajudar a fazer um redirecionamento estratégico.
Há quatro estágios na análise da concorrência. O primeiro é avaliar os objetivos atuais e futuros da concorrência. Procure identificar o que eles estão tentando conseguir e quais são as razões para isso.
O segundo passo é analisar as estratégias atuais da concorrência para identificar oportunidades e ameaças decorrentes de suas ações. Pergunte-se quais são seus mercados-alvo, seu foco estratégico, seus produtos, como estão precificados, como são distribuídos e comunicados e como é configurada sua estrutura de marketing.
Em seguida, avalie os recursos da concorrência para estimar sua capacidade. Identifique se o concorrente possui cultura de marketing, se tem ativos e recursos de marketing, se tem recursos de produção e operação e se tem recursos financeiros.
Por fim, é preciso prever estratégias futuras da concorrência por meio da combinação das análises anteriores, inclusive estimando como ela pode reagir às ações da sua empresa.
Para ter sucesso, é interessante ter “bons concorrentes”, que desafiem sua empresa a fazer sempre melhor e a continuar inovando, sejam éticos e ajudem a desenvolver o mercado.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Brasil ocupa os últimos lugares em ranking de competitividade, aponta CNI

Karla Santana Mamona


A competitividade do Brasil  é inferior, ao ser comparada com 13 países concorrentes (África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia, Espanha, Índia, México, Polônia e Rússia), segundo um estudo realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

De acordo com os dados, o Brasil está atrás destes países em oito indicadores que determinam a competitividade do produto nacional.

Estes fatores são disponibilidade e custo da mão de obra, disponibilidade e custo de capital, infraestrutura e logística, peso dos tributos, ambientes macro e microeconômico, educação e tecnologia e inovação.

Últimos lugares

Nos quesitos de disponibilidade e custos de capital o Brasil ocupa o último lugar do ranking. Já em infraestrutura e logística e carga tributária, o País está na 12ª e 13ª posição, respectivamente.

O Brasil só está à frente da África do Sul no item disponibilidade e custo da mão de obra. Entretanto, perde para Austrália, Canadá, Rússia, México, China, Polônia, Espanha, Índia e Coreia.

Em relação aos fatores macro e microeconômicos, o Brasil permanece nos últimos lugares. É também o 14º em volume de investimentos e em evolução da taxa de câmbio real.

Na atração de investimentos diretos estrangeiros, o País fica em 10º lugar, subindo para a 9ª posição no quesito taxa de inflação e, para 8ª, no quesito dívida bruta do governo.

Desenvolvimento de ações

Para o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, a comparação dos ambientes em que as empresas operam é fundamental para que o governo e a sociedade identifiquem os obstáculos ao crescimento. Ele acrescenta ainda que é necessário o desenvolvimento de ações que possibilitem aumentar a capacidade de o Brasil crescer.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Comércio eletrônico nas pequenas e médias empresas: o que fazer para não quebrar?

Natan Sztamfater


Mais uma vez, o comércio eletrônico encerrou o ano com resultados otimistas e cumpriu as perspectivas apontadas pela e-bit. Em 2009, o comércio eletrônico brasileiro somou um faturamento de R$ 10,5 bilhões, sendo R$ 1,6 bi contabilizado apenas no período do Natal, uma das épocas mais movimentadas do ano no varejo.
De olho nesses dados, empresas investem cada vez mais em um mar de oportunidades proporcionado pelos recursos infindáveis da venda online. A internet é um mundo sem limites, isso virou jargão, mas é fato consumado. E, como todo negócio, seja físico ou disposto no ambiente virtual, se não for bem planejado e acompanhar as tendências para ganho de competitividade, pode morrer ou, naturalmente, ficar para trás. Ter uma loja virtual não é a mesma coisa que manter uma loja física. As mudanças no universo online são mais rápidas que as do “mundo real”.
Este artigo tem o propósito de ilustrar porque alguns dos pequenos varejistas virtuais quebram no início e o que fazer para mudar esse cenário, com ideias para fazer valer o investimento. O primeiro passo é o planejamento, enriquecido de pesquisas de mercado, análise de concorrência e planos de expansão alinhados com metas bem definidas, além de muito, muito trabalho e dedicação.
Fatores do fracasso no comércio eletrônico 
Alguns dos fatores que contribuem para os problemas vivenciados no e-commerce são:
- Ideia de que o negócio virtual é mais barato, que surge da falta de um plano de marketing e da ausência de pesquisas fundamentadas com profissionais do mercado;
- Investimento em plataformas de tecnologia de baixa qualidade, principalmente pelo preço;
- Pouca análise de concorrência e falta de pesquisa sobre a viabilidade de venda pela web de determinada linha de produtos. As perguntas aqui são: Esse produto vai vender na web? Este produto já está saturado na web? Mesmo que a resposta seja não, o produto é próprio para venda na internet?
- Atendimento falho, que contribui para a insatisfação dos clientes. Dessa forma, eles não são fidelizados;
- Falta de conhecimento e profissionalismo para atuar com a internet.
Abaixo, listo os principais pontos para superar os desafios, mencionados nos itens anteriores.
Dicas para se manter e crescer no comércio eletrônico
Marketing Digital e Redes Sociais 
O plano de marketing deve ser muito bem definido e grande parte do investimento feito nele deve ser voltada às mídias digitais e sociais, principalmente quando a marca ainda não é fortemente conhecida entre os consumidores. Aproveite o cliente quando ele está perto do momento de decisão de compra.
Os mecanismos de busca e sites comparadores de preços estão no topo do ranking. Em seguida, boas ações de e-mail marketing, personalizadas e segmentadas, contribuem para uma maior taxa de conversão em vendas no e-commerce. Porém, isso não é regra, há uma necessidade eminente de testar qual ou quais ferramentas de marketing digital são mais adequadas à realidade de cada e-commerce e, a partir daí, então aplicar o que traz mais ROI (Return On Investiment).
Nesse caso, também é preciso contar com a ajuda de profissionais da área para que todo investimento não seja em vão. Ele pode criar ações ainda mais inteligentes para conseguir o melhor retorno sobre o investimento. E, não se esqueça: na internet, tudo pode ser mensurado.
Tecnologia adequada 
Em relação ao investimento em tecnologias de comércio eletrônico, mesmo no início, pense em ferramentas que, acima de tudo, sejam completas. Verifique se possuem todas as funcionalidades que o seu negócio demanda. Tenha como base modelos de e-commerce que atuam no mesmo mercado que o seu e já possuem sistemas adequados para o giro do negócio. A plataforma deve estar preparada para integrar-se com ferramentas de análise de resultados na web, como o Google Analytics, por exemplo.
Concorrência, atendimento e fidelização 
Na análise de concorrência, veja como as lojas virtuais do mesmo segmento se comportam fora do país. Para isso, faça pesquisas em sites internacionais.
Para fidelizar o cliente, o atendimento é um dos fatores fundamentais. A partir dessa conquista, a probabilidade de viralização (boca a boca) aumenta consideravelmente. O ideal é igualar o atendimento de excelência baseado nos grandes lojistas virtuais. Se a estrutura de atendimento for pequena no início, gerencie a expectativa de seu cliente. Se você já possui um negócio no ambiente físico e quer abrir um comércio eletrônico do mesmo ramo, tem tudo da mão, principalmente a sabedoria de como ter e manter um empreendimento.
Antes de tomar qualquer decisão relacionada à abertura de uma empresa no e-commerce - ou mesmo tomar novas atitudes para alavancar as vendas se você já está presente na internet -, é essencial conversar com pessoas experientes do mercado.
O comércio eletrônico exige tecnologia, agilidade, inovação, parcerias diferenciadas e acompanhamento do perfil do público-alvo. A internet é rápida demais para atuar sozinho. O empreendedor do comércio eletrônico precisa de ajuda profissional para não errar no começo.  

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Anote aí 14: desafios; classe C; You Tube; target; concorrência

GOMES, Adriana. Desafios de ser pequena, competitiva e atraente Pessoas: a diferença para as pequenas empresas. Revista da ESPM, ano 16, volume 17, nº 3, maio-junho de 2010, pp. 36-41.

ROLLI, Claudia. O luxo da classe C Pesquisa aponta que consumidores desse grupo gastam entre 30% e 60% da renda com marcas e produtos e vêem o consumo como inclusão social. Folha de S. Paulo, 18 de julho de 2010, Caderno Mercado, p. B5.


BRUNO, Adriana. Cada um no seu quadrado Para driblar a concorrência entre os canais de compras e manter a rentabilidade, o varejo independente precisa identificar seus diferenciais e fortalecê-los, mostrando que tem características próprias que as grandes redes não conseguem oferecer. Abastecimento, ano 4, nº 22, julho/agosto de 2010, pp. 30-34.


DUARTE, Alexandre. 15 segundos de fama no You Tube Os virais, são vídeos amadores e toscos, que fazem sucesso por acaso. Ainda assim, se espalham pela internet e acumulam dezenas de milhões de views. Superinteressante, nº 281, agosto de 2010, pp. 86-89.


HORVATH, Sheila. O fim do target O mundo digital incorpora um novo momento à publicidade. Clotilde Perez, especialista em semiótica, diz que as marcas deixam de buscar símbolos de desejo dos consumidores para criar valores imateriais para os produtos. Próxxima, nº 20, agosto de 2010, pp. 46-47.

domingo, 18 de julho de 2010

Anota aí 11: academia; marcas; estratégia; liderança; competitividade

ROSA, André. Busca de saúde e bem-estar faz aumentar procura por academia Com 14 mil unidades, Brasil ocupa segunda colocação no ranking mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. Diário de S. Paulo, 9 de maio de 2010, Caderno Negócios, p. 6.

SENA, Raquel. Vida nova às marcas Para não perder o vínculo com o consumidor, é preciso estar atento às alterações nos valores e desejos dele, e nas mudanças no mercado, a fim de manter a marca sempre atual e relevante. Consumidor Moderno, ano 15, nº 145, março de 2010, pp. 176-180.

DITOLVO, Mariana. Redes sociais crescem em importância estratégica Pesquisa aponta para crescimento desses canais nos planos de comunicação, mas ressalta desconhecimento do mercado. Meio & Mensagem, ano XXXII, 28 de junho de 2010, nº 1415, pp. 38-39.

HASHIMOTO, Marcos. Liderança empreendedora: o novo papel dos gestores em organizações inovadoras O tema empreendedorismo corporativo ou intraempreendedorismo vem ganhando cada vez mais espaço nas discussões relacionadas com inovação nas organizações. As empresas estão começando a perceber que o espectro da inovação pode e deve ir além do desenvolvimento de novos produtos com alta tecnologia para o mercado. Revista da ESPM, ano 16, volume 17, nº 3, maio-junho de 2010, pp. 118-123.

AGUILHAR, Ligia. Empresas ganham competitividade com troca-troca Uma das mais antigas práticas de negociação, escambo ajuda a viabilizar investimentos e a ganhar clientes sem gastar um centavo. O Estado de S. Paulo, 18 de julho de 2010, Caderno Oportunidades, p. 3.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Uma arma mortal contra os seus concorrentes !

Caldas, V.; Lima, M.

Administrar a sua empresa profissionalmente não é questão de opção, mas sim, de sobrevivência em um ambiente empresarial cada vez mais competitivo e exigente.

No nosso último artigo, você pode entender que administrar a sua empresa profissionalmente não é questão de opção, mas sim, de sobrevivência em um ambiente empresarial cada vez mais competitivo e exigente.

A partir deste entendimento, você começa a sentir a necessidade de pensar nas ações que devem ser tomadas a fim de tirar a sua empresa da situação em que ela se encontra ou mesmo de ampliar o mercado já conquistado.

É neste momento, em que devem ser tomadas as decisões quanto ao rumo que sua empresa seguirá, que o planejamento estratégico exerce sua função primordial: ampliar os níveis de racionalidade nas decisões empresariais, mediante um adequado conhecimento dos fatores internos e externos que tenham influência determinante ou relevante no funcionamento de sua empresa.

Assim, o primeiro passo para você realizar um planejamento estratégico na sua empresa é identificar em que situação ela se encontra no tocante aos seus ambientes externo e interno – é o chamado diagnóstico estratégico.

Como ambiente externo se classificam os fornecedores, os concorrentes, os clientes e outros aspectos, tais como: inflação, taxa de juros, política cambial, etc. Já o ambiente interno diz respeito aos seus funcionários, ao clima e à cultura organizacional, às finanças da empresa, ao seu marketing, dentre outras peculiaridades relativas à sua empresa . Assim, ao contrário do ambiente externo, o ambiente interno é composto por variáveis que estão dentro da própria organização.

O mais importante para você entender disto tudo é que no ambiente externo estão as ameaças e as oportunidades que, possivelmente, influenciarão a sua empresa. Já no ambiente interno estão os seus pontos fortes e os pontos fracos.

As ameaças são as ocorrências externas à sua empresa que poderão afeta-la negativamente. Como exemplos podemos citar: a chegada de um novo grupo empresarial concorrente; o lançamento de produtos similares e substitutos aos que sua empresa produz; o aumento do dólar para uma empresa importadora. As oportunidades também ocorrem externamente, porém, trazem um efeito benéfico à sua empresa. Exemplificando: uma empresa exportadora aumenta suas expectativas de lucro com a elevação cambial do dólar; a diminuição na carga tributária proporciona menores custos e uma maior possibilidade de aumento de vendas. Por fim, oportunidade é quando você enxerga uma necessidade no mercado, e sua empresa trabalha para suprir esta necessidade de forma efetiva.

Os pontos fortes e fracos, como já dissemos anteriormente, são intrínsecos à sua empresa, ou seja, estão dentro dela e você pode agir sobre eles diretamente. É de extrema importância que você conheça os seus pontos fortes (o que a sua empresa faz bem) e os seus pontos fracos (o que a sua empresa precisa e deve melhorar). Como exemplo de pontos fortes podemos citar: o seu atendimento ao cliente; seu processo produtivo; seus preços. Como pontos fracos sua empresa pode ter: um péssimo atendimento ao cliente; altos custos; preços exorbitantes.

Numa síntese de tudo o que conversamos, o que você deve entender é que sua empresa tem que estar atenta para as oportunidades (antes que o seu concorrente o faça e ganhe o mercado) e para as ameaças (antevendo situações externas que possam surgir e prejudicar as suas atividades). Quanto aos seus pontos fortes, estes devem ser melhorados sempre, ao contrário dos seus pontos fracos, que devem ser identificados e ceifados (ou pelo menos minorados) a todo custo.

A partir do diagnóstico estratégico, que deve ser realizado por um profissional habitado, será possível você saber em que situação a sua empresa se encontra, antes de serem delineadas as ações para formalização do planejamento estratégico, onde serão definidos a missão, a visão e os objetivos de sua empresa. Este tema será abordado na próxima semana, na segunda parte do planejamento estratégico.

Quando se sabe onde está, fica mais fácil vislumbrar até onde se pode chegar, quais os pontos que devem ser melhorados, que oportunidades podem ser aproveitadas e para quais ameaças a sua empresa deve se preparar, pois, como disse Michael Porter, renomado guru da estratégia, “a empresa que não planeja estrategicamente corre o risco de transformar-se em uma folha seca, que se move ao capricho dos ventos da concorrência”. Pense Nisto.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Anote aí 6: terceirização; competitividade; métricas, eficácia; McDonald's

SOUZA, Max. Vale a pena terceirizar? Focar na atividade principal da empresa e transferir atividades menos importantes para outras empresas pode parecer interessante; porém, alguns aspectos negativos devem ser levados em conta, como por exemplo, processos trabalhistas. Meu Próprio Negócio, ano 8, nº 87, pp. 16-17.


SALIBI NETO, José. A competitividade também é social Em entrevista exclusiva, o ‘pai’ da estratégia, Michael Porter, analisa o novo movimento da estratégia em direção à sociedade e ao efeito de rede, e se mostra otimista com as perspectivas do Brasil no cenário mundial, afirmando que o país finalmente despontou no BRIC. HSM Management, ano 15, volume 1, nº 78, janeiro-fevereiro de 2010, pp. 18-26.


BOTTONI, Fernanda. Métricas essenciais Empresas contam com uma infinidade de dados para avaliar o desempenho de marcas, sites e campanhas e, se preciso, até corrigir a rota em tempo real. Proxxima, nº 19, junho de 2010, pp. 40-44.


GUERRA, Renata. A eficácia da receita caseira As marcas próprias ocupam cada vez mais espaço nos supermercados. Resta saber se esse crescimento não ameaça a sobrevivência da indústria. Propaganda, ano 55, nº 711, pp. 70-86.


FREITAS, Aiana. Em Itaquera, um McDonald’s campeão de vendas Loja de shopping na zona leste de São Paulo tem maior movimento da América Latina e ocupa 22ª posição entre 32 mil lojas no mundo. O Estado de S. Paulo, 27 de junho de 2010, Caderno Economia, p. B7.

domingo, 27 de junho de 2010

Os desafios de uma negociação

William Ury

Quando pergunto aos executivos e administradores sobre o tempo que levam negociando diariamente, a maioria me dá tempos muito parecidos: 50%, 25%, 80% do tempo tentando chegar a algum acordo. Aí eu me pergunto, se nós estivéssemos praticando o nosso esporte favorito como tênis, golfe ou natação e gastássemos apenas 50% do nosso tempo, nós estaríamos nas Olimpíadas, não estaríamos?

Então, por que não estamos nas olimpíadas das negociações já que a maior parte do nosso tempo é dedicada a negociar? A resposta é muito simples, quando você pratica seu esporte favorito uma parte de sua mente está focada na técnica: na braçada, raquetada... Você melhora continuamente isso e se torna cada vez mais competitivo. Agora, quando estamos negociando um acordo, nosso enfoque não é no processo ou no método, mas na substância, nos dólares e centavos, nos termos e condições.

Se ao invés disso refletíssemos mais durante o processo, focássemos mais nas técnicas de abordagem, teríamos grandes chances de sermos campeões em negociação. Imagine um caso de negociação difícil, no qual o outro lado reluta ou resiste em cooperar com você. Aposto que você já está se perguntando 'Por que ele não quer cooperar comigo'? ou 'Por que não concorda'? ou ainda 'A proposta é tão boa, qual é o problema'? O problema é: você fez as quatro perguntas fundamentais de uma negociação antes de entrar nela? Você perguntou quem são as partes, qual é o assunto, o que você quer e o que eles querem? Pensou nas três fases de uma negociação, que são as pessoas, o problema e a proposta? Se não pensou, esquece as olimpíadas.

Quando pensamos em negociação, além de ser imprescindível fazermos as quatro perguntas, é útil pensarmos em termos tridimensionais e seqüenciais, pensarmos nos três desafios de uma negociação: pessoas (seres humanos com sangue e sentimento, com vivências e culturas diferentes); problema (como resolvê-lo); e proposta (o aspecto decisório, como chegarmos a um acordo).

Depois que você fez isso, o próximo passo é partir para a análise. Por que as pessoas não estão concordando com você? Consideremos, então, o primeiro desafio, o lado pessoal, o lado humano. A razão pode ser por causa da psicologia química que não está certa, há falta de confiança e de vontade de concordar. O ponto chave aí é criar uma atmosfera, um clima favorável, um relacionamento humano positivo que permita chegar a um acordo.

A outra razão pela qual o outro lado não coopere com você pode ser por que você entrou em uma negociação cooperativa e o outro lado não sabe como fazer isso. Aí está o problema e segundo desafio. Para eles, a única forma de negociar é assumir uma posição rígida e insistir, rejeitando todo o resto. É um caso puro de inflexibilidade, como se fossem perder se aceitassem sua proposta. E aí está o desafio do problema: como você vai levá-los a uma forma cooperativa de envolvimento, a um processo cooperativo que beneficie os dois lados.

O terceiro desafio tem a ver com o nível decisório, quando se está fazendo uma proposta, tentando chegar a um acordo e o outro lado não vê razão alguma para concordar. O motivo pelo qual não estão cooperando com você é que eles não enxergam nenhum benefício para eles, além de poderem achar que são mais poderosos e quererem impor suas vontades. E aí? Como criar uma proposta suficientemente atrativa que no fundo os levem a dizer sim?

Esses são os três desafios que enfrentamos na negociação. A dimensão de pessoas que precisam de uma certa psicologia, além de uma criação de empatia. A dimensão do problema, que exige uma capacidade analítica como a de um engenheiro ou de um artista e a dimensão da proposta, que exige que sejamos capazes de persuadir, nessas horas temos de ter a diplomacia de um diplomata ou advogado. Em resumo, não há negociação sem essas habilidades e sempre devem ocorrer em seqüência.

sábado, 26 de junho de 2010

Como identificar uma oportunidade de negócio

Carlos Dias

Só quem é ou já foi empreendedor sabe: não é fácil alcançar o sucesso em um mercado cada dia mais competitivo. É só pensar em algo que alguém já teve a idéia e já está ganhando dinheiro com ela, não é mesmo? Por isso, identificar uma boa oportunidade de negócio requer cada vez mais esforço e dedicação do empresário para se destacar entre os concorrentes. Não existem, você sabe, receitas prontas no mundo do empreendedorismo, mas sempre vale a pena ler, se informar e procurar pôr em prática as dicas de especialistas. A revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios publicou uma reportagem com quatro dicas para enxergar e criar oportunidades de negócio, elaboradas por Clayton Christensen, consultor e professor da Harvard Business School, uma das mais respeitadas escolas de negócios do mundo, e autor de O Crescimento pela Inovação, entre outros títulos. Confira suas dicas, resumidas e adaptadas pelo Empreendedores. Você vai notar, por exemplo, que as quatro dicas têm em comum o fato de aproveitar problemas do consumidor e dar uma solução para ele.

Problemas

Os problemas dos consumidores podem ser a solução dos seus negócios. Segundo o especialista, as pessoas não costumam gastar seu dinheiro para comprar coisas por comprar. Elas querem coisas que as ajudem a resolver seus problemas, sejam emocionais, funcionais ou sociais. Por isso, o empreendedor precisa perguntar a si mesmo como resolver o problema do cliente. E não adianta perguntar para ele, pois ele geralmente não sabe. Dizem que Henry Ford, o pioneiro da indústria automobilística, costumava dizer que se fosse perguntar ao consumidor o que ele queria, provavelmente a resposta seria cavalos mais rápidos, e não o automóvel.

O não-consumidor

Christensen recomenda identificar as pessoas que não costumam consumir determinado produto e criar algo especialmente para eles. Ele lembra que a Sony, por exemplo, inventou e lançou o rádio de pilha portátil, em 1955, não estava mirando os compradores de rádios de mesa, fabricados por concorrentes muito mais poderosos, mas sim os adolescentes, que não compravam rádios de mesa.

Mudar a segmentação

A tendência das empresas é tentar segmentar seu público da forma tradicional, ou seja, por sexo, idade ou preço. Christensen diz que é preciso olhar de forma diferente para isso. Segmente seu mercado de acordo com a realidade do consumidor. O McDonald’s, por exemplo, observou seus consumidores e descobriu certa vez que as pessoas tomavam milk shake de manhã porque era mais fácil de consumir no trânsito, sem risco de derramar, ao contrário de salgados e pãezinhos, mais incômodos, pois soltam migalhas e sujam a roupa.

Restrições

O especialista aconselha a prestar atenção em qualquer fator que restrinja o consumo, como falta de tempo e de dinheiro. É aí que mora a oportunidade. Ele dá como exemplo a Minute Clinic, uma rede de ambulatórios que cresceu por ver na falta de tempo e de dinheiro das pessoas uma oportunidade. Ao notar que os pacientes perdem mais tempo esperando do que sendo atendidas num consultório, e pagando muito por isso, criaram clínicas de atendimento rápido para problemas simples, como gripes e resfriados. A consulta custa menos de um terço da média, e o paciente não gasta mais de 15 minutos com espera.

Como economizar sem tirar a qualidade do seu produto

Amanda Camasmie

Quem abre um negócio tem poucas certezas quando se trata de mercado. Uma delas é que a concorrência sempre tende a aumentar. Por isso, a maioria dos empreendedores se depara com o grande desafio: como se tornar mais competitivo? Uma das maneiras é economizar. Mas como fazer isso sem prejudicar a qualidade dos produtos ou serviços?

Primeiramente, pare de comprar “coisas”. Se você não precisa de algo, não compre, aconselha John Mariotti, presidente The Enterprise Group, companhia norte-americana que presta serviços de assessoria em marketing estratégico e consultoria operacional. Em artigo para o site Open Forum, Mariotti destaca que quando não há necessidade real, não há preço certo nem promoção que justifique a compra (além de não se esquecer de que as compras devem ser sempre planejadas com a maior antecedência).

O lema “faça você mesmo” deve ser lembrado em tarefas simples, como a de trocar lixeiras, por exemplo, destaca o executivo. Como também já abordado em reportagem do Empreendedores, a tecnologia é sempre uma aliada na hora de reduzir custos. Tendo isso em mente, utilize o telefone somente quando necessário. Aproveite enquanto o envio do e-mail ainda é gratuito (e esperamos que sempre seja).

Contudo, use-o de maneira sábia, recomenda Mariotti. Não tente resolver os problemas da equipe por e-mail. Não há nada melhor do que criar soluções pessoalmente e evitar uma série de argumentos por escrito que só levariam à falta de otimização do tempo.

Monte uma equipe poderosa e organize-se

Agrupar tarefas similares também pode ser uma boa opção para fazer o trabalho, o que também é um fator de economia, recomenda o especialista. Tarefas feitas em grupo, além de ter a chance de ganhar mais inovação, podem ser feitas mais rapidamente. O ditado é batido, porém verdadeiro: “Duas cabeças pensam melhor do que uma.”

Outro fator fundamental que ajuda a economizar é realizar reuniões com agenda. Determine o tempo de duração e crie uma pauta do que será abordado. Durante a reunião, anote as decisões e estabeleça os próximos passos. Para aqueles empreendedores que precisam de uma secretária até para lembrar a data do aniversário da mulher, um smartphone – como iPhone ou Blackberry – pode ajudar muito.

Com o aparelho, é possível sincronizar contatos telefônicos, endereços eletrônicos e compromissos, por exemplo. E a grande vantagem é que essas informações podem ser enviadas ao computador também. Em aparelhos como Blackberry, Nokia S60, Windows Mobile e iPhone, a sincronização pode ser feita pelo serviço Google Sync. A Apple, empresa responsável pela criação do iPhone, também oferece o serviço Mobileme.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Mudanças simples podem tornar empresas inovadoras e competitivas

Giovana Perfeito

Divulgação
Divulgação

 criação de produtos e serviços é o tipo mais comum de inovação, mas empresários podem e devem inovar também nas áreas de gestão e marketing

Brasília - Inovação ainda é um bicho de sete cabeças para muitos empresários. Para alguns, ela só existe em produtos caros e cheios de tecnologias. Para outros, é algo que dá trabalho, arriscado ou que só serve para as grandes empresas.

Toda vez que um empresário adota mudanças simples, capazes de gerar aumento de produtividade nos negócios ou ganhos para o empreendimento, ele está inovando. Os ganhos podem vir com redução de custos, conquista de novos clientes ou ampliação do número de produtos e serviços oferecidos.

“Não é preciso ser só algo high-tech ou que custe caro. Inovar é algo que está ao alcance dos empresários”, diz o gerente de Inovação do Sebrae, Edson Fermann. A inovação é, então, o resultado de idéias simples, baratas e eficientes.

“A inovação está em nossa vida e às vezes nem percebemos. Está no esporte, na moda, no corte de cabelo, na roupa que vestimos e na música, a exemplo do que foi a criação da Bossa Nova, com uma cadência própria. A inovação está em todas as atividades humanas. Para as empresas isso não é diferente. Inovar é sinônimo de sobrevivência no mercado”, diz José Miguel Chaddad, consultor do Sebrae em inovação.

Como o mercado evolui e os clientes estão cada vez mais exigentes, uma empresa também não pode parar no tempo. “É preciso estar em sintonia com o mercado e até mesmo se antecipar a ele”, destaca Chaddad. “Os negócios que se acomodam estão fadados a desaparecer”, completa.

Quem inova se torna mais competitivo no mercado. “São as inovações que interrompem e renovam o ciclo de vida dos produtos e mantêm os lucros das empresas em alta. A inovação é um diferencial, especialmente para as micro e pequenas empresas”, destaca a gerente adjunta de Inovação do Sebrae, Magaly Albuquerque.

Diferentes formas de inovar

A criação de produtos e serviços é o tipo mais comum de inovação. Aqui, o empresário, além de lançar novos produtos, pode também investir no melhoramento do que já existe no mercado. Por exemplo, numa fábrica de cosméticos, é possível inovar criando novas fragâncias para o sabonete já existente ou lançando versões para peles oleosas, secas e sensíveis.

A inovação também pode ser feita com alterações em etapas de fabricação de um produto, ou seja, modificando os processos produtivos. Nesse caso, é possível mudar a matéria-prima por uma opção mais barata e que não altere a qualidade. Há também a possibilidade de se reduzir desperdício ou ainda procurar meios de acelerar a produção. Muitas vezes, quando são utilizadas normas para a fabricação de um determinado produto, como telhas ou tijolos, é preciso fazer uma adequação no processo. Isso irá reduzir custos e melhorar a qualidade do produto.

Quando o empresário se esforça para criar estratégias para garantir a conquista de novos clientes ou o sucesso na venda de um produto, ele está inovando em marketing. São exemplos: criação de cartões fidelidade, oferta de formas de pagamento diferenciadas; brindes aos clientes; mudança de embalagens; design melhorado do produto. “Inovar em marketing é também fazer parcerias para promover um produto. Uma locadora faz isso quando diz ao cliente que se ele alugar três DVD no final de semana terá desconto de 50% na pizza da empresa X”, explica Fermann.

Inovar é também implementar um novo método organizacional nas práticas de negócios da empresa, na organização do seu local de trabalho ou em suas relações externas. Oferecer ginástica laboral para diminuir a incidência de doenças do trabalho e treinamentos para a melhoria de desempenho profissional são formas de a empresa inovar em termos organizacionais. A implantação da gestão da qualidade também configura-se uma inovação desse tipo, assim como mudanças nas operações de abastecimento e entrega de produto e/ou de matéria-prima que resulte em ganhos para a empresa.

Olhar atento para o cliente

“O empresário precisa ter conhecimento do seu negócio e as necessidades de sua clientela. Dessa forma, terá a percepção do que e como inovar”, destaca Fermann. É importante estar atento às demandas de clientes não satisfeitas. “Esse é um convite à inovação”, completa.

“É preciso apurar os sentidos para enxergar o que o cliente deseja, estimular a criatividade e ousar”, diz Magaly Albuquerque. Além disso, o empresário deve inovar sempre. Não deve esperar o número de vendas de um produto cair para modificá-lo ou substituí-lo. “O pior dos custos é o empresário não fazer nada e por isso não sobreviver ao mercado”, afirma Chaddad.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Consumidor não olha só preço menor

Frederico Zornig

As empresas foram obrigadas a respeitar cada vez mais seus clientes. Boa parte delas desenvolveu estratégias de redução de custos para garantir competitividade e preços baixos. Veja por que isso pode ser um equívoco.

Nos últimos anos, com o aumento de competitividade na maioria dos segmentos da economia, a maior disponibilidade de informações e a adoção de leis para protegerem os consumidores, as empresas foram obrigadas a respeitar cada vez mais seus clientes através de produtos de qualidade e melhores serviços. Além disso, uma boa parte das empresas desenvolveu estratégias de redução de custos para garantir competitividade e preços baixos.

De fato, em muitas ocasiões que apresento estratégias de gestão de preços com o objetivo de melhorar a lucratividade de um negócio, sou confrontado com perguntas e afirmações de que não é possível mais sobreviver com preços superiores aos da concorrência pois os consumidores simplesmente abandonariam suas marcas pelas de menor preço. Certa vez, até me perguntaram se cobrar preços mais altos por produtos com atributos equivalentes seria ético.

Infelizmente, esta crença de que preços baixos são fundamentais para o crescimento de uma empresa, na maioria das vezes, é um grande equívoco. Para suportar este conceito gostaria de apresentar uma pesquisa realizada ano passado pela TNS/Interscience. Nesse levantamento de opinião, indivíduos de todo o país foram abordados para elegerem as empresas que mais respeitam o consumidor. Na lista das escolhidas estão, entre outras, Bradesco, Brastemp, Coca-Cola, Motorola, Natura, Nike, Roche, e Volkswagen.

Interessante notar que nenhuma delas deve ter recebido esse reconhecimento por cobrarem os menores preços. Muito pelo contrário. Basta compararmos quanto custa um tênis Nike com outro de marca nacional menos reconhecida, ou um medicamento Roche com seu similar genérico, ou ainda um refrigerador Brastemp com as outras marcas de eletrodomésticos. Nenhuma destas empresas foi eleita por ser a mais barata de seu segmento.

Essa percepção de valor superior, atribuído por boa parte dos consumidores, acontece em função de vários fatores que superam, inclusive, a questão de preços maiores que aqueles praticados pela concorrência. A escolha de uma empresa que respeita o consumidor está relacionada com a qualidade dos produtos, a reputação de suas marcas, serviços superiores, garantias, confiabilidade, inovação, entre tantos outros atributos, dependendo da categoria de produto que estamos falando.

É importante ressaltar que sempre haverá consumidores dispostos a pagarem mais por características que valorizam e que sua empresa oferece como um diferencial, bem como consumidores dispostos a pagarem mais por isso, aceitando o valor dos benefícios que estão comprando, mesmo tendo que fazer um sacrifício financeiro maior.

Pesquisas como essa demonstram que o mais importante é a empresa ser coerente com sua proposta de valor. Dessa forma, podem oferecer mais para seus clientes e, mesmo cobrando um preço superior (mas justo pelo que oferecem), serão reconhecidas como empresas que respeitam seus clientes.

Para finalizar, foco em qualidade, serviço, imagem de marca são fundamentais para que as empresas que diferenciam seus produtos vendam por mais. Ainda assim, serão agraciadas pelos consumidores como aquelas que mais os respeitam.