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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Saber se vender é essencial. Todos vendem algo

Lucas Rossi
06/06/2013
 

O escritor americano Daniel Pink, de 50 anos, lançou, no fim de 2012, seu quinto livro, To Sell Is Human: The Surprising Truth about Moving Others (algo como "Vender é humano: a intrigante verdade sobre como mover os outros"), que será lançado no Brasil em novembro pela editora Leya.

Uma pesquisa de Daniel feita para o livro mostrou que 40% do tempo que as pessoas passam no trabalho é usado com vendas. "No dia a dia, precisamos persuadir, influenciar e convencer os outros", diz ele.

Isso é importante para seu sucesso, senão você não conclui projetos, não consegue transitar na corporação e não tem as pessoas a seu lado. Saber se vender pode fazer você crescer e conseguir chegar aonde sempre quis. E não tem problema nenhum nisso.

VOCÊ S/A - Por que ser vendedor passou a ser essencial?
Daniel Pink -  Passamos a vender constantemente. Se você olhar ao redor, todos vendem algo. Estamos vendendo nossa imagem para os outros comprarem.

VOCÊ S/A - Qual a maneira mais efetiva de vender?
Daniel Pink - Antes de tudo, é essencial sempre ouvir o que os outros querem e entender qual oportunidade você tem. Só assim saberá como fazer a melhor oferta. Outro ponto importante é dizer “sim e”. Na maioria das vezes falamos “sim, mas”. Ao falar “sim e” você agrega, em vez de fazer um contraponto. Fica mais fácil convencer. Por último, é importante fazer o outro se sentir bem. Se a pessoa estiver confortável, comprará de você.

VOCÊ S/A - É comum no mundo corporativo as pessoas se promoverem. Como vendedores de nós mesmos, é melhor ser alguém que resolve ou que encontra problemas?
Daniel Pink - Sem dúvida é melhor ser aquele que encontra. Se seu comprador já conhece o problema, ele acredita que sabe como resolvê-lo. Você não conseguirá vender nada. Se você for alguém que acha problemas, saberá como oferecer soluções.

VOCÊ S/A - Quais são as chaves para ser um vendedor de sucesso?
Daniel Pink - Antes de mais nada, estar ligado para entender o que o outro quer. Saber identificar e solucionar os problemas. Você precisa ajudar a pessoa a melhorar a vida dela. Se souber conduzir esse processo de forma tranquila, vai vender e ter bons resultados. O vendedor deve procurar entrar em sintonia com o comprador e entender de que ele precisa.
E precisa saber transitar. Com isso você consegue estar perto de pessoas capazes de ajudá-lo a entregar a solução de forma melhor. E a última chave é a clareza. Encontrar o problema certo para resolver. Saber fazer as perguntas certas para ter as soluções ideais é o melhor caminho.

VOCÊ S/A - Em cargos de chefia, muda a forma como devemos vender?
Daniel Pink - Em geral os chefes não são bons vendedores. Eles não sabem vender o quanto devem e precisam para ter sucesso. Eles apenas forçam as pessoas. Usam o poder e o controle, em vez de influenciar. Não sabem quão efetiva poderia ser a liderança deles e quanto o resultado poderia melhorar se soubessem como vender melhor.

VOCÊ S/A - Os extrovertidos vendem melhor?
Daniel Pink - Não necessariamente. As pesquisas mostram que isso é um mito. Os extrovertidos são os mais contratados, têm um ótimo desempenho e são os que recebem mais promoções. Mas não são, necessariamente, os melhores vendedores. Assim como os introvertidos também não são. A competência de vender não tem a ver com ser comunicativo ou não. Para ser um bom vendedor é preciso saber escutar, saber a hora de ficar em silêncio, de ser estratégico e de entender o momento ideal¬ para propor a venda. Só assim uma venda tem sucesso.

VOCÊ S/A - A internet transformou a dinâmica de compra e venda. Isso mudou a forma como nos vendemos para os outros?
Daniel Pink - Certamente. Muitas pessoas passaram a vender pela internet nos últimos anos. Gente que não era empreendedora passou a ganhar dinheiro na rede. Isso fez com que o assunto ficasse mais frequente na vida de todos. Mas o mais importante é que a internet ajudou na difusão da informação. Hoje todos têm acesso. Vender nesse contexto passou a ser uma tarefa mais complicada. O comprador pode comparar, ler as opiniões de outras pessoas. A tomada de decisão nesse cenário passou a ter mais senões, tanto na compra na internet como no mundo offline.

VOCÊ S/A - O professor e escritor indiano Ram Charan escreveu um livro, cinco anos atrás, chamado O Que o Cliente Quer Que Você Saiba (Campus/Elsevier). No livro, que se tornou um best-seller, Ram escreve que não deveríamos apenas deixar nossos clientes satisfeitos, mas ajudá-los a alcançar as metas. O que você acha disso?
Daniel Pink - Não li o livro. Mas entender o negócio de seu cliente é crucial. Atualmente vendemos soluções, não produtos ou serviços. Precisamos ajudar o cliente a atingir suas metas. Ele ficará satisfeito e será leal.


Disponível em http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/180/noticias/sem-medo-de-se-vender?page=1&utm_campaign=news-diaria.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 10 jun 2013.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Seis formas de atrair mais clientes por meio das redes sociais

Rafael Arbulu
30 de Março de 2012

Redes sociais

Já faz muito tempo que as redes sociais deixaram de ser apenas um ponto de encontro entre amigos. Hoje, é muito comum ver empresas promovendo páginas e conteúdos oficiais em suas atualizações. Por isso, o Mashable separou algumas informações relevantes para que você, dono de empresa grande ou pequena, consiga ampliar a atenção que sua marca recebe na internet. São dicas simples, que exigem certo esforço, porém nada que ataque seus cofres. Confira a seguir:

Uma imagem vale mais que mil palavras

Esse ditado é bastante válido no universo das redes sociais. No próprio Facebook existem recursos que permitem tornar seu conteúdo mais "sedutor" aos olhos de quem passa por sua página. Por isso, comece a tirar fotos de elementos que sejam relacionados à sua marca. Não é incomum, por exemplo, grifes de vestuário surfista compartilharem artigos relacionados ao universo do esporte como um todo, como campeonatos e informações relevantes.

Aplicativos sociais como o Instagram facilitam bastante, além de disponibilizar ferramentas que tornam suas fotos mais atraentes aos olhos do consumidor. Sincronize suas contas de outras redes com a do Instagram e você terá uma única atualização atacando em várias frentes.

Buscas existem para serem usadas!

A melhor coisa que pode acontecer com a sua marca na internet é o usuário ir até você voluntariamente, mas quando a busca das redes sociais começam a relacionar seu nome nas primeiras páginas dos resultados, é um forte sinal de que você está no caminho certo.

Já pensou em programar buscas com termos relacionáveis à sua marca? Um festival de moda pode não ser diretamente atrelado à sua grife de roupas, mas não deixa de ser interessante para que você saiba o que os usuários estão dizendo do assunto. Se sua marca for forte ou tiver potencial para isso, é provável que você seja citado algumas vezes. Crie notícias, tweets e posts contendo o nome da sua marca associado ao evento, por exemplo. Assim, pessoas te encontrarão em meio ao assunto do momento.

Faça promoções

Uma saída interessante para que sua marca fique na cabeça das pessoas é fazer seus clientes cuidarem do seu marketing. Tudo o que você precisa é de alguma ação que os faça interagir com seus produtos de alguma forma. Em outras palavras: uma promoção.

Não é incomum vermos diversas marcas famosas fazerem promoções rápidas via Twitter (usando o recurso de retweet) ou o Facebook. Isso é o que pode ser chamado de "audiência de momento" - aquela que tem a sorte de estar online quando vem uma promoção interessante. Entretanto, existe uma forma de maximizar isso: agende previamente - e comunique - ações que contemplem consumidores com prêmios e mimos. Todo mundo gosta de ganhar um presentinho!

Não tente seguir o caminho fácil

Se existe desvantagem em marketing via redes sociais, é a volatilidade dos consumidores. Se algo irritar um cliente em potencial, ele pode e - provavelmente - vai desclassificar seu perfil oficial, além de deixar de lhe acompanhar. É fácil e ele só vai precisar de uns poucos cliques.

A dica aqui é: trabalhe de acordo com a rede em que você está logado naquele momento. De nada adianta citar diversos "arrobas" em uma atualização do Facebook. Outro cuidado é ao automatizar as postagens. Por mais cômodo que seja baixar um aplicativo e atualizar ao mesmo tempo o Facebook, o Twitter, o Instagram, Pinterest e qualquer outro, nada irrita mais um usuário que o excesso de mensagens promocionais. Tente promover seu conteúdo de forma relevante, engajando seus usuários em conversas e comentários - e respondendo a eles, sempre que puder.

Leve para o lado pessoal

Às vezes, é difícil para uma empresa responder a todos os comentários - nós sofremos com esse problema aqui no Olhar Digital, inclusive! Interação com quem compra ou aprecia seus serviços é, de longe, a sua melhor arma. A gente tenta fazer isso ao máximo, por mais que alguns fiquem sem resposta...

Dar um tom pessoal ao seu conteúdo - e mantê-lo um tema recorrente - bate aqueles recursos de mass messaging, onde você se limita a publicar várias mensagens, em vários lugares, sobre um determinado produto, e depois se esquece disso achando que o dever está cumprido. Trabalhe com seus consumidores - eles também merecem atenção. Por exemplo: usando os buscadores internos das redes sociais, sua sorveteria poderia convidar pessoas a conhecerem seu estabelecimento. Tenha sempre uma abordagem humana ao invés de marketeira: isso sempre funciona.

Promova quem te promove!

Uma consumidora está usando a bolsa da sua loja e enviou uma foto para mostrar? Deixe que o mundo saiba disso! Nada faz um cliente se sentir mais valorizado do que ver que ele próprio está figurando em sua página, sendo promovido por quem ele considera uma marca de qualidade. A grosso modo, isso pode ser entendido como uma forma de agradecer ao consumidor pelo acesso à página, pela compra de um produto. Isso faz com que as pessoas queiram se aproximar mais e mais de você.


Disponível em http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/6-formas-de-atrair-mais-clientes-atraves-das-redes-sociais. Acesso em 05 jun 2013.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Como crescer vendendo para os clientes de sempre

Carolina Dall'Olio
19/11/2012
O corretor de seguros Alex Pinter Balint, de 38 anos, é um daqueles consumidores que tentam resolver tudo pela internet — até mesmo as compras de supermercado. Há seis meses, ele encontrou na web um jeito de se livrar de mais uma tarefa tediosa: a reposição de cuecas e meias em sua gaveta. Balint, como muitos homens, só se preocupava em comprar essas peças do vestuário quando as suas estavam furadas ou imprestáveis.

"Quero usar meu tempo livre para o lazer, e não para pegar trânsito e ir a um shopping comprar cuecas", diz Balint. Agora, ele paga 58,90 reais a cada dois meses para o site Cueca em Casa lhe entregar duas cuecas e um par de meias de 60 em 60 dias.

"O preço é um pouco maior do que eu pagaria numa loja convencional, mas pelo menos eu não preciso me preocupar com isso", afirma. Para atender consumidores como Balint, que buscam conveniência e praticidade, muitas empresas têm aderido ao modelo de vendas por assinatura, no qual o cliente paga uma mensalidade para receber periodicamente os produtos em casa.

Nos Estados Unidos, uma série de negócios virtuais foi criada nos últimos anos para vender produtos exclusivamente dessa forma. Grandes companhias do varejo virtual também aderiram ao modelo. A Amazon desde 2007 tem uma área chamada Subscrive & Save para vender produtos de uso frequente, como pasta de dentes e xampu. 

No Brasil, a Cueca em Casa é uma das 60 empresas que fazem parte do site AssinaMe. Criado há seis meses pelo paulistano Fernando Nigri Wolff, de 23 anos, o portal é uma espécie de shopping virtual de lojas que vendem tudo por assinatura — desde bebidas até bijuterias e pães.

Essas empresas repassam ao AssinaMe o equivalente ao valor da primeira mensalidade paga pelo consumidor. A previsão de Wolff é faturar 1 milhão de reais em 2013. "O sistema de vendas por assinatura é antigo, mas encontrou na internet condições favoráveis para crescer", afirma Wolff. 

O modelo de assinaturas é especialmente atrativo para o consumidor típico do comércio eletrônico — geralmente alguém muito ocupado, que trabalha e tem pouco tempo para ir às lojas fazer compras. "Esse tipo de cliente tende a aprovar o sistema de assinatura, principalmente para produtos de uso frequente, como roupas, bebidas e alimentos", diz Luis Stockler, consultor especializado em varejo.

"Com as assinaturas, os consumidores não precisam se preocupar em fazer compras todo mês, e assim economizam tempo", diz Stockler. Para as lojas virtuais, a principal vantagem é, com a carteira de assinantes, garantir as receitas dos meses seguintes, em vez de ter de disputar o mesmo consumidor com os concorrentes a cada nova compra que ele pretende fazer.

Em julho deste ano, a engenheira Mariana Akutsu Takada, de 26 anos, fez uma assinatura de sapatos no site Shoes4you. Todo mês, por 99,99 reais, ela recebe um novo par de calçados em casa. Antes de conhecer o Shoes4you, Mariana comprava esse tipo de produto por impulso, sem se importar muito com o preço.

"Sempre que eu via um modelo na vitrine da loja e gostava, comprava", diz. Com a assinatura, ela encontrou uma forma de controlar seus gastos mensais com sapatos. "Caso eu perceba que já tenho muita coisa no armário, posso cancelar a assinatura ou suspendê-la”, diz Mariana. “Por enquanto, está valendo a pena."

O Shoes4you foi fundado em 2011 pelo francês Olivier Grinda, de 27 anos. Foi dele a ideia de criar um sistema no qual o consumidor não precisa se comprometer em manter a assinatura por um período de tempo determinado nem aderir a planos de fidelidade, como os da telefonia celular, por exemplo.

"Cerca de 25% das clientes da Shoes4you são da classe C", diz Grinda. "Dificilmente esses consumidores aceitariam nossa proposta se não pudessem cancelar a assinatura caso faltasse dinheiro para os sapatos naquele mês."

Para criar a empresa, Grinda se inspirou na loja virtual americana ShoeDazzle, que conquistou 3 milhões de clientes em três anos. O Shoes4you hoje tem 5.000 assinantes — a previsão de faturamento para 2012 chega a 5 milhões de reais. Desde sua criação, o site recebeu recursos de quatro fundos de investimento.

Um dos atrativos do Shoes4you é oferecer modelos exclusivos assinados por estilistas como Fause Haten e Reinaldo Lourenço por preços mais baixos que os de sapatos de qualidade equivalente vendidos nas lojas tradicionais. 

Grinda explica que os varejistas sempre tiveram de colocar uma margem de lucro mais elevada nos calçados porque, em média, somente 20% do estoque é vendido pelo preço cheio.

"Os lojistas precisam oferecer uma variedade muito grande de itens, em cores e tamanhos, para conseguir vender um único par, porque os consumidores querem ter várias opções", afirma Grinda. "Por isso, boa parte dos sapatos encalha nas prateleiras e precisa ser vendida com desconto." Com as assinaturas, Grinda sabe quantos pares de sapatos venderá a cada mês e, por não ter custo com o estoque, consegue cobrar menos. 

Hoje, o Shoes4you fabrica os sapatos que vende. A possibilidade de prever com precisão qual será sua demanda nos meses seguintes ajuda a empresa a controlar sua produção de maneira mais eficiente. Quem apenas revende itens produzidos por outros fabricantes pode aproveitar o modelo de assinaturas para aumentar o poder de barganha com os fornecedores.

"O fato de ter uma clientela fixa ajuda nas negociações, principalmente no caso de empresas que revendem produtos de uso recorrente, como ração para cachorro, ou produtos selecionados por especialistas, como vinhos ou acessórios de moda", diz o consultor Luis Stockler. 

Fundado em 2010 pelo gaúcho Pedro Meneghetti, de 31 anos, e outros dois amigos, o site Have a Nice Beer conseguiu transformar 4 600 apreciadores de cerveja em assinantes. A empresa seleciona cervejas entre marcas do mundo todo e manda quatro garrafas por mês para os clientes, que também recebem uma revista com informações sobre a bebida.

O pacote sai por 68,90 reais. Quem gostar da cerveja do mês pode fazer novas encomendas. "Na verdade, nós não vendemos um produto", diz Meneghetti. "Nosso cliente compra o serviço de seleção de cervejas e a comodidade de receber a bebida em casa."

O Have a Nice Beer deve faturar 4 milhões de reais em 2012. A empresa faz compras em grande volume e assim pode trazer para o Brasil cervejas difíceis de encontrar aqui. "Recentemente, consegui trazer uma marca de cerveja da Turquia porque encomendei um contêiner cheio, com 25.000 garrafas", diz Meneghetti. "Poucos importadores de bebidas têm escala para fechar uma negociação como eu fiz." Os rótulos exclusivos ajudam o Have a Nice Beer a garantir que 85% dos clientes assinem as cervejas por mais de seis meses. 

Como acontece com quase todas as lojas virtuais, quem adota o sistema de assinatura depara com dois obstáculos capazes de comprometer a qualidade do serviço: o custo do frete — alguns consumidores têm de pagar até 15 reais para receber o produto em sua cidade — e o risco que se corre ao deixar uma etapa importante do negócio nas mãos das empresas de logística, responsáveis por entregar os produtos aos clientes.

"Os assinantes se acostumam a receber o produto sempre no mesmo dia e ficam irritados quando acontece algum atraso", afirma Wolff, do AssinaMe. "Por isso, quem vende por assinatura precisa de um plano B para atendê-los quando as entregas não chegam no dia programado."

Disponível em http://exame.abril.com.br/revista-exame-pme/edicoes/0054/noticias/como-crescer-vendendo-para-os-clientes-de-sempre?page=1&utm_campaign=news-pme.html&utm_medium=e-mail&utm_source=newsletter. Acesso em 26 nov 2012.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Maioria dos jovens brasileiros oculta comportamento na web, diz pesquisa

Tissiane Vicentin
13/11/2012
Um estudo divulgado pela empresa de antivírus McAfee  mostra que a maioria dos jovens entre 13 e 17 anos escondem dos pais o histórico de sua navegação - ocultando o que fazem enquanto estão utilizando a Internet. Dos jovens entrevistados, 47% não contam aos pais o que fazem e outros 57% admitem que os pais sabem apenas uma parte do que ocorre durante a sua navegação.

O objetivo da pesquisa "Jovens na Internet: muito além da visão dos pais", encomendada pela McAfee à empresa de pesquisa de mercado TNS, é entender como jovem se comporta quando monitorados pelos pais.

Ainda segundo o estudo, um dos motivos principais para os jovens ocultarem suas atividades é o receio: quase metade dos jovens acredita que os pais não aprovariam seu comportamento. A pesquisa revela ainda que 45% dos entrevistados mudariam o comportamento se soubessem que estão sendo monitorados.

Dos pais entrevistados, um terço  (33%) afirmou não ter tempo suficiente ou disposição para monitorar o filho. Mesmo assim, mais da metade das mães (65%) afirma estar nas redes sociais pela vontade de acompanhar os filhos.

Outro ponto que impediria 48% dos pais entrevistados de acompanharem o comportamento dos filhos na Web seria a falta de conhecimento sobre como funciona o mundo digital. "Atualmente, em via de regra, 70%, 80% dos lares têm ambos os pais que trabalham e os filhos ficam em casa sozinhos. Como o uso da Internet começa muito cedo, nao é incomum que crianças com 5 anos de idade já tenham acesso à rede sem a supervisão", diz o médico psiquiatra Jairo Bouer.

Ele ressalta a importância da utilização de recursos para o monitoramento da rede e, mais do que isso, o diálogo aberto entre pai e filho. "É óbvio que tem que ter o limite. Então é importante essa questão do diálogo para poder, de alguma forma, balizar o jovem. Do mesmo jeito que os pais orientam na vida real, há essa necessidade de impor limites na rede também."

"É importante esclarecer porque está bloqueando um site, por exemplo, ou porque está utilizando tal monitoramento para provar que nao é implicância dos pais. Proibir não adianta, só instiga mais a curiosidade. Além do mais, o jovem vai sair de casa e vai ter acesso à Internet em outros locais, como a casa de amigos ou lan houses", completa a psicopedagoga Angela Cristina Bocchile.

Rede social, cyberbulling e pornografia na rede

Por passarem muito tempo na Internet - segundo a pesquisa, 87% os jovens acessam à rede ao menos 6 dias da semana - os jovens estão expostos a diversos comportamentos de risco. Segundo o estudo, 28% das meninas entrevistadas já passaram de um bate-papo aberto para uma conversa particular com alguém que conheceram na Internet, enquanto que 45% dos meninos afirmaram conversar com desconhecidos.

Além disso, 27% dos meninos afirmaram já ter visto algum vídeo que os pais não aprovariam e 33% dos jovens disseram ter visto conteúdos sexuais na Internet que os deixaram pouco à vontade.

A questão do ciberbullying também foi abordada. A pesquisa mostra que entre os jovens que já sofreram ciberbullying, apenas 30% contaram aos pais e 20% dos pais não sabem dizer se os filhos já sofreram com essa questão. Além disso, 34% dos jovens já presenciaram comportamentos maldosos contra amigos ou colegas e apenas 20% dos pais afirmou que seus filhos presenciaram ciberbullying.

A pesquisa foi realizada durante os meses de junho e agosto desse ano, por meio de questionário online. Responderam às questões 401 jovens  de 13 a 17 anos e 414 pais de jovens da mesma faixa etária. Os entrevistados pertenciam às classes A, B e C e residiam nas cidades de São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador. Foram considerados usuários ativos da Internet, que se conectam à rede de duas a três vezes por semana.

Produtos McAfee 2013

É com o cenário mostrado pela pesquisa que a McAfee apresentou o lançamento da Linha Consumer 2013 durante um evento que ocorreu no Grant Hotel Hyatt, em São Paulo.

Segundo a companhia, a nova versão do software para usuários domésticos apresenta, além da já conhecida proteção contra malwares e vírus e firewall, também dispõe de análise antivírus, antimalware e de vulnerabilidades (do sistema operacional e de aplicativos instalados). A atualização ainda conta com sistema em nuvem para possibilitar uma avaliação prévia de ameaça, para barrá-la mesmo quando o software estiver desatualizado.

Com o gancho da pesquisa, a empresa deu destaque ao McAfee All Access 2013, uma suíte que protege múltiplos dispositivos, dentre eles PCs, Macs, smartphones, tablets e netbooks. "A intenção principal desse produto é dar aos pais uma ferramenta para que eles possam monitorar o que os filhos fazem na Internet, não somente no computador de casa", afirma o gerente de suporte técnico para clientes corporativos da McAfee do Brasil, José Matias Neto. "Até porque, não adianta impedir o acesso do filho, porque o jovem tem a conexão no bolso - literalmente."

A apresentação também incluiu novas versões das suítes McAfee Total Protection 2013, McAfee Internet Security 2013 e McAfee Antivírus Plus apresentam nova interface, com visual mais limpo para facilitar a navegação e gerenciamento. Além disso, ele também apresenta suporte a dispositivos touchscreen, Windows 8 e o SiteAdvisor Social - uma ferramenta que classifica o risco de sites (incluindo redes sociais) contra vírus, malware, spam, e-mails maliciosos, roubo de identidade e perda de dados pessoais.

Disponível em http://idgnow.uol.com.br/internet/2012/11/12/maioria-dos-jovens-brasileiros-ocultam-comportamento-na-web-diz-pesquisa/. Acesso em 17 nov 2012.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Bijuteria vai para a web, sem deixar o porta a porta

Valor Econômico
O sucesso de público alcançado pelas redes sociais motivou o surgimento de empresas de internet que aproveitam as redes de contatos de consumidores para anunciar e vender produtos. Essas empresas on-line - que permitem aos internautas receber anúncios indicados por pessoas conhecidas, compartilhar avaliações e comprar produtos e serviços - foram classificadas como "social commerce", que seria a fusão entre rede social e comércio eletrônico.

No Brasil, esse segmento ganha corpo. A LikeStore, que em agosto de 2011 lançou um serviço para a montagem de lojas virtuais no Facebook, tem em seu portfólio 4,5 mil lojas em operação. "Essas lojas oferecem 85 mil itens e suas vendas triplicaram neste trimestre", afirma Ricardo Grandinetti, gerente de produto da LikeStore.

Conforme dados da consultoria e-bit, o segmento de moda e acessórios foi um dos que mais cresceram na internet em 2011, passando a responder por 7% da receita do comércio eletrônico. O varejo on-line teve receita de R$ 18,7 bilhões no ano passado; neste ano, com projeção de crescer 25%, para R$ 23,5 bilhões, neste ano.

Em meio a essa efervescência, o suíço Ronald Beigl e a brasileira Camila Souza fundaram a Sophie & Juliete, empresa que tem como meta reunir profissionais nas redes sociais para a venda de bijuterias. Os sócios se conheceram na Bain & Company, onde trabalhavam como consultores e decidiram montar a empresa.

A Sophie & Juliete é a primeira empresa brasileira de internet a receber um aporte da Redpoint eVentures, gestora de fundos de investimentos criada pelas companhias americanas Redpoint Ventures e BV Capital para adquirir participação em companhias brasileiras de internet. Outro investidor a fazer aporte na empresa é o grupo espanhol IG Expansión. O valor investido é mantido em sigilo pelas empresas.

Camila diz que a meta é atrair 2 mil pessoas em um ano para atuar como vendedoras. As bijuterias serão desenhadas por uma joalheira e produzidas em uma fábrica terceirizada. Cada vendedor poderá criar sua página no Facebook para apresentar as peças e dar dicas de moda.

Os vendedores também atuarão no sistema de venda direta, seguindo o modelo da Tupperware, sob o qual o vendedor faz uma apresentação dos produtos e reúne os pedidos, feitos pela internet. "O vendedor recebe uma porcentagem sobre suas vendas e sobre as vendas de seus revendedores", diz Camila.

Beigl diz que o mercado de venda direta cresce no país a uma média de 20% ao ano, mas as vendas de bijuterias na internet crescem pouco. "A nossa expectativa é que a venda por meio da rede de contatos seja mais bem-sucedida do que a venda porta a porta ou a venda on-line sem a apresentação do mostruário ao vivo", afirma.

Essa é também a expectativa da 21Diamonds, loja virtual de joias personalizadas que tem uma versão no Facebook para venda aos usuários da rede social. A empresa nasceu com recursos internacionais, da companhia alemã de investimentos Rocket Internet, mas não vai adotar a venda direta porta a porta. "O segmento de joias ainda é pouco explorado na internet brasileira", afirma Wilson Cimino, fundador e responsável por novos negócios na Rocket Internet Brasil.

domingo, 20 de maio de 2012

Preço e comodidade são o que mais atrai nas compras online

Welington Vital de Oliveira
O principal motivo que atrai o consumidor a realizar compras online é o preço, o segundo fator é comodidade, revela estudo realizado pela Hi-Mídia em parceria com a M.Sense.

Para 68% dos internautas brasileiros, o preço é o que mais chama atenção nas compras on-line, enquanto que para 56%, a comodidade é o que mais motiva a realizar compras pela internet.

Entre o público masculino, a porcentagem dos que compram motivados pelo preço é ainda maior, de 70%, entre as mulheres o índice chega a 66%. Já a comodidade motiva mais o público feminino, com 61%, enquanto que entre os homens, 53% são motivados a comprar pela comodidade.

A pesquisa ainda mostra que praticamente todos os consumidores comparam preços na internet antes de fazer suas compras, independente se as realizará o em lojas ou online.

Produtos

Entre os produtos, os eletrodomésticos e artigos de informática são os campeões em compra, citados por 76% dos entrevistados, livros e revistas (39%) e roupas, acessórios e calçados (34%).

Com relação às compras, 32% dos internautas dizem nunca se arrependerem do que comprou, no entanto, o percentual cai apara 26%, quando as compras são realizadas em sites de compras coletivas.

No geral, 56% dizem raramente se arrepender, enquanto que entre os consumidores de compras coletivas, 41% compartilham da mesma opinião.

Apenas 1% dizem se arrepender frequentemente das compras realizadas, já entre os consumidores de sites de compras coletivas o percentual sobe para 5%.

domingo, 6 de maio de 2012

Cuidado com o seu site. Ele passa a imagem da sua empresa

Heloiza Camargo
Empresas que optam por disponibilizar as suas informações online precisam ficar atentas ao visual do site e ao conteúdo exposto. Não raro, quando busco alguma coisa costumo torcer o nariz para aquelas páginas muito carregadas (cheias de imagens, com letras enormes) ou que não contenham informações de fato relevantes do negócio. A abinha “sobre a empresa” é fundamental e até mesmo erros de português podem passar uma imagem negativa do empreendimento.

Assim como é imprescindível que uma loja esteja sempre limpa para que o cliente sinta-se confortável, um site também precisa passar a máxima sensação de facilidade, o que pode ser alcançado com uma navegação simples, intuitiva. Caso contrário um internauta que tem ao seu dispor muitos outros endereços eletrônicos provavelmente não voltará a acessar a página e também não terá uma boa imagem da empresa. Isso funciona comigo e com vários amigos: se o site não é bom, bonito, com informações úteis, tenho a impressão de que a empresa também não tem cuidado com seus produtos, serviços ou atendimento. Essa pode não ser a realidade, claro, mas é a impressão que fica. Perdi as contas de quantas vezes deixei de comprar em lojas virtuais apenas porque achei o endereço eletrônico muito ruim, por exemplo.

Se é para entrar no mundo virtual, faça isso com qualidade. Um programador de sites já não é tão caro como antigamente e há inúmeras ferramentas disponíveis para o empresário medir a audiência da página de sua empresa e verificar se está indo na direção correta. O site pode, muitas vezes, ser aquela famosa “primeira impressão” de uma empresa.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Por que os pequenos negócios devem virtualizar?

Paul Mah
A virtualização de servidores está na pauta das empresas há pelo menos dez anos e mesmo que questões como armazenamento ainda causem dor de cabeça para a TI, as vantagens da tecnologia são reais e elas valem até mesmo para as pequenas companhias, que podem encontrar na plataforma vantagem competitiva. A seguir, seis motivos para esse nicho apostar na virtualização.

1. Aumentar a eficiência do servidor
A razão tradicional e mais atraente para a implementação de servidores virtualizados é fazer uso mais eficiente dos recursos computacionais no que diz respeito a ciclos de processamento e memória RAM. Além da redução dos custos de energia e refrigeração, empresas de pequeno e médio portes podem reduzir as despesas de capital já que menos servidores físicos são comprados para substituir um número maior de máquinas ociosas.

Implementar servidores virtuais é uma forma simples para reunir em um host físico muitas máquinas virtuais (VMs). Ainda assim, mesmo que a virtualização de servidores possibilite diversos benefícios, ela não livra a TI das tarefas administrativas necessárias para gerenciamento de servidores físicos. 

De fato, o gerenciamento da virtualização é ainda mais desafiador devido à facilidade com que as máquinas virtuais podem ser criadas. Além disso, é preciso monitorar o tráfego entre as máquinas virtuais na rede e identificar gargalos de performance.

2. Melhorar os esforços de recuperação de desastres
A recuperação de desastres é a capacidade de restabelecer tarefas ao seu estado natural após um desastre. Como é possível imaginar, o backup de uma infraestrutura totalmente virtualizada faz cópias de imagens de máquinas virtuais e é um processo muito mais simples quando comparado à tarefa tradicional.

Além disso, o processo consome apenas uma parte do equipamento original para hospedar uma infraestrutura inteira, usando virtualização. Isso significa que para empresas menores, que não contam com grandes orçamentos de TI, é possível comprar um pequeno número de servidores. Em caso de desastres, esses equipamentos podem ser realocados, se necessário, e configurados com a última versão da máquina virtual, uma movimentação que é mais rápida do que a de muitos fornecedores de TI.

Obviamente, o fato de que mesmo a maior infraestrutura de empresas de pequeno e médio portes pode ser consolidada dentro de algumas unidades de disco rígido, esse cenário tem implicações na segurança. Por exemplo, existe o risco de máquinas virtuais serem perdidas por um erro humano.  

Com isso em mente, usar a virtualização como um meio de recuperação de desastres requer planejamento. Cuidados devem ser tomados para elaborar os processos e procedimentos adequados de segurança. A responsabilidade pela guarda de máquinas virtuais deve ser claramente definida.

3. Ampliar a estratégia de continuidade de negócios
Continuidade de negócios é diferente de recuperação de desastres, já que seu objetivo é atingir zero ou o mínimo de interrupções das operações. Sabendo que a fonte mais comum de falha no data center é a do hardware do servidor, esse é o lugar em que um recurso de virtualização de servidor, chamado migração em tempo real, deve entrar para ajudar a preservar a continuidade dos negócios, eliminando o tempo de inatividade.

Usando a migração em tempo real, os administradores são capazes de facilmente mover máquinas virtuais em tempo real entre os hosts do servidor físico. Esse tipo de migração acontece por meio da sincronização do disco e da memória em segundo plano entre dois servidores físicos. 

A migração em tempo real pode facilitar a manutenção do servidor ou a atualização do hardware sem que seja necessário agendar qualquer parada para manutenção.

Embora a virtualização fortaleça a continuidade dos negócios, não faz milagres em caso de inundações ou incêndios. A implementação de failover [outro blade entra em cena automaticamente para ocupar o lugar de uma placa problemática] é, em muitos casos, cara para a maioria das pequenas e médias empresas, enquanto isso, a migração em tempo real somente exige a presença de uma rede Gigabit Ethernet [ou superior] para funcionar.

4. Aditivar desenvolvimento de software
Se sua empresa trabalha com desenvolvimento de software, a virtualização proporciona a oportunidade de reduzir custos, eliminando a necessidade de desembolsar grandes quantias de dinheiro para adquirir hardware adicional. Médias empresas também se beneficiam. Isso porque as equipes de desenvolvimento economizam tempo por não ter de suportar o longo processo de requisição de novos servidores. 

O desenvolvimento de aplicações que não são sensíveis à latência também pode ser feito em versões desktop do software de virtualização, também conhecido como Hypervisor Tipo 2. Esses são tipicamente mais baratos e também oferecem capacidades adaptadas para uma melhor experiência de desktop. Alguns dos tipos mais populares do Type 2 hypervisor são o Oracle VM VirtualBox [código aberto] e VMware Workstation para Windows, bem como o VMware Fusion e Parallels para Mac.

5. Facilitar o teste das atualizações e patches de segurança
A virtualização torna trivial a tarefa de testar novas atualizações de software ou patches de segurança antes da implementação dos sistemas. Além disso, as equipes de desenvolvimento internas poderão testar aplicações n-tier [desenvolvidas em várias camadas] lógicas em uma réplica virtual da infraestrutura atual para testar problemas decorrentes de interações inesperadas entre os vários componentes.

6. Tirar proveito da virtualização de desktop
Uma modalidade cada vez mais popular de virtualização é a de clients, o que implica rodar o ambiente desktop inteiro dentro de um servidor centralizado. Como todo o processamento é feito no servidor, dispositivos clients são tipicamente thin clients que servem como um nó de extremidade para conectar periféricos como teclado, mouse, um monitor, conectores de áudio e até mesmo portas USB por meio da rede LAN. 

Embora haja semelhanças entre virtualização de servidores e de desktop em infraestrutura básica necessária, as empresas não devem cometer o erro de misturá-los porque os objetivos são diferentes e as considerações técnicas também. O termo Virtualization Desktop Infrastructure ou VDI é usado para descrever componentes de hardware e de software necessários para suportar uma implementação de virtualização de desktop.

Ingressar nesse universo requer uma análise detalhada dos fornecedores da tecnologia para que a implementação não se torne uma frustração para as empresas.

sábado, 17 de março de 2012

Comércio eletrônico vive batalha invisível

Valor Econômico
 
Passada a corrida inicial para abrir lojas na internet, uma nova disputa está em curso no comércio eletrônico, embora seja praticamente invisível para o consumidor. É a disputa pelas chamadas plataformas de e-commerce - os sistemas básicos para a criação de lojas virtuais. É sobre essa base que os varejistas on-line acrescentam sistemas de segurança, certificação, pagamento digital, carrinhos virtuais e outras funções, sem as quais uma loja pode ficar esquecida no palheiro digital.

Companhias internacionais do porte da IBM, da Microsoft e da Oracle estão investindo para conquistar uma fatia desse mercado no Brasil. Muitas empresas nacionais também perceberam a oportunidade e preparam-se para ingressar na área.

É o caso do BuscaPé. Criada no Brasil e hoje controlada pelo grupo sul-africano Naspers, a empresa fechou um acordo com a brasileira Jet e-Commerce para oferecer plataformas de comércio eletrônico a micro, pequenas e médias empresas de varejo on-line.

Como parte do acordo, as empresas desenvolveram em conjunto a plataforma Jet ONE. O sistema é composto por módulos que incluem controle de produtos, ferramentas de marketing e serviços de gestão da loja virtual. A plataforma será integrada a outros serviços que o BuscaPé oferece, como o de comparação de preços, carro-chefe da companhia; o de pagamento digital; e o e-bit (classificação e análise do comércio eletrônico).

A busca pelas plataformas de e-commerce é reflexo da sofisticação crescente dessa atividade. "O comércio eletrônico tornou-se um negócio complexo. O objetivo, com as ferramentas, é simplificar a tecnologia para os empresários pequenos e médios, reduzindo a barreira de entrada, que é de ordem tecnológica", afirma André Ghion, vice-presidente de alianças de negócios do BuscaPé.

Ghion estima que existam no mercado brasileiro entre 500 mil e 1 milhão de micro, pequenas e médias empresas com potencial para ter uma operação on-line. Trata-se de um público potencial nada desprezível para fornecedores de tecnologia para comércio eletrônico.

A americana Oracle adquiriu a Art Technology Group (ATG), especializada em softwares de comércio eletrônico em 2010, e trouxe a tecnologia para o Brasil no ano passado. Sem citar números, Jorge Toledo, diretor de pré-vendas de aplicativos da Oracle, afirma que a companhia reforçou a equipe de vendas e de engenharia de software e fechou parcerias para elevar as vendas. "O Brasil é um mercado altamente favorável e estratégico para os planos da Oracle de crescer nessa área", diz Toledo.

O mercado brasileiro de comércio eletrônico movimentou R$ 19 bilhões no ano passado e cresce, em média, 35% ao ano, segundo dados de mercado. "Seguindo nesse ritmo, em três anos o movimento pode chegar a R$ 50 bilhões. Há muito espaço para crescer", diz Toledo. No alvo da Oracle estão companhias de comércio eletrônico de grande e médio portes, que começam a substituir as plataformas que possuem por tecnologias mais avançadas. Há dez anos, diz o executivo, muitas empresas adotaram tecnologias mais simples, porque não sabiam se o varejo virtual daria certo. "Agora, eles já conseguem prever aonde podem chegar e estão dispostos a investir mais."

A gigante japonesa de serviços on-line Rakuten também planeja aproveitar o comércio eletrônico aquecido para expandir a atuação no Brasil. A companhia adquiriu, no ano passado, 75% da brasileira Ikeda, de serviços de comércio eletrônico para varejistas. Alessandro Gil, diretor de marketing e novos negócios da Rakuten Brasil, afirma que, em 2011, a empresa cresceu 44% em número de clientes e em receita, chegando a 137 grupos de varejo virtual - todos de grande e médio portes. Para este ano, a expectativa é obter 50 novos clientes.

"Há uma tendência de crescimento do comércio eletrônico no país, com o surgimento de grandes varejistas nas áreas de moda, móveis, eletroeletrônicos e outros mercados segmentados", afirma Gil, da Rakuten. Além das novas varejistas on-line, também cresceu a demanda de empresas interessadas em substituir a tecnologia que detêm atualmente, diz Gil.
Entre as gigantes internacionais, a Microsoft demonstrou interesse em atrair clientes de todos os portes, incluindo microempresas. A companhia oferece plataformas de comércio eletrônico por meio do Azure, serviço que possibilita o desenvolvimento e o uso de softwares e outras aplicações por meio da nuvem, um modelo pelo qual as informações são armazenadas em centros de dados que podem ficar a quilômetros de distância. O acesso é via internet.

O serviço começou a ser testado no país em 2008 e foi lançado comercialmente em 2010. Luciano Condé, gerente de plataforma do Azure da Microsoft, afirma que a demanda está aquecida neste ano, mas prefere não divulgar estatísticas sobre o Brasil. "Muitas companhias têm preferido migrar sua plataforma de comércio eletrônico de centros de dados tradicionais para serviços na nuvem", afirma. Segundo o executivo, o interesse vai de empresas novatas a companhias bilionárias de varejo.

Já a IBM tem como estratégia reforçar a participação no segmento de pequenas e médias empresas de comércio eletrônico. Tradicionalmente, a companhia atende grandes varejistas, como as americanas Staples e Home Depot. "Essa é a faixa do mercado que cresce em ritmo mais acelerado e é o foco da companhias para os países do BRIC", afirma Enio Garbin, responsável na América Latina pela área de soluções para varejo digital da IBM. Como parte da estratégia, a multinacional reforçará a oferta desses softwares como serviço.

Para a Jet e-Commerce, que até então atuava no mercado de comércio eletrônico para grandes e médias empresas, o lançamento do software, em parceria com o BuscaPé, permitirá ganhar escala no curto prazo. "Essa união permitirá à Jet ganhar escala, competindo em um segmento de mercado em que ainda não atuava", afirma, afirma Luiz Mário Lunardi, diretor geral da JET e-Commerce. A Jet possui em torno de 200 clientes de grande porte. O BuscaPé informa atender a 650 mil empresas nos diferentes serviços de comércio eletrônico que oferece.

A disputa pelas pequenas e microempresas promete ser particularmente acirrada. Microsoft, Jet e BuscaPé vão competir com a Tray, que possui 4,5 mil clientes desse porte. Em janeiro, a Tray desenvolveu uma plataforma para microempresas e pretende dobrar o número de clientes no ano com a nova tecnologia, além de dobrar a receita, para R$ 20 milhões, afirma Walter Leandro Marques, executivo-chefe da Tray.

Marques diz que as 20 maiores empresas de comércio eletrônico respondem por 60% das transações no Brasil, mas a expectativa é que esse percentual caia para 50% até 2015. Os pequenos varejistas representam 8% do comércio eletrônico, com estimativa de passarem a 20% em três anos. "O segmento de pequenos varejistas vai mais que dobrar em três anos. Eles são nossa grande aposta e a área na qual temos vantagem competitiva frente às multinacionais", afirma.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O boca a boca das redes sociais

O Povo Online
Que a Internet aproxima as pessoas, todo mundo já sabe. Mas será que as estratégias de marketing aplicadas hoje pelas empresas para expor a marca nas redes sociais têm surtido efeito positivo? O publicitário brasileiro sabe como aproximar consumidores por afinidade? Para 81% de influenciadores da web questionados sobre o assunto, não. Em pesquisa realizada pela Sixpix Content, batizada de YouPix Tank e que está na primeira edição, foi divulgado um estudo sobre as marcas brasileiras e sua participação nas redes sociais com base na opinião de formadores de opinião da web: os influenciadores. 

No estudo, o Facebook foi considerado pelos entrevistados como a melhor plataforma de relacionamento entre as marcas e o público. 41,7% das pessoas ouvidas acreditam que é a ferramenta mais adequada para divulgação de conteúdo da empresa, enquanto 36,1% preferem o Twitter. Sobre as estratégias de marketing no Facebook, especialistas afirmam: o que diferencia o sucesso entre uma marca e outra é a capacidade de chamar atenção sem parecer invasivo. Mas só isso não basta. É preciso investir na criatividade e no planejamento.

Exemplos de sucesso na rede de Mark Zuckerberg são as campanhas da Nextel, da Skol e da Coca-Cola. Com diferentes jogos e formas de entreter o internauta, cada uma com a sua estratégia, as marcas optam por garantir o compartilhamento das marcas pelo usuário entre os próprios amigos. Quem explica como o processo funciona é o diretor geral de criação da Flex Comunicação, André Nogueira: “As marcas fazem com que o fã utilize sua própria rede de contatos para passar aos amigos e fazer com que eles passem para outros amigos. Ao invés de ser invasiva, reforça a mensagem de forma a atrair curiosos, disseminando entre os amigos”.

O próprio conceito de rede social já pressupõe interação social, compartilhamento de ideias e recomendação de conteúdos. O que as marcas têm feito é se apropriar estrategicamente dessa definição de forma mais incisiva, dizem os publicitários. “Hoje em dia o poder de disseminação na rede social é mais potente do que o de um boca a boca”, compara André.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Gerenciar a reputação on-line é vital. Saiba como

Shane O'Neill
No sábado (28/1) foi comemorado o Data Privacy Day (Dia de Privacidade de Dados, ou DPD, como é mais conhecido). Um dia para "aumentar a conscientização sobre questões de privacidade e proteção de dados entre os consumidores, organizações e autoridades do governo e ajudar a indústria, a academia e os advogados a destacarem os esforços feitos para garantir a privacidade do consumidor".

Ouça. Privacidade de dados é importante. Ninguém, desde o adolescente que compartilha as fotos da festa no Facebook até os CIOs de cada uma das 500 maiores da lista da Fortune, quer a sua informação comprometida.

Para honrar o DPD, a Microsoft encomendou uma pesquisa [realizada pela Blueocean Market Intelligence] com 5 mil pessoas, incluindo crianças entre as idades de 8 anos a 17 anos e adultos entre 18 anos e 74 anos no Canadá, Alemanha, Irlanda, Espanha e Estados Unidos. Os resultados indicam que a maioria não está vigilante o suficiente para proteger os perfis e a reputações on-line.

O seu "perfil on-line", segundo a pesquisa da Microsoft, é a soma de conteúdos na web sobre você (compras de cartão de crédito, registros médicos etc), de conteúdos que você criou (e-mails, vídeos, publicações em redes sociais) e de conteúdos sobre você criados por outros (alguém que publica uma foto ou comentários sobre você em uma rede social ou site).

Já a sua "reputação on-line" é a imagem criada por meio de informações que você ou outros compartilharam na interner em blogs, posts, fotos, tweets e vídeos.

A pesquisa da Microsoft indica que 67% dos entrevistados acreditam que estão no controle de suas reputações na web, mas apenas 44% pensam sobre as conseqüências a longo prazo de nossas atividades on-line.

Não deveríamos todos - e não apenas 44% - pensar mais sobre as consequências de nossos rastros pela internet? Com os sites de mídia social como Facebook e Twitter abrindo o mundo, para melhor ou pior, e as pessoasl efetuando cada vez mais pagamentos de contas on-line, a gestão da reputação on-line nunca foi tão importante. Afinal, muitos empregadores usam o Facebook para avaliar candidatos a emprego, faculdades e companhias de seguros podem procurar fotos na web para avaliar os riscos de candidatos a seus serviços etc.

Então como é que nos tornamos melhores cidadãos digitais? Aqui estão alguns passos que você pode tomar, de acordo com um post no blog da Microsoft, escrito pelo diretor de privacidade da empresa, Brendon Lynch.

Monitore as redes

- Pesquise todas as variações de seu nome nos motores de busca, e avalie se os resultados refletem a reputação que você gostaria de compartilhar com o mundo, incluindo os empregadores atuais ou futuros, colegas, amigos e familiares. A pesquisa encomendada pela Microsoft descobriu que 37% dos adultos nunca fazem isso.

- Se você encontrar informações imprecisas ou menos favoráveis sobre si, respeitosamente, solicite que a pessoa que a postou corrija os erros ou remova as informações.

Considere separar os perfis profissionais e pessoais

- Ao procurar por um trabalho, uma vaga na escola, a contratação de um novo seguro ou um empréstimo, lembre-se de que sua imagem on-line pode ser fator determinante para a avaliação do seu perfil. Tenha certeza de usar diferentes endereços de correio eletrônico, preferindo blogs e sites para cada perfil, evitando o cruzamento de sites pessoais e profissionais.

- Cerca de 57% dos adultos pensam em tomar medidas para manter seus perfis pessoais e profissionais resguardados. No entanto, 17% disseram que já tiveram informações destinadas a permanecerem particulares inadvertidamente divulgadas publicamente.

- Seja criterioso sobre a adição de informações pessoais no perfil profissional. Apenas inclua informações adequadas ao contexto profissional.

Ajuste as configurações de privacidade

- Em navegadores de internet, sites de redes sociais, blogs pessoais e outros locais onde há necessidade de manter dados pessoais, use as configurações de privacidade para ajudar a gerenciar quem pode ver seu perfil ou fotos, como as pessoas podem procurar por você, que pode comentar e como bloquear o acesso indesejado. De acordo com a pesquisa da Microsoft, 49% dos adultos não usam as configurações de privacidade em sites de redes sociais.

- Se você usar o Internet Explorer 9, use a proteção de rastreamento oferecida pelo navegador. Ajuda a bloquear o rastreamento indesejado. Também é possível usar o Internet Explorer no modo de navegação "InPrivate".

- Revise periodicamente quem tem acesso ao seu conteúdo. É aconselhável remover pessoas que você não necessita mais ter acesso tão próximo.

Pense antes de agir

- Pense no que você vai publicar (fotos e vídeos pessoais em particular), na informação que vai compartilhar e como ela reflete em sua reputação. Informe aos amigos o que você faz e não deseja que seja compartilhado, e peça a eles que removam qualquer coisa que você não quer divulgar.

- A pesquisa mostrou que apenas 38% dos adultos e 39% das crianças pensa sobre o impacto a longo prazo que as suas atividades on-line podem ter sobre a reputação de outra pessoa.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Relacionamento é o ponto chave nas estratégias digitais

Felipe Morais
Um conceito que sempre venho defendendo é que o relacionamento é a chave de sucesso para estratégias digitais. E ao ler estudos de mercado que mostram dados como “50% das pessoas compram de lojas que confiam” e que “18% das pessoas seguem as marcas que consomem”, começo a ver que não estou tão errado assim.

Vários são os motivos que fazem uma pessoa seguir uma marca, porém eu acredito que o maior deles é o poder que as redes sociais têm de gerar uma conversa – relacionamentos são baseados em confiança e conversas.

Sites, redes sociais, blogs, mobile, games… são vários os pontos de contato que o consumidor tem disponíveis para se relacionar. E é lá que as marcas têm que estar.

Nem sempre as vendas são feitas apenas na loja. Não adianta ter apenas uma loja virtual e acreditar que terá vendas com certeza. Se fosse assim, a taxa de rejeição (pessoas que entram no site e saem sem converter) não seria de 98% para o e-commerce no Brasil. Falta o relacionamento, o entendimento, as conversas com o público. As marcas colocam produtos, anunciam e falam, mas não ouvem.

Baseado nessa presença, em ouvir, em pensar menos em vendas e mais em entender o consumidor, um case bem interessante é o portal Mulher 360, do Walmart. Assim como existe o Saraiva Conteúdo, o foco aqui não está em vendas e sim em gerar conteúdo que possa gerar um relacionamento, um entendimento de público e aí sim, vendas. O foco do portal é a mulher.

Hoje, a mulher já representa quase 55% das vendas online. Em 2009 as mulheres representavam apenas 40% e o poder de decisão delas está cada vez maior. Com ticket médio de R$ 475,00 e comprando livros e DVDs em primeiro lugar e eletrônicos em segundo (segundo pesquisa da SophiaMind) o poder da mulher hoje cresceu muito. E mulheres, por histórico, valorizam muito mais o relacionamento e a afetividade do que o homem. Basta ver em pesquisas sobre casamentos o quanto as mulheres dão mais importância do que os homens.

Segundo matéria do site da revista Exame, o foco desse portal não está nas vendas. Para alguns, isso pode parecer um absurdo, infelizmente. Para mim – e acredito que para muitos que trabalham com internet – é uma proposta interessante e mostra que a marca está entendendo a web além das vendas. Espero essa ser uma tendência forte em 2012.

O portal irá abordar questões sociais das mulheres, como seu papel no mercado de trabalho, economia, empreendedorismo, saúde, carreira entre outros assuntos. O site vai também abrir espaços para mulheres contarem as suas histórias com entrevistas e depoimentos. O conteúdo não tem nada de muito inovador – ao primeiro momento – mas como diria Alexandre Santos, ex-locutor da TV Bandeirantes “é disso que o povo gosta”.

As pessoas gostam de saber de história de pessoas comuns, que são como elas. Trazer a comunicação para a realidade da vida do consumidor. E claro, o projeto terá outros pontos de contato, como o Twitter e Facebook.

Aqui cabe mais um conceito que aprendi com o grande Marcelo Sant’Iago: as estratégias de comunicação continuam as mesmas, o que muda é a forma como nos relacionamos com as pessoas. Tá aí um case que vai nos mostrar isso.