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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Marketing no varejo: ações planejadas

Lia Nara Bau
Conhecer o público-alvo e ter vendedores de fato capacitados para o processo de vender são alguns ‘segredos’ para o sucesso de uma loja. Além disso, o atendimento é a ferramenta-chave para vencer a concorrência e alcançar o que todos desejam: destaque no mercado. “Observo muitas empresas que investem muito em marketing, propaganda, mas na hora de atender o cliente se apresentam com um funcionário despreparado ou até desmotivado. E esse contato, lá na ponta, põe a perder tudo que foi investido antes”, salienta Valquíria Garske, consultora especializada em ações de marketing de relacionamento, com mais de 15 anos de experiência e atuação no mercado brasileiro e da América Latina.


Valquíria, que tem formação em administração de empresas, durante sua carreira atuou como gestora de operações em grandes empresas de serviços e atualmente dirige a Neo Sales Soluções em Atendimento e Televendas (Porto Alegre/ RS). Em entrevista ao Jornal Exclusivo, ela fala sobre as ferramentas de marketing e a profissionalização do varejo.

Jornal Exclusivo –O consumidor mudou muito nos últimos anos. Quais são hoje as ferramentas marketing para esse novo consumidor?

Valquíria Garske - A tendência tão comentada com marketing ‘one to one’ na década passada agora é fato. Telemarketing, e-mail marketing e mala direta são algumas ferramentas que podemos usar para chegar cada consumidor com uma comunicação dirigida. O novo marketing precisa de banco de dados, CRM, informações pessoais de seus clientes para fazer comunicação diferenciada.

Jornal Exclusivo - Qual o maior desafio para o varejo na atualidade?

Valquíria Garske - Coletar dados: quem são seus clientes (nome, idade, sexo, moradia), o que eles compram, com que frequência mais compram, qualquer ação de marketing direto necessita dessas informações. E essas informações estão vivas dentro da loja, todo dia. São fáceis de coletar. Mas o varejo pouco se utiliza desse recurso.

Jornal Exclusivo - Como é possível vencer a concorrência e se destacar no mercado?

Valquíria Garske - Primeiro é pela personalização no atendimento, desde que o cliente chega na sua loja até o pós-venda. A maioria dos clientes acaba não se sentindo conectado com uma loja especificamente, salvo raríssimas exceções que já mantêm contato através dos cartões com bandeira própria, por exemplo. Mas é pouco recurso para um mercado tão competitivo. A indústria tem usado o telemarketing ativo com eficácia para atender seus clientes, mas o varejo ainda não aprendeu como tirar proveito disso.

Atendimento é o mais importante para os clientes

Édila Vargas
A velha máxima "a primeira impressão é a que fica”, vale muito para os profissionais que lidam com o público. Manter os clientes satisfeitos e fidelizá-los não é tarefa fácil, bem como fazer com que a equipe de vendas esteja sempre motivada para atender bem. Uma empresa precisa ter muito cuidado para não permitir que uma ação de mau atendimento prejudique seu trabalho. É muito mais difícil e também mais caro, trazer de volta o cliente perdido, do que treinar e orientar os colaboradores.


De acordo com a pesquisa promovida pelo Instituto de Estudos de Marketing Industrial (IEMI), através do Núcleo de Inteligência de Mercado, no momento da compra, o atendimento é o item mais levado em consideração para 51% dos entrevistados. Na sequência foram apontados a variedade de produtos, descontos e promoções, facilidades de pagamento e qualidade. Para surpresa dos pesquisadores, o preço aparece apenas em 9º lugar, com 14,2% dos votos. Com 76,4% dos votos, o atendimento ruim é o principal motivo para o consumidor rejeitar um estabelecimento, independente do seu poder de compra.

Conforme o consultor Osmar Coutinho (Curitiba/PR), o consumidor está mais consciente dos seus direitos. “Ele pesquisa, discute, se informa e procura sempre o preço justo, pois fora disto surge a dúvida: está caro por que? Ou está muito barato por que?”, observa. Coutinho esclarece que qualquer negociação é baseada na confiança entre as partes, mas muitos vendedores se importam somente em vender e não em atender as necessidades dos clientes. “Criam assim,um ambiente desfavorável para a venda. O real atendimento é a pura consciência de que o vendedor está ali para superar as expectativas dos clientes e não simplesmente vender a ele qualquer coisa”, ressalta.

Quando a equipe está desmotivada e deixa isso atrapalhar o bom andamento das atividades o consultor observa que o primeiro passo é realizar com frequência treinamentos focados não só nas vendas mas como conhecer os clientes e as suas necessidades. “Infelizmente, ainda, muitos empresários realizam treinamentos por realizar, não comparecendo e nem se importando com o conteúdo programático”. O consultor observa que desta forma o resultado sempre será o mesmo: o proprietário finge que realmente se importa com o treinamento e os funcionários fingem que vão aprender alguma coisa.

“E o pior é que quem fica no meio deste duelo, é sempre o cliente. A desmotivação pode ter vários motivos, como estar na empresa errada, no cargo errado, com o salário errado ou injusto, na equipe errada e até mesmo com o líder errado. Mas como descobrir? É só ver como anda o relacionamento do líder e os seus subordinados e saberá a resposta para esta pergunta. Existe um ditado que diz: Não existem maus soldados e sim lideres perdidos!”, ressalta.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Anote aí 35: Atendimento; Demografia; Terceira Idade; Tempo; Classe C

BOTTONI, Fernanda. Seu contato é muito importante para nós Quem quer atender bem seus clientes via e-mail, chat ou redes sociais deve se preparar para uma corrida contra o tempo em nome da eficiência e da personalização. Próxxima, nº 24, novembro/dezembro de 2010, pp. 46-53.


CANZIAN, Fernando. Brasil 2010 envelhece e se desconcentra Resultado do Censo impõe mudanças profundas em planejamento e equipamento urbano de pequenas e médias cidades. Folha de S. Paulo, 05 de dezembro de 2010, Caderno Cotidiano, p. C10. 


IBOPE/M&M. A melhor idade A faixa etária entre 65 e 75 anos já representa 6,5% da população e ganha importância no mercado de consumo. Meio & Mensagem, ano XXXII, n.º 1438, 06 de dezembro de 2010, p. 50.


URBIM, Emiliano. Mercado do tempo Tempo não é dinheiro: bem ou mal investido, ele sempre vai acabar. Aprenda a lidar com este bem perecível e precioso. Para controlá-lo, é preciso entendê-lo. Superinteressante, n.º 285, dezembro de 2010, pp. 64-73.


PEREIRA, Janaina. Brilha um novo consumidor – Quer vender mais para a classe C? Aposte na sofisticação. Na experiência da empresária Silmara Dias, dona da Sim Bolsas, a estratégia é eficiente. Meu Próprio Negócio, ano 9, n.º 94, pp. 46-48.    

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Para 90% da baixa renda, bom atendimento é fator de decisão da compra

Camila F. de Mendonça


Brasileiros com renda de um a três salários mínimos começam a ter consciência de que são consumidores ativos e, por isso, consideram o bom atendimento como um dos fatores decisivos na hora das compras.

A conclusão é de pesquisa realizada pelo especialista em varejo de baixa renda, Sérgio Nardi, para o desenvolvimento do livro "Atendimento de Sucesso", lançado no último mês. Dos consumidores desse segmento da população entrevistados na cidade de São Paulo, 90,9% colocaram o atendimento como fator de influência na compra. A pesquisa foi realizada com 350 pessoas.

“Esse consumidor sempre ficou afastado da dinâmica de consumo. Antes do plano Real, ele era um consumidor reativo e não tinha possibilidades de escolha”, afirma Nardi. “Com a estabilização econômica, ele passou a consumir de maneira efetiva e entrou nessa dinâmica”, afirma.

A partir desse momento, esse consumidor passou a ter consciência da sua importância, exigindo um atendimento que o fizesse sentir inserido no universo do consumo. “Esse consumidor ficou muito tempo fora dessa dinâmica de consumo e ele ainda está carente de produtos e de atenção”, diz.

Atenção

Essa atenção é tão importante para a baixa renda que ela busca os lugares onde existe esse bom atendimento. Segundo a pesquisa, 51,7% dos consumidores preferem um bom atendimento a uma localização estratégica da loja, priorizada por 48,3% dos entrevistados que pertencem a esse segmento da população.

Estacionamentos, serviços de entrega e variedade de produtos ficam em segundo plano frente ao atendimento para 41,1% dos entrevistados. Até o preço acaba ficando em outras posições da lista. “Esse consumidor demanda atenção e o preço geralmente não é fator tão importante para ele, porque ele não tem subsídios para buscar o menor preço total de um produto”. O que conta, avalia Nardi, é se o valor da parcela de um crediário cabe no bolso.

Classe média

De acordo com o especialista, o atendimento está na lista dos fatores que decidem uma compra ao lado do preço e dos benefícios que determinado produto pode trazer para o consumidor frente às suas necessidades.

Na classe média, diferentemente da baixa renda, o atendimento deve priorizar a apresentação de produtos customizados. Porém, como grande parcela da nova classe média é de consumidores que ascenderam das classes econômicas mais baixas, essa customização deve ter um preço acessível.

Esse consumidor quer comprar produtos que o diferencie frente aos demais, mas não está disposto a investir muito por isso.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Vendedor ou atendente de vendas?

Bárbara Moya
O importante é vender. Esse é o lema, esse é o negócio, essa é a prática. Calma, muita calma.

Vender não é fácil, mas claro se você tiver uma carteira e precisar apenas cumprir o básico dia após dia, então pode apenas “vender”, ou melhor, atender uma solicitação. Sim, você é um atendente. 
Nada errado, até porque conseguir ser bem atendimento hoje em dia já é bem difícil, principalmente as pequenas empresas sofrem mais esse descaso.
Mas para evoluir e ser um vendedor, consultor de vendas (ou qualquer outro nome bonito que queira dar), ganhar mais, vender mais e fidelizar o cliente, você precisa adquirir conhecimento.
Precisa entender de requisitos, aprender o negócio do cliente, identificar necessidades, ser proativo na oferta de vendas e não vender gato por lebre, ou esperar que a venda caia do céu, não, isso nunca.
Por exemplo: preste atenção no diálogo.
Diálogo do atendente:
Cliente – Olá Berlamino, tudo bem?
Atendente - Eu estou ótimo e você, José? Como anda essa potência em venda de perfumes? Sabe que outro dia comprei um perfume da marca da sua empresa para a minha esposa. Ela adorou.
Cliente - Que bom, Belarmino. Sabe o pessoal aqui de TI tá precisando de roteador, quer dizer acho que é isso.
Atendente - Fica tranquilo. Representamos cinco das melhores e mais confiáveis marcas do Brasil e até do mundo. Vou te enviar as especificações e os preços.
- Ok. Obrigado.
Diálogo do Vendedor:
Cliente - Olá, boa tarde. Como vai, Berlamino? Vendedor - Eu estou bem e você?
Cliente - Ótimo e começando mais uma semana.
Vendedor – No que posso ajudá-lo hoje?
Cliente - Me pediram para consultá-los sobre compra de roteador. O que você me diz?
Vendedor - José, primeiro eu gostaria de passar por aí e conversar com você, ver as máquinas instaladas, analisar a sua rede e entender exatamente qual é a necessidade de vocês. Há vários tipos de roteadores no mercado e, dependendo do tamanho da sua rede, um outro modelo ou produto poderá ser mais eficiente. Vamos agendar uma visita?
Cliente - Claro, obrigada pela atenção Berlamino, mas você entende de especificação técnica, de rede e saberia indicar o melhor produto para a nossa necessidade?
Vendedor - Fique tranquilo, sei que você não tem um departamento de tecnologia, mas podemos atendê-lo e indicar uma ótima solução, com custo x benefício garantido.
Cliente - Perfeito, aguardo você quarta-feira, às 9 horas
Vendedor – Combinado. Até lá!
Perceberam alguma diferença? O atendente senta na cadeira e espera o pedido. Atende e oferece os produtos do guia de referência e tenta ganhar pelo preço. Já o vendedor/consultor, entrevista, analisa, tenta entender a necessidade do cliente.
Agenda um encontro pessoal, se necessário, para sentir de perto o que e para que o cliente precisa do produto, sempre levando em conta que o cliente quer atenção, quer um excelente e diferenciado atendimento, e isso significa que vender é, acima de tudo, encantar.
Quem tem essa percepção e se empenha em encantar o cliente, conquistando a sua confiança, esse sim caminha para a fidelização.
Porém, pense no vendedor que trabalha com MSN, duas linhas telefônicas, e-mail e uma carteira de 100 clientes. Ele consegue exercer o seu papel plenamente?
Esse item merece uma atenção especial, afinal: será que a quantidade de ferramentas de comunicação permite que ele dedique o tempo realmente necessário para atender satisfatoriamente um cliente? Sua carteira de clientes está bem dimensionada?
Nesse contexto, vale lembrar que quando dedicamos tempo ao cliente e entramos na sua casa, nos tornamos mais próximos, conselheiros, e aí está a fidelização. Se você tiver um aperto no coração vai comprar um aparelho de eletrocardiograma? Claro que não, vai procurar um cardiologista, afinal você quer ouvir, ser ouvido, entender, ser entendido e receber um diagnóstico que você possa entender.
Você é um atendente ou vendedor?
Vendedor? Então se capacite, adquira conhecimento, invista nos treinamentos ofertados pelos fabricantes e distribuidores, se aproxime definitivamente do seu cliente. Conheça mais sobre cada negócio, se interesse espontaneamente em entender como funciona, para que serve, quais os diferenciais e vantagens. Ele vai colar em você. Eu garanto!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Cliente misterioso como ferramenta de marketing

Thiago Terra


Um cliente que entra no ponto-de-venda precisa receber um atendimento de alto nível que atenda suas necessidades e que explore todas as possibilidades de vendas para a empresa. Porém, nem sempre assim. Por isso que empresas investem cada vez mais em pesquisas de cliente misterioso. Esta metodologia usa pessoas comuns que simulam uma compra e avaliam os pontos determinantes para um bom ou mal atendimento feito pelas empresas contratantes.
Pensamos na satisfação do cliente como o foco principal do atendimento, mas nem sempre é o mais importante. De acordo com Paulo Carramenha, diretor geral da GfK Brasil, empresa do Grupo GfK, especializado em pesquisa, medir a satisfação é preciso, porém deve haver a percepção se os clientes mais importantes estão satisfeitos. Outros aspectos como retenção e lealdade estão ligados ao atendimento e com a ajuda da pesquisa de cliente misterioso é possível saber onde a empresa precisa melhorar para suprir necessidades racionais e emocionais do consumidor.
Longe de ser um mistério para os colaboradores, este tipo de pesquisa pode ser aplicado em diversos segmentos e, segundo Maria Cecília Perez, gerente de desenvolvimento da Bare Associates International, empresa mundial de cliente misterioso, é preciso que os funcionários saibam da ação para que dêem o melhor em cada atendimento.
Cliente misterioso, mas nem tanto
Durante o Fórum ABA Rio de Pesquisa, que ocorreu no Rio de Janeiro este mês, o cliente misterioso foi desvendado, pelo menos com relação à sua aplicação nas empresas. Com o objetivo de monitorar a qualidade e aumentar a retenção de clientes, companhias do ramo de serviços saem em desvantagem com relação ao varejo, por exemplo. “A qualidade de serviços é mais difícil de ser avaliada que a qualidade de produtos. O cliente misterioso não deve ser usado para traçar planos estratégicos. É eficiente para uma empresa que busca uma decisão rápida, de objetivo tático”, diz Paulo Carramenha, da GfK.
Esta ferramenta funciona para melhorar e treinar a linha de frente das equipes de atendimento, mostrando e, principalmente, aplicando a forma correta e o comportamento adequado do funcionário diante do consumidor. Além disso, uma pesquisa de cliente misterioso pode ajudar a descobrir novos benchmarks. “É possível descobrir o que os concorrentes estão fazendo e definir os pontos de destaque destas empresas”, aponta Carramenha.
Para que um programa de cliente misterioso dê resultado é preciso que os funcionários estejam envolvidos e saibam que serão avaliados. “Sempre orientamos as empresas a falar para seus funcionários porque assim eles tratarão todos os clientes da mesma maneira. O que podem ocultar é a periodicidade”, conta Maria Cecília Perez, da Bare. De acordo com ela, o período da pesquisa é definido pela empresa, mas a recomendação é de que seja feita quatro vezes no mínimo por ano ou todo mês.
Satisfação dos verdadeiros clientes
A retenção de clientes pode ser mais importante do que adquirir um novo, de acordo com Carramenha. “Reter um cliente é cinco vezes mais rentável para a empresa do que adquirir um novo. Mas um cliente retido nem sempre é feliz ou está satisfeito”, acredita. “Ao se sentir um “prisioneiro” de uma marca, ele mudará de marca na primeira oportunidade”, completa o diretor geral da GfK Brasil.
Por isso é necessário definir os clientes-chave das empresas, aqueles que representam 20% dos consumidores, mas que geram 80% das receitas. Por conta destes clientes, as companhias precisam entender os seus padrões de comportamento e suas principais necessidades. Como todo consumidor, as formas práticas de relacionamento são baseadas nas necessidades racionais, ou seja, quando o que antecede uma compra é a questão ‘o que eu ganho com isso?’.
Por outro lado, todo cliente possui necessidades emocionais e o motivo da compra está no sentimento que ele terá usando aquela marca. Tudo isso está envolvido na pesquisa de cliente misterioso já que o objetivo é medir a aderência dos funcionários aos padrões definidos para o atendimento no ponto-de-venda.
A escolha do misterioso ideal
Para realizar estas pesquisas, empresas contratam e treinam pessoas para desenvolverem uma avaliação anônima dos padrões de atendimento das empresas e identificar as possíveis operações que não se coligam. “Avaliamos a atitude dos funcionários frente a uma situação específica. Além disso, percebemos a presença e a correta utilização de materiais promocionais, sinalização, posicionamento, limpeza, tempo de espera ou resposta e a qualidade de produtos e serviços”, diz Carramenha.
Na Bare Associates International a escolha dos pesquisadores não segue um perfil profissional necessariamente. Qualquer pessoa maior de 18 anos e que tenha o 2º grau completo pode fazer a pesquisa. Hoje temos cerca de 25 mil cadastrados no site e cada empresa avalia os seus pesquisadores”, explica Maria Cecília ao site. “O ideal é usar pessoas comuns, com o mesmo perfil dos clientes que se quer estudar. Não é bom usar entrevistador porque ele é treinado para fazer perguntas”, completa Carramenha.
Entre os projetos desenvolvidos pela Bare, estão postos de gasolina, restaurantes, empresas do ramo de varejo, de franquias, bancos e redes de hotelaria. “Um dos que sempre fazem pesquisa de cliente misterioso é a Vivenda do Camarão assim como a adidas no Brasil”, aponta a gerente de desenvolvimento da Bare em entrevista ao site.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Anota aí 26: Shoppings; Curso; Rentabilidade; Consumidor; Atendimento

BORGES, Bruna. Novos shoppings abrem oportunidade para MPEs Fluxo de pessoas, segurança e propaganda do local atraem empresários. Folha de S. Paulo, 19 de setembro de 2010, Caderno Negócios, pp. 1-3.


OSCAR, Naiana. Brasileiro faz curso até de madrugada para subir na vida Renda mensal das famílias que têm alguém com ensino superior é até 158% maior do que as de que têm no máximo o ensino médio. O Estado de S. Paulo, 10 de outubro de 2010, Caderno Economia, p. B6.


GUIRALDELLI, Daniela. Diversificação rentável A fim de se manterem atuantes em um cenário cada vez mais competitivo, empresas do atacado distribuidor abrem novas frentes de negócio para atenderem as necessidades de um novo perfil de consumidor. Revista Distribuição, ano 18, nº 183, outubro de 2010, pp. 84-87.


SUSSKIND, Stella Kochen. O consumidor invisível Por que as empresas não enxergam o potencial de consumo da terceira idade?. Marketing, ano 44, nº 453, outubro de 2010, p. 22.


STELLA, Michele. A arte de atender bem O atendimento ao cliente pode ser um diferencial no seu negócio como comprometê-lo. Especialistas garantem que este é um ponto estratégico para qualquer empreendimento e dão dicas para evitar erros e marcar pontos a favor da empresa. Meu Próprio Negócio, ano 9, nº 92, p. 42-46.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Lojas para a classe C devem ter estética própria

Luciana Carvalho


Entrar em uma loja é um ritual. O cheiro, as imagens, a música (se houver), o atendimento, enfim, tudo precisa estar dialogando de forma coerente para atrair o consumidor. E, como todo mundo, o público da classe C, também chamado de classe média emergente, exige uma estética específica para ser fisgado.
De acordo com Heloisa Omine, professora de pós-graduação da ESPM e especialista em comunicação no ponto de venda, a organização de uma loja é como qualquer outro meio de comunicação, pois trabalha com imagens e promessas. "O ambiente da loja precisa cumprir seus compromissos com o público alvo. O cliente precisa ter a sensação de um serviço e atendimento primoroso", explica ela.
Simplicidade
Segundo a especialista, no caso específico das classes C, D e E, a exposição das mercadorias precisa ser simples, com objetos empilhados e bancas de produtos. O público menos abastado prefere, muitas vezes, procurar os itens por conta própria. Por isso, as lojas devem transmitir uma sensação de disputa pelo produto melhor e mais barato. "Muitas vezes as lojas também têm o som mais alto e serpentinas no chão para dar essa sensação de oferta, de promoção", afima Heloisa Omine.
Ambiente alegre
Em artigo divulgado recentemente no jornal Meio & Mensagem, o diretor executivo de marketing do Magazine Luiza, Frederico Trajano, afirma que grande parte dos altos executivos - geralmente pertencentes às classes A e B - cometem o mesmo erro básico: usar suas referências estéticas e lingüísticas para conquistar esses consumidores. Para ele, o tratamento deve se adequar à identidade de educação e cultura desse grupo.
"As referências estéticas da base da pirâmide passam bem longe do 'clean'. São alegres, coloridas e extravagantes. Ambientes de loja muitos sofisticados e 'arrumadinhos', por exemplo, têm sido avaliados por nossas pesquisas como frios e exclusivistas", explica. O atendimento prestado pelos vendedores às classes mais baixas também deve ser mais próximo e direto para que o cliente se sinta bem atendido.
Organização na medida
A professora da ESPM endossa a fala do representante do Magazine Luiza e complementa: as lojas "clean" intimidam. "Se a loja é muito aberta e clara, o próprio cliente fica exposto. Ele precisa ter coragem para entrar e ser visto", diz Heloisa. Em uma loja extremamente organizada, muitas vezes ele pode ficar envergonhado por tirar as coisas do lugar. "O cliente acaba não entrando no ambiente, pois não quer ser a pessoa que causa a confusão. E quando tem atendimento assistido é mais tenso ainda, pois há uma expectativa sobre o que atendente vai pensar dele".
Identificação com o ambiente
Heloisa Omine também chama a atenção para a importância de se criar espaços com os quais o cliente possa se identificar. Em grandes magazines, os setores de eletrodomésticos e eletrônicos, por exemplo, simulam salas de estar e cozinhas como se transpusessem o ambiente para a casa do cliente. A iniciativa é boa, pois gera um local de conforto para o consumidor. No entanto é preciso ficar atento às dimensões do lugar. "Se colocar um home-theater na 'sala' com um espaço muito grande, o cliente pode achar que o aparelho não vai caber na casa dele. É preciso ter um local em que ele vai se sentir em casa", afirma.
Para a especialista, o varejo - inclusive dos shoppings - está descobrindo o potencial de consumo que a classe C possui e mesmo aqueles tradicionalmente voltados para o público B estão criando novas formas e produtos que atendam esse público. Por outro lado, a classe C também tem visto que pode comprar e subir na escala financeira. Aos poucos, está começando a se adaptar às lojas voltadas para os segmentos economicamente superiores.

domingo, 12 de setembro de 2010

Atendimento e pesquisas conquistam os clientes

Daniela Benetti Pelagalo
O conhecimento das preferências e expectativas dos clientes tem se tornado uma prática cada vez mais necessária.

Diversos canais de comunicação com o cliente foram criados e equipes inteiras se responsabilizam pela tarefa de escutar, entender e atender a figura mais importante em qualquer relacionamento comercial.
O cliente é muito mais importante para a empresa do que a empresa para o cliente.
Quando falamos em cliente não podemos nos esquecer que cada um dos profissionais de qualquer empresa é também um cliente dela.
Nem sempre é um cliente de seus produtos ou serviços, mas um cliente interno, submetido às práticas, políticas e valores desta companhia e que, como qualquer cliente, tem necessidades e expectativas que merecem ser atendidas.
Centrais de atendimento ao consumidor, redes sociais e as tradicionais caixas de sugestões são meios passivos de se obter qualquer tipo de opinião. Com eles, o cliente pede para ser ouvido e expõe sua opinião, que ora pode ser boa…e ora pode ser ruim, muitas vezes sem saber se essa opinião será vista como importante para a empresa, se terá atenção ou se chegará a quem lhe é de direito. Ele busca o contato, simples assim.
Que a opinião destes clientes é importante, isso é indiscutível. Ele, melhor do que ninguém, conhece a qualidade do serviço prestado, a eficiência do que lhe foi vendido, o ambiente no qual trabalha e nós, enquanto gestores dessas companhias, não podemos perder a riqueza de informações que esse público tem para nos dar.
Mas, além dos meios citados acima, tido como mais receptivos do que ativos, quais as estratégias para obter um contato mais próximo com quem precisamos ouvir? Como mostrar que é importante ouvir o que ele tem a dizer? Que estamos comprometidos com a sua satisfação e queremos sua lealdade?
Resposta: através das pesquisas.
Dentro do mercado
A pesquisa. Sim, as famosas pesquisas de mercado, quantitativas ou qualitativas. Elas nos permitem o entendimento real sobre os anseios de nosso target e contribuem para que a tomada de decisão seja feita de forma clara, sem achismos, baseadas em informações trazidas pelos próprios clientes através de questionários, tabulações e análises estatísticas.
As pesquisas podem ser aplicadas em diversos âmbitos.
Há pesquisas de satisfação de clientes, com perguntas que compreendem toda a cadeia da negociação até a utilização e os resultados deste produto ou serviço; de mercado, para identificar o tipo de produto que este cliente precisa; de clima organizacional, para identificar práticas que deram certo e o que pode ser melhorado a fim de se contribuir para o bem estar do colaborador no ambiente de trabalho.
Fazer uma pesquisa é uma atividade que, embora pareça simples, deve ser muito bem planejada. A pesquisa deve estar associada ao objetivo principal do projeto e cada etapa deve ser concebida de maneira a se permitir encontrar as respostas que se buscava.
Não se deve aproveitar o contato com o cliente, seja através do telefone, de maneira presencial, formulário eletrônico, emails, entre outros, para lhe perguntar sobre tudo o que é possível. Se tivermos um problema, uma dúvida ou uma desconfiança, devemos focar nesses objetivos e não buscar a opinião do cliente sobre tudo.
Como profissional especializada em pesquisas, vejo constantemente a aplicação das mesmas pelas próprias empresas. Não há nenhum mal nisso, mas o resultado pode ser previsível e não revelar informações e resultados importantes.
O que quero dizer aqui é que um profissional deve estar focado em suas tarefas e se for lhe designada uma atividade que não faz parte de sua alçada, certamente não terá competência para ir além de tabelas e gráficos de pizza.
É aqui que entra a contribuição das ciências exatas entre os profissionais de marketing ou recursos humanos: metodologias estatísticas trazem informações que vão além do que se pode contar. Os números revelam informações que sequer imaginamos.
A estatística está presente em quase todas as etapas de uma pesquisa eficiente e começarei comentando seu papel na definição de um questionário.
Quando pensamos em aplicar uma pesquisa, o que logo nos vem à cabeça é o questionário.
Perguntar o que se quer saber não é tarefa complicada e, a princípio, imaginamos que qualquer formato de pergunta é capaz de trazer resultados relevantes. Quando esta etapa é elaborada de forma independente, sem compromisso com as análises a serem feitas durante o processamento dos resultados, iremos perceber que o trabalho foi em vão, ou seja, não trouxe qualquer descoberta pela forma como se foi perguntado, gerando informação em abundância, porém, sem muita inteligência.
Algumas ferramentas estatísticas, como a análise conjunta, por exemplo, dependem de um formato de questionário diferente onde, neste caso, trocamos o questionário tradicional por fichas com simulação de situações.
Se tivermos um questionário baseado em uma escala de Likert, a regressão logística pode nos dizer o efeito de uma variável sob a satisfação do cliente. Caso contrário, uma análise de correlação ou regressão linear é mais eficiente.
A contratação ou execução de uma pesquisa precisa de recursos financeiros que, na maioria das vezes, são limitados. Quanto mais pessoas precisarmos entrevistar, maior será o custo deste projeto. Além disso, nem sempre é viável (ou possível) se aplicar uma pesquisa a toda a base de clientes de uma empresa.
Um plano amostral bem definido, feito levando-se em conta aspectos como a variabilidade de perfis na população, margem de erro, nível de confiança, taxa de preenchimento e outras variáveis, sobretudo o objetivo da pesquisa, reduz significativamente o número de pessoas a serem entrevistadas e mantém a representatividade dos dados.
Essa definição é uma das etapas mais importantes para a análise dos resultados, pois é preciso a garantia de que os dados coletados representam a opinião de todos os clientes, sob pena de restringir o trabalho e a leitura de resultados àquela amostra de clientes.
E finalmente, a análise dos resultados: etapa em que se identifica onde estão os fatores de insatisfação, quais processos estão no caminho certo, quais são os focos de preocupação, enfim… onde se consegue todas as respostas para as perguntas que assombram os gestores das empresas.
Um erro comum é limitar o estudo e formar as conclusões baseadas apenas naquilo que as análises descritivas mostram.
Não conseguimos determinar através de uma média ou um percentual a importância de cada item avaliado sem tê-lo perguntado ao cliente e acabamos priorizando ações focadas em aspectos que, apesar da baixa avaliação, não exercem qualquer influência sobre a satisfação.
Não conseguimos também entender como é composta a satisfação geral do cliente com um serviço, uma empresa ou um produto e tampouco conseguimos classificar nossos clientes segundo interesses e não características sociais ou demográficas. Premiamos e punimos o desempenho dos nossos profissionais sem sequer analisar resultados históricos, de longo prazo.
Análise de componentes principais e análise fatorial, conglomerados, correlação, regressão, escalonamento multidimensional, limites de controle, árvores de decisão, testes de hipótese e outras técnicas, cada uma aplicada com o seu objetivo e de acordo com a realidade dos dados coletados, podem trazer todas estas respostas e descobertas a respeito do nosso cliente, possibilitando ações focadas para cada aspecto e distintas para clientes com necessidades diferentes.
A análise estatística aplicada às pesquisas é uma importante arma, que quando aliada a uma empresa comprometida com o sucesso, é capaz de torná-la cada vez mais competitiva e com clientes ainda mais leais.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A importância do pós-venda

Lia Nara Bau

atendimento pós-venda é tão importante quanto o que é realizado na hora da compra. Porém, muitas lojas não dão a devida importância a esta etapa do negócio e acabam perdendo clientes. O que as empresas precisam perceber, contudo, é que conquistar um novo consumidor é mais custoso do que manter os já existentes. Conforme o palestrante comportamental e co-autor do livro 'Os 30 + em Motivação do Brasil', Diego Berro (Rio de Janeiro/RJ), afirma que muitas varejistas direcionam seu foco em atrair novos clientes buscando se concentrar no pré-venda e, por isso, pecam nas estratégias de retenção dos compradores já existentes e na construção de um relacionamento mais sólido e sustentável.

“Atrair um novo cliente é cinco vezes mais caro do que o custo para manter um cliente atual satisfeito. Daí a importância da empresa desenvolver estratégias de pós-vendas”, enfatiza.

A loja pode, inclusive, perder clientes por falhas no pós-venda. O coordenador do MBA em Marketing do UniRitter – Centro Universitário Ritter dos Reis (Porto Alegre/RS), Paulo Ricardo Meira, cita o exemplo de uma loja de calçados ao receber uma cliente que manifesta que em dois dias de uso um salto do sapato quebrou. “Se a loja alegar que isso foi uso indevido, a consumidora se sentirá enganada e traída, sobretudo se era cliente leal àquele estabelecimento”, diz.

De que forma corrigir erros como esse? “A gerência deve entrar em campo, com um pedido de desculpas e posterior envio de um pequeno presente a cliente, tal como um produto para passar no couro dos sapatos”, sugere. Quando a empresa não conhece o consumidor e não monitora o atendimento pós-venda e a satisfação, Berro ressalta que ela perde chance de corrigir alguma falha no processo. “Afinal, um cliente insatisfeito conta sua experiência para, pelo menos, oito pessoas”, diz. Ele avalia que, caso o varejista não monitore a satisfação de seus compradores com estratégias de pós-venda, ela perde a chance de entender como melhorar seus processos e de recuperar um cliente insatisfeito.

Números

-95% dos clientes insatisfeitos não reclamam
-Dos consumidores que registram uma reclamação, entre 54% e 70% comprarão novamente se sua queixa for atendida. Esse número chega a 95% se a reclamação for rapidamente resolvida.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A nova era do marketing: veja o que Philip Kotler, McKenna e Peter Drucker podem ensinar sobre conquistar clientes

Fábio Bandeira de Mello


O que é preciso para os consumidores que compram um produto ou serviço de uma empresa tornem-se clientes fiéis e voltem a comprar produtos ou serviços dessa empresa?

Claro que essa resposta não vai apontar apenas um aspecto, mas a junção de diversas características e fatores. Podemos destacar que alguns deles são oferecer produtos de qualidade, ter um bom atendimento, saber quem são seus consumidores, concorrentes e, principalmente, conhecer muito bem o próprio negócio.

Só que o mercado, independente do produto vendido ou serviço oferecido, está bastante competitivo. Mais empresas buscam o mesmo espaço e o mesmo cliente. Isso dificulta a fidelidade do consumidor junto à empresa.

Um dos maiores especialistas em Marketing na era digital, Regis McKenna, em seu livro Marketing de Relacionamento, relata que com tantas escolhas para os clientes, as empresas enfrentam o fim de sua fidelidade.

De acordo com o autor, "para combater essa ameaça, as organizações podem aumentar seu pessoal de vendas e de marketing, lançando recursos caros no mercado como uma forma de manter seus clientes. Porém, a solução real obviamente não é 'mais marketing', e sim o 'melhor marketing'". Isso significa que a organização deve encontrar um modo de integrar o cliente à empresa, como forma de criar e manter uma boa relação entre ambas.

Marketing 3.0 e a nova era da fidelização

Philip Kotler, considerado o pai do Marketing Moderno, e outros importantes nomes de estratégias de marketing como Hermaean Kartajaya e Iwan Setiwan propõem uma nova evolução no conceito para as estratégias de mercado. De acordo com esses especialistas, entramos na era chamada de "Marketing 3.0". No seu recente livro intitulado com essa denominação, Philip Kotler ressalta que os clientes hoje estão escolhendo produtos e empresas que satisfaçam suas necessidades mais profundas de criatividade, comunidade e idealismo.

"Hoje, estamos testemunhando o surgimento do Marketing 3.0, ou a era voltada para os valores. Em vez de tratar as pessoas simplesmente como consumidoras, os profissionais de marketing as tratam como seres humanos plenos: com mente, coração e espírito. Cada vez mais os consumidores estão em busca de soluções para satisfazer seu anseio de transformar o mundo globalizado num mundo melhor. Em um mundo confuso, as pessoas buscam empresas que abordem suas mais profundas necessidades de justiça social, econômica e ambiental em missão, visão e valores.", revela um trecho do novo livro de Kotler.

Nessa busca de agradar o consumidor e fazer diferente da empresa concorrente, não ache que apenas brindes supérfluos ou lembrancinhas irão fidelizar o seu público. A verdade é que, os clientes não querem apenas comprar produtos, querem consumir experiências.

Nesse aspecto, entre os caminhos para desenvolver uma boa estratégia de marketing voltada para fidelização, Robson Alberoni, presidente do Instituto Brasileiro de Inteligência de Mercado, conta que é fundamental "saber com profundo conhecimento o que os clientes valorizam e tentar personalizar cada uma das propostas à suas necessidades".

Cases da nova era do Marketing

Ainda de acordo com o novo livro de Philip Kotler, intitulado "Marketing 3.0", a essência na estratégia de agradar o cliente está direcionada nas práticas inovadoras, ou seja, na apresentação de uma nova perspectiva de negócios que podem transformar a vida dos consumidores.

No livro são apresentados alguns exemplos de empresas que seguiram essa postura, como os cases Amazon.com, Twitter e a S. C. Johnson & Son que procuraram se moldar a essa nova ótica do consumidor.

No caso da Amazon.com, através de uma prática inovadora, a empresa trabalhou um novo jeito de vender livros (e de outros produtos) com a Amazon.com (1994) e reinventou o próprio livro com o Kindle (2007), sempre buscando fornecer para a população uma maior seleção de conhecimento aliada à entrega conveniente.

A própria rede social Twitter, criado em 2006, é outro caso direcionado a atender as necessidades do consumidor. A rede foi à pioneira na idéia de microblogs na internet e conseguiu uma maneira das pessoas difundirem suas idéias na web de forma mais rápida e ágil.

Ambos os casos de práticas inovadoras refletem algo já dito por Peter Drucker, considerado uma das maiores autoridades na Administração, em seus livros e artigos sobre o assunto, quando revela que os negócios devem começar a partir de uma boa missão e os resultados financeiros vêm em segundo lugar.

A Amazon.com, por exemplo, teve seus primeiros lucros em 2001, após sete anos de existência na internet. Já o Twitter ainda nem finalizou seu modelo de negócios e ainda não tem certeza de como vai monetizar seus serviços.

Relacionado em um contexto voltado ao marketing dos valores junto aos empregados, o livro de Philip Kotler destaca também a empresa S. C. Johnson & Son como um modelo de negócio sustentável nessa nova era do marketing. A empresa é destaque em seu segmento por posicionar-se como uma "empresa familiar, sustentável, especializada em produtos de limpeza e buscar dar as melhores condições de trabalho aos seus funcionários como forma de aumentar sua produtividade.

As pessoas e o mundo estão em constante mudança. Os profissionais de marketing ou empresários que conseguirem visualizar isso da melhor forma sairão na frente da concorrência e terão mais facilidade de transformar seus consumidores, em clientes fies e divulgadores da sua marca.